... que disse que estes textos lhe faziam lembrar o “On the Road”…
“Remi acordou e viu-me entrar pela janela. A sua grande gargalhada, uma das maiores do mundo, estourou-me nos ouvidos.
- Aaaah Paradise! A entrar pela janela, o velho Paradise segue as instruções à risca! Onde tens andado, vens com duas semanas de atraso!
Deu-me palmadas nas costas, encostou-me à parede, riu e chorou, bateu na mesa de forma que se podia ouvir em toda Mill City, e aquele grande “Aaaah!” ressoava por todo desfiladeiro.
- Paradise! O único e indispensável Paradise!
Eu acabava de atravessar a pequena aldeia de pescadores de Sausalito, e a primeira coisa que disse foi:
- Deve haver muitos italianos em Sausalito.
- Deve haver muitos italianos em Sausalito! – gritou ele a plenos pulmões – Aaaah!
Deu murros a si próprio, deixou-se cair na cama, quase rebolou pelo chão.
- Ouviste o que disse Paradise? Deve haver muitos italianos em Sausalito! Aaaah! Aaaah! Uhh! Iiiuuupi!
Ficou vermelho que nem uma beterraba devido ao riso.
- Oh, dás cabo de mim Paradise! És o tipo mais cómico do mundo. E aqui estás finalmente!
Viste-o Lee Ann? Entrou pela janela, obedeceu às instruções e entrou pela janela! Aaaah! Oooh!”
Jack Kerouac, “Pela Estrada Fora”, Editora Ulisseia
“Havia um velho cargueiro ferrugento no meio da baia que servia de bóia. Remi ardia em desejos de lá ir, de forma que uma tarde Lee Ann arranjou uma merenda, alugámos um barco a remos e fomos para lá. Remi trouxe ferramentas. Lee Ann despiu-se completamente e estendeu-se no tombadilho para tomar um banho de sol. Do alto da popa eu observava-a. Remi foi directamente para a sala das caldeiras, onde corriam ratazanas, e começou às marteladas em busca do forro do cobre que lá devia existir. Eu sentei-me nos restos da messe dos oficiais. Era um velho navio que fora excelente outrora; tinha as madeiras trabalhadas e amuradas inteiriças. Era o fantasma de San Fancisco de Jack London.Fiquei a sonhar ali na messe invadida pelo sol. Ratazanas corriam na dispensa. Há muito tempo um capitão de olhos azuis comera ali.
Fui ter com Remi à sala das caldeiras. Ele estava a dar puxões a tudo o que estava solto.
“Remi acordou e viu-me entrar pela janela. A sua grande gargalhada, uma das maiores do mundo, estourou-me nos ouvidos.
- Aaaah Paradise! A entrar pela janela, o velho Paradise segue as instruções à risca! Onde tens andado, vens com duas semanas de atraso!
Deu-me palmadas nas costas, encostou-me à parede, riu e chorou, bateu na mesa de forma que se podia ouvir em toda Mill City, e aquele grande “Aaaah!” ressoava por todo desfiladeiro.
- Paradise! O único e indispensável Paradise!
Eu acabava de atravessar a pequena aldeia de pescadores de Sausalito, e a primeira coisa que disse foi:
- Deve haver muitos italianos em Sausalito.
- Deve haver muitos italianos em Sausalito! – gritou ele a plenos pulmões – Aaaah!
Deu murros a si próprio, deixou-se cair na cama, quase rebolou pelo chão.
- Ouviste o que disse Paradise? Deve haver muitos italianos em Sausalito! Aaaah! Aaaah! Uhh! Iiiuuupi!
Ficou vermelho que nem uma beterraba devido ao riso.
- Oh, dás cabo de mim Paradise! És o tipo mais cómico do mundo. E aqui estás finalmente!
Viste-o Lee Ann? Entrou pela janela, obedeceu às instruções e entrou pela janela! Aaaah! Oooh!”
Jack Kerouac, “Pela Estrada Fora”, Editora Ulisseia
“Havia um velho cargueiro ferrugento no meio da baia que servia de bóia. Remi ardia em desejos de lá ir, de forma que uma tarde Lee Ann arranjou uma merenda, alugámos um barco a remos e fomos para lá. Remi trouxe ferramentas. Lee Ann despiu-se completamente e estendeu-se no tombadilho para tomar um banho de sol. Do alto da popa eu observava-a. Remi foi directamente para a sala das caldeiras, onde corriam ratazanas, e começou às marteladas em busca do forro do cobre que lá devia existir. Eu sentei-me nos restos da messe dos oficiais. Era um velho navio que fora excelente outrora; tinha as madeiras trabalhadas e amuradas inteiriças. Era o fantasma de San Fancisco de Jack London.Fiquei a sonhar ali na messe invadida pelo sol. Ratazanas corriam na dispensa. Há muito tempo um capitão de olhos azuis comera ali.
Fui ter com Remi à sala das caldeiras. Ele estava a dar puxões a tudo o que estava solto.
- Nada. Pensei que houvesse cobre, alguma chave inglesa, mas o navio foi visitado por um bando de ladrões.
Havia anos que o navio ali estava no meio da baia. O cobre fora roubado por mãos que possivelmente já o não eram.
- Gostaria de dormir neste velho navio uma noite – disse eu – quando vem o nevoeiro e tudo isto range, e se ouve o uivo das sereias das bóias.
Remi ficou atónito; a sua admiração por mim duplicou.
- Sal, dou-te cinco dólares se tiveres a coragem de fazer isso. Não vês que isto pode estar assombrado pelos fantasmas dos velhos capitães? Não só te dou cinco dólares mas também te trago cá e te arranjo uma merenda e te empresto mantas e uma vela.
- De acordo! – disse eu
Remi correu a prevenir Lee Ann. Eu tinha vontade de saltar de um mastro e aterrar em cima dela, mas respeitei a minha promessa a Remi. Desviei os olhos dela".
idem
Às vezes há coisas insignificantes nos livros de que nos lembramos durante uma vida inteira, e outras bem mais interessantes de que nos esqueceremos completamente, se não tratarmos de fazer uma pequena anotação. Vá lá saber-se porque razão me lembrei da cena da entrada pela janela quando fui pela primeira vez a Sausalito, há quase trinta anos atrás, e agora me voltei a lembrar disso quando o Paulo Bastos me falou do “On the Road”, numa sexta-feira…
Postas as devidas distâncias, Sausalito está para San Francisco como Almada ou Cova da Piedade estão para Lisboa. É do outro lado do rio… (da baia, neste caso…) Só que enquanto ao almoçamos no Cais do Ginjal ficamos com a sensação de que basta esticar o braço para tocar na outra banda, já San Francisco não dá a mesma confiança a Sausalito. É bastante mais distante, como poderão ver.
Devido à sua localização na margem norte do Golden Gate, Sausalito manteve-se relativamente isolada de SF. Embora houvesse trajectos de “ferry” entre as duas margens desde os finais do séc. XIX (“The Sea-Wolf”, de Jack London, começa precisamente num “ferry” de Sausalito para SF) os carros só lá entraram a partir dos finais dos anos 20 do séc. passado e a Golden Gate Bridge só foi construída em 1936. Parece existir uma rivalidade antiga entre o pessoal das duas margens e os habitantes de Sausalito, imagino que no início desgostosos pela invasão em força provocada pelos vizinhos da frente, ainda hoje gostam de dizer que a facilidade de acesso a esse lugar (então) paradisíaco foi a única razão “why they built the bridge”…
Aqui para nós, que gostamos de filmes e de romances policiais, talvez seja bom dizer que Sausalito foi, para muita gente, um outro tipo de “paraíso”. Por força do seu isolamento e dificuldade de acesso, mas aproveitando a sua abertura ao mar, Sausalito foi um lugar privilegiado para os “bootleggers” nos tempos da “Lei Seca” e consta que também lá morou Baby Face Nelson. E já que vos falo de policiais e afins, será também oportuno recordar que “A Dama de Shangai”, de Orson Welles, tem uma longa cena em Sausalito: a do regresso a SF, no final do cruzeiro.
Duas “comunidades marítimas” habitaram Sausalito durante muito tempo: os pescadores, que andavam de barco por imperativos de sobrevivência; a gente rica, que andava de barco por imperativos de lazer e que foi construindo as suas luxuosas casas colina acima. Como quase sempre acontece nestes casos, uns trataram de expulsar os outros e está-se mesmo a ver quem é que foi o “mexilhão” nesta cena. A larguíssima comunidade de “boat people” que vivia na baia junto às margens foi obrigada a desaparecer progressivamente, já que dava mau aspecto e estragava a vista a quem olhava lá de cima, das colinas. Hoje existem riquíssimas “houseboats” em Sausalito e arredores, e terá sido mesmo numa delas que Otis Redding escreveu, em 1967, “(Sittin’ on) the Dock of the Bay”. Mas parece que já não ferem a vista a ninguém…
Sausalito está carregada de marinas, galerias de arte, lojas de prestígio e bons restaurantes. Passeando na sua marginal, dois restaurantes me despertaram a atenção pela sua excelente localização face à baia. Um deles tinha um “Rolls Royce” estacionado à porta; o outro tinha um Jaguar… Cauteloso como sou nestas coisas, entrei no segundo e não me arrependi. Excelente matéria prima (peixes e mariscos, sobretudo), excelente confecção e apresentação, embora sem sofisticações despropositadas e, acima de tudo, uma vista sobre a baia de fazer perder a respiração.
No que respeita a restaurantes, costumo ser muito conservador nas minhas viagens. Se algum me agrada muito, é certo e sabido que jogarei pelo seguro e lá voltarei numa próxima oportunidade. É claro que me arrisco a ficar só com uma “boa recordação”, quando podia muito bem ficar com várias. Mas prefiro isso ao risco de gastar o meu tempo e o meu dinheiro em coisas que não valem a pena.
Por isso, três vezes atravessei a “Golden Gate Bridge” de propósito para jantar no “Scomas’s”, pois assim se chama o dito restaurante (scomassausalito.com, segundo reza a minha caixa de fósforos…). Reservar uma mesinha junto à janela e aí ficar. Por entre a neblina, ver os últimos raios de Sol do dia pincelar a baia em tons de laranja e cor-de-rosa. Ver San Francisco a acender-se lá bem ao fundo. Ver os barcos a passarem para cá e para lá, de um lado para o outro (“watching the ships rollin, and I watch them roll away again”…). Perder o olhar em tudo isso, enquanto se fazem autênticos milagres para fazer durar a garrafa de espumante. Em profundo silêncio, se possível…
Sitting here resting my bones
And this loneliness won’t leave alone…
Colaboração de Luís Mira
Havia anos que o navio ali estava no meio da baia. O cobre fora roubado por mãos que possivelmente já o não eram.
- Gostaria de dormir neste velho navio uma noite – disse eu – quando vem o nevoeiro e tudo isto range, e se ouve o uivo das sereias das bóias.
Remi ficou atónito; a sua admiração por mim duplicou.
- Sal, dou-te cinco dólares se tiveres a coragem de fazer isso. Não vês que isto pode estar assombrado pelos fantasmas dos velhos capitães? Não só te dou cinco dólares mas também te trago cá e te arranjo uma merenda e te empresto mantas e uma vela.
- De acordo! – disse eu
Remi correu a prevenir Lee Ann. Eu tinha vontade de saltar de um mastro e aterrar em cima dela, mas respeitei a minha promessa a Remi. Desviei os olhos dela".
idem
Às vezes há coisas insignificantes nos livros de que nos lembramos durante uma vida inteira, e outras bem mais interessantes de que nos esqueceremos completamente, se não tratarmos de fazer uma pequena anotação. Vá lá saber-se porque razão me lembrei da cena da entrada pela janela quando fui pela primeira vez a Sausalito, há quase trinta anos atrás, e agora me voltei a lembrar disso quando o Paulo Bastos me falou do “On the Road”, numa sexta-feira…
Postas as devidas distâncias, Sausalito está para San Francisco como Almada ou Cova da Piedade estão para Lisboa. É do outro lado do rio… (da baia, neste caso…) Só que enquanto ao almoçamos no Cais do Ginjal ficamos com a sensação de que basta esticar o braço para tocar na outra banda, já San Francisco não dá a mesma confiança a Sausalito. É bastante mais distante, como poderão ver.
Devido à sua localização na margem norte do Golden Gate, Sausalito manteve-se relativamente isolada de SF. Embora houvesse trajectos de “ferry” entre as duas margens desde os finais do séc. XIX (“The Sea-Wolf”, de Jack London, começa precisamente num “ferry” de Sausalito para SF) os carros só lá entraram a partir dos finais dos anos 20 do séc. passado e a Golden Gate Bridge só foi construída em 1936. Parece existir uma rivalidade antiga entre o pessoal das duas margens e os habitantes de Sausalito, imagino que no início desgostosos pela invasão em força provocada pelos vizinhos da frente, ainda hoje gostam de dizer que a facilidade de acesso a esse lugar (então) paradisíaco foi a única razão “why they built the bridge”…
Aqui para nós, que gostamos de filmes e de romances policiais, talvez seja bom dizer que Sausalito foi, para muita gente, um outro tipo de “paraíso”. Por força do seu isolamento e dificuldade de acesso, mas aproveitando a sua abertura ao mar, Sausalito foi um lugar privilegiado para os “bootleggers” nos tempos da “Lei Seca” e consta que também lá morou Baby Face Nelson. E já que vos falo de policiais e afins, será também oportuno recordar que “A Dama de Shangai”, de Orson Welles, tem uma longa cena em Sausalito: a do regresso a SF, no final do cruzeiro.
Duas “comunidades marítimas” habitaram Sausalito durante muito tempo: os pescadores, que andavam de barco por imperativos de sobrevivência; a gente rica, que andava de barco por imperativos de lazer e que foi construindo as suas luxuosas casas colina acima. Como quase sempre acontece nestes casos, uns trataram de expulsar os outros e está-se mesmo a ver quem é que foi o “mexilhão” nesta cena. A larguíssima comunidade de “boat people” que vivia na baia junto às margens foi obrigada a desaparecer progressivamente, já que dava mau aspecto e estragava a vista a quem olhava lá de cima, das colinas. Hoje existem riquíssimas “houseboats” em Sausalito e arredores, e terá sido mesmo numa delas que Otis Redding escreveu, em 1967, “(Sittin’ on) the Dock of the Bay”. Mas parece que já não ferem a vista a ninguém…
Sausalito está carregada de marinas, galerias de arte, lojas de prestígio e bons restaurantes. Passeando na sua marginal, dois restaurantes me despertaram a atenção pela sua excelente localização face à baia. Um deles tinha um “Rolls Royce” estacionado à porta; o outro tinha um Jaguar… Cauteloso como sou nestas coisas, entrei no segundo e não me arrependi. Excelente matéria prima (peixes e mariscos, sobretudo), excelente confecção e apresentação, embora sem sofisticações despropositadas e, acima de tudo, uma vista sobre a baia de fazer perder a respiração.
No que respeita a restaurantes, costumo ser muito conservador nas minhas viagens. Se algum me agrada muito, é certo e sabido que jogarei pelo seguro e lá voltarei numa próxima oportunidade. É claro que me arrisco a ficar só com uma “boa recordação”, quando podia muito bem ficar com várias. Mas prefiro isso ao risco de gastar o meu tempo e o meu dinheiro em coisas que não valem a pena.
Por isso, três vezes atravessei a “Golden Gate Bridge” de propósito para jantar no “Scomas’s”, pois assim se chama o dito restaurante (scomassausalito.com, segundo reza a minha caixa de fósforos…). Reservar uma mesinha junto à janela e aí ficar. Por entre a neblina, ver os últimos raios de Sol do dia pincelar a baia em tons de laranja e cor-de-rosa. Ver San Francisco a acender-se lá bem ao fundo. Ver os barcos a passarem para cá e para lá, de um lado para o outro (“watching the ships rollin, and I watch them roll away again”…). Perder o olhar em tudo isso, enquanto se fazem autênticos milagres para fazer durar a garrafa de espumante. Em profundo silêncio, se possível…
Sitting here resting my bones
And this loneliness won’t leave alone…
Colaboração de Luís Mira
6 comentários:
Agradeço a dedicatória, apesar de reconhecer que foi pouco mais do que o pretexto para mais um belo pedaço de literatura oferecida pelo Luís Mira, esse sim um verdadeiro "Kerouac Português". E confirmo que me faz lembrar os escritos do "on The Road" ou dos "Vagabundos do Dharma", apesar do tipo de acção descrita ser diferente, o modo de a descrever transmite-me o mesmo tipo de sensações. Um grande obrigado, e as fotos também estão optimas.
Duas notas, caro Luís:
1. Otis Redding escreveu, de facto, a letra de "Sitting on the dock of the bay". Porém, a música foi composta pelo insuperável Steve Cropper, guitarrista dos Booker T and the MGs.
2. Mais ou menos no enquadramento da foto aqui apresentada, culmina a sequência "silenciosa" de "Vertigo", de Alfred Hitchcock, tão discutida nessa mesma sexta-feira...
"(Sittin'on) The Dock of The Bay", encerra um dos mais famosos assobios da história da música - mais de 20 segundos - e que se pensava ser assobiado pelo próprio Otis Redding.
Ferreira Fernandes, no "DN", diz-nos agora que o assobio é interpretado por Sam Taylor, um intérprete de blues, também autor de canções e que morreu muito recentemente
Ausente de Lisboa desde a passada 4ª feira, não tive a oportunidade de vos responder em devido tempo.
Ao Paulo, dir-lhe-ei que não tinha pensado fazer qualquer texto sobre Sausalito. Estas "crónicas" já estão na recta final e ainda há três ou quatro textos que gostaria de ter tempo para fazer mas, de facto, esse não fazia parte da lista. O comentário foi o verdadeiro pretexto...
"Filhote": sobre o "Vertigo" talvez haja uma surpresa um dia destes...
Quanto ao assobio evocado pelo "Gin Tonic", é uma das coisas mais bonitas da música, que eu também não disse que era "toda" da autoria do Otis Redding...
E sabem que tenho um disco "pirata" do Neil Young com uma belíssima interpretação do "Dock of the Bay"...?
Um abraço!
A dúvida está instalada e, presumo, não mais será deslindada.
É mais um mito do rock, a execução do assobio de "Dock of The Bay".
Nashid, do Stax Museum, estatui:
When Otis recorded this, he and Cropper didn't have a last verse written, so he whistled it.
He planned to return to Memphis and fill in the verse after performing in Madison, Wisconsin, but he died before he had the chance.
When Cropper produced the song, he left the whistling in, and it fit the mood of the song perfectly.
It is probably the most famous whistling in any song.
Quando Sam "The Bluzman" Taylor, da banda de Otis, morreu em Janeiro o "Independent" diz que é ele o autor do assobio.
Acreditar em quem?
LT
O melhor é fingir que não é nada connosco, e assobiar para o lado...
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