Há um embargo mundial até ao dia 24 de Agosto sobre as novas remasterizações do catálogo dos Beatles.
Sem quebrar esse compromisso, sempre se pode dizer que, no que respeita ao som, é como um clarão nas trevas. Não tem nada a ver! Foi a noite, é agora o dia!.
Já fui confrontado com pedacitos do antigamente e do 25 de Abril dos Beatles - entre os quais um respeitante a uma das canções que mais prezo nos quatro de Liverpool - e a diferença é abismal.
Para a história, aqui ficam os nomes dos engenheiros de som, responsáveis pela limpeza:
Allan Rouse (coordenador do projecto) - entrou na EMI em 1971 (já os Beatles tinham acabado) e trabalhou com Norman (Hurricane) Smith, já falecido, que foi o primeiro engenheiro de som do quarteto. Em 1991, transpôs todos os masters existentes dos Beatles (mono, stereo, 4-pistas e 8-pistas) para digital como cópia de segurança. Nos quatro anos seguintes, trabalhou com George Martin em "Live At The BBC" e "The Anthology" e no documentário de TV "The Making Of Sgt. Pepper's". Em 1997, juntamente com Peter Cobbin e Guy Massey e a pedido da MGM/UA, misturou "Yellow Submarine" em 5.1 e stereo. Em 1999, trabalhou no catálogo de John Lennon, tendo ganho um Grammy pelo filme "Gimme Some Truth". Desde então, trabalha exclusivamente na obra dos Beatles ("The First US Visit", "Help!", "Let It Be... Naked", "Concert For Bangladesh...").
Guy Massey (engenheiro de som) - entrou em Abbey Road em 1994 e cinco anos depois trabalhou em "Yellow Submarine Songtrack", "The Anthology", "Let It Be... Naked", "Help!". Em 2004, saiu dos estúdios, mas foi requisitado para este projecto.
Steve Rooke (engenheiro de masterização) - entrou em Abbey Road em 1983 e é agora o big boss. Está envolvido com a obra dos Beatles desde 1999.
Paul Hicks (engenheiro de som) - filho de Tony Hicks, dos Hollies, entrou em Abbey Road em 1994 e o seu primeiro trabalho com os Beatles foi como adjunto de Geoff Emerick em "The Anthology", após o que também trabalhou em "Yellow Submarine Songtrack", "Let It Be... Naked". Em 2004 saiu dos estúdios, mas trabalhou em "Love" e "The McCartney Years" e agora foi chamado para as remasterizações em mono.
Sean Magee (engenheiro de masterização) - começou a trabalhar em Abbey Road em 1995 com um diploma debaixo do braço em sound engineering. Trabalhou com Paul Hicks nas remasterizações em mono.
Sam Okell (engenheiro de som) - o primeiro trabalho de Sam como membro da equipa foi em 2006, ajudando Paul Hicks em "The McCartney Years". Foi depois o responsável pela remasterização de "Living In The Material World" com Steve Rooke e ajudou Guy Massey em "Help!". Neste projecto remasterizou "With The Beatles" e "Let It Be".
Simon Gibson (audio restoration engineer) - entrou em Abbey Road em 1990. Progrediu da música clássica para o pop/rock (como George Martin), o que lhe permite uma visão mais global. Também trabalhou em "Living In The Material World", "Lennon Legend", "Love", "Help!".
Como se pode ver por estas súmulas, são técnicos experientes mas, sobretudo, conhecedores da obra dos Beatles no seu conjunto e das carreiras a solo, o que é uma inegável mais valia.
Há muito mais para dizer - formatos, preços (salgados!), documentários.
No dia 15 de Junho às 15H00 locais, três jornalistas irlandeses, dois portugueses, um suiço e um polaco vão ao estúdio 3 de Abbey Road, em Londres, ouvir os novos discos.
Pena que nem Paul McCartney nem Ringo Starr se tivessem disponibilizado para entrevistas... (eu faria o mesmo!).
Sem quebrar esse compromisso, sempre se pode dizer que, no que respeita ao som, é como um clarão nas trevas. Não tem nada a ver! Foi a noite, é agora o dia!.
Já fui confrontado com pedacitos do antigamente e do 25 de Abril dos Beatles - entre os quais um respeitante a uma das canções que mais prezo nos quatro de Liverpool - e a diferença é abismal.
Para a história, aqui ficam os nomes dos engenheiros de som, responsáveis pela limpeza:
Allan Rouse (coordenador do projecto) - entrou na EMI em 1971 (já os Beatles tinham acabado) e trabalhou com Norman (Hurricane) Smith, já falecido, que foi o primeiro engenheiro de som do quarteto. Em 1991, transpôs todos os masters existentes dos Beatles (mono, stereo, 4-pistas e 8-pistas) para digital como cópia de segurança. Nos quatro anos seguintes, trabalhou com George Martin em "Live At The BBC" e "The Anthology" e no documentário de TV "The Making Of Sgt. Pepper's". Em 1997, juntamente com Peter Cobbin e Guy Massey e a pedido da MGM/UA, misturou "Yellow Submarine" em 5.1 e stereo. Em 1999, trabalhou no catálogo de John Lennon, tendo ganho um Grammy pelo filme "Gimme Some Truth". Desde então, trabalha exclusivamente na obra dos Beatles ("The First US Visit", "Help!", "Let It Be... Naked", "Concert For Bangladesh...").
Guy Massey (engenheiro de som) - entrou em Abbey Road em 1994 e cinco anos depois trabalhou em "Yellow Submarine Songtrack", "The Anthology", "Let It Be... Naked", "Help!". Em 2004, saiu dos estúdios, mas foi requisitado para este projecto.
Steve Rooke (engenheiro de masterização) - entrou em Abbey Road em 1983 e é agora o big boss. Está envolvido com a obra dos Beatles desde 1999.
Paul Hicks (engenheiro de som) - filho de Tony Hicks, dos Hollies, entrou em Abbey Road em 1994 e o seu primeiro trabalho com os Beatles foi como adjunto de Geoff Emerick em "The Anthology", após o que também trabalhou em "Yellow Submarine Songtrack", "Let It Be... Naked". Em 2004 saiu dos estúdios, mas trabalhou em "Love" e "The McCartney Years" e agora foi chamado para as remasterizações em mono.
Sean Magee (engenheiro de masterização) - começou a trabalhar em Abbey Road em 1995 com um diploma debaixo do braço em sound engineering. Trabalhou com Paul Hicks nas remasterizações em mono.
Sam Okell (engenheiro de som) - o primeiro trabalho de Sam como membro da equipa foi em 2006, ajudando Paul Hicks em "The McCartney Years". Foi depois o responsável pela remasterização de "Living In The Material World" com Steve Rooke e ajudou Guy Massey em "Help!". Neste projecto remasterizou "With The Beatles" e "Let It Be".
Simon Gibson (audio restoration engineer) - entrou em Abbey Road em 1990. Progrediu da música clássica para o pop/rock (como George Martin), o que lhe permite uma visão mais global. Também trabalhou em "Living In The Material World", "Lennon Legend", "Love", "Help!".
Como se pode ver por estas súmulas, são técnicos experientes mas, sobretudo, conhecedores da obra dos Beatles no seu conjunto e das carreiras a solo, o que é uma inegável mais valia.
Há muito mais para dizer - formatos, preços (salgados!), documentários.
No dia 15 de Junho às 15H00 locais, três jornalistas irlandeses, dois portugueses, um suiço e um polaco vão ao estúdio 3 de Abbey Road, em Londres, ouvir os novos discos.
Pena que nem Paul McCartney nem Ringo Starr se tivessem disponibilizado para entrevistas... (eu faria o mesmo!).
4 comentários:
Por falar em jornalistas portugueses...são conhecidos?
Percebem um mínimo de música popular, com referências, conhecimentos, ligações e audições?
É que a crítica musical pop que vejo por aí no Público e outros lugares ( Actual do Expresso) é pobre.
Valha a verdade que nunca teve riqueza por aí além, depois de Miguel Esteves Cardoso e João Lisboa ( pseudónimo?). E do velhinho Trindade Santos que adorava ler.
Não temos por cá os nossos Manoeuvres nem sequer Greil Marcus ( há um mas não escreve- António Feijó, da Faculdade de Letras) ou Leeter Bangs.
Para não falar de Nick Kent ou Philippe Garnier, cuja sombra paira por aqui muitas vezes, com a assinatura de Luís Mira. Os artigos deste aqui no blog deviam ser publicados em papel.
Bem José, julgo que um dos jornalistas que irão estar presentes é o próprio autor deste blog, como não podia deixar de ser...
Que pena que eu tenho do frete que esses dois jornalistas vão ter que fazer! :)
Não sei quem os escolheu, mas a opção não podia ser mais acertada. Ainda nos arriscávamos a darem uma pérola dessas a gente que não percebe nada do assunto, como sucede em quase tudo o que é feito por cá.
Rato:
Se assim for, então já temos conversa. Porque de Beatles, esse jornalista, percebe.
Mas...confirma-se?
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