A mexer em papelada, para algo completamente diferente, foi dar com este anúncio publicado na página de espectáculos do “Diário de Notícias” de 4 de Dezembro de 1964.
O anúncio diz que Francisco José está a actuar no “Chicote” até ao dia 8 de Dezembro e que lhe vai ser oferecido um jantar de despedida antes da sua partida para o Brasil.
Francisco José viu-se na contingência de sair do País por causa da sua declaração de protesto, na Rádio Televisão Portuguesa, em directo.
O cantor de charme de voz uterina, como lhe chamava o Dudu, insurgia-se contra o facto de os artistas portugueses serem pagos miseravelmente enquanto qualquer badameco de meia tijela, desde que fosse estrangeiro, ganhava uma pipa de massa.
A diatibre tinha em vista os 10.00$00 (ou seriam 20.000$00?) que a televisão pagara a Tony Dallara por um programa de variedades.
O regime não gostou nada da brincadeira, exigiu que a Televisão deixasse de fazer directos deste tipo de acontecimentos, e declarou Francisco José “personna non grata”.
Acabou por ser a sorte do cantor. Conseguiu fazer no Brasil uma carreira que aqui, em Portugal, talvez não chegasse a tanto.
Colaboração de Gin-Tonic
O anúncio diz que Francisco José está a actuar no “Chicote” até ao dia 8 de Dezembro e que lhe vai ser oferecido um jantar de despedida antes da sua partida para o Brasil.
Francisco José viu-se na contingência de sair do País por causa da sua declaração de protesto, na Rádio Televisão Portuguesa, em directo.
O cantor de charme de voz uterina, como lhe chamava o Dudu, insurgia-se contra o facto de os artistas portugueses serem pagos miseravelmente enquanto qualquer badameco de meia tijela, desde que fosse estrangeiro, ganhava uma pipa de massa.
A diatibre tinha em vista os 10.00$00 (ou seriam 20.000$00?) que a televisão pagara a Tony Dallara por um programa de variedades.
O regime não gostou nada da brincadeira, exigiu que a Televisão deixasse de fazer directos deste tipo de acontecimentos, e declarou Francisco José “personna non grata”.
Acabou por ser a sorte do cantor. Conseguiu fazer no Brasil uma carreira que aqui, em Portugal, talvez não chegasse a tanto.
Colaboração de Gin-Tonic
4 comentários:
O ditado é velho, ele há males que vêm por bem!!!
E como já aqui foi escrito (ou não?), Francisco José era tio do gemólogo Rui Galopim e do seu irmão, jornalista, Nuno Galopim...
E irmão do Professor Galopim de Carvalho
E tio-avô de uma sobrinha-neta de Mr. ié ié
Fica tudo em família!
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