"Sem Eira Nem Beira" é dos temas mais cáusticos em termos de denúncia - o engenheiro que interpelam directamente vê-se logo que responde pela graça de Sócrates...
Kalu - Sim, sim, é como diz o Tim, um gajo tem que mandar vir...
Zé Pedro - É isso, mas atenção que a nossa atitude não é de crivo político, porque não temos nenhuma filiação com qualquer partido. A nossa atitude crítica é, sobretudo, social. As nossas letras falam dos sentimentos das pessoas, do estado de espírito que experimentamos, das suas emoções, do que nos move no dia-a-dia. O Tim traduz isso muito bem nas letras que escreve. Mas não propomos soluções, não é esse o nosso papel porque não somos políticos, o nosso papel é alertar.
"Quem não tem nada vai preso/Quem tem muito fica a rir" é reaccionário ou apenas a tradução da realidade?
Kalu - É mais isso, é o que é: quem não tem nada vai preso, não pagas impostos vais dentro.
Gui - Mas são impostos de m... E ficas sem casa por causa de 300 euros que não consegues pagar ao banco... E entretanto andam por aí Valez e Azevedos em que ninguém toca nem lhes pede nada.
"Sem Eira Nem Beira" é o único tema que não é cantado pelo Tim, mas pelo Kalu, à excepção ainda do Pacman, declamando em "O Sangue da Cidade". Porquê essas escolhas?
Kalu - Nada de especial. Quanto ao "Sem Eira Nem Beira", eu tinha a música, fui eu que a fiz e levei-a para um ensaio. Tinha a melodia toda na cabeça - foi até uma das últimas canções a ter letra, feita no último dia e nas últimas horas de estúdio. E aconteceu que o Tim estava com vontade de fazer uma música cáustica... Mas quanto ao ser eu a cantar, acaba por ser normal; olhando para trás, canto sempre uma ou duas.
in "Ticketline Magazine", Abril de 2009
Entretanto, os Xutos já apresentaram "Sem Eira Nem Beira" ao vivo. Ver aqui, em sebastian music.
Kalu - Sim, sim, é como diz o Tim, um gajo tem que mandar vir...
Zé Pedro - É isso, mas atenção que a nossa atitude não é de crivo político, porque não temos nenhuma filiação com qualquer partido. A nossa atitude crítica é, sobretudo, social. As nossas letras falam dos sentimentos das pessoas, do estado de espírito que experimentamos, das suas emoções, do que nos move no dia-a-dia. O Tim traduz isso muito bem nas letras que escreve. Mas não propomos soluções, não é esse o nosso papel porque não somos políticos, o nosso papel é alertar.
"Quem não tem nada vai preso/Quem tem muito fica a rir" é reaccionário ou apenas a tradução da realidade?
Kalu - É mais isso, é o que é: quem não tem nada vai preso, não pagas impostos vais dentro.
Gui - Mas são impostos de m... E ficas sem casa por causa de 300 euros que não consegues pagar ao banco... E entretanto andam por aí Valez e Azevedos em que ninguém toca nem lhes pede nada.
"Sem Eira Nem Beira" é o único tema que não é cantado pelo Tim, mas pelo Kalu, à excepção ainda do Pacman, declamando em "O Sangue da Cidade". Porquê essas escolhas?
Kalu - Nada de especial. Quanto ao "Sem Eira Nem Beira", eu tinha a música, fui eu que a fiz e levei-a para um ensaio. Tinha a melodia toda na cabeça - foi até uma das últimas canções a ter letra, feita no último dia e nas últimas horas de estúdio. E aconteceu que o Tim estava com vontade de fazer uma música cáustica... Mas quanto ao ser eu a cantar, acaba por ser normal; olhando para trás, canto sempre uma ou duas.
in "Ticketline Magazine", Abril de 2009
Entretanto, os Xutos já apresentaram "Sem Eira Nem Beira" ao vivo. Ver aqui, em sebastian music.
4 comentários:
E o almoço com O PM. LT?
E o resto da entrevista em que dizem que se não for o Sòcrates não vêem, mais ninguém? LT
Não estavam à espera que a blogosfera fizesse uma canção de protesto!
A conta bancária a subir!!!
O "Broncas do camilo" tem a letra e a... música.
Tenho curiosidade em ouvir este disco...
Quem não comenta isto sou eu.
Safa! Safa!
Para me chamarem chato e sem graça.
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