Não é piada nem falta de respeito pela figura em causa, mas quando eu era criança, e via a figura do Ribeiro Santos pintada nas paredes, pensava que era um Beatle.
Uma dessas pinturas, sobreviveu anos a fio na parede de um dos prédios do largo da igreja de Santos-o-Velho.
A propósito, tive um excelente professor de português no Liceu Pedro Nunes que se chamava Ribeiro Santos... terá alguma relação com o outro Ribeiro Santos? Alguém sabe?
E foi morto na minha faculdade... Na mesma reunião em que o José Lamego foi ferido. Não assisti: estava no VietMafra e, por isso, era aluno voluntário.
Isso. A Biblioteca Museu República e Resistência, com a colaboração da AAFDL, publicou em 1998 um livrito de 70 págs sobre esses acontecimentos.
Fui revê-lo e ver como MRPP dominava na altura (70/71/72...) a Faculdade: Eduardo Lobo, Ribeiro Santos, Pedro Palhinha, Rita Freitas, João Isidro, Luís Guerra, Carlos Gaspar, Duarte Teives, Maria José Morgado, Saldanha Sanches, João Caupers, José Lamego, Galamba, Fernando Rosas...
Deixem que me apresente: O meu nome é Luís, sobrinho mais velho de "Ribeiro Santos". O meu tio "zé Tó" como lhe chamavamos brincava muito connosco mas quando estava metido nos seus pensamentos a andar para trás e para a frente na sala de jantar, não gostava de ser interrompido! Chegava mesmo ao ponto de ralhar connosco. Não me lembro de ele alguma vez nos ter batido. A minha avó costumava dizer que ele não era gastador; usava os sapatos até se romperem e comia até se sentir satisfeito. Acho que raramente repetia o prato. Não sei se era filiado em algum partido. Embora conste que era do MRPP, ou o MRPP se aproveitou da sua morte para o criar num "mártir". Como já disse não sei!... O que sei é que também não era nenhum santo!... Era humano! Não gostava de injustiças, da guerra colonial, da censura e da polícia da altura. primava pela liberdade e igualdade de direitos. Mas acho que isso é comum a todos nós. Nós também não gostavamos de ser perseguidos e de ver a nossa vida privada violada sempre, a todo o momento.
Fui companheiro do teu Tio na Faculdade de Direito de Lisboa. Fui também dirigente associativo e, verdade se diga, na altura, não dei por muita militância político/estudantil do teu Tio.
7 comentários:
Não é piada nem falta de respeito pela figura em causa, mas quando eu era criança, e via a figura do Ribeiro Santos pintada nas paredes, pensava que era um Beatle.
Uma dessas pinturas, sobreviveu anos a fio na parede de um dos prédios do largo da igreja de Santos-o-Velho.
A propósito, tive um excelente professor de português no Liceu Pedro Nunes que se chamava Ribeiro Santos... terá alguma relação com o outro Ribeiro Santos? Alguém sabe?
AHAHAHAHAHAHAHAH
AHAHAHAHAHAHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!
E o Arnaldo de Matos foi roadie em Hamburgo...
Cheguei a sentar-me ao lado de Ribeiro Santos na Faculdade. A Mãe chamava-se Maria Antónia Leitão Ribeiro Santos e o Pai Vasco Artur Ribeiro Santos.
LT
E foi morto na minha faculdade... Na mesma reunião em que o José Lamego foi ferido. Não assisti: estava no VietMafra e, por isso, era aluno voluntário.
Isso. A Biblioteca Museu República e Resistência, com a colaboração da AAFDL, publicou em 1998 um livrito de 70 págs sobre esses acontecimentos.
Fui revê-lo e ver como MRPP dominava na altura (70/71/72...) a Faculdade: Eduardo Lobo, Ribeiro Santos, Pedro Palhinha, Rita Freitas, João Isidro, Luís Guerra, Carlos Gaspar, Duarte Teives, Maria José Morgado, Saldanha Sanches, João Caupers, José Lamego, Galamba, Fernando Rosas...
O Pai do Ribeiro Santos era médico.
LT
Deixem que me apresente: O meu nome é Luís, sobrinho mais velho de "Ribeiro Santos".
O meu tio "zé Tó" como lhe chamavamos brincava muito connosco mas quando estava metido nos seus pensamentos a andar para trás e para a frente na sala de jantar, não gostava de ser interrompido! Chegava mesmo ao ponto de ralhar connosco. Não me lembro de ele alguma vez nos ter batido.
A minha avó costumava dizer que ele não era gastador; usava os sapatos até se romperem e comia até se sentir satisfeito. Acho que raramente repetia o prato.
Não sei se era filiado em algum partido. Embora conste que era do MRPP, ou o MRPP se aproveitou da sua morte para o criar num "mártir". Como já disse não sei!...
O que sei é que também não era nenhum santo!... Era humano! Não gostava de injustiças, da guerra colonial, da censura e da polícia da altura. primava pela liberdade e igualdade de direitos. Mas acho que isso é comum a todos nós. Nós também não gostavamos de ser perseguidos e de ver a nossa vida privada violada sempre, a todo o momento.
Caro Luís:
Fui companheiro do teu Tio na Faculdade de Direito de Lisboa. Fui também dirigente associativo e, verdade se diga, na altura, não dei por muita militância político/estudantil do teu Tio.
Em todo o caso, curvo-me perante a sua memória.
LT
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