sábado, 4 de abril de 2009

MARINA MOTA


INTERDISCO - IDEP 1062

Amor de Neta - Qual Dos Dois Quero Mais - Cravos de Maio

19 comentários:

filhote disse...

Fantástico!

Tenho outro single da Marina, da mesma época, talvez posterior.

Salvo erro, a Interdisco é (era) propriedade do sr. Manuel dos discos - o da rua Augusta.

Jabberwocky disse...

É isso, Filhote, era e é. Aliás, ele tem reeditado alguns desses discos em CD, de há uns 2 anos para cá.

daniel bacelar disse...

Ora aqui está uma coisa com imensa piada!!!!
Espero que a Marina ainda tenha este disco.
Digo isto pois por vezes as coisas desaparecem e são insubstituiveis.
Que engraçado,já naquela altura tinha a mesma cara de adulta .
Bem gira por sinal!!!CLARO!!!!

Teresa disse...

Sempre achei que Marina Mota tinha um ar ordinário.
O que acho chocante é (como descubro agor) é que já em criança o tivesse.
Estou a ser preconceituosa, provavelmente (e odeio a ideia). Mas se isto não é um ar ordinário... vou ali e já venho!

filhote disse...

O que é um ar ordinário?

Acho extraordinário que ainda se pense assim em Portugal...

daniel bacelar disse...

Mas que raio Teresa!!!!
Deves ter comido qualquer coisa ao pequeno almoço que te caiu mal!!!!
Tens um gato???
Eu tenho dois,o Tobias e a Marta!!!!
Olha que quem gosta de gatos não pode ser tão azêdo!!

filhote disse...

De facto, Daniel, chocante o comentário da Teresa. Mais do que azedo eu diria ofensivo. Total falta de respeito pela artista em causa.

Em Portugal, infelizmente, a diferença continua a não ser respeitada. Ou são monhés, ou são pretos, ou são bimbos, ou são betos, ou são ordinários.

Neste caso, a ofensa soa-me ainda mais despropositada pelo facto da Marina Mota não ser diferente, na aparência, da maioria das mulheres portuguesas, e em particular das puras alfacinhas.

Na foto, uma "Miúda de Alcântara", como diz a cantiga. Uma miúda de talento extraordinário. E bem bonita por sinal.

Ninguém tem culpa - deverá ter até orgulho - de nascer simples, num meio simples, porventura com outras referências culturais e de gosto. Cada um faz a sua história, e a história da Marina nada tem de ordinária.

Quando olhamos dessa forma, grosseira, os nossos próprios semelhantes. muito mal vamos...

Ainda por cima, Teresa, caso não saiba, a Marina é uma pessoa maravilhosa. Uma mulher extraordinária!

Por isso, volto a perguntar-lhe: o que é um ar ordinário?

Pedro de Freitas Branco

daniel bacelar disse...

Caro Pedro
As pessoas andam nervosas,sentem no ar um odor estranho e não sabem para onde se voltar pois têm a noção de serem enganadas por todos os lados.
As frustrações vêm ao de cima,e descarregam na primeira coisa que aparece.
Não estou a desculpar de maneira nenhuma a Teresa,não a conheço e estou convencido que não precisa de ninguém que a defenda,pois sómente se tem alguma razão particular para detestar a Marina (essa deveria ser guardada para si)se justificaria???tamanho ataque.
é como digo,deve ter comido algo que lhe fêz mal ao pequeno almoço e como é comum nos portugueses,quando as coisas correm mal,descarregam no primeiro desgraçado que aparece pela frente.
Enfim,nada acontece por acaso!!!
Não sei se me entendes!!!...

ts (not teresa) disse...

A própria Teresa tinha consciência que estaria a ser preconceituosa (e que odiava a ideia).

A nossa mente nem sempre é politicamente correcta. O problema da Teresa foi ter exposto publicamente a sua "ideia"

Quanto á Marina Mota, a ideia que que alguém possa ter dela será - em parte - influenciada pelos papeis que ela possa ter feito. Será daí que provém esse eventual preconceito.

Quanto ao ordinário. ser ordinário é ser vulgar (ou seja não ser extraordinário). E se formos a ver somos - na grande maioria - ordinários, pois não assim tantas pessoas extraordinárias

Teresa disse...

Não podia ter sido mais sovada, pois não?

Eu própria fui a primeira a reconhecer que estava a ser preconceituosa, e que odiava isso. Como o (ou a) TS salientou, se eu tivesse emitido a mesma opinião à mesa de um restaurante, mais gente teria concordado comigo, na certa. Hoje fiz o teste no local de trabalho, perguntei a várias pessoas. Afinal parece que não estou sozinha. O terrível, nisto, é mesmo o peso da palavra escrita...

Como tal, peço ao Luís, dono da casa, que apague o meu primeiro comentário. É que a pessoa em questão, que não conheço, contra quem não tenho absolutamente nada, até pode ser, e é provavelmente, uma pessoa maravilhosa. Logo, detestaria que algum dia, por acaso, lesse palavras que me saíram e que considero cruéis.

Teresa disse...

P.S. para o Daniel:
Eu tinha duas gatas. A do retrato, Messalina Valéria, a coisa mais doce que Deus já pôs neste mundo, morreu há dois meses.
Resta-me Agripina Germânica, que está muito desorientada por se ver sozinha. Ando à procura de uma mana para ela, de preferência siamesa (homenagem a Messy). Se alguém souber de uma gatinha siamesa para fazer companhia a Agri nas longas horas em que estou no gabinete... fico muito grata.

filhote disse...

Teresa, o facto de se retratar quanto ao infeliz comentário sobre a Marina é um sinal muito positivo. Teve a noção da violência das suas palavras o que é importante.

Porém, não gostei - perdoe-me a ousadia - que defendesse os seus argumentos, apoiando-se nessa imensa maioria do seu trabalho. Não precisa disso. Ou acredita no que pensa ou não acredita.

Pergunte amanhã aos seus colegas se não acham isto ou aquilo do José Mourinho, ou do Herman José? Não ficarei surpreendido se aproveitarem para deitá-los abaixo. É próprio do povo português, infelizmente.

Teresa disse...

Filhote,
Acredite que estou arrependida daquele comentário que aqui escrevi. Poderia apagá-lo, mas só ao Luís cabe esse gesto.
Quanto ao mais...

Herman José?

Há tempos escrevi sobre ele. Aqui:

http://gotaderantanplan.blogspot.com/2008/05/herman-jos-no-seu-melhor-1.html

Depois diga-me o que acha.

Sinceramente.

filhote disse...

Poderia escrever sobre o estado de queixume, ressentimento e inveja que se apoderou há muito dos portugueses, mas não o farei aqui. Não é o local apropriado.

A verdade é que o anonimato, e a ausência de confronto real, na Internet, tornou-se o maior instrumento nacional da inveja.

Com isto, não quero dizer que a Teresa tem inveja da Marina Mota, obviamente. Ou que tivesse escrito aquelas palavras com o intuito de magoar e ofender a artista. O meu pai, um amigo meu, alguém que me seja muito querido, poderia ter escrito o mesmo sobre um outro artista qualquer. Ou seja, o "dizer mal" e a violência verbal já saem naturalmente da boca do português - inconscientemente consciente.

O problema é que a violência é subterrânea. Nunca visível. À superficie, reina o mito dos "brandos costumes". Impossível, aposto, que a Teresa ousasse dizer o mesmo sobre a Marina em directo na TV. Por quê? Não sabia que um texto na Internet pode ser lido por qualquer pessoa, a qualquer horário, em qualquer local?

Em Democracia, todos têm o direito a dizer o que pensam. Mas que o digam com coragem...

Por que, afinal de contas, ofender alguém que não se conhece de uma forma gratuita é vulgar em Portugal. É ordinário.

filhote disse...

Ainda bem que está por aí, Teresa...

Ainda não nos conhecemos pessoalmente, mas não pense que fico chateado ou com algum preconceito em relação a si. Pelo contrário. Dos debates e das discussões é que nasce a luz!

E até peço que reconsidere o pedido que fez ao Ié-Ié... é que o desenrolar da nossa conversa torna-se mais pedagógico que o apagamento dos comentários. A própria Marina se ler tudo isto, acabará por achar interessante (digo eu).

Abraço!

filhote disse...

Ah, Teresa, e depois vou ler o que escreveu sobre o Herman...

Teresa disse...

Continuo a achar que o Luís deve apagar o comentário inicial. Magoa sem necessidade, é um comentário leviano, penitencio-me por ele.

Mas ainda bem que nos entendemos. :)

Grande abraço.

filhote disse...

E só para terminar:

Teresa, não sofra demasiado pelo que escreveu. Todos nós, portugueses, sofremos do mesmo mal. E é um sofrimento que nunca mais acaba. Numa mesa de café, em Lisboa, terei dito coisas muito piores sobre outros.

Por isso mudei-me para o Rio, e mudei. Sou outra pessoa. E agradeço ao Brasil por isso...

ié-ié disse...

Sorry, só agora estou a ver o desenvolvimento da conversa. Não me tinha ainda apercebido do pedido da Teresa, mas eu julgo que ela própria pode apagar o seu próprio comentário se ainda o desejar.

Eu, por mim, não vejo necessidade de o fazer e não gostaria de o fazer, mas se a Teresa insistir terei de o fazer bem como a todos os outros que com ele estão relacionados.

Os autores não podem apagar os seus próprios comentários? Eu acho que sim.

LT