EMI - 7937791 - edição portuguesa (1989)
DISCO 1 - LADO A
Chico Fininho (Rui Veloso) - So Long (Fisher Z) - Dreamin' (Cliff Richard) - Lança Perfume (Rita Lee) - Babooshka (Kate Bush) - Bette Davis Eyes (Kim Carnes) - Classic (Adrian Gurvitz)
DISCO 1 - LADO B
Cambodia (Kim Wilde) - É P'ra Amanhã (António Variações) - We've Got Tonight (Kenny Rogers) - Save A Prayer (Duran Duran) - Saudade (Trovante) - Tonight I Celebrate My Love (Peabo Bryson e Roberta Flack) - Sempre Que O Amor Me Quiser (Lena D'Água & Atlântida)
DISCO 2 - LADO A
I Want To Break Free (Queen) - What's Love Got To Do With It (Tina Turner) - Still Loving You (Scorpions) - A Vida Num Só Dia (Rádio Macau) - Kayleigh (Marillion) - West End Girls (Pet Shop Boys) - Sete Mares (Sétima Legião)
DISCO 2 - LADO B
Efectivamente (GNR) - Unchain My Heart (Joe Cocker) - O Inventor (Heróis do Mar) - Bamboleo (Gipsy Kings) - Irreal Social (Ban) - Love Changes (Everything) (Climie Fisher) - The Look (Roxette)
A década começou com o Afeganistão e a perspectiva de um Vietname à russa - ou de outro Cambodja. Kim Wilde não deve ter pensado nisso... E, depois, fechou com a queda do Muro de Berlim. Fechou-se o ciclo. A partir daqui, o mundo não vai ser o mesmo.
Um actor chegou a Presidente doa EUA e Mrs. Thatcher continuou de armas e bagagens no nº 10 de Downing Street. A América Latina continuou a ferro e fogo, sonhando com a paz. O Brasil votou, sambou e bagunçou e exportou telenovelas e jogadores de futebol. Como de costume lançou perfume.
No Extremo Oriente continuam a não se entender muito bem uns com os outros. Na África do Sul, os negros sonham com a liberdade de Mandela e com o fim do apartheid; é pr'a amanhã... E, hoje já, são menos os muros. Bem haviam cantado os Queen - i want to break free.
O Mundo encheu-se de "irreais sociais" - de Cicciolina bamboleando as suas formas na política italiana à impotência generalizada perante a crescente ameaça da SIDA. "What's love got to do with it?". Pelos vistos, nada...
Foi a década do teledisco como arte e como arma, o teledisco que os Duran Duran e Kate Bush tão bem souberam usar. Nunca antes a imagem tivera tanta importância - não admira que em 1989 apareça um grupo pop a sintetizar isto tudo numa canção: "The Look".
E depois houve os amigos de Alex, os saudosistas dos anos 60 unidos por um filme e por uma série de memórias. Onde está a revolta, o protesto, a vida num só dia? Ficou apenas a saudade. Em contrapartida, chegaram os "yuppies", bem vestidos, ricos e deslumbrantes. E o dinheiro que fizeram em pequenas, médias e grandes aventuras.
Os 500 anos dos Descobrimentos foram e vieram e dos "sete mares" ficou apenas a lembrança, para quem se lembra. O Monumental foi abaixo - "so long" -, as Amoreiras acima - "efectivamente". Lisboa nunca mais foi a mesma. O Bairro Alto subiu de cotação. Houve o "boom" do "rock" português (olá Chico Fininho) e o "crack" da Bolsa.
Agora, dos anos 80 apenas restam as memórias, públicas e privadas. As 28 canções deste disco são uma inesquecível banda sonora - clássicos de uma década que já passou. Nem todas foram pensadas como clássicos, mas o tempo encarregou-se disso. Álbum de recordações? "Tonight I celebrate my love"... "We've got tonight...". Não, a ideia é recomeçarmos a dançar.
(texto apócrifo no interior do álbum)
DISCO 1 - LADO A
Chico Fininho (Rui Veloso) - So Long (Fisher Z) - Dreamin' (Cliff Richard) - Lança Perfume (Rita Lee) - Babooshka (Kate Bush) - Bette Davis Eyes (Kim Carnes) - Classic (Adrian Gurvitz)
DISCO 1 - LADO B
Cambodia (Kim Wilde) - É P'ra Amanhã (António Variações) - We've Got Tonight (Kenny Rogers) - Save A Prayer (Duran Duran) - Saudade (Trovante) - Tonight I Celebrate My Love (Peabo Bryson e Roberta Flack) - Sempre Que O Amor Me Quiser (Lena D'Água & Atlântida)
DISCO 2 - LADO A
I Want To Break Free (Queen) - What's Love Got To Do With It (Tina Turner) - Still Loving You (Scorpions) - A Vida Num Só Dia (Rádio Macau) - Kayleigh (Marillion) - West End Girls (Pet Shop Boys) - Sete Mares (Sétima Legião)
DISCO 2 - LADO B
Efectivamente (GNR) - Unchain My Heart (Joe Cocker) - O Inventor (Heróis do Mar) - Bamboleo (Gipsy Kings) - Irreal Social (Ban) - Love Changes (Everything) (Climie Fisher) - The Look (Roxette)
A década começou com o Afeganistão e a perspectiva de um Vietname à russa - ou de outro Cambodja. Kim Wilde não deve ter pensado nisso... E, depois, fechou com a queda do Muro de Berlim. Fechou-se o ciclo. A partir daqui, o mundo não vai ser o mesmo.
Um actor chegou a Presidente doa EUA e Mrs. Thatcher continuou de armas e bagagens no nº 10 de Downing Street. A América Latina continuou a ferro e fogo, sonhando com a paz. O Brasil votou, sambou e bagunçou e exportou telenovelas e jogadores de futebol. Como de costume lançou perfume.
No Extremo Oriente continuam a não se entender muito bem uns com os outros. Na África do Sul, os negros sonham com a liberdade de Mandela e com o fim do apartheid; é pr'a amanhã... E, hoje já, são menos os muros. Bem haviam cantado os Queen - i want to break free.
O Mundo encheu-se de "irreais sociais" - de Cicciolina bamboleando as suas formas na política italiana à impotência generalizada perante a crescente ameaça da SIDA. "What's love got to do with it?". Pelos vistos, nada...
Foi a década do teledisco como arte e como arma, o teledisco que os Duran Duran e Kate Bush tão bem souberam usar. Nunca antes a imagem tivera tanta importância - não admira que em 1989 apareça um grupo pop a sintetizar isto tudo numa canção: "The Look".
E depois houve os amigos de Alex, os saudosistas dos anos 60 unidos por um filme e por uma série de memórias. Onde está a revolta, o protesto, a vida num só dia? Ficou apenas a saudade. Em contrapartida, chegaram os "yuppies", bem vestidos, ricos e deslumbrantes. E o dinheiro que fizeram em pequenas, médias e grandes aventuras.
Os 500 anos dos Descobrimentos foram e vieram e dos "sete mares" ficou apenas a lembrança, para quem se lembra. O Monumental foi abaixo - "so long" -, as Amoreiras acima - "efectivamente". Lisboa nunca mais foi a mesma. O Bairro Alto subiu de cotação. Houve o "boom" do "rock" português (olá Chico Fininho) e o "crack" da Bolsa.
Agora, dos anos 80 apenas restam as memórias, públicas e privadas. As 28 canções deste disco são uma inesquecível banda sonora - clássicos de uma década que já passou. Nem todas foram pensadas como clássicos, mas o tempo encarregou-se disso. Álbum de recordações? "Tonight I celebrate my love"... "We've got tonight...". Não, a ideia é recomeçarmos a dançar.
(texto apócrifo no interior do álbum)
12 comentários:
Parece resumo das colectâneas jackpot. Muitos dos temas estavam incluídos nessas colectãneas.
Anos 60
E depois houve os amigos de Alex, os saudosistas dos anos 60 unidos por um filme e por uma série de memórias.
Os Anos 80 foram, sem qualquer margem para dúvidas, a pior década da música pop. Apesar disso, esta coletânea ainda consegue reunir algumas excepções, sobretudo a nível nacional.
Os anos 80 são inolvidáveis (no sentido positivo) em termos de música ...
Caro Rato, por favor excluir dessas "excepções a nível nacional" os inenarráveis Ban do Dr. Loureiro...
Excluo sim senhor, alegremente e sem qualquer remorso.
O José Lelo, também não fazia parte desta Ban(dalheira)?
Os Ban são um dos grandes grupos portugueses de sempre
Temas como "Alma Dorida", "Suave", "Dias Atlânticos", "Encontro com Mr. Hyde", "Irreal Social", etc. são clássicos da música portuguesa
Música pop sem preconceitos
Para quem quiser recordar o "Suave"
http://janela-sobre-mar.blogspot.com/2005/10/suave-suave-ban.html
Havia diversos temas interpretados pela Ana Deus que também eram bastante interessantes
RATO os anos 80 foram, SEM DUVIDA, a melhor década da musica pop!!!
doa isso a quem doer!!!
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