sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

AAFDL


Direcção da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (AAFDL) no ano lectivo 1968/69, da esquerda para a direita: Carlos Fino, Duarte Teives (falecido a 28 de Julho de 2023), Manuel Roque (presidente - já falecido), João Arsénio Nunes, Luís Pinheiro de Almeida, Francisco Gonçalves Pereira e João Soares.

Se bem me lembro, havia aqui uma curiosa mistura entre PCP, PS e MRPP, ou melhor, EDE (Esquerda Democrática Estudantil, pioneira do MR).

28 comentários:

josé disse...

Não havia defensores da situação?

Porquê? Por causa da Pide/Dgs?

E a situação não tinha nada de defensável?

E como é que se podia defender o indefensável das ditaduras comunistas, muito mais cruéis que a que tínhamos e não defender esta, que afinal era mais branda?

Toda a gente a querer uma ditadura ainda mais dura que a que tinham...

Lógica que me escapa.

daniel bacelar disse...

Luis
Ninguém diria que o terceiro "chavalo" a contar da direita és tu!!!!!!
QUE AR TÃO BEM COMPORTADO!!!!!!

Anónimo disse...

Havia defensores da situação, sim. Muitos. E exprimiam-se vivamente. E havia também quem não pudesse com aquilo. E quem não podia com aquilo defendia toda a espécie de alternativas, utopias, de convergências anti-regime.

Reduzir tudo a uma militância pró-comunista é tão primário como os próprios comunistas.

Vê-se que o José não viveu aqueles tempos, não conheceu o ambiente, o cinzentismo e o atraso. Por isso mesmo a má-fé e o sectarismo dele são enternecedores. Muito característicos de um certo reaccionarismo de província tão bem retratado já pelos nossos escritores do século XIX.

Anónimo disse...

Este homem JOSÉ vê defensores de ditaduras comunistas em tudo.
Será daqueles ferrenhos do PS que , agora, vêem em cada professor um perigoso agitador comunista?

ié-ié disse...

José:

Defensores da situação, José? Naquela altura? Na Faculdade? Claro que havia, sei lá, Pedro Cabrita, Jaime Nogueira Pinto, Martins da Cruz... mas acho que eram tão poucos que nem dava para formar uma lista candidata às eleições da AAFDL.

A sério, a "direita" em Direito não tinha grande expressão ou era amorfa...

LT

Anónimo disse...

Óh José!!!
Ai os comunistas, que horror!!!
Nacionalizzzzações?
Tu queres é uma Dita...Dura!!!

daniel bacelar disse...

Oh meus amigos!!!!!
Conforme esperava,já se começa a estragar este interessantissimo BLOG com "A MERDA DA POLITICA".
Como diria o outro:
Não há nexexidade!!!!
Ou está tudo parvo,ou na realidade não entendo as pessoas!!!!
Será que ainda não percebemos que a situação miserável a que se chegou (e esperem por 2009!!!)é culpa de todos nós,que alinhamos nestas cegadas enquanto aqueles que fôram para ao poder á nossa custa estão na maior????
Mentalizemo-nos que somos "UMA RAÇA DE FILHOS DA PUTA" (eu incluido que votei no SÓCRATES -claro que outro qualquer seria a mesma coisa!!)e quando pelo menos chegarmos todos a essa conclusão,e houver coragem de julgar e aplicar penas demolidoras a essa cáfila que vive á nossa custa,talvêz????? consigamos um dia ser um país "razoãvel"!!!
Entretanto vão-se preparando para pagarem "chorudas" indemnizações ao Vale e Azevedo ao Costa e a toda essa "malta dos Bancos",que vão sair desta embrulhada a rir.
TENHO A CERTEZA!!!!!
Deixem-se de fitas,e siga a música,porque senão qualquer dia este BLOG está transformado em mais um PASQUIM onde só escrevem "ILUMINADOS" mas que infelizmente nem sabem arrumar a própria casa.
TENHAM VERGONHA !!!!!!

Anónimo disse...

O Daniel Bacelar está a fazer o tirocínio para taxista ?

Anónimo disse...

Inclino-me mais para barbeiro.

josé disse...

Daniel: estraga nada.

Nada como uma pequena provocação, para vermos as reacções politicamente correctas.

Como escreveu o ié-ié, havia defensores da situação, mas poucos, muito poucos.

Eu vivi esses tempos, noutro lugar. Sei o que era o salazarismo, porque vivi esse tempo. O meu pai, recebeu a visita da Pide, por ter passado um atestado de residência e bom comportamento cívico ou coisa que se pareça, a emigrantes que sairam de Portugal a salto. Queriam saber coisas, sobre a fuga a salto das pessoas que já não aguentavam mais as condições de vida sem grande futuro, mas que viam em França ( ainda nos gloriosos 30 anos), o futuro para os seus.

Portanto, o que pretendo dizer com estas coisas, até é muito simples:

Os da oposição, repartiam-se entre comunistas e de extrema-esquerda. O PS só apareceu em 73, como se sabe ( estava lá o Rui Mateus que sabe muito disso).

E a minha pergunta que repito sem querer ofender ninguém e apenas para uma pequena provocação, é a mesma de sempre:

Os adeptos do comunismo ( englobando os extremismos de esquerda que me escuso de enumerar), não sabiam que o que propunham seria uma ditadura pior do que a que tínhamos?

É uma pequena pergunta que gostaria de ver respondida, sem incultos à minha pouca inteligência...

josé disse...

Repito a pergunta:

os comnunistas de agora e de antanho, não sabem que as suas propostas são de ditadura pior, muito pior do que a de Salazar?

Simples de responder.

Anónimo disse...

José, santa ingenuidade (se for mesmo ingenuidade...).

Haveria poucos defensores da situação na Faculdade de Direito de Lisboa, mas havia muitos pelo País fora.
E a oposição moderada ao regime não apareceu só a partir da criação do PS, como por um golpe de mágica. Ela existia, de forma não estruturada, é certo, e rejeitava liminarmente as propostas comunistas e de extrema esquerda. As candidaturas da CEUD nas legislativas de 1969 são um exemplo disso.

Essa obsessão provinciana anti-comunista é fácil e permite simplificar muita coisa que não se sabe ou se prefere não saber. O argumento "ou nós ou os comunistas" era uma das tretas estafadas da propaganda do regime. Que, a esta distância, o José papagueia bem.

Nessa lógica redutora e simplista faz um perfeito pendant com o discurso de ferrabraz taxista do Daniel Bacelar.

Não há aqui nade de politicamente correcto. Rejeito as propostas comunistas, que são um insulto a qualquer pessoa minimamente inteligente, e rejeito as reaccionaradas saloias de quem visivelmente não sabe do que fala.

Anónimo disse...

Parece-me que ainda falta a história do bispo, que é uma all-time favourite!

josé disse...

"Essa obsessão provinciana anti-comunista é fácil e permite simplificar muita coisa que não se sabe ou se prefere não saber. "

"reaccionaradas saloias de quem visivelmente não sabe do que fala."

Pela minha parte só fiz uma ou duas perguntas. E ainda não comecei a classificar a inteligência de ninguém.

Já sabemos que rejeita o comunismo-agora.

E em 1970?

A pergunta, por isso, mantém-se:

Em 1970, os comunistas e os da extrema-esquerda, não sabiam já que o que pretendiam era muito, mas mesmo muito pior do que o que rejeitavam?

Há duas maneiras de responder:

Sabiam. Ou então:não sabiam.

E outra coisa: os que defendiam a situação, defendiam exactamente o quê? A censura, a Pide e a ditadura? Ou outra coisa?

Simples.

josé disse...

O que eu chamo de "politicamente correcto" é a recusa de seguir uma lógica implacável: o comunismo era e é uma ditadura muito pior que o salazarismo. Maior repressão, maior concentração de poder, maior restrição de liberdades individuais e colectivas,maior censura, maior atentado à democracia tal como a conhecemos no Ocidente.

Então, porque não se reconhece isso tudo e se ilegaliza o PCP, tal como foi e é?

josé disse...

E a ingenuidade não é minha...

josé disse...

Em 1974, viu-se que a dicotomia "Ou nós ou os comunistas" tinha razão de ser. Em 1975, acabou o sonho.

A descolonização, tal como se fez, deu razão aos da "situação".

A ingenuidade continua a não ser minha...

josé disse...

É claro que a oposição da capela do Rato e da Ala Liberal e dos moderados que não aceitavam os ultras do regime, existia.

Mas por si só, dificilmente seria suficiente, para dar a volta á situação. O próprio Marcello Caetano poderia pertencer a esta oposição, por muito estranho que isso pareça. No seio dos seis governos, havia gente que era da oposição ( Rogério Martins, Veiga Simão e outros).

Não pretendo nestes comentários referir isso, porque o essencial era apenas uma coisa que foi aberta com o postal do ié-ié: na Associação de Direito, no final dos anos 60, os estudantes eram quase todos da oposição esquerdista.
Não fui eu quem escrevi isso.

E a minha pequena provocação, tinha a ver com esses dois factos:

1. Essa esquerda não percebia já o que significavam as suas propostas se fossem seguidas?

2. E os da situação, não tinham voz activa? Era tudo indefensável no regime?

Foi só isso que perguntei.

josé disse...

E que haja fair-play na discussão, já agora. Senão, o melhor é mesmo regressar às músicas.

Anónimo disse...

Porque não te calas, José? Estou farto da m.... da política. Vamos falar de música, porra!

E VIVA A MÚSICA!

Anónimo disse...

Portanto, "ou nós ou os comunistas". Não é isto reaccionário ?

A uma constatação de facto, responde o José com um processo de intenções. Vou tentar responder em português simples e entendível por qualquer pessoa que saiba ler: não sou nem nunca fui comunista.

Porque é que não se ilegaliza o PCP ? Ou o que quer que seja, já agora ? (mais uma reaccionarada que não inventei). Porque vivemos numa democracia. Conhece o conceito ?

Por aqui me fico. Pode avançar com a rábula do bispo.

Viva a música, de facto. Mas não a partilho com quem quer que seja.

josé disse...

Reaccionário é um termo comunista...

Típico.

Mas viremos a agulha que discutir política leva a lado nenhum.

filhote disse...

Sem querer meter a foice em seara alheia, causa-me alguma impressão que aquele, ou aqueles, sejam capazes de ofender outros gratuitamente, sem legitimidade, e escondendo-se sob o anonimato.

O meu avô, comunista assumido, dizia que apenas os fracos se escondem. E destes, não reza a história...

Voltemos então à música. Ponto final, parágrafo.

Anónimo disse...

Peço desculpa. É evidente que Filhote não é anónimo. E José também não.

josé disse...

Anónimo:

Não me sinto ofendido com as suas invectivas. Não ofende quem quer, como costumo dizer.
E quando as pessoas começam a desvalorizar intelectualmente os outros, então é que não ofendem mesmo. Antes se ofendem a eles próprios...

Portanto, não me ofendi e nem me ofendo com essas considerações pessoalizadas. Tenho pele dura, nesse aspecto.

Porém, sinto-me é frustrado por não responder concretamente ao que perguntei.

PS Quanto ao anonimato, já dei para o peditório. Aceito, desde que consiga perceber minimamente as razões.

josé disse...

Não obstante, o filhote, não é anónimo porque todos os que escrevem aqui, sabem quem é e até tem foto.

Quanto a mim, é igual. E até tem por aí uma foto.

Quanto ao anónimo, não sei quem seja. Como é natural que assim seja.

Por isso, a observação é um pouco estulta e só compreensível para quem não frequenta a tertúlia.

daniel bacelar disse...

Meus queridos amigos
Com tanta sapiência e conhecimento politico que vejo existir ao longo destes 27 comentários,não percebo porque é que ainda não apareceu ninguém que nos tire desta "MERDA"!!
Será que se confirma que na realidade somos uma raça de atrasados mentais????
Começo-me a inclinar para isso!!....
Voltemos á música apesar de nem nos conseguirmos "impingir" ao Brasil (tirandoo "faduncho" e mesmo esse......?)
AZARES!!!!!

Karocha disse...

Não se zanguem caros senhores, o passado já lá vai e, se permitem um alvitre de uma bifa bem passada o que é necessário é ver como resolver a imundice em que este Pais está...