FOOD 29 - 1991
There's No Other Way - Inertia
É verdade que prefiro os Oasis aos Blur, mas não renego estes últimos de maneira alguma. É apenas uma questão de gosto pessoal.
A guerra Oasis-Blur foi uma invenção da imprensa, à semelhança da que ocorrera três décadas antes com os Beatles e os Rolling Stones.
E é curioso observar as recentes declarações de Andrew Loog Oldham, à época manager dos Stones, que confessou que se não fôra essa guerra, os Stones não teriam sido ninguém, que a guerra só os beneficiara, só os promovera.
Adiante!
Até conheci os Blur dois anos antes dos Oasis. Vi-os ao vivo pela primeira vez no dia 05 de Abril de 1992 no Rollercoaster, na Brixton Academy (Londres), juntamente com os Jesus and Mary Chain, My Bloody Valentine e Dinosaur Jr.
À falta de melhores argumentos (musicais), Damon Albarn virou-se de costas para o público e arreou as calças e cuecas. Curiosamente, anos mais tarde, Damon confessou ter sido este o maior erro da sua vida.
Vi depois os Oasis pela primeira vez ao vivo no dia 31 de Julho de 1994 no T In The Park Festival, em Glasgow.
Fizeram a diferença.
Foi uma das mais loucas entrevistas que fiz a músicos britânicos. Chovia e enquanto Liam, com a camisola da selecção brasileira, dava uns toques com a bola cá fora, no relvado, enfiei-me com Noel na van e mais uma dúzia de cervejas.
Noventa e cinco por cento da entrevista foi passada a beber cerveja e a discutir qual de nós tinha mais discos-piratas dos Beatles! Ao fim de algum tempo, Noel acabou por atirar a toalha ao chão!
Divertido também quando, na humidade do vidro, lhe desenhei grotescamente o mapa da Europa e lhe perguntei onde ficava Portugal. Apontou-me a Itália! Vá lá, ao menos não indicou Espanha!
Em 1994, os Oasis eram ainda imberbes e nem o primeiro LP, "Definitely Maby", tinha sido ainda editado. Não eram ainda banda de palco principal, tocavam numa tenda de circo.
Quando subiram ao palco, fomos - eu e a Teresa - literalmente atropelados por uma multidão histérica em correria. A Teresa chegou a ser atirada ao chão e eu protegia-me como pude. Está tudo gravado, a guincharia...
Voltei a encontrar Noel várias vezes ao longo da sua carreira. No dia 17 de Maio de 2000, antes do concerto na extinta Praça Sony, em Lisboa, confrontei-o com as fotos de 1994.
Autografou-mas, riu-se, mas confessou que não se lembrava de nada.
Pudera!
There's No Other Way - Inertia
É verdade que prefiro os Oasis aos Blur, mas não renego estes últimos de maneira alguma. É apenas uma questão de gosto pessoal.
A guerra Oasis-Blur foi uma invenção da imprensa, à semelhança da que ocorrera três décadas antes com os Beatles e os Rolling Stones.
E é curioso observar as recentes declarações de Andrew Loog Oldham, à época manager dos Stones, que confessou que se não fôra essa guerra, os Stones não teriam sido ninguém, que a guerra só os beneficiara, só os promovera.
Adiante!
Até conheci os Blur dois anos antes dos Oasis. Vi-os ao vivo pela primeira vez no dia 05 de Abril de 1992 no Rollercoaster, na Brixton Academy (Londres), juntamente com os Jesus and Mary Chain, My Bloody Valentine e Dinosaur Jr.
À falta de melhores argumentos (musicais), Damon Albarn virou-se de costas para o público e arreou as calças e cuecas. Curiosamente, anos mais tarde, Damon confessou ter sido este o maior erro da sua vida.
Vi depois os Oasis pela primeira vez ao vivo no dia 31 de Julho de 1994 no T In The Park Festival, em Glasgow.
Fizeram a diferença.
Foi uma das mais loucas entrevistas que fiz a músicos britânicos. Chovia e enquanto Liam, com a camisola da selecção brasileira, dava uns toques com a bola cá fora, no relvado, enfiei-me com Noel na van e mais uma dúzia de cervejas.
Noventa e cinco por cento da entrevista foi passada a beber cerveja e a discutir qual de nós tinha mais discos-piratas dos Beatles! Ao fim de algum tempo, Noel acabou por atirar a toalha ao chão!
Divertido também quando, na humidade do vidro, lhe desenhei grotescamente o mapa da Europa e lhe perguntei onde ficava Portugal. Apontou-me a Itália! Vá lá, ao menos não indicou Espanha!
Em 1994, os Oasis eram ainda imberbes e nem o primeiro LP, "Definitely Maby", tinha sido ainda editado. Não eram ainda banda de palco principal, tocavam numa tenda de circo.
Quando subiram ao palco, fomos - eu e a Teresa - literalmente atropelados por uma multidão histérica em correria. A Teresa chegou a ser atirada ao chão e eu protegia-me como pude. Está tudo gravado, a guincharia...
Voltei a encontrar Noel várias vezes ao longo da sua carreira. No dia 17 de Maio de 2000, antes do concerto na extinta Praça Sony, em Lisboa, confrontei-o com as fotos de 1994.
Autografou-mas, riu-se, mas confessou que não se lembrava de nada.
Pudera!