terça-feira, 30 de novembro de 2010

T & T


Cartaz da festa do III Aniversário de Os Tubarões, em Viseu a 23 de Abril de 1967, em que Tonicha, acompanhada por nós, foi a grande atracção que esgotou o Cine Rossio e teve aclamação do público com vários "encore".

Foi um êxito!

De facto, a Tonicha em 1967 era a maior atracção musical do país pois venceu 1º prémio do Festival da Canção, teve o Prémio de Imprensa, o Microfone de Ouro e Mulher Portuguesa do Ano.

É obra!

E foi muito simples ensaiar e acompanhá-la. Era muito simples e boa profissional. Encantou-nos na época.

Colaboração de Eduardo Pinto, dos Tubarões

1 LUGAR AO SOL


EMI - 1776726 - 1988

1 Lugar Ao Sol - A Sombra De Uma Flor - 1 Só Céu

Canções de Miguel Ângelo e Fernando Cunha, com produção deste último. Fotografia de Vítor Machado, o rapaz da capa chama-se Nelson Cardoso, hoje já será um adulto.

Não faço coro com os que "não gostam" dos Delfins, para utilizar uma expressão do Facebook.

UMA BELA MEMÓRIA DE JULIAN LENNON


"Beatles Memorabilia - The Julian Lennon Collection", Brian Southall with Julian Lennon, Goodman Books, 2010, 192 págs

Que belo testemunho!

ÇIRAGAN PALACE HOTEL, TURQUIA


Foi neste magnífico Hotel de Istambul, à beira do Bósforo, que fiquei quando da visita presidencial de Mário Soares à Turquia de 20 a 28 de Outubro de 1992.

RUA DO ESTENDAL


Figueira da Foz.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BAIRRO DO AMOR


PHILIPS - 838 098-1 - 1989

A

Frágil (I) - A Escola - Minha Senhora Da Solidão - Uma Vez - Eternamente Tu

B

Dá-me Lume - Só - Passos Em Volta - Bairro Do Amor - Boletim Meteorológico - Frágil (II)

Música, poemas e arranjos de Jorge Palma, produção de Tó Pinheiro da Silva, Francis e Jorge Palma. Pintura, fotos e grafismo de Valente Alves.

Este clássico da música popular portuguesa teve a a participação, entre outros, de Guilherme Inês (bateria e percussão), Joca de Sousa (bateria), Zé Nabo (baixo e coros), Zé da Ponte (baixo), Zé Carrapa (guitarras eléctricas), Carlos Zíngaro (violino) e Edgar Caramelo (saxes).

FADO DE SEMPRE


CASABLANCA/POLYGRAM - 834 149-1 - 1987

LADO A

Rosa Engeitada (José Falhardo/Raul Ferrão) - Casa Da Mariquinhas (João Silva Tavares/Alfredo Duarte) - Maldito Fado (direitos reservados) - Carmencita (Joaquim Frederico de Brito/Pedro Rodrigues) - Canoas Do Tejo (Joaquim Frederico de Brito) - Povo Que Lavas No Rio (Pedro Homem de Melo/Joaquim Campos)

LADO B

Menina Das Tranças Pretas (D. Vicente da Câmara) - Rapaz Da Camisola Verde (Pedro Homem de Melo/Hermano da Câmara) - Eu Canto A Solidão Que Me Tortura (Maria Manuel Cid/Miguel Ramos) - Por Morrer Uma Andorinha (Joaquim Frederico de Brito) - Embuçado (Gabriel Oliveira/Alcidia Rodrigues) - Mas Sou Fadista (Artur Ribeiro/Ferrer Trindade)

Direcção musical e produção de António Chaínho.

EDIÇÃO RETIRADA DO MERCADO


EMI - 7953431 - 1990

DISCO 1

Lado A

USA - Dá Fundo - Bellevue - Valsa dos Detectives

Lado B

Dunas - (Um Chamado) Desejo Eléctrico - Morte Ao Sol - Hardcore (1ª Escalão)/Apache (Shadows)

DISCO 2

Lado A

Dama Ou Tigre - Efectivamente - Nova Gente - Runaway

Lado B

Falha Humana - Video Maria - Sê Um GNR/Portugal Na CEE/Espelho Meu/Twistarte/Piloto Automático - Impressões Digitais

Esta edição em duplo vinil teve de ser retirada do mercado por incluir canções sem autorização, "(Um Chamado) Desejo Eléctrico" e o medley "Sê Um GNR/Portugal Na CEE/Espelho Meu/Twistarte/Piloto Automático".

"SEMENTES DE VIOLÊNCIA"


O filme "Sementes de Violência" ("Blackboard Jungle", Richard Brooks, 1955), considerado o motor de arranque do rock em Portugal, estreou-se em simultâneo nos cinemas S. Luiz e Alvalade, em Lisboa, faz hoje 55 anos!

O filme esteve em cartaz nos dois cinemas até ao dia 16 de Dezembro de 1955, inclusivé.

Mereceu do "Diário Popular", de 30 Novembro, a seguinte crítica:

A atmosfera de interesse criada à volta deste filme com a recordação do incidente diplomático que ele originou na Bienal de Veneza, deu à estreia de ontem uma expectativa que, na realidade, não foi iludida, pois o público que aplaudiu, no final, viu um bom espectáculo de cinema. "Sementes de Violência" ("Blackboard Jungle") é um filme corajoso e duro. O problema (comum a todos os países que viveram a guerra, mas mais sensível na América) da delinquência infantil, bem explicado por um dos personagens quando diz "os rapazes criaram-se de qualquer maneira, com os pais na guerra e as mães nas fábricas", é tratado com o vigor de um libelo e a enternecedora emoção de uma mensagem de esperança: a de que os jovens só são maus quando não se compreendem os seus problemas e não se coaduna a sua educação com o objectivo de fazer sobressair os seus sentimentos puros e de os afastar das más influências. O filme serve também para exaltar a missão dos professores, mal pagos em toda a parte, até na grande e rica república americana. Filme de tese, "Sementes de Violência" adquire, no entanto, tal intensidade dramática que o espectador é subjugado pelo desenvolvimento da acção de princípio a fim. A realização, de Richard Brooks, é notável. Sem sobressaltos, sem artifícios, a história é contada com uma violência extraordinária, mas com uma emoção sempre presente em todas as imagens. A interpretação de Glenn Ford é bem um exemplo de como deve representar-se em Cinema. Mas o numeroso grupo de actores que o acompanha é outro dos muitos motivos de êxito. É também de assinalar, com relevo, a adaptação musical, em que figuram algumas belas canções , muito bem tocadas e cantadas. Bons complementos. Um programa que se recomenda.
Três semanas depois, o mesmo "Diário Popular" publicou no dia 19 de Dezembro uma pequena notícia:

As músicas de "Blackboard Jungle" ("Sementes de Violência") causaram um delírio junto dos apreciadores da música moderna. A tal ponto, que a primeira remessa para Portugal é da ordem dos 1.500 discos e que já se encontra vendida mesmo antes de chegar. Trata-se de "Rock Around The Clock" (gravação Decca), "Invention For Guitar And Trumpet" (gravação Capitol) e "The Jazz Me Blues" (gravação Columbia).

NATAL & ANO NOVO NO HARD ROCK


E sabem quanto vale uma garrafa de vinho tinto alentejano da casa?

€ 20!!!!

O equivalente a 10 garrafas de "Rosário", da Casa Ermelinda Freitas, e ainda sobra dinheiro!

domingo, 28 de novembro de 2010

ROLLING STONES


The Rolling Stones, Ultimate Music Guide Issue 4, Uncut, 160 págs, € 10,80 (Tema - Colombo)

MY FAIR LADY


CBS 32043

O cinema é sempre uma festa, mas nunca o foi tanto como naqueles anos sessenta, a glória das salas escuras, em que ir ao cinema era como um acto litúrgico, quando o cinema era “com” e não “de”.

O deslumbramento de uma sala como a do “Monumental”, que foi demolida por decisão desse democrata-cristão, ou vive-versa, Krus Abecasis, personagem de triste memória para a cidade.

Condições únicas de projecção, cadeiras confortáveis, a magia de “My Fair Lady”, o esplendor de Audrey Hepburn: “Durante muito tempo, mulheres assim metiam-me algum susto. Não sei se tinha medo de as partir a elas, ou elas que me partissem a mim”, para citar João Bénard da Costa em “Muito Lá de Casa”.

Sempre bonita em todos os filmes em que entrou. Mas nunca tanto como neste filme de George Cukor. Desfazia-se o casamento de Audrey com esse traste ciumento que foi seu marido e se chamava José Ferrer, e, trabalhando até á exaustão, reinventou Eliza Doolitle.

Sabe-se que a Academia de Hollywood é um ninho de lacraus, mas nesse ano de 1964 esmeraram-se. O filme recebeu doze nomeações para Óscares, ganhou oito, e conseguiram a proeza de, em quatro nomeações de representação, não terem incluído Audrey Hepburn.

Numa carta a George Cukor, que se pode ler na autobiografia de Audrey Hepburn, escrita por Donald Spoto, a actriz desabafa com o realizador:

“Acho que não sou a única que não está às escuras. Parece-me tudo muito simples – a minha interpretação não foi das melhores. Acredito firmemente que, se fosse verdade que alguém se queria vingar do Jack Warner ou de mim, ou queria assegurar o Óscar à Julie Andrews, os seus sentimentos seriam automaticamente postos de lado se o meu esforço tivesse sido digno. Como “My Fair Lady” significou tanto para mim, esperava secretamente uma nomeação, mas nunca contei com um Óscar. Assim, estou desiludida mas não surpreendida como os meus amigos parecem estar".

Não mais voltou a ver “My Fair Lady” naquelas fabulosas condições de exibição do “Monumental”, mas guarda a clara e gritante gargalhada da Aida, a ecoar pela sala, quando naquela deslumbrante cena das corridas de Ascot, Eliza dispara aquele “mexe-me esse cu velha pileca!”.

Colaboração de Gin-Tonic

YÉ-YÉ NA "PÚBLICA"


O jornalista Mário Lopes assina hoje na revista "Pública", do jornal "Público" um extenso artigo de 9 páginas, profusamente ilustrado, sobre os 50 anos do yé-yé português.

A publicação surge a propósito da colectânea "Caloiros da Canção", comemorativa do evento.

O artigo contém, entre outras, declarações de Daniel Bacelar, José Manuel Concha, Zeca do Rock, José Luís Veloso (Álamos), Ana Maria (Conjunto Universitário Hi-Fi), José Manuel Fonseca (Quinteto Académico) e a descrição do ambiente dos anos 60 no "Portugal amordaçado".

Um documento para recordar e... guardar!

VIVA A REPÚBLICA VIVA


TUGALAND - s/ número de catálogo - 2010

Marcha Dos Combatentes Da Rotunda (Vitorino) - Carta De Um Soldado Da Armada (Vitorino) - Hino Do 31 De Janeiro (Vitorino) - Fado Republicano (Reynaldo Varella) - Fado Da Liberdade Livre (Vitorino) A Vermelho E Verde (José Jorge Letria/Vitorino)

RESTAURANTE CORTADOR OH LACERDA!


Avenida de Berna, 36 A, 1050-042 Lisboa

Boa relação preço/qualidade... em baixa.

here you can taste the real steak "À Cortador" (since 1943)

sábado, 27 de novembro de 2010

DISCO À VENDA


Enigma: preço FNAC - € 14,99; preço mínimo garantido - € 35,90.

PAUL, JOHN E KLAUS NA "GUITAR WORLD"


"Guitar World", Holiday 2010, 192 págs, € 8 (Tema - Colombo)

ENA PÁ 2000


CBS - 650787 7 - 1987

Telephone Call (Ena Pá 2000) - Pão, Amor e Totobola (Ena Pá 2000)

VIRIATOS


CBS - 654589 7 - 1989

Uma Casa Portuguesa (A. Vaz da Fonseca/Reinaldo Ferreira/V. Matos Sequeira) - Amanhã (Filipe Tavares)

Produção de Joni Galvão.

RUA DO PRÍNCIPE PERFEITO


Aveiro.

Colaboração de Fernando Correia de Oliveira

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

BACK IN THE USSR


CBS - 651206 7 - edição portuguesa (1987)

Back In The USSR (Lennon/McCartney) - Big Shot

BLITZ: OS MELHORES DE 2010


Blitz nº 54, Dezembro 2010, € 2,50

Lista dos 10 melhores álbuns nacionais de 2010:

01 - Do Amor E Dos Dias - Camané
02 - Dois Selos E Um Carimbo - Deolinda
03 - Guia - António Zambujo
04 - Há Festa Na Moradia - B Fachada
05 - Orelha Negra - Orelha Negra
06 - Contra Mundum - Pop Dell'Arte
07 - Troubadour - Lula Pena
08 - Senhor Galandum - Galandum Galundaina
09 - Romance/Hardcore - Corações de Atum
10 - É Uma Água - Paus

Lista dos 20 melhores álbuns internacionais:

01 -The Suburbs - Arcade Fire
02 - This Is Happening - LCD Soundsystem
03 - The Archandroid - Janelle Monae
04 - Contra - Vampire Weekend
05 - Teen Dream - Beach House
06 - Before Today - Ariel Pink's Haunted Graffiti
07 - Congratulations - MGMT
08 - High Violet - National
09 - I Learned The Hardway - Sharon Jones & the Dap Kings
10 - Crystal Castles II - Crystal Castles

ZECA SEMPRE


VIDISCO - 15 80 3046 - 2010 - € 5,90 (preço Worten), € 13,99 (preço FNAC)

CD

A Morte Saiu À Rua - Menino Do Bairro Negro - Que Amor Não Me Engana - O Que Faz Falta - Índios Da Meia-Praia - No Lago Do Breu - Redondo Vocábulo -Venham Mais Cinco - Os Vampiros - Saudades De Coimbra - Traz Outro Amigo Também - Vira De Coimbra

DVD oferta

Documentário: Legados de José Afonso

Trata-se de um projecto de Olavo Bilac e Nuno Guerreiro, entre outros.

Repararam na (estúpida) diferença de preços entre a Worten e a FNAC? Como é possível?

"CALOIROS DA CANÇÃO": CRÍTICA


O EP "Caloiros da Canção 1", considerado o primeiro disco de rock português, foi publicado no dia 28 de Outubro de 1960, mas a sua crítica só foi publicada quase um mês depois, no dia 26 de Novembro de 1960, no "Diário Popular":

CALOIROS DA CANÇÃO Nº 1 proporciona-nos (e com prazer o afirmamos) a oportunidade, que desejaríamos ter mais frequentemente, de elogiar sem reserva gravações de artistas portugueses. O duo "Os Conchas", a que antevemos largo êxito, interpreta "Oh! Carol" e "Quero O Teu Amor" e Daniel Bacelar, apesar dos seus 17 anos, demonstra seguras qualidades nas canções "Fui Louco Por Ti", e "Nunca". É tão bom intérprete como autor. Excelente acompanhamento de Jorge Machado e o seu conjunto.

COCA-COLA DA CHINA


Duas latas da Coca-Cola comercializadas oficialmente na República Popular da China.

A da esquerda, vermelha, clássica, é a edição especial da EXPO 2010 de Shanghai, a da direita é a normal Light.

Cortesia de Fernando Correia de Oliveira, em Pequim

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

GOLPE DE ESTADO


EMI - 1776846 - 1989

Rev 25 (Golpe de Estado) - Um Caso Que Está A Dar Que Falar (Golpe de Estado/Carlos Maria Trindade)

Os Golpe de Estado eram Tiago Lopes (guitarras, sequencing, concepção e arranjos) e Paulo Abelho (concepção e arranjos, edição Multitimbrica).

Produção de Carlos Maria Trindade.

CANTIGAS DE IDA E VOLTA


ORFEU - STAT 032 - 1975

LADO A

Macacos (cantada por Sérgio Godinho) - Papagaio (Fausto) - Balada Das Vinte Meninas (Vitorino) - Consulta (Fausto e Vitorino) - O Nariz (Sérgio Godinho) - Cavalinho, Cavalinho (Fausto) - Ladaínha Da Aranha (Vitorino) - Canção De Embalar Bonecas Pobres (Shila)

LADO B

Pulos (Fausto) - Dança da Rosa (Sérgio Godinho) - Cantilena (Fausto e Vitorino) - O Ovo (Sérgio Godinho) - Grilos E Grilões (cantada por todos)

BE MY YOKO ONO


WARNER MUSIC - 1631 - disco espanhol de promoção (1993)

Be My Yoko Ono (Steven Page/Ed Robertson)

"O PAUL É UM ABSURDO!"


O DJ de serviço no Estádio do Morumbi pôs a multidão a cantar" Who’ll Stop the Rain" e "Have You Ever Seen the Rain", dos Creedence Clearwater Revival.

Porém, apenas uma pessoa, na noite de 22 de Novembro de 2010, conseguiria deter a chuva: James PaulMcCartney. E bastou ele cantarolar "Chove Chuva", de Jorge Ben, para a lua cheia reaparecer na noite paulista.

Momentos antes, Paul perguntava “tudo bem in the rain?” como se quisesse ter a certeza de que todo o mundo estava nas nuvens.

Fez-me lembrar "The Beatles At The Hollywood Bowl", quando ele incita a plateia, gritando “gostaram do show?”, para logo disparar uma demolidora versão de "Long Tall Sally".

Neste caso, demolidoras foram as 36 canções de uma set-list inspirada.

De "Magical Mistery Tour" a "The End", a festa foi transcendente.

Banda afinadíssima por quase 10 anos de estrada – magistrais Wix, Rusty, Brian e Abe -, som claro e potente, e um Macca nada entediado por 50 anos de reinado “at the toppermost of thepoppermost”.

Momentos altos?

Foram tantos... podia citar "Two Of Us", "Bluebird", "Letting Go", etc, etc, etc... aliás, para minha satisfação, finalmente, o mundo faz as pazes com o legado dos Wings... do LP "Band on the Run", ouviram-se 6 canções! Puro Power Pop de Arena!

Até entrar no Morumbi, tinha estado em 4 rockshows do Macca.

De 1989 (Madrid) a 2004 (Lisboa), passando por Barcelona (1993 e 2003). Pois bem, para mim, fã do grau “camisa de forças”, este foi o melhor show a que assisti, incluindo DVDs oficiais e piratas.

O sonho de uma vida! Três horas para a eternidade! E no rescaldo do show, Lizzie Bravo, a eterna Beatle Girl, exclamou: “não tem para ninguém, amigo. O Paul é um absurdo!”.

Texto e imagem de Pedro de Freitas Branco, em São Paulo

TONICHA REGRESSA AO TEATRO


Trinta e seis anos depois, Tonicha regressa hoje aos palcos do teatro para a peça "Vozes de Trabalho", no Teatro da Trindade, em Lisboa.

Trata-se de uma peça da autoria de Tiago Torres da Silva, onde Tonicha canta canções populares e também temas inéditos.

"Vozes de Trabalho" estará em cena até ao dia 12 de Dezembro, quintas a sábados às 21h e domingos às 16h.

Com Tonicha, partilham o palco Carlos Mendes, Filipa Pais, Cecília Guimarães, Lurdes Norberto, Joana Negrão, entre outros.

Mais informações aqui.

Imagem de José Frade

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ZECA DO ROCK E OS CONCHAS


HUMORES


ORFEU - STAT 100

Neste LP duplo, Mário Viegas diz poemas de Pedro Oom, Mário-Henrique Leiria, Arnaldo Saraiva, Joaquim Pessoa, Joaquim Namorado, Luiz Pacheco, Allen Ginsberg, Álvaro de Campos, Adolfo Casais Monteiro, Ruy Belo, Jorge de Sena, Eugénio d’Andrade, José de Almada Negreiros, Raul de Carvalho.

Capa colagem de Manuel Vieira

CARREIRISMO

Após ter surripiado por três vezes a compota da despensa, seu pai admoestou-o. Depois de ter roubado a caixa do senhor Esteves da mercearia da esquina, seu pai pô-lo na rua. Voltou passados vinte e dois anos, com chofer fardado. Era Director Geral das Polícias. Seu pai teve o enfarte.

Mário-Henrique Leiria

Colaboração de Gin-Tonic

B-MANIA


CBS - 650813 7 - 1987

Back In The USSR (Lennon/McCartney) - Love Game (Eric van Tijn/Jochem Fluitsma)

ZECA DO ROCK E OS CONCHAS


Cortesia de Zeca do Rock, em Campinas

ZECA DO ROCK E OS CONCHAS


Comemorando o lançamento do "Caloiros", aqui vai mais uma relíquia pictórica. A qualidade é bastante fraca, mas o valor histórico é indesmentível.

A foto foi tirada no retiro dos Parodiantes de Lisboa em Salvaterra de Magos, num domingo em que eu e Os Conchas fomos convidados para lá atuar.

A foto foi publicada no jornal "Parada da Paródia" no dia 8 de Março de 1962.

Colaboração de Zeca do Rock, em Campinas

MÚSICA DAS MALDIVAS


Mulhi Zindhagy (My Entire Life) - Ey Hithaa (Oh My Heart) - Ey Zamaaanaa (Moments In Time) - Roa Tho Vey (To Grow) - Saharoa E Maafu Dheyshey (Please Forgive Me) - Marey Mithuraa (Death Has Snatched My Beloved) - Ey Zamaanaa (english version) (Bitter Sweet Memories) - Keefahu Mashah Ran (After Naming Your Dowry) - Ey Loabiva Mala (Flower I Love) - Noorey Mi Loabin (The Flame Of Love) - Dhenneveemey Gislaa Roi Roifaa (I Declare With Sorrow) - Beach Beat (Ey Zamaanaa)

Melhor do que muita música "portuguesa" que anda por aí...

M@IL DE UM LOUCO


"M@il De Um Louco", João Pinto Costa, Editorial Presença, 188 págs

Durante os últimos dois anos, Mário Augusto Dias, personagem criada por João Pinto Costa, dedicou-se a enviar emails a todo o tipo de entidades - desde empresas privadas, a organismos do Estado e figuras públicas - nos quais expunha situações ou pedidos insólitos e hilariantes. Estes, juntamente com as respostas (que em muitos casos se revelaram ainda mais insólitas e hilariantes), foram depois publicadas num blogue, intitulado Mail De Um Louco, que se tornou um dos mais recentes fenómenos da internet.

PARÓDIA AO YÉ-YÉ


RAPSÓDIA - EPF 5.541

Barulheira (Neca Rafael) - João Pereira Tinoco (Neca Rafael) - Cúmulo do Azar (Neca Rafael) - Recado Ao Porto (Neca Rafael)

Fado humorístico, chama-lhe o autor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

PAUL McCARTNEY EM SÃO PAULO


Foi fantástico!

O Paul está em grande forma física e vocal. Deu um show de comunicabilidade impressionante, falando imenso em português e não só do trivial, mas falando do tempo chuvoso, da música brasileira, dos casais de namorados, apresentando quase todas as músicas e até falou de política ("não dêem ouvido a quase tudo o que os políticos dizem, porque eles também não nos ouvem a nós") após ter cantado "Give Peace A Chance".

Já agora, como curiosidade, vou descrever o alinhamento das músicas:

O concerto começou com "Magical Mystery Tour" e Paul passou a desfilar "Jet", "All My Loving", "Flaming Pie", "Got To Get You Into My Life" , "Highway" (dos Fireman) , "Let Me Roll It", "The Long And Winding Road", "My Love", surpreendeu com "I'm Looking Through You" e continuou com "Two Of Us", "Blackbird", com a já usual homenagem ao John - "Here Today", seguiu-se "Bluebird" e as super-dançantes "Dance Tonight" e "Mrs Vanderbilt", acalmou com "Eleanor Rigby" e a obrigatória homenagem ao George - "Something" , e então electrizou o estádio com "Band on The Run" , "Ob-La-Di, Ob-La-Da", "Back In The USSR" , "I Got A Feeling" e "Paperback Writer", para seguidamente deslumbrar com uma colagem excepcional de "A Day In The Life" e "Give Peace A Chance" (certamente uma outra homenagem ao dear John), e, mantendo o padrão de alta qualidade, continuou com "Let It Be" , para atingir o apogeu do espectáculo com fogos de artifícios no tema do filme de James Bond, "Live And Let Die", e já com o estádio completamente rendido terminou com "Hey Jude".

O público continuou a cantar "Hey Jude" e Sir Paul voltou com um passeio musical - "Day Tripper", "Lady Madonna" e "Get Back" , agradeceu e despediu-se... mas voltou para finalizar em grande estilo - com a eterna "Yesterday" , com a mãe do hard-rock "Helter Skelter", com a reprise da canção título do album que mudou o mundo musical, "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", e a viagem mágica e misteriosa terminou arrepiante com a última canção do último album gravado pelos Beatles - "The End" - interpretada de forma superior, como foram as quase 3 horas de um maravilhoso show ininterrupto.

O espectáculo terminou com a mensagem deixada pela letra de "The End" - "o amor que tu recebes é igual ao amor que tu dás".

PAZ e AMOR ! PRATIQUEM !

Colaboração de Sgt. Couto, em São Paulo

JOSÉ MANUEL FONSECA E FILIPE MENDES


José Manuel Fonseca, o único membro do Quinteto Académico que esteve de princípio a fim no grupo, e Filipe Mendes, o Jimi Hendrix português, actuam na Gala da SPA, no sábado, dia 13, no BBC, em Lisboa.

NÉ LADEIRAS


EMI - 1VCS 1050 - 1983

Sonho Azul (Pedro Ayres Magalhães) - A Aliança (Pedro Ayres Magalhães)

Arranjos e produção de Pedro Ayres Magalhães, capa de Mimi/Rui Gonçalves.

SPUNKY


EMI - 1776027 - 1986

Latino Americano (Remix) (Nice Tan Productions) - Latino Americano (instrumental) (Nice Tan Productions)

Voz de Paula Monteiro.

Remix by José Maria Corte-Real & Nice Tan.

CALOIROS DA CANÇÃO 03


Os estudos ocupavam-nos entre as 09H00 e as 17H00, com a Mocidade Portuguesa às 4ªs de tarde e sábados de manhã. A matinée do cinema ao domingo era uma festa uma a duas vezes por mês, intercalada com o futebol local, geralmente fraco, ou hóquei regional, geralmente mais animado. A TV dava os primeiros passos lá por casa. As festas de anos começaram a animar-se com o gira-discos, os discos franceses, italianos e o Cliff Richard. Mas quando entrava o "Derniers Baisers" do Dick Rivers (Chats Sauvages), a luta pelo par certo era total. The Shadows impunham-se e na TV começaram as notícias dos «Guedelhudos». E as músicas destes tinham muita força e muita música. E das caves de Liverpool vieram os clubes de garagem. E nestes apareceram as primeiras violas. E destas as primeiras letras, os primeiros cantos e os primeiros coros. E destes os primeiros grupos. Nascemos assim. Saudavelmente. Com energia, interesse cultural, e amantes da música. Para a Vida.

Eduardo Pinto, Tubarões

CALOIROS DA CANÇÃO 02


Só muito tarde descobri o valor musical dos Beatles assim como o papel relevante que eles tiveram na mudança dos estilos musicais da época, até na mudança das mentalidades. Eu fiz parte daqueles que, na altura, desprezavam toda a cultura artística anglo-saxónica, virando-nos apenas os que faziam da arte uma arte de contestação aos poderes "imperialistas".

Rui Pato, viola de José Afonso

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CALOIROS DA CANÇÃO 01


Não gosto nada de me ver misturado com o yé-yé. O Quarteto 1111 só foi a melhor banda e a mais original de toda a Europa Continental. Fomos rebeldes e ousados instrumental e poeticamente. O Quarteto foi completamente à parte do yé-yé e surge por oposição ao Conjunto Mistério. Não tenho nada a ver com o yé-yé. Deviam era editar o material underground do 1111.

José Cid

JÁ ESTÁ EM PORTUGAL!!!


iPLAY - IPV 1710 2 - 2010

A colectânea-homenagem "Caloiros da Canção", um investimento de prestígio da iPlay, chegou hoje a Portugal (foi feito na Áustria), devendo estar disponível nos escaparates das lojas por toda esta semana.

Por estar na imagem (contracapa), dispenso-me de divulgar o alinhamento, mas chamo a atenção para a estreia em CD de canções de Daniel Bacelar, Conchas, Conjunto Mistério, Demónios Negros, Álamos, Rocks, Conjunto Universitário Hi-Fi, Catherine Ribeiro, Grupo 5, Fliers, Zoo, Edmundo Falé, se a memória me não falha.

A data mais provável de venda ao público é agora a de quinta-feira, dia 25 de Novembro.

A colectânea, de homenagem aos 50 anos do primeiro disco de yé-yé português, que se inclui no CD 1, inclui um booklet com pequenas biografias dos artistas representados e testemunhos de um número ainda maior de músicos portugueses: Rui Nazareth (Babies), Edmundo Silva (Conjunto Mistério, Sheiks), Daniel Bacelar, José Manuel Concha (Conchas), João Lourival (Titãs), Luiz Moutinho (Deltons, Filarmónica Fraude), Zeca do Rock, José Lima (Morgans), Caínhas (Diamantes Negros), Luís Pinto de Freitas (Claves), Ângelo Moura (Conjunto Académico João Paulo), Rui Pato (José Afonso), José Veloso (Álamos), José Carlos Flamínio (Jotta Herre), Mário Assis Ferreira (Quinteto Académico), José Cid, Zé Luís (Ekos), Ana Maria (Conjunto Académico Hi-Fi) e Reinaldo Pereira Costa (Fliers).

Sim, o autor da colectânea não pôde contar com as participações que desejaria, mas vingou-se nos testemunhos que as editoras não podiam impedir!

Uma pequena vingança: "Marcianita", por Daniel Bacelar!

É subtil, mas as canções estão por ordem cronológica para se obter uma percepção do desenvolvimento do chamado pop/rock português (mesmo contra a vontade de José Cid!).

O CD1 é o EP que se pretende homenagear, o CD2 é uma amostra do que o CD1 provocou pelo País...

PAUL McCARTNEY NO BRASIL


Junto envio scanning do bilhete para o concerto do Paul McCartney, hoje, em São Paulo, no Estádio do Morumbi.

Ontem foi um show espectacular, com o Paul a falar quase sempre em português durante todo o concerto que durou cerca de 02H45M.

O palco tem dois écrans laterais gigantes onde se vê a actuação do Paul e da banda no concerto em tamanho grande e o fundo de cena do palco é um outro écran gigante onde vão passando fotos, imagens, extractos de videos ou filmes alusivos à canção que estiverem tocando.

O estádio estava completamente cheio (cerca de 250.000 pessoas), mas o que mais me impressionou foi a mescla de faixas etárias, sendo que a maior parte da assistência (talvez uns 70%) eram menores de 30/35 anos.

É de lamentar que em Portugal existam tantos nichos musicais, principalmente no que diz respeito ao interesse e gosto dos jovens e dos jornalistas/comentadores sobre a música do passado.

Havia centenas de jovens a acampar à porta do estádio, alguns há mais de cinco dias, para ficarem nas primeiras filas da pista.

Desculpem, mas o Brasil em termos musicais, e não só, está muito mais perto do nível dos EUA ou de UK do que o nosso cantinho à beira-mar com as suas mesquinhices e provincianismos balofos.

Desculpem os desabafos, mas fico tão triste quando vejo que este nosso país evoluiu tão pouco nos últimos 50 anos, especialmente ao nível de mentalidades e preconceitos.

Colaboração de Sgt. Couto, em São Paulo

SHEIKS REEDITADOS EM FRANÇA


MAGIC RECORDS - 3930635 - 2007

A edição já é de 2007, mas só agora tive conhecimento dela, graças ao irmão caçula, mais atento.

Trata-se de uma dupla colectânea da Magic Records, etiqueta francesa especializada em reedições, com o título "The Fantastic French 60s EP Collection, Vol. 2".

Os nossos The Sheiks aparecem com um dos seus dois EPs editados em França e que aqui já se deu nota ("Tears Are Coming", "I've Got To Give Up", "I'm Feeling Down" e Try To Understand").

Os Sheiks aparecem ao lado de Sam The Sham and the Pharaohs, Wayne Fontana & the Mindebenders, Mindbenders, Merseys, Silkie, Keith, Spanky And Our Gang e Motions.

EDIÇÃO ALEMÃ DE "PENINA" (CARLOS MENDES)


ODEON - C006-40 012 - edição alemã (s/data)

Penina (Paul McCartney) - Wings Of Revenge (João Magalhães Pereira/Nuno Nazareth Fernandes)

Presumo que ninguém (ou quase ninguém) conhecia esta obscura edição germânica de "Penina" na versão de Carlos Mendes.

20 YUAN (2005)


20 yuan da República Popular da China (2005), equivalente a 2 €.

Cortesia de Isabel Tissot, em Xangai