Já falta pouco para acabar a primeira década do séc. XXI, a Uncut elegeu os 150 melhores álbuns destes primeiros 10 anos.
Eis os primeiros 10:
01 - White Blood Cells - White Stripes
Eis os primeiros 10:
01 - White Blood Cells - White Stripes
02 - Love And Theft - Bob Dylan
03 - A Ghost Is Born - Wilco
04 - Smile - Brian Wilson
05 - Is This It - Strokes
06 - Raising Sand - Robert Plant and Alison Krauss
07 - Funeral - Arcade Fire
08 - Modern Times - Bob Dylan
08 - Modern Times - Bob Dylan
09 - Heartbreaker - Ryan Adams
10 - Fleet Foxes - Fleet Foxes
12 comentários:
Só conheço 2 albuns: "Raising Sand" e "Modern Times.
Ou como se prova que o "meu tempo" já passou há muito!
E, apesar de tudo, 3 queridos "animais do antigamente" figuram no TOP 10. Bob Dylan, Brian Wilson e Robert Plant.
Nestes 10, parece-me exagerada a dupla presença de Dylan. Aliás, eu não incluiria "Love and Theft" ou "Modern Times" no TOP 10.
No resto, aceito as restantes primeiras escolhas da UNCUT. Embora, já aqui todos sabem, os que me conhecem, que o meu 1º lugar seria sempre dos Fleet Foxes.
Caro Rato, não me diga que nunca ouviu o "Smile", versão Brian Wilson?
Fico mais descansado. Não perdi mesmo nada.
Até porque tenho o Smile recuperado.
O Dylan é reciclagem e os demais, que me compreenda o Filhote, são apenas dispensáveis.
Penso eu de que, porque na Mojo deste mês vem um cd com temas de música electrónica, numa homenagem aos Kraftwerk que aprecio muito ( tenho em grande conta o Trans Europe Express, o Man-Machine e o Radio Activity) e alguns dos temas do cd são preciosos de modernidade e são recentes.
José:
Hum... custa-me a acreditar que dispense, por exemplo, o "Heartbreaker" do Ryan Adams, após uma audição atenta...
Na verdade dispensei, mas logo vou ouvir melhor e ponho aqui a apreciação crítica detalhada.
Ok, José.
Já agora, gostava de saber o que pensa dos Fleet Foxes...
Não conhecia a música de Ryan Adams. Ouço neste instante o tema do cd, Why do you leave, do disco de 2000. Depois de repetir meia dúzia de vezes, para ouvir melhor.
É um som que reconheço ter ouvido antes, várias vezes em vários artistas americanos.
Um tema semi-acústico, lento, com uma aparição de harmónica no meio. Uma harmónica de Bob Dylan de Blood on the tracks, com uma instrumentação ritmada no início da gravação com uma bateria bem "à frente" e uns arpejos de acústica sobrepostos a um fio de órgão Hammond e um baixo bem evidente.
Já ouvi isto exactamente assim, no final dos anos oitenta, com o Lp de 1986, de Peter Case, homónimo.
Uma canção, aliás, até é semelhante: Horse and Crow.
O começo do tema de Ryan Adams é reminiscente de um dos anos setenta: Take it to the limit, tocado pelos Eagles.
A voz lembra-me outro americano: Michael Murphey.
O que quero dizer com isto?
I can´t get no satisfaction. That´s it.
Sobre os Fleet Foxes, não tenho opinião definida porque não ouvi o suficiente e o que vi no You Tube não me permite dizer melhor do que disse de Ryan Adams, porque me parece que é o mesmo problema: a originalidade na música popular é um bem escassíssimo.
Foi tudo experimentado nos anos sessenta e setenta.
Tome-se o caso de David Bowie. Ando a ouvir Hunky Dory e há lá duas, três, quatro canções espectaculares: Changes, Oh! You pretty things, Life on Mars?, Song for Bob Dylan.
Quem é que faz cançonetas assim, no grupo de eleitos da Uncut?
Não vejo quem.
José:
Aceito todas as suas observações.
Todavia, não consigo descortinar onde reside a falta de originalidade, e talento, na música dos Fleet Foxes...
Ryan Adams, apesar das belíssimas canções e dos duetos com a transcendente Emmylou Harris, não é um original. De acordo. Em "Heartbreaker", encarna uma espécie de novo Gram Parsons.
(embora noutros discos - tem muitos a solo e com os Whiskeytown -, encarne claramente outras referências)
Agora, quanto aos Fleet Foxes, defendo, e poderei argumentar, que são originais! Algumas influências são claras na música da banda? Sem dúvida. Porém, nunca ao ponto de interferirem com uma sonoridade estética e sonora absolutamente únicas.
Depois, as canções, e aquelas vozes...
Abraço!
Filhote:
Não conheço bem os Fleet Foxes para dar uma opinião suficientemente segura. O que escrevi é uma mera impressão e admito que possa estar enganado.
O problema é que não vejo nenhum grupo, nos últimos vinte anos que mereça verdadeiramente ser ouvido. Incluo os Oasis no lote.
Ouvi os Scritti Politti. Antes tinha ouvido os Wall of Voodoo. Até cheguei a ouvir os ABC com o disco The lexicon of love que considero um primor de gravação em LP.
Cheguei a apreciar os Divine Comedy, mas não tenho discos, só gravação em cassete.
Para além desses não me lembro de mais nada. Parei no tempo e admito que tenha perdido algo. Mas duvido.
Ainda agora estive a rever a Rock & Folk de Outubro de 1969. Repare só nisto:
No mesmo número, as revisões críticas de Blind Faith, Doors ( Soft Parade que me deu para cantarolar Touch me, uma grande canção), Greatful Dead, Aoxomoxoa; Jethro Tull, Stand Up; Crosby , Stills and nash, o primeiro que é incensado pelo crítico da revista, Philippe Paringaux. E ainda os Colosseum a alguns mais ( Mutantes, Astrud Gilberto, Humble Pie, Albert King).
Depois disto, não há muito mais a dizer. E foi só no mês de Outubro...
José:
Quanto à quantidade/qualidade das edições discográficas nos anos 60, comparando com o cenário actual, estamos 100% de acordo. Escusado será perder tempo em paralelismos. A época de ouro da música popular ocidental é passado.
Todavia, volto a frisar, existem raras excepções. E os Fleet Foxes são uma delas...
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