Equipa da Associação Académica de Coimbra, vice-campeã nacional na época 1966-1967.
De pé: Maló, Marques, Gervásio, Celestino, Rui Rodrigues e Vieira Nunes
De pé: Maló, Marques, Gervásio, Celestino, Rui Rodrigues e Vieira Nunes
À frente: Rocha, Ernesto, Artur Jorge, Vitor Campos e Serafim
Gervásio, o jogador que mais vezes vestiu a camisola da Académica, faleceu sexta-feira aos 65 anos, vítima de cancro.
Vasco Manuel Vieira Pereira Gervásio nasceu na Malveira a 05 de Dezembro de 1943 e estreou-se na Académica aos 18 anos num jogo com o Académico de Viseu no dia 30 de Setembro de 1962.
Com a camisola negra da Briosa esteve durante 17 épocas, sendo o recordista com o maior número de jogos pelos estudantes: 430.
Foi capitão da Académica de 1968 a 1979, 10 épocas consecutivas!!! Outro recorde. Abandonou a carreira como jogador precisamente em 1979.
"Foi o estudante-atleta Gervásio um verdadeiro símbolo de atleta, que todos nós e o país se habituaram a admirar e a reconhecer na plenitude de uma verdadeira e indesmentível dedicação", considerou então a direcção da Académica.
Além de ter estado nas duas finais da Taça de Portugal, em 1967 e 1969, foi vice-presidente na equipa de João Moreno e presidente-adjunto da anterior direcção, liderada pelo actual presidente José Eduardo Simões.
Foi internacional júnior, B (a 22 de Março de 1967 jogam 7 estudantes, Maló, Celestino, Rui Rodrigues, Gervásio, Vítor Campos, Ernesto e Serafim) e militar.
"Para mim, para além de uma pessoa ligada à Associação Académica de Coimbra de uma forma íntima, perdi um grande amigo. Estou chocado, embora já estivesse à espera, infelizmente, a todo o momento deste triste desenlace", disse à agência Lusa o vice-presidente da Académica para a área da cultura, Gonçalo Reis Torgal.
"Era um colega com uma personalidade vincada. Verdadeiramente carismático. Um grande senhor, um enorme capitão de equipa, talvez o maior de sempre na Académica, uma jóia da coroa", disse um dia Belo, seu antigo companheiro de equipa e futuro adjunto do Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues.
"No campo tinha o dom dos predestinados de transformar em simples o que era difícil e de tornar produtivo o que parecia boa perdida. No quotidiano era cativante, simpático e sociável".
Licenciado em Direito, Gervásio foi até há pouco director dos serviços de Segurança Social em Coimbra.
Foi presidente do Sindicato dos Jogadores, treinador e dirigente da Académica e candidato do PS à Junta de Freguesia dos Olivais (Coimbra) em 2001, tendo perdido para o seu antigo treinador Francisco Andrade, do PSD.
Após ter arrumado as botas, a 17 de Junho de 1979, num jogo com o Vitória de Guimarães, escreveu Rebelo Carvalheira em "A Bola":
Foi um dos últimos grandes exemplos desse exemplo magnífico que tem sido o futebol de Coimbra.
Fonte: "Académica - História do Futebol", de João Santana e João Mesquita
Gervásio, o jogador que mais vezes vestiu a camisola da Académica, faleceu sexta-feira aos 65 anos, vítima de cancro.
Vasco Manuel Vieira Pereira Gervásio nasceu na Malveira a 05 de Dezembro de 1943 e estreou-se na Académica aos 18 anos num jogo com o Académico de Viseu no dia 30 de Setembro de 1962.
Com a camisola negra da Briosa esteve durante 17 épocas, sendo o recordista com o maior número de jogos pelos estudantes: 430.
Foi capitão da Académica de 1968 a 1979, 10 épocas consecutivas!!! Outro recorde. Abandonou a carreira como jogador precisamente em 1979.
"Foi o estudante-atleta Gervásio um verdadeiro símbolo de atleta, que todos nós e o país se habituaram a admirar e a reconhecer na plenitude de uma verdadeira e indesmentível dedicação", considerou então a direcção da Académica.
Além de ter estado nas duas finais da Taça de Portugal, em 1967 e 1969, foi vice-presidente na equipa de João Moreno e presidente-adjunto da anterior direcção, liderada pelo actual presidente José Eduardo Simões.
Foi internacional júnior, B (a 22 de Março de 1967 jogam 7 estudantes, Maló, Celestino, Rui Rodrigues, Gervásio, Vítor Campos, Ernesto e Serafim) e militar.
"Para mim, para além de uma pessoa ligada à Associação Académica de Coimbra de uma forma íntima, perdi um grande amigo. Estou chocado, embora já estivesse à espera, infelizmente, a todo o momento deste triste desenlace", disse à agência Lusa o vice-presidente da Académica para a área da cultura, Gonçalo Reis Torgal.
"Era um colega com uma personalidade vincada. Verdadeiramente carismático. Um grande senhor, um enorme capitão de equipa, talvez o maior de sempre na Académica, uma jóia da coroa", disse um dia Belo, seu antigo companheiro de equipa e futuro adjunto do Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues.
"No campo tinha o dom dos predestinados de transformar em simples o que era difícil e de tornar produtivo o que parecia boa perdida. No quotidiano era cativante, simpático e sociável".
Licenciado em Direito, Gervásio foi até há pouco director dos serviços de Segurança Social em Coimbra.
Foi presidente do Sindicato dos Jogadores, treinador e dirigente da Académica e candidato do PS à Junta de Freguesia dos Olivais (Coimbra) em 2001, tendo perdido para o seu antigo treinador Francisco Andrade, do PSD.
Após ter arrumado as botas, a 17 de Junho de 1979, num jogo com o Vitória de Guimarães, escreveu Rebelo Carvalheira em "A Bola":
Foi um dos últimos grandes exemplos desse exemplo magnífico que tem sido o futebol de Coimbra.
Fonte: "Académica - História do Futebol", de João Santana e João Mesquita
7 comentários:
Soube hoje de manhã.
É/era tio dum Amigo meu, o Paulo Gervásio.
Documentário sobre a história da Académica, "Futebol de Causas", do realizador Ricardo Martins, e ...
SportInveste Multimédia
O documentário sobre a história da Académica, "Futebol de Causas", do realizador Ricardo Martins, está pronto a ser exibido e será entregue à RTP até ao Setembro, afirmou o autor.
"O documentário está pronto. Vai ser entregue até Setembro à RTP, mas, entretanto, vai ser exibido em festivais e mostras de cinema, concursos e em salas de cinema da Lusomundo", disse o jovem realizador à Agência Lusa.
O documentário percorre os momentos marcantes da história da "Briosa", em particular os anos 60, os melhores da vida da instituição (as finais de 1967 e 1969 da Taça de Portugal e o segundo lugar no campeonato na temporada de 66/67), e um grande enfoque na crise académica de 1969
"O balanço é extremamente positivo. Superou as expectativas. Vi que o filme iria ser um sucesso, antes de o ter acabado", afirmou o realizador.
No trailer de 6,33m, que passa no You Tube, onde o tema da crise de 1969 é principal assunto, podem ver e ouvir-se os testemunhos dos ex-futebolistas Manuel António, Torres e Rui Rodrigues, dos advogados Celso Cruzeiro e Laborinho Lúcio, do ex-treinador Francisco Andrade, do actual vice-presidente da Académica para a Cultura, Gonçalo Reis Torgal e dos jornalistas Sansão Coelho e Aurélio Vasques. Na altura, a célebre final da Taça de Portugal de 23 de Junho de 1969, na qual os "estudantes" alinharam de capa e batina, em sinal de luto académico, foi considerada "uma manifestação-comício".
O documentário tem a duração de 50 minutos (versão TV) e de 70 (versão do realizador), custou 60.000 euros e é uma produção da Zed Filmes. Ricardo Martins (também conhecido nos meios académicos por Libelinha) é estudante de Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pretende obter o Mestrado em Cinema, quando terminar o curso.
Há por aí uma petição para que o Estádio da Académica passe a ter o nome de Vasco Gervásio.
Não haverá outros jogadores/dirigentes/treinadores mais merecedores ???
Estou apenas a questionar
(nunca o vi jogar)
A questão é que o estádio não é da Académica, mas sim da Câmara.
Por mim, seria Estádio Municipal Cândido de Oliveira.
Quando vivi em Coimbra, era apenas conhecido ou por "Estádio", ou por "Municipal" ou por "Calhabé" ou então mesmo "Estádio Municipal".
Sempre achei piada à designação de "Municipal".
O Estádio da Académica é em Santa Clara, junto ao rio.
LT
um pequeno aparte para investigares Luís, de acordo com o Diário das Beiras que li este fim de semana, o jogador que mais vezes envergou a camisola da Académica não foi o Gervásio, mas sim o Rocha.
Tenho mais confiança no livro da Académica do que no Diário das Beiras.
LT
Enviar um comentário