sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

TOM & JERRY


BIG RECORDS - B 600 -

LADO 1 - TOM & JERRY

Hey, Schoolgirl (Simon/Garfunkel) - Dancin' Wild (Simon/Garfunkel) - That's My Story (Simon/Garfunkel) - True Or False (Paul Simon) - Our Song (Graph/Jerry Landis-Paul Simon) - Two Teen-Agers - Don't Say Goodbye (Simon/Garfunkel) - Teenage Fool (Paul Simon) - Baby talk - Fightin' Mad

LADO 2 - TICO & THE TRIUMPHS

Motorcycle (Jerry Landis-Paul Simon) - I Don't Believe Them (Jerry Landis-Paul Simon) - Wild Flower (Jerry Landis-Paul Simon) - Express Train (Jerry Landis-Paul Simon) - Get Up And Do The Wobble (Jerry Landis-Paul Simon) - Cry, Little Boy, Cry (Jerry Landis-Paul Simon) - The Lone Teen Ranger (Jerry Landis-Paul Simon) - Lisa (Jerry Landis-Paul Simon) - Noise (Jerry Landis-Paul Simon) - Cards Of Love (sem Paul Simon)

Antes de Simon and Garfunkel, já havia história. Paul Simon e Art Garfunkel começaram como uma espécie de "Everly Brothers dos pobres". Eram Tom & Jerry, como os bonecos animados.

Depois, Paul Simon inventou um nickname e compôs e gravou como Jerry Landis, sem o compaire, mas em 1964 voltou a juntar-se a Art, como Simon and Garfunkel, com a ajuda de Miles Davis.

O duo gravou "Wednesday Morning, 3 AM" (1964), sem grande sucesso, na altura. Paul chateou-se e foi viver para Londres, onde gravou "The Paul Simon Songbook" (1965), também sem grande sucesso, e andou em composições com Bruce Woodley, dos Seekers ("Cloudy", por exemplo).

"The Paul Simon Songbook" contém canções que mais tarde viriam a ser sucesso com a assinatura vocal de Simon and Garfunkel ("I Am A Rock", "Leaves That Are Green", "April Come She Will", por exemplo).

Neste entretém, o produtor Tom Wilson, à revelia do duo, electrificou "The Sounds Of Silence" (plural) e editou a canção como "The Sound Of Silence" (singular), em single (anos mais tarde, Pedro Osório fez o mesmo ao álbum de estreia de José Almada).

E o resto é história....

Concedam-me uma nota pessoal: não sou tão radical como o Paulo, mas tenho Paul Simon como um dos enormes compositores de música popular dos nossos dias, designadamente como letrista.

Para não massacrar muito, deixem-me só citar dois ou três versos de Paul Simon, que ainda hoje estão na ponta dos meus lábios e nas profundezas do meu coração:

- if you need a friend, i'm sailing right behind ("Bridge Over Troubled Water")

- i've got nothing to do today but smile ("The Only Living Boy In New York")

- can a man and a woman live together in peace ("Congratulations")

- i've got a wall around me ("Something So Right")

- some people never say the words i love you ("Something So Right")

Finalmente, "Paul Simon" (1972) é um dos grandes álbuns da história da música popular. Bom, outros também...

5 comentários:

Rato disse...

E o segundo a solo, "There Goes Rhymin' Simon" (1973) é outro tratado! O primeiro comprei-o em Johannesburg e o segundo em Londres. Mas nunca me consegui decidir de qual dos dois gostava (e gosto) mais. São ambos tão magníficos...!

JC disse...

Concordando com o que dizem, apenas quero acrescentar algo mais em favor de Paul Simon: foi dos poucos intérpretes dos anos 60 que soube evoluir e, depois, construir uma carreira fora dos circuitos de "nostalgia" ou da "música ligeira" e sem ceder na qualidade e no rigor. "Graceland" e "The Rhythm of the Saints" são prova disso mesmo e de uma sólida formação musical e cultural. Outro bom exemplo é Marianne Faithfull.

Rato disse...

A Marianne é como o vinho do Porto...

JC disse...

Oh, Rato, isso tb não acho assim tanto! Ou pelo menos depende do ponto de vista. No "Marie Antoinette", da menina Coppola, está gorda e disforme (faz de Mª Teresa de Austria, mãe da "dita"). Comparada com a do "Girl on a Motorcycle"...

ié-ié disse...

Tenho o mesmo problema, Rato, mas resolvi-o pela ordem de nascença!

LT