quinta-feira, 17 de junho de 2010

VIVA PORTUGAL DE BIGODE!


ORFEU - SINP 17 - 1984

Viva Portugal, Viva! - Vive Le Portugal!

Letra e música de Fernando (???) e Luís Arriaga

Vozes de Cecília Passos, Fernando, José Cid, Lenita Gentil, Luís Arriaga e Susy Paula, direcção de Armando Gama, som de Moreno Pinto, Jorge Barata e Joca.

Se bem contei, 12 dos jogadores usam (usavam) bigode!

20 comentários:

Anónimo disse...

Fernando (Correia Marques)

O Bento já morreu, o Carlos Manuel deixou de usar bigode há muito tempo, etc...

um bom europeu para Portugal!

Karocha disse...

O Bento morreu?
Não sabia...

Anónimo disse...

Porquê "Que coisa" ?

Quanto aos bigodes era "moda"

Anónimo disse...

Portugal ficou em 3º lugar nesse Europeu (ex-aequo com a Dinamarca)

O Fernando Correia Marques (autor do "Hey Mano" e mais tarde bem sucedido cantor pimba com temas como "Burrito") era funcionário da Federação Portuguesa de Futebol, daí a sua participação activa

A maior parte deles já não usa bigode e, no caso do João Pinto (do FCP), serão raras as fotos em que tenha barba (ou bigode)

JC disse...

Portugal tinha nesse europeu 4 treinadores 4. "Gordos, lindos, luzidios e bem tratados". E dois grupos de jogadores que não se suportavam mutuamente. Com ou sem bigode. Originalidades do "processo"!...

NS disse...

É impressão minha ou na fotografia não consta a ala esquerda maravilha do glorioso, Alvaro (começou na Académica...) e Chalana!!! Por sinal mais dois "bigodaças" na altura...

filhote disse...

Dos que estiveram em França, faltam pelo menos o Chalana, o Álvaro, o Sousa... e não me lembro que jogadores como José Luís, João Alves e António Oliveira (todos na foto) tenham estado presentes na fase final.

A foto deve ser de um estágio na fase de apuramento.

Quanto aos 4 treinadores, apelidados de "comissão técnica", eram liderados pelo Fernando Cabrita, o tal que incitava os jogadores com a célebre frase "vamos a eles que nem tarzans!"

Ou outros "misters" acho que eram o Toni, o António Morais e o Jesualdo Ferreira... ou não?

Os jogadores não se podiam ver uns aos outros, mas formavam uma selecção de luxo, a lendária "geração perdida".

Quem nos dera ter agora um elenco desta nomeada!

filhote disse...

Errata: "os outros misters" e não "ou outros misters".

JC disse...

Razão, Filhote, quanto á constituição do grupo. Mas o Jesualdo não fazia parte dos treinadores e o Cabrita dizia :"vamo-nos a eles que nem Tarzões"!!! O outro treinador era o José Augusto, que na altura fazia parte dos quadros da FPF. E quanto à geração perdida... Tinha, de facto, alguns jogadores de categoria internacional, como o Jordão, Chalana e mais um ou outro. o resto eram apenas bons jogadores numa equipa razoável. Conseguiram a qualificação graças a um penalty fantasma (foi mesmo á minha frente!), empataram 0-0 com a RFA a jogar à Paços de Ferreira, com "autocarro" e tudo, ganharam 1-0 à Roménia e empataram 1-1 c/ a Espanha. Na meia-final, contra a França, o 2-3 no prolongamento é bem lisonjeiro... A França foi bem superior! Nesse jogo, o Bento (que lá esteja em paz mas é um dos mitos do futebol português) até defendia um meteorito, se fosse preciso. Não era uma grande equipa, mas um grupo de bons jogadores c/ 2 ou 3 de categoria extr que fez um "fogacho".
Abraço

filhote disse...

Era o José Augusto que me faltava, JC! De facto, o Jesualdo nada teve a ver com este filme. Obrigado pela lembrança.

E eu bem me parecia que o incentivo do Cabrita levava com umas calinadas à mistura... ehehehehe...

filhote disse...

Quanto à craveira do time propriamente dito, alguns reparos:

1. A base da equipa era uma mescla entre um FCP a caminho de uma final da Taça das Taças e do título de Campeão Europeu e Mundial (Sousa, Frasco, Pacheco, Eurico, Lima Pereira, Gomes, etc), e um SLB finalista da então prestigiada Taça UEFA (Álvaro, Chalana, Humberto, Néné, Carlos Manuel, Diamantino, Bento, etc).

2. O Joker do grupo jogava no Sporting. O genial Rui Jordão.

3. Desta forma, mantenho a ideia de que foi mesmo uma "Geração Perdida". Não era só Chalana e Jordão. E o Gomes bi-bota? O Futre, que se juntou em 86? O grande Humberto? Sousa? Oliveira? Alves? O próprio Carlos Manuel, que tantas vezes carregou o Benfica às costas?

4. A grande verdade é que, de facto, jogávamos sempre na retranca, de autocarro lá atrás. Tínhamos uma equipa de mentalidade saloia...

No resto, JC, totalmente de acordo... se bem que, contra a França, o Néné perdeu dois golos quando o resultado estava 2 a 1 para nós...

E também eu estava na Luz aquando do Portugal-Rússia e desse famigerado penalty fantasma sobre o Chalana!

JC disse...

Bom, filhote:
O Gomes só ganhou a bota de ouro pq jogava no campeonato português. Nessa altura ainda não havia coeficientes. Era apenas um bom jogador. O Sousa era um jogadoe mediano, o Futre só jogou em 86, o Oliveira mal atravessou a fronteira de Ayamonte para ir jogar no Bétis voltou para casa c/ saudades do bacalhau c/ batatas e da "fruta" nortenha (não tinha mentalidade profissional) e o Alves, que tinha sempre de dar uma volta quando recebia a bola, como o cão antes de se deitar, mal o Eriksson chegou ao SLB aruumou-o a uma canto por troca c/ o Stromberg (e tb não jogou em França). O Humberto, sim, era um jogador de craveira internacional, com mentalidade profissional, mas tb não jogou na fase final desse europeu. Em portugal a imprensa exagera sempre. É ver o caso Quaresma!

filhote disse...

Ok, ok, JC, como sou mais novo aceito esse ponto de vista acerca da famigerada "geração perdida".

Como adolescente, talvez eu me deslumbrasse facilmente e ficou aquela memória de grandes jogadas do "luvas pretas" e afins... e concordo, em absoluto, que muitos dos escribas "esportivos" lusos, ao serviço de sua mediocridade, tendem a inclinar-se para um certo patriotismo bacoco...

E gostei da tirada, "que tinha sempre de dar uma volta quando recebia a bola, como o cão antes de se deitar". Brilhante, a imagem!

filhote disse...

De qualquer modo, JC, convém tornar claro que aceito o seu ponto de vista, continuando a não concordar. Pelo menos, totalmente.

Abraços.

JC disse...

Bom Natal, Filhote!
Abraço

Jack Kerouac disse...

O Oliveira sendo um grande jogador, não tinha realmente mentalidade de profissional e veio embora. O João Alves foi rei em Salamanca, considerado o melhor estrangeiro a jogar em Espanha, e deixou cartel no PSG também. Só não foi para o Real Madrid porque cada equipa só podia inscrever 2 estrangeiros, e normalmente essas vagas estavam ocupadas. Não é como hoje, o que possibilita existirem muito mais jogadores a sairem para bons clubes. Que é uma coisa que muita gente se esquece quando compara a geração actual com outras mais antigas.

gps disse...

Este blog já parece a série "Lost". Anda (poucas vezes felizmente) perdida no tempo :)

Tanto estamos em 2010, como recuamos para 2008.

Neste caso é para provocar ?

A França que foi campeã em 1984 já deve estar de malas aviadas. Esperemos que não suceda o mesmo aos nossos patrícios/navegadores

Karocha disse...

gps

Não, o LT é boa pessoa e, eu estava ruiva looollll

Anónimo disse...

Se pudéssemos viajar no tempo e seleccionar alguns jogadores actuais para aquela selecção de 1984, sou levado a pensar que apenas Ronaldo e Deco ( quando em boa forma ) ali teriam lugar .

Por outro lado, se esta “geração perdida” fosse transposta para a actualidade e treinada com as metodologias de hoje, seria uma selecção candidata a qualquer título mundial.
A questão é que o “numerus clausus” de incorporação de estrangeiros impedia a maioria destes jogadores de rodarem e competirem nas grandes ligas europeias, adquirindo outro perfil competitivo.

Mesmo assim, foi nesta altura que o FCP ganhou o seu primeiro título de campeão europeu e quando o Benfica de Erickson chegava longe ( todos bem mais longe que actualmente ) o que atesta, sem margens para quaisquer dúvidas, a grande valia deste plantel.

E se dúvidas restassem, só o eterno carrasco francês, a jogar em casa e com um golo nos últimos minutos forçando o prolongamento, viria a destronar esta equipa, que ainda assim, marcara dois golos à forte equipa francesa.

Foi a excepção à regra que duraria entre 1966 e 1996 ( 30 anos).
Quem dera, que fossem estes a alinhar contra a Coreia do Norte e Brasil ( mais Ronaldo, Deco, Chalana e Álvaro) orientados por um treinador ou equipa técnica com currículo de sucessos internacionais.

JR

J.Soares disse...

o "Bamos Lá Cambada" foi de 1986, ou seja, do Mundial e não do Europeu de 84.
Foi o Hino do México 86