POLYDOR - 821 967-7 - 1984
Selecção De Todos Nós (António Pinho/Tozé Brito) - Portugal Oh Portugal (António Pinho/António Tavares Teles/Tozé Brito)
Há muitos, muitos anos... o futebol jogava-se aos Domingos à tarde, sem substituições nem cartões...
Selecção De Todos Nós (António Pinho/Tozé Brito) - Portugal Oh Portugal (António Pinho/António Tavares Teles/Tozé Brito)
Há muitos, muitos anos... o futebol jogava-se aos Domingos à tarde, sem substituições nem cartões...
75 comentários:
"Já não de todos nós" ?
Porquê ?
Por ter 3 brasileiros ? Ainda assim, continua a ser de todos nós e de, pelo menos, mais 3 lusobrasileiros :)
E até o hino não é português. Portugal não tem música, tem que ser dos Black Eyed Peas?
De todos nós? Minha só se o hino for português.Além disso, nem quero saber da bola...
Vão mas é América...
Brasileiros? Luso-brasileiros? E Bosingwa? E Makukula? E Daniel Fernandes? E Danny? E Petit? Todos os jogadores que jogam ou jogaram na selecção portuguesa são legalmente portugueses de pleno direito, com todos os direitos e deveres excepto o de alguns se poderem candidatar à Presidência da República, cumprindo todos os critérios necessários à atribuição da nacionalidade.
Qual é o jogador da selecção que se pode candidatar a presidente da República ?
Os brasileiros nunca se queixaram do facto de Machado de Assis, Bibi Ferreira, Érico Veríssimo, Elis Regina, Marília Pêra, João Ubaldo Ribeiro, Carmen Miranda, Cecília Meireles, Roberto Carlos, Fernando Henrique Cardoso, Getúlio Vargas, Roberto Marinho (Globo), Abílio Diniz (Pão de Açucar), ou Zico serem portugueses (ou descendentes)... bem pelo contrário!
Abaixo os brasileiros da selecção! Aliás, o que estão eles a fazer lá? Sacar algum...
JK: Depois de terem feito 35 anos, todos os que tenham sempre tido a nacionalidade portuguesa.
Pois JC, mas é um facto que actualmente nenhum deles se pode candidatar a PR...acontece...
Confesso que não vejo a relação, (S)LB! Uma coisa é uma relação natural, outra coisa é uma relação fabricada!
Somos um pequeno país com pouco mais de 10M de habitantes, os maiores países da Europa, Inglaterra, França, Alemanha, utilizam jogadores naturalizados, a Polónia já teve um nigeriano, até a Croácia o Japão a Espanha várias vezes, e a Turquia naturalizaram brasileiros, e até a Itália este ano naturalizou um brasileiro que ficou em espera, no caso de ser necessário utilizar no mundial.
Não entendo tanta relutância em Portugal, que até foi o colonizador do Brasil, e onde tem muitos luso-descendentes, ter esses atletas na selecção?
O futebol é mais que um desporto, actualmente a vertente desportiva é talvez a menos importante, é um negócio, chamam-lhe já indústria em vez de desporto, temos que levar as mesmas armas e deixar-mo-nos de romantismos.
A relação, anónimo das 2h05, é que o Brasil, como país do Mundo Novo, tem orgulho nos seus cidadãos e em todos os outros que acolhe.
Portugal, como país da Velha Europa, rabuja e desconfia como sempre desconfiou dos visigodos, romanos, árabes e, contudo, somos uma mescla de todos eles.
São reflexos das diferenças entre de países com uma demografia e índice médio de idade da população jovem e velha.
No entanto, falando especificamente de futebol, confesso que compreendo e também me incomoda o facto de ver em qualquer selecção alguém que, num futuro próximo, regressará ao seu país e retomará a relação de cidadania com o país que viu nascer, interrompendo a ligação com o país que lhe deu de comer.
Clubismos e personalizações à parte, vejo com maior dificuldade a convocatória de um jogador como Liedson (independentemente do seu valor) que era um "jogador feito", com experiência, quando aterrou na Portela, do que a convocatória de um Deco, ou um Pepe, que eram adolescentes anónimos.
Contudo, a FIFA não distingue (mal, a meu ver) nas suas regras a utilização de jogadores nas selecções com cidadania original ou adquirida, exigindo apenas que nunca tenham representado o país originário, não havendo um critério objectivo e uniforme a todos os países, pelo que o critério adoptado é o da lei da nacionalidade de cada país, individualmente.
Daí, encontrarmos casos como o da selecção francesa campeã do Mundo em 1998 e a selecção de futsal de Itália, que é (ou era)constituída, exclusivamente por brasileiros descendentes de italianos, originários de S.Paulo, Estado que tem a 2ª maior comunidade italiana fora de Itália.
Sobretudo desconfiamos dos brasileiros que são uns aldrabões... basta vê-los por aí... nos cafés, nos restaurantes...
Quando começam a falar sente-se logo que é para nos aldrabar...
Não disse "neste precuiso momento", JK. De facto, alguns nunca se poderão candidatar à presidência da república.
Caro SL(B): a FIFA apenas pode impor regras do tipo das que menciona. A meu ver, bem, já que em termos de aquisição da cidadania nunca poderá sobrepor-se ás leis de cada país. E se entrasse por caminhos como os de considerar anacionalidade adquirida, v. já viu a confusão que tal coisa ia gerar? Adquirida quando? E questões de dupla nacionalidade? (tenho várias na família...). Como disse, só existe um critério objectivo: a partir do momento em que se seja nacional de um país, e salvaguradando regras internas da FIFA apenas relacionadas com questões desportivas, qualquer um se qualifica para representar a seleção respectiva. Depois existirão critérios subjectivos relacionados e variando, a cada momento, com as respectivas federações. Além de tudo o mais, convém sempre lembrar que cada selecção representa a respectiva federação e não o país.
Seria mais fácil para todos nós, JC, que a selecção representasse apenas a Federação e não o País, mas o Hino e a Bandeira que lá estão são da República!
LT
Pois, o hino e a bandeira... Mas na camisola o emblema é o da FPF e durantre mtºs anos (até 1966) o equipamento tinha as cores da FPF. Assim deveria ter continuado.
Pois JC, isso até é um pormenor irrelevante, não tivesse sidi dito pelo rei dos pormenores irrelevantes :) mas podes sempre rematar com um "Preciosismo Proletário" aparecerá alguém a rir, e a coisa fica feita :)
Quanto ao resto, para mim não faz sentido nenhum uma selecção nacional ser representada por estrangeiros, embora entenda que retirando a emoção e os valores, isso faça tudo muito sentido. Nesse caso eu como adepto vou apoiar uma selecção que me dê mais garantia de retorno ao meu afecto.
Repito: na selecção portuguesa não joga nenhum estrangeiro. São todos cidadãos portugueses iguais em direitos e deveres perante a lei.
Só formalmente isso é verdade, JC, bem o sabes!
LT
Já agora, algo que acho sempre mtº engraçado. Nunca oiço os que falam contra os "soit disant" "estrangeiros" da selecção de futebol referirem-se tb e do mesmo modo, por exemplo, a atletas como Nelson Évora ou Naide Gomes. Nelson Évora nasceu na Costa do Marfim, filho de cabo-verdianos, e Naide é santomense de origem, tendo mesmo chegado a representar São Tomé nuns Jogos Olímpicos. Será que o raciocínio só vale para os brasileiros de origem?
Legalmente, não formalmente. Não conheço outro método para definir a nacionalidade. A raça? O sangue? Entramos no território do dr. Alfred Rosenberg?
Eu também me insurjo contra esses casos, JC, mais aquele cujo nome nem consigo dizer!
LT
Francis Obikwelu. Mtº fácil.
portuguesinho da costa... coitado, até gosto dele como pessoa!
LT
O Makukula e o Bosingwa tem um dos progenitores portugueses, e fizeram a formação futebolística toda em Portugal. Além de terem jogado pelas selecções jovens de Portugal. Comparar isto a Liedson, Deco e Pepe, que só jogam por Portugal porque nunca os quiseram no Brasil, é demagogia ou desconhecimento. E porque não abolir o regulamento que impede um jogador de representar mais do que um país, essa inibição até é capaz de ser ilegal. Tirem os valores ao futebol de selecção, e acabam com ele em três tempos...brasileiros por brasileiros, puxo pelo Escrete, que sempre são mais genuínos, e pela Argentina, que representa a rebeldia.
Mas o "jus sanguinis" não é o único princípio definidor da nacionalidade. Em mtºs países, por exemplo, é o "jus solis" e tenho casos desses na família. E o facto de terem ou não feito a formação em Portugal é irrelevante do ponto de vista da nacionalidade. Manuel da Costa, que foi internacional sub-21 por várias vezes, fez toda a sua formação em França, onde nasceu filho de pais portugueses. E Pepe nunca quis jogar pelo Brasil. E mesmo que, como diz o JK, só tivessem optado por jogar por Portugal por não terem lugar da selecção brasileira, essa escolha não é um direito que lhes assiste a partir do momento em que adquirem a nacionalidade portuguesa? Parece que alguns, os aparentemente mais insuspeitos (ou será que não?), pretendem voltar ao tempo de Salazar e das colónias, em que existiam portugueses de 1ª e de 2ª. Ou será que pretendem uma selecção racicamente pura, à Le Pen ou, pior, à Alfred Rosenberg? Para além disso, numa época em que o mundo tende a ser global, de grande imigração e emigração, qualquer critério objectivo que não seja o da lei de cada país é um contrasenso.
Palha para entreter, eu não disse que eles não têm o direito de se naturalizarem Portugueses, digo é que eles poderem legalmente jogarem por Portugal é difente de eles terem que jogar por Portugal. Só lá vai quem é chamado, por isso sou contra a chamada deles, mas por aqui não consigo fazer desenhos, se não entendes paciência. Ninguém falou em raças nem em xenofobias, que mania de querer manipular o que os outros dizem, pensei que isso eram tiques deste governo. Eu não me sinto representado por esta selecção, mas não tenho nada contra quem se sente, façam bom proveito.
Amigo JC:
-reitero a falta de regulamentação, por parte da FIFA, da utilização de jogadores naturalizados, remetendo a 'batata quente' para a disparidade de critérios existente nas legislações nacionais, o que leva ao sempre injusto e não uniforme processo de naturalização de cada ordem jurídica.
Hipoteticamente, isto conduzirá a que os países ricos e com demografias envelhecidas poderão, num futuro próximo, ter selecções com 11 brasileiros. E não é despiciendio que refiro 11 brasileiros, porque, não deixando de concordar consigo com o facto da discriminação da opinião pública portuguesa, aos atletas brasileiros, em relação aos atletas dos PALOP's, a verdade é que é incomparável a exportação massiva para todo o Mundo (com excepção da Coreia do Norte?) dos jogadores de futebol oriundos do Brasil.
A FIFA, enquanto grande 'emporio', entidade, ou organização multinacional e monopolista do negócio futebol, a exemplo da sua filha UEFA quanto à utilização de jogadores comunitários e extra-comunitários nas equpas europeias, poderá sempre legislar sobre a regulamentação da utilização de jogadores naturalizados em cada selecção nacional.
Uma medida, para evitar a disseminação deste fenómeno crescente de naturalizações em tempo record e por 'termo certo', cujos processos nem sempre são muito edificantes, seria a regulamentação da utilização de um número máximo de jogadores naturalizados (3 ou 4) por cada representação nacional;
- outra medida a considerar poderia ser a adopção de regulamentação que permitisse a utilização ilimitada de quaisquer jogadores, desde que os naturalizados o tivessem sido há um determinado tempo (5 anos, pelo menos, por ex.).
O que é necessário é adoptar medidas que directamente defendam os interesses dos valores jovens que despontam em cada país e, concomitantemente, também no Brasil, que, deste modo, não comprometeria o seu futuro, hipotecando-o com promessas que só alimentam outro fenómeno global, intimamente ligado a este e que a FIFA deveria investigar a fundo, que é o tráfico de jogadores jovens, através de empresas agenciadoras de jogadores que detêm posições accionistas em vários clubes do Mundo (lembram-se do Corinthians Alagoano?) e em empresas de comunicação social e que, deste modo, actuam como plataformas giratórias como o caso da Traffic Sports(que já detém a maioria das acções do Estoril-Praia), a MSI-Media Sports Investments (dos impolutos Boris Berenzovsky, Roman Abramovich) que levou o Corinthians de campeão brasileiro ao rebaixamento à série B, a Energy Sports, etc.
Abraço
Há bruxas! Hoje, discuti com vários amigos cariocas, amantes de futebol, que teimavam que o Pepe é português. Enfim, descrevi-lhes o percurso profissional do jogador, mostrei-lhes uns "Cadernos de A Bola", e, mesmo assim, torceram o nariz...
Mais: a nenhum desses amigos faz confusão a participação de luso-brasileiros na Selecção Portuguesa. "Nada mais natural", comentou um. "O Zico é filho de portugueses", rematou outro.
E se o Pires quisesse representar Portugal? Era português ou francês?
E se o Nuno Bettencourt jogasse futebol, podia representar a selecção? E a Nelly Furtado?
E um jogador que nasça em Moçambique, como Eusébio ou Carlos Queiróz, e que venha para Portugal aos 17 anos... terá direito a sentir-se português? Ou melhor, um filho de angolanos radicados em Portugal...
Afinal o que é um português para além das definições legislativas? Aquele que nasce em Portugal? Aquele que "se forma em Portugal"? Aquele que "tem sangue" absolutamente lusitano? Apenas aquele que reúne todas estas condições e mais algumas?
Existe por aqui um certo desnorte na busca de uma identidade...
Brasileiros aldrabões, anónimo? Devem ser milhões... e portugueses????????
Ai, senhores!
Para finalizar:
Vivo desde 2005 no Rio de Janeiro. Paraíso na Terra. Tanto em termos naturais como humanos. Por todos os brasileiros, fui recebido como um deles. Sempre. Com carinho, espontaneidade e transparência.
Ficaria orgulhoso se os brasileiros fossem recebidos da mesma forma no país onde nasci...
Filhote, não vamos baralhar as coisas, não é esse o caminho. Vamos separar as águas, as pessoas tÊm o direito de circular pelo mundo, e de serem respeitados e terem os direitos fundamentais em qualquer parte do globo.
Representar uma selecção nacional de um desporto qualquer, não é um direito é um privilégio. O Quim pode legalmente representar a selecção, mas não está lá, isto faz dele Português de 2ª ? A UEFA criou um regulamento na Champions que obriga os clubes a terem pelo menos 4 jogadores oriundos da sua formação, é uma medida sem um imapcto muito grande, mas existe. O futebol de selecções só faz sentido enquanto as mesmas forem representativas dos países, se isto das nacionalidades deixa de fazer sentido, então o futebol deve limitar-se aos clubes, ou eventualmente a jogos entre ligas, formando selecções de jogadores que actuam em Portugal, contra por exemplo uma de jogadores que actuam em Espanha, género dos All Stars. Agora não somos todos obrigados a aceitar aquilo que alguns pretendem definir como caminho único.
Como dizem os amigos brasileiros, Filhote, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não compares situações que não são comparáveis.
Uma coisa são jogadores brasileiros (ou outra nacionalidade) que não têm qualquer relação com Portugal a não ser uns esporádicos chutos na bola (casos do Deco e do Pepe) e que, "desprezados" no seu País, vão para a montra de uma selecção estrangeira à procura de melhores contratos.
Ao menos, Deco foi honesto já disse que não sabe o Hino, não quer saber de Portugal e que sempre se sentiu brasileiro.
Se fossem seleccionados no seu País, nunca teriam pedido a nacionalização portuguesa.
Outra coisa são os nomes de que falas, como Nuno Bettencourt, Nelly Furtado, a miúda do ténis, etc. São portugueses ou com raízes profundas em Portugal e nunca disso se distraíram. O Bettencourt até actuava com a Bandeira portuguesa e chegou a pousar com a camisola do teu clube. Ainda falam português e não esquecem as raízes, nem as desdenham.
E andam por esse mundo a ganhar dinheiro, sim, mas só se representam a si próprios. Nem pretendem outra coisa.
E em mim, por exemplo, provocam orgulho, coisa que não sinto por Deco, Pepe e/ou Liedson.
Mas o futebol é o futebol, há muito que deixou de ser uma actividade que mereça respeito.
Mas isto, claro, só sou eu a falar.
LT
Segundo soube, Aristides, Carlos Queiroz terá pedido um "hino" ao Rui Veloso pedido que caiu em saco roto...
LT
Companheiro Ié-Ié,
apesar de conhecer as recentes afirmações de Deco, de saber que daqui a poucos anos irá quebrar a sua frágil ligação a Portugal, voltando para S.Paulo, repito que há uma diferença entre a sua situação ou a do Pepe (este até tem vida estabilizada em Portugal, sendo casado com uma portuguesa), que chegaram a Portugal adolescentes anónimos, da situação do Liedson que chegou a Portugal com 26 anos, como goleador ídolo dos 2 clubes com as maiores torcidas do Mundo - Flamengo e Corinthians!
Aliás, temos em Portugal um brasileiro que nunca se naturalizou, defendeu as cores do escrete canarinho e que, para mim, é mais português do que muitos portugueses de bigode que eu conheço - Mozer.
Resumindo, sem xenofobias - olha quem... logo eu que já não sei se torço por Portugal, se pelo Brasil, se pela Argentina!(Sim, D10S a isso me leva!) - creio que, a bem do futebol, as regras deviam estar clarinhas para todos, senão a cegueira da FIFA poderá conduzir a Babel!
Nuno Bettencourt não "poisou", claro... pressas...
LT
Não sei se o Queiroz pediu um hino ao Veloso. Pelo menos na última revista Blitz o Veloso não fala nisso e até se insurge contra o facto do hino ser dos Black Eyed Peas. Mais informa que uma vez foi abandonado no meio do estádio, após ter cantado o hino português.
Como português que sou (e faço gala de o ser) só me insurjo contra a escolha do hino dos Black Eyed Peas. Sobre o resto , relacionado com a bola, não me interessa. Se perderem todos os jogos , a minha vida continua igual . Se ganharem todos os jogos a minha vida continua igual. Serem brasileiros ou não, não me interessa. Neste caso acho uma ordinarice de todo o tamanho a escolha do hino. Inqualificável. Só do Queiroz & sus muchachos... Estou farto de distracções dos problemas reais.
O Rui Veloso não fala nisso... porque não lhe interessa falar! Dizem as má-línguas (que não são poucas) que hoje em dia só pensa em dinheiro!
Com isto, não quero dizer que defenda a opção de Carlos Queiroz pelos Peas. Muito pelo contrário. Também a rejeito. Nem acho simpática a canção.
Agora indigna-me que os músicos portugueses se revoltem quando são eles próprios que não dão o passo em frente.
LT
Isso já é muita areia para a minha camioneta, caro (S)LB, sou um ignorante em matéria de futebol.
LT
Ié-Ié e Kerouac: não comparei nem baralhei as coisas. Apenas levantei questões, algumas dúvidas que tenho. Desta feita, nem expressei a minha opinião sobre o assunto...
Se querem a minha opinião, volto a afirmar que me faz confusão a convocatória de futebolistas recém-naturalizados - exprimi esse meu sentimento num pequeno debate no blogue do JC.
Ou seja, não me identifico 100% com esta Selecção.
Como já aqui foi frisado, Liedson era um jogador BRASILEIRO totalmente formado e reconhecido como tal no seu país de origem. Deco, numa entrevista que vi na TV brasileira - há uns 2 anos -, afirmou que o seu sonho de criança era representar o Escrete. Quanto ao Pepe, a história é um pouco diferente, concedo.
Todavia, recuso-me a embarcar em patriotismos bacocos. Queriam um hino português? Compusessem uma canção de jeito!
Seria bom que conseguíssemos deixar de ser primeiro portugueses para poder existir primeiro como homens. Essa obsessão pela identidade parece-me a expressão de um desespero colectivo. Entendo esse desnorte, mas dele consegui libertar-me, definitivamente, quando atravessei o Atlântico.
Pequena provocação: ao contrário do Bettencourt e da Furtado, os luso-brasileiros da Selecção falam português...
Já agora: neste campeonato há 32 equipas. Certo? Cada equipa pôde levar 23 jogadores. Certo? Faz um total de 736. Certo? Quantos jogam no campeonato português? Há alguma lista feita?
Também termino com uma pequena provocação: quantos jogadores portugueses há neste Mundial naturalizados com outra nacionalidade?
LT
Outra provocação, Filhote: olha que tanto Bettencourt como Furtado falam português (de Portugal!!!! -eheheh), admito que agora com algum sotaque anglo-saxónico, além do açoriano, claro!
Embrulha! (como se dizia no Liceu!)
LT
Boa, Ié-Ié!
Clarificando as coisas... quando falo de desnorte de identidade não me refiro especificamente à resistência diante da convocatória de naturalizados. Na minha opinião, trata-se de um caso pontual que exige reflexão e legislação desportiva de excepção.
Quanto a esse desnorte de identidade, deixo-vos um exemplo:
Um grande amigo meu de passagem pelo Rio, "planejando" por aqui reconstruir a vida, reagia ofendido contra a forma de utilização da língua portuguesa no Brasil.
Debatia, enérgico, com brasileiros e portugueses, que "atual" tem um C antes do T, e por aí fora...
Passadas umas semanas, vendo-se impotente para converter 280 milhões aos princípios linguísticos do seu ancestral e adorado Portugal, e talvez apreendendo que o Português é uma língua viva, o meu amigo desabafou:"epá, se ficar aqui a viver tenho de me convencer que isto aqui não é Portugal... é outro país!"
Pois é...
Isso do Hino da selecção nem existe, mas lembro que também a música dos B.E.P. não foi composta para o efeito, foi escolhida. Por isso poderiam ter escolhido uma Portuguesa qualquer que entendessem, mesmo que o Rui Veloso tenha recusado compor uma nova. Mas isso é pormenor, prevejo para breve uma corrente que apoie a troca do actual Hino Nacional, para um em Inglês que seja mais vendável a nível internacional, e dê um ar mais moderno à coisa...
Meus caros: estava mtº bom na Caparica e não vou retomar o debate. Reafirmo o que disse: todos os cidadãos portugueses que estejam dentro das normas da FIFA podem representar a selecção portuguesa. É este o único critério objectivo. Depois existem critérios subjectivos, a começar pelos de ordem técnica, e que como tal podem ir variando e ser diferentes ao longo do tempo consoante as ideias da FPF, da equipa técnica, etc, etc. Uns podem, em determinada altura, optar por quem seja português desde sempre, o seja só há X tempo, seja preto, branco, de olhos azuis, gordo, etc. Outros, passado um mês, um ano ou 10, podem utilizar critérios diametralmente opostos. Serão sempre critérios subjectivos. Não podem é dizer que há brasileiros, ucranianos, chineses ou bechuanaleses a jogar na selecção: é mentira!
Já agora, SL(B): a FIFA já tem uma regulamentação, de índole exclusivamente desportiva como lhe compete: impede que um jogador já internacional por um país o possa ser por outro. É relativamente recente: Di Stefano foi internacional pela Argentina e Espanha. Limitar a utilização de quem não tenha tido sempre a mesma nacionalidade? Seria uma descriminação e uma intromissão intolerável nas leis de cada país e que ma faria ir para a rua manifestar.
Abraço para todos e... torço pela Inglaterra, depois pela Espanha, França, Itália e Alemanha! Viva a UE!!!
Ah!, para além disso, qualquer lei da FIFA nesse sentido seria algo de racista e descriminatório. No caso de Portugal seria mesmo inconstitucional
Só para terminar: julgo ter entendido que mtºs de vocês põe em causa a utilização de jogadores que não tiveram sempre a nacionalidade portuguesa por uma questão de identificação c/ uma selecção assim constituída. Corrijam-me se estiver enganado. Pois eu, cidadão português, sinto-me mais identificado c/ uma selecção que reflita aquilo que é o Portugal de hoje em dia: um país onde vivem e trabalham imigrantes de várias origem, alguns deles tendo adquirido a nacionalidade portuguesa. Um país bem mais diversificado e cosmopolita do que o de há 20 ou 30 anos. Mais ainda, tal como em termos gerais e médios (repito: em termos médios) me identifico mais c/ um madrileno, um londrino ou um parisiense do que c/ a maioria dos portugueses.
E um abraço para todos, se me permitem, principalmente para o SL(B) e o Filhote, lá pelo Brasil
De acordo, JC, e assumo que a minha resistência aos "recém-naturalizados" seja absolutamente subjectiva.
Abraço!
Caros, lanço as respostas:
-Ié-Ié/JK/filhote:
que eu tenha conhecimento, o 'I gotta feeling' dos B.E.P. foi utilizado no balneário da selecção, como canção motivacional do grupo de trabalho durante a difícil fase final do apuramento e, uma vez atingido o apuramento, foi assumida como 'música da sorte', nada mais do que isso! A estória de Hino da selecção é ...treta e um excelente golpe publicitário de um Banco.
- Ié-Ié:
para além dos jogadores da selecção portuguesa que jogam em Portugal, existem mais 8 jogadores que jogaram este ano na Liga: Uruguai(3): Álvaro Pereira e Fucile (FCP) + Maxi Pereira (SLB), Brasil (2); Luisão e Ramires (SLB); Paraguai (1): Cardozo (SLB); Chile (1): Matías Fernandez (SCP); Argélia (1): Halliche (Nacional da Madeira).
Existem ainda mais 2 jogadores ligados contratualmente a clubes portugueses, mas emprestados a 2 clubes ingleses: o argelino Yebda emprestado pelo Benfica ao Portsmouth e o sérvio Stojkovic, emprestado pelo Sporting ao Wigan.
Que eu tb tenha conhecimento não existem outros jogadores com nacionalidade portuguesa.
Já agora quem é a 'miúda do ténis' que falas? Michelle Brito? É lisboeta e apenas foi morar para a Florida para ingressar numa academia de ténis.
-JC:
a FIFA tem legitimidade para regulamentar 'as linhas com que se cose', enquanto organização supranacional, o Direito Internacional dá-lhe essa prerrogativa. Intolerável? Talvez! Mais: confere às Federações nacionais poderes que cada Estado lhe permite, regulando relações laborais, por ex. Uma espécie de fronteira tolerada, uma 'twighlight zone' que os Estados não ousam desafiar, sob pena de a cada Federação, a FIFA ameace retirar a sua tutela, ficando isolada internacionalmente, para além de obrigar a respeitar o seu Estatuto, oferecendo, em troca, ajuda financeira e apoio logístico, através de programas, leia-se pagar para calar.
É este o panorama da FIFA! Tal como certas associações benfeitoras sicilianas...Razão tinha Diego quando há uns anos lhes chamou 'el gran ladrón!'
Ressalvo, no entanto, que não existe nenhuma ilegalidade, nem inconstitucionalidade, porque, objectivamente, a FIFA não se intromete na Ordem Juridica de cada país, não cria 'Leis'! Apenas dita as suas próprias regulamentações internas, que cada Federação, ou aceita, ou vai treinar-se sózinha. E ponto.
Abraço
(S)LB, e o Dí Maria???????
esse FOI do benfica.
Pois claro, filhote, obrigado.
Primeiro contei-o e dps esqueci-me de o mencionar e fiz mal a conta (será porque esteve mt eclipsado no 1º jogo da Argentina?).
Passam, então, a ser 9 jogadores estrangeiros que jogaram este ano na liga sagres, que estão presentes na 'Copa'.
O Liedson, o Deco e o Pepe são brasileiros que jogam por portugal por terem adquirido dupla nacionalidade, dizer o contrário disto é um disparate. Por alguma razão ele é o "Melhor goleador estrangeiro do Sporting", estatuto adquirido em 2009....
SL(B): as regulamentações da FIFA são de índole desportiva. Poderá, p. ex, obrigar os clubes que disputam a CL a ter um mínimo de jogadores formados no clube, mas, como sabe, teve de se sujeitar à lei Bosman e, embora tente, nunca depois disso conseguiu impor qualquer limitação ao nº de estrangeiros. E não vou discutir a FIFA pois, ao contrário de mt gente, considero a sua actação globalmente positiva (disse "globalmente", o que significa que não tem sempre razão).
JK: Liedson só é português desde 2009. Daí a afirmação s/ ser o maior gloesdor estrangeiro do SCP, designação que nada tem de oficial, ao contrário da concessão da nacionalidade.
Ok...o Liedson é um Brasileiro com dupla nacionalidade, tal como Deco e Pepe, são brasileiros que jogam por Portugal. Eles não deixaram de ser Brasileiros, passaram foi a ser também cidadãos Portugueses. Daí a afirmação de que jogam brasileiros por Portugal ser verdade, por muitas voltas que dês.
SL(B): ainda há Dujuricic (Sérvia), gr da União Leiria, e Peknic (Eslovénia) do Nacional.
Obrigado, caro (S)LB, curvo-me perante tamanha sabedoria!
LT
Há outras estatísticas interessantes de se fazer. Por exemplo, dos 736 homens da cueca que percentagem joga no próprio país?
Ou curiosidades: alemães negros, japoneses louros, portugueses que falam "brasileiro" (pequena provocação...).
LT
E pretos de cabeleira loira e brancos de carapinha?
Um australiano chamado Garcia, um dinamarquês negro, um alemão chamado Cacau...
LT
… o que é natural e fica bem é cada um usar o cabelo com que nasceu! Restaurador Olex!
Caro JC
Permita-me que discorde, mas estamos em diferentes sintonias, uma vez que o Acordão Bosman é uma sentença judicial de um Tribunal Europeu que fez jurisprudência dentro do espaço comum, obrigando a UEFA a, devido à supressão das fronteiras, consagrar a igualdade de drtºs aos seus cidadãos, independentemente do país da EU de origem, fundamentando na livre circulação de pessoas (e bens) a nível laboral.
Mas, em suma, tudo isto é válido APENAS PARA CIDADÃOS NACIONAIS DOS PAÍSES DA U.E. (e, salvo erro da Suíça), continuando a haver limitação da utilização de jogadores não-comunitários e acresce dizer que após muitas negociações foi imposto como caso consumado à FIFA, que teve de engolir o sapo pela força intrínseca da UE, que congrega em si a grande força do futebol mundial (com excepção do Brasil, Argentina e, pela História, o Uruguai)!
A meu ver, a Lei Bosman acabou por aumentar as assimetrias entre ricos e pobres (os clubes) e entre realmente bons e… os outros (os jogadores) porque os realmente bons aumentaram exponencialmente o seu poder negocial e, sabendo-se que o dinheiro não estica, nunca tantos (a imensa multidão de jogadores medianos) ficaram prejudicados pelo que se paga a tão poucos (os astros).
Daí, segundo julgo saber, a EU estar sensibilizada e a aceder aos pedidos para ressuscitar algumas das antigas restrições, restando saber-se em que termos…
No entanto, o que se sabe, para já, é que a Fed. Intern. de Vólei está na vanguarda com um projecto,que a FIFA adoptou e está em análise, conferindo aos clubes total liberdade de contratação de nacionais e estrangeiros, mas no entanto com uma quota de jogadores nacionais que limita a utilização em campo de jogadores estrangeiros (6+5 no futebol).
A UE, por outro lado, parece preferir aceitar esquemas restritivos cujo critério não resida na nacionalidade, como o modelo UEFA, segundo o qual os clubes são obrigados a apresentar um nº. mínimo de jogadores formados, independentemente da sua nacionalidade, por isso, como as nossas equipas não andam a ver passar os comboios, começamos a ver as formações de juniores repletas de jogadores estrangeiros.
Resta-me agradecer-lhe pelos outros 2 jogadores estrangeiros que jogam na Liga portuguesa. De facto já tinha lido algures sobre eles, mas só memorizei os mais mediáticos. Passam, assim a ser 11 jogadores, Mr. Ié-Ié!
O Urreta e o Adu, não foram convocados?
Ora vamos lá ver, caro SL(B). Nunca estaria de acordo c/ qualquer excepção à livre circulação, um dos princípios fundadores da UE. Como sabe, a FIFA bem tem tentado abrir caminho aos 6+5, mas felizmente sem sucesso. Aliás, a lei Bosman é um dos princípios que, quanto a mim, está na base do sucesso da Champions League. Há o problema da competitividade, de uma maior igualdade entre equipas, mas para isso prefiro soluções do tipo desportivo e, principalmente, financeiro, um pouco como acontece na NBA, tais como restrições à contratação (um género de "draft"), estabelecimento de tectos salariais e limitações orçamentais, etc, etc. São o tipo de soluções que estão no âmbito da actividade de organizações como a FIFA e a UEFA. e, já agora, não acho a lei Bosman tenha prejudicado seriamente os jogadores medianos (ou até menos do que isso). Veja a multidão de jogadores portugueses a actuar, c/ vantagens financeiras, na Roménia, Chipre, Grécia, etc. Sou contra o proteccionismo. Já agora, tomo a liberdade de lhe enviar esta notícia do "Público" do passado dia 11 http://jornal.publico.pt/noticia/11-06-2010/ataques-a-seleccao-de-futebol-em-marcha-do-pnr-19589218.htm
Cumprimentos
se sabem melhor do que os próprios....
Confissão
Liedson tem espaço para Portugal e Brasil
09 Março 2010
Goleador não esquece país de origem e revela gratidão para com Portugal. Djaló em dúvida para o Atlético de Madrid.
Há já seis anos em Portugal a defender os interesses do Sporting, Liedson sente-se um privilegiado por jogar também na selecção nacional, treinada por Carlos Queiroz. Mas não esquece, naturalmente, o país de origem, o Brasil.
Em entrevista concedida ao site globoesporte.com, o avançado luso-brasileiro, autor, no domingo, no Estádio do Restelo, dos quatro golos na vitória leonina (4-0) sobre o Belenenses, para a Liga, confessou que no seu coração cabem tanto Portugal como o Brasil.
"Não tenho problema em dizer que defendo Portugal com amor. Foi um país que me ajudou muito e ao qual devo muito. Claro que sou brasileiro , todos o sabem. Amo, também, o meu Brasil. Primeiramente, sou brasileiro , mas agora sou português também. No meu coração cabem os dois países", disse Liedson, imprescindível para Carlos Queiroz no sector atacante da selecção portuguesa.
O goleador promete tudo fazer para ajudar Portugal no Mundial que terá palco na África do Sul.
Deco e o estranho rival... Brasil
“AMO PORTUGAL, MAS NÃO SOU PORTUGUÊS”, DISSE À TV GLOBO
O internacional português Deco concedeu uma entrevista ao programa "Esporte Espetacular" da TV Globo e disse que vai estar dividido no Mundial'2010. É que, nascido no Brasil mas defendendo as cores de Portugal, o médio de 32 anos poderá ter a oportunidade de eliminar o seu país de origem. E, a propósito, recordou a estreia na equipa das quinas, no dia 29 de março de 2003, justamente frente à canarinha, tendo marcado o golo da vitória por 2-1. "Foi a sensação mais estranha que já tive na minha carreira", disse.
O jogador do Chelsea revelou ainda que não costuma cantar o hino português antes dos jogos, mas não se furtou de entoar um trecho na televisão. Já quando lhe foi pedido que cantasse o hino brasileiro... desconversou: "Sou brasileiro. E não consigo ver a minha vida sem Portugal. Amo Portugal por tudo aquilo que me deram. Mas não sou português", assinalou.
Tudo isso, JK, são estados de alma, emoções, sentimentos. Assim sendo, e como é óbvio que a nacionalidade nunca pode ser por eles determinada (se assim fosse já há mtº eu não seria português), sendo a "efectiva ligação à comunidade" uma das condições para a concessão da nacionalidade portuguesa, por naturalização, é a quem analisa o processo de candidaturas que compete, caso a caso, avaliar do cumprimento objectivo dessa e de outras condições s.q.n.
Deixa-te lá de piruetas, que isso fica mal. Ninguém aqui colocou em causa a parte legal, eles não estão a representar ilegalmente a selecção Portuguesa, e têm o direito de adquirir a dupla nacionalidade, como adquiriram. Ponto Final Parágrafo ! O facto de serem convocados para a selecção nacional já não entra no campo dos direitos, é um privilégio, e ninguém lhes estará a negar direitos nenhuns se não os convocarem. Eu fui jogador de Andebol durante anos, e nunca fui a selecção nenhuma, e não sou portuguÊs de 2ª por isso. O que eu disse antes, e que eles confirmam apesar de tu negares, é que há brasileiros a jogar por Portugal, isso é um facto objectivo, é legal mas eu não concordo, mas isso é um problema meu nada mais. Acho curioso é toda essa tua retórica tecnocrática sobre direitos relacionados com a representação futebolística do País, ao ponto de ires buscar as "cassetes" do nacionalismo, e não te manifestares contra o facto de um cidadão Português como o Deco não se poder candidatar a Presidente da república, isso é que faz dele um PortuguÊs de 2ª e não um Portugês de plenos direitos. Eles são tão Brasileiros/Portugueses como o Luisão, que tem o mesmo estatuto legal de cidadão PortuguÊs, será que afirmas que joga um Português pelo Brasil ? Claro que também poderemos argumentar que o Português típico, como é o teu caso, afirma sempre que não gosta dos portugueses e que se pudesse era Espanhol, FrancÊs ou Inglês, eu não conheço nenhum Português que não se considere melhor do que os outros todos, mas na hora de representar o país essas coisas são esquecidas e tÊm aquele sentimento que estes não terão, segundo eles próprios afirmam. Mas, volto a afirmar, o aspecto legal não está em causa, e todos os estrangeiros que pretendam obter a cidadania Portuguesa, e que reunam as condições para tal, têm esse direito. Mas há coisas que deveriam estar a salvo dos tecnocratas que estragam tudo em que tocam.
Para terminar e demonstrar quão aleatória é a questão da nacionalidade e ténue a linha que a define, cito-te um caso pessoal: o meu pai nasceu em Madrid, filho de um português de origem maltesa e de uma francesa. É o único dos irmãos que tinha nome próprio português (ou melhor, internacional pois escreve-se da mesma maneira em português e mais 1/2 dúzia de línguas); os alelidos eram franceses, da mãe, e maltês, do pai (o que eu, irmão, primos e filhos ainda ostentamos). Por conveniência do meu avô, que estava a pensar de futuro fixar-se em Portugal, foi registado no consulado português de Madrid; podia ter sido registado no francês ou, pura e simplesmente, na conservatória espanhola ("jus solis") É, portanto, português desde que nasceu, por interesse, apenas, embora até aos 5 anos não falasse uma palavra de português (em casa falava-se francês e na escola castelhano) nem conhecesse o país. Quando atingiu a maioridade pensou se seria conveniente adquirir a nacionalidade francesa ou espanhola. Novamente por interesse, não o fez: vivia em Portugal, Espanha estava no final da guerra civil e França nas vésperas da WWII. Caso quisesse optar por uma dessas nacionalidades teria que prestar serviço militar nas FA respectivas, o que, na conjuntura, não era lá mtº conveniente. Malta nem sequer era independente (era britânica) e tb havia a questão da guerra. Como vês, ficou português por mera questão de interesse e conveniência: apenas uma das avós era portuguesa e o meu pai nem sequer nasceu em Portugal ou viveu aqui na sua infância. Sentia-se - como dizia - português em Portugal, Espanhol em Espanha e francês em França! Como vês... E na família há mtºs mais casos destes, como deves calcular.
Já agora, não sou português de gema, como vês, seja lá o que isso fôr! E quanto à eleição do PR, percebo o racional que está por detrás da questão de, por excepção, ter tido sempre a nacionalidade portuguesa: é o comandante supremo da FA, tradicionalmente,um dos pilares da soberania nacional e ele próprio tb um dos seus símbolos. Não quero dizer que aceite (Portugal teve um rei consorte alemão que foi regente (D. Fernando II), p. ex. - e excelente, por sinal), mas entendo o racional.
E queres tu dizer então que esse teu caso familiar não é uma excepção, mas sim o normal ? Quando digo que és um Português de gema, nem me refiro tanto ao facto de teres nascido em Portugal, mas sim à forma de estar e de pensar. Essa questão do PR faz cair pela base tudo o que com tanto trabalho defendeste no resto do texto, é que essa questão é apenas emocional e nada racional...afinal estamos a falar de símbolos...
Não, quero dizer que apenas a lei define a nacionalidade, o que é a base da minha argumentação desde o início. E que o direito á livre escolha, mesmo que por interesse, é legítimo.
2. Não ajo nem penso como um português de gema, seja lá o que isso fôr. E bem já me tenho lixado por isso.
3. A questão do PR nada tem de emocional. É até algo de mtº concreto: tenta evitar, ou minimizar por via legal, a "traição" aos tradicionalmente chamados interesses nacionais, tb seja lá o que isso fôr. Vem da época dos nacionalismos, do séc. XIX. Hoje não tem grande significa e c/ a globalização e e(i)migração, cada vez terá menos.
Eheheh...então e evitar a traição à selecção, olha se o Liedson o Pepe e o Deco resolvem ajudar o seu país contra nós ? afinal sempre há Portugueses de 2ª, são aqueles que legalmente são portugueses, nas não podem ser presidentes porque não são portugas de confiança !! estou esclarecido.
Bom se a tua argumentação era no sentido legal, era escusada, se leres o que foi escrito ninguém colocou isso em causa, nem era isso que estava em discussão. Afinal só estavas a tentar justificar o que é perfeitamente aceite, os brasileiros que jogam pela selecção têm também a nacionalidade portuguesa, certo. A questão era se deviam representar portugal ou não, pelos vistos podem a nível desportivo, mas não a nível político, entendido.
Vê se entendes (em relação ao PR): Tento explicar o que está na base das restrições á eleição do PR, mas nunca disse que concordo. Disse, inclusivamente, que tal restrição já faz pouco sentido nos dias de hoje e cada vez fará menos. Mas comparar o caso de jogadores da selecção c/ o PR... Enfim...
E ponto final, se não te importas.
O princípio é o mesmo, serem cidadãos Portugueses, ou são ou não são, afinal em que ficamos, ou somos legalistas e ignoramos a emoção, ou não, objectividade meu caro.
70 comentários! É obra!
(71 com este)
Hoje, no pouco instigante Portugal-Costa do Marfim, para além da nulidade dos luso-brasileiros, quem sabe de índole "traidora", fez-me confusão ver o Cristiano Ronaldo de cabeça baixa sem cantar o Hino Nacional.
Ou CR7 não sabe o Hino, não querendo aprendê-lo, ou já se considera supra-nacional... a atitude chocou todos os brasileiros que estavam comigo...
Também reparei nisso, Filhote, constratando com o Eduardo que o cantou a plenos pulmões!
Mas tenho Ronaldo como um tipo fixe.
LT
... um Welcome nas Honduras...
LT
... um Beauséjour no Chile...
LT
... um suiço negro...
LT
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