COLUMBIA - 33JSX71 - edição moçambicana (1965)
La Mama - Hello Dolly - Eu Tão Só (Et Pourtant) - Ma Vie - It's Over - Chove - Se Mi Vuoi Lasciare - Greenback Dollar - Se Piangi, Se Ridi - Nunca Mais - Hully Gully do Montanhês - Oh, Dis Marie
La Mama - Hello Dolly - Eu Tão Só (Et Pourtant) - Ma Vie - It's Over - Chove - Se Mi Vuoi Lasciare - Greenback Dollar - Se Piangi, Se Ridi - Nunca Mais - Hully Gully do Montanhês - Oh, Dis Marie
Este é o primeiro LP português da chamada música pop.
Foi editado em 1965, em Moçambique, numa altura em que o Conjunto João Paulo fazia uma digressão pelo território, digressão que obteve grande sucesso a avaliar pelas reacções:
Conheci o Conjunto João Paulo em Lourenço Marques, decorria o ano de 1965. Nesse ano, em LM eles fizeram um sucesso idêntico ao que os Beatles fizeram na chegada aos EUA. O aeroporto de LM estava completamente apinhado de fans, que os seguiram, sem parar, durante toda a estadia da banda. Foi um autêntico sucesso...
Ao contrário do que o título do LP possa eventualmente sugerir, não se trata de um álbum ao vivo, mas sim de uma compilação que reúne as 12 canções dos 3 primeiros EPs editados pelo conjunto na então Metrópole.
Como quer que seja, esta foi a primeira vez que em Portugal (Moçambique fazia então parte do chamado Império) o formato LP foi utilizado neste tipo de música.
Como quer que seja, esta foi a primeira vez que em Portugal (Moçambique fazia então parte do chamado Império) o formato LP foi utilizado neste tipo de música.
Esta edição moçambicana antecedeu em um ano uma outra metropolitana do mesmo Conjunto Académico João Paulo com o título "No Teatro Monumental" que, tal como o seu antecessor, também não era um "álbum ao vivo".
14 comentários:
O "editor" provavelmente não viu, porque não estava lá.
Eu estava e vi toda essa "loucura". Descontando as devidas proporções, a recepção no aeroporto foi mesmo idêntica à que os Beatles tinham por esse mundo fora! "Loucura" que depois continuou a existir durante os espectáculos.
Ah! Descontando as "devidas proporções"... e essas devidas proporções são gigantescas!
LT
Pois claro, mas não se trata aqui de "contar cabeças". O que é importante realçar é o "clima" da coisa. E esse "clima", na altura, só o tinha visto no cinema, quando o "A Hard Day's Night" se estreou por lá.
eu confirmo o ambiente nos espectáculos!!
nao estava lá em LM, mas sim no Monumental, em LX
relato curioso...
Revista Única/Expresso: Lisboa mudou alguma coisa em si?
Mário Crespo: Mudou muito. Nós nunca viajávamos. O meu mundo era Joanesburgo, onde tinha ido várias vezes com a minha mãe, Lourenço Marques e Lisboa. Em Lourenço Marques não havia propriamente uma discoteca. Havia uma boite no Hotel Polama. Hove uma grande revolução de costumes quando o quitento académico foi lá tocar durante um período prolongado. Todas as meninas se encantaram com os cabelos compridos e com aquele ar um bocado hippie. Em Lisboa, havia uma boite na avenida de Londres chamada Pop onde de vez em quando íamos com amigas. Quando ia de férias a Moçambique ia sempre com um ar superior. Podia ser Verão, mas levava um blazer comprado no Pestana & Brito com dez mesasdas (risos) e uma gravata com um nó muito grosso e calças à boca de sino, de flanela. Era um calor desgraçado, mas tinha de desembarcar assim, com o último long play dos Beatles debaixo do braço, senão não valia a pena. Fiz esse número várias vezes.
extraído da entrevista da Revista Única deste fim de semana.
Esperaria-se...?!
Não sei em que sentido o Crespo utiliza a palavra "discoteca", mas no mínimo está amnésico. Se fala de lugares onde se dançava, posso citar, de memória, e para além do Polana, o Girassol, a Costa do Sol, o Clube de Pesca, o "Peter's", a Casa das Beiras, a Cave, eu sei lá! Só na Rua Araújo, era quase casa sim casa não.
Se por "discoteca" se refere a lojas de discos, também a variedade estava presente: Bayly, Poliarte, Companhia Ultramarina do Comércio, e mais algumas de que já não me lembra os nomes.
E felizmente que não era preciso vir a Lisboa para poder trazer o último disco dos Beatles debaixo do braço. Tudo nos era levado de bandeja, a partir da vizinha África do Sul, como já tive diversas oportunidades de dizer. E se queríamos qualquer coisa mais "especializada" bastava atravessar a fronteira (e nem era preciso irmos a Johannesburg, porque Nelspruit, a escassos quilómetros da fronteira, já nos conseguia fornecer a maior parte das "necessidades musicais").
Lourenço Marques era simplesmente a mais bela cidade portuguesa e a sua "gente" tinha uma mente muito aberta. Belos tempos...
Já agora aproveito para confirmar o grande sucesso do Conjunto João Paulo em L. M (por muito que custe ao sr. Ié Ié).
Luís: boa descoberta esta! Falta apenas a referência final do número de catálogo: é 33JSX71.
Tks!
LT
quem tem este disco? dou o que fôr preciso, menos a minha integridade física...
Ai, saudades!!!...
Eu era grande fã do Conjunto Académico João Paulo. Cheguei a corresponder-me com o baterista, o José Gualberto. Aonde é que ele pára?
Elisabete,
Infelizmente o Gualberto já faleceu há anos. Pode revisitar o Conjunto no blogue:bloguedosergio.blogs.sapo.pt
Não posso querer. Que pena! Fico muito triste.
Obrigada!
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