segunda-feira, 20 de junho de 2011

MANHÃ DE LIBERDADE


PHILIPS - P 765.003P - edição brasileira (1966)

Lado 1

A Banda – Ana Via Embora – Funeral de Lavrador – Como Dois e Dois São Quatro – Morena dos Olhos Dágua – Favela
Lado 2

Manhã de Liberdade – Menina de Hiroxima – Ladainha – Canção do Bicho – Canção da Primavera – Faz Escuro Mas Eu Canto

Das versões de “A Banda” que conhece – e são algumas – a de Nara Leão é a de que mais gosta.

A capa é pouco feliz, mas o disco é lindíssimo.

Na contracapa o poeta Ferreira Gullar escreve:

Neste disco, Nara fala de Hiroxima e do sertão brasileiro, canta e denuncia, fala da liberdade e da morte, da paixão e da festa. Tudo naquela voz sensível, estranhamente emocionada, que os brasileiros se acostumaram a ouvir e a amar.

Lisboa, meados dos anos 60, era muito reconfortante ouvir Nara Leão neste poema de Thiago de Melo:

Faz escuro, mas eu canto por que amanhã
vai chegar.
Vem ver comigo companheiro, vai ser lindo, a cor do
mundo mudar.
Vale a pena não dormir para esperar,
porque amanhã vai chegar.
Já é madrugada vem o sol quero alegria.
Que é para esquecer o que eu sofria.
Quem sofre fica acordado defendendo o
coração.
vem comigo multidão, trabalhar pela
alegria.
Que amanhã é outro dia, que amanhã é
outro dia.

Colaboração de Gin-Tonic

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