Os Claves foram os vencedores do Concurso Yé-Yé organizado pelo jornal "O Século", com o apoio do Movimento Nacional Feminino, no Teatro Monumental, em Lisboa, em 1965 e 1966.
A grande e polémica final realizou-se no dia 30 de Abril de 1966, faz hoje 45 anos, com os seguintes resultados:
1 - Claves (Lisboa) - 55 pontos
2 - Rocks (Angola) - 45 pontos
3 - Night Stars (Moçambique) - 39,5 pontos
4 - Jets (Lisboa) - 35 pontos
5 - Ekos (Lisboa) - 29,5 pontos
6 - Chinchilas (Carcavelos) - 29 pontos
7 - Espaciais (Porto) - 18 pontos
8 - Tubarões (Viseu) - 18 pontos
O Concurso Ié-Ié terá sido provavelmente o maior festival de música do género realizado em Portugal com mais de 70 conjuntos.
Os 73 grupos inscritos representaram mais de 350 jovens com uma média de 18 anos.
Foi organizado pelo jornal "O Século" a favor das Forças Armadas no Ultramar, através do Movimento Nacional Feminino, com a colaboração da Radiotelevisão Portuguesa, Emissora Nacional, Rádio Clube Português e do empresário Vasco Morgado.
Os 73 grupos inscritos representaram mais de 350 jovens com uma média de 18 anos.
Foi organizado pelo jornal "O Século" a favor das Forças Armadas no Ultramar, através do Movimento Nacional Feminino, com a colaboração da Radiotelevisão Portuguesa, Emissora Nacional, Rádio Clube Português e do empresário Vasco Morgado.
O júri era constituído por distintos músicos profissionais e um grupo de jovens entusiastas entendidos em ié-ié.
O júri técnico foi constituído pelo maestro Jorge Costa Pinto, Thilo Krasmann, Mário Simões e José Luís Simões. A partir das meias-finais, presidiu o maestro Eduardo Loureiro, da Emissora Nacional.
E o júri ié-ié era formado por Emídio Aragão Teixeira (presidente), do Instituto Superior Técnico, Carlos Neves Ferreira, da Faculdade de Ciências, Maria Bernardo Macedo e Vale, António Martins da Cruz (futuro ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2003), Jaime Lacerda e Diogo Saraiva e Sousa, todos da Faculdade de Direito de Lisboa, Maria Avelino Pedroso, do Instituto Superior de Agronomia, e Ricardo Espírito Santo e Silva Ricciardi (7º ano dos liceus).
O regulamento do concurso exigia que pelo menos uma canção fosse original e cantada em português. Cada conjunto podia apresentar até 4 canções (tempo máximo de 3 minutos cada) para um tempo de actuação máximo de 20 minutos.
O 1º Prémio era de 15 contos (75 euros), o 2º de 10 e o 3º de 5. Havia uma taça oferecida pelo programa "Passatempo Juvenil", da Rádio Peninsular.
A Philips oferecia uma telefonia e uma Philishave, a Casa Gouveia Machado uma viola Eko de 12 cordas no valor de 4.360$00, um microfone Shure no valor de 2.520$00 e uma tarola Sonor, com suporte, no valor de 1.720$00.
O Salão Musical de Lisboa dava uma bateria, uma viola, uma guitarra, uma pandeireta e três harmónicas de boca, a Casa Galeão uma mala de viagem, a Casa Pinheiro Ribeiro 5 metros de tecido, a Casa J. Nunes Correia 6 gravatas, a Sapataria Lord um par de sapatos, a Loja das Meias 5 gravatas e a Casa J. Pires Tavares 10 frascos de água de Colónia.
No palco, bem visível, um grande cartaz lembrava a ditadura:
Atenção! Barulho que não permita o júri ouvir os conjuntos, objetos (sic) atirados para o palco, distúrbios na sala são motivos para a expulsão do espectador que assim proceder sem que a organização lhe devolva a importância do bilhete. A juventude pode ser alegre sem ser irreverente.
Luís Pinheiro de Almeida