O magnífico conjunto constituído pela Igreja paroquial de Pinheiro de Lafões, adro, cemitério e ponte ferroviária (desactivada) está em vias de ser classificada como património de interesse cultural.
Nota Histórico-Artistica:
As mais antigas referências documentais que se conhecem sobre a paróquia de Santa Maria de Pinheiro, inscrita no julgado de Lafões, remontam às Inquirições de 1258, mas a realidade é que a sua existência parece ser bastante mais remota.
A igreja actual resulta das várias campanhas de obras de que foi objecto, no decorrer do século XVIII, e da reconstrução ocorrida em 1827, data que surge gravada na fachada principal.
As obras documentadas da primeira metade de Setecentos incidiram sobre a capela-mor, demolida em 1729 e substituída por uma nova, construindo-se ainda, em 1741, uma capela com acesso para a rua.
Já na segunda metade da centúria, os trabalhos incidiram na residência paroquial, que se admite corresponder à primitiva igreja, onde se registou a data de 1787, no portal de entrada.
Já no contexto da campanha do século XIX, e para além da frontaria com o ano de 1827, registam-se obras na sacristia em 1831.
A residência paroquial foi alvo de um incêndio que a destruiu, bem como ao seu acervo documental, em 1982, mas em sete anos mais tarde já se encontrava reconstruída.
Por fim, entre 1997 e 1998, todo o conjunto arquitectónico beneficiou de um projecto de valorização, com o arranjo do adro, e a colocação neste espaço do antigo portal de acesso à residência paroquial.
A fachada do templo denuncia, nas suas linhas onduladas e em pormenores neoclássicos, a feição tardia da sua execução. Delimitada por pilastras coroadas por urnas, e frontão de lanços curvos, é marcada pela abertura do portal, com pilastras estriadas, de verga curva e com frontão de aletas e remate em cortina.
Sobrepõe-se-lhe a janela do coro, de linhas curvas ladeada por outras duas de dimensão mais reduzida. A torre sineira ergue-se à esquerda, dividindo-se em três registos, terminando em coruchéus.
No interior, de nave única abobadada, ganha especial importância o retábulo-mor que, tal como os colaterais, pode ser datado do final do século XVIII ou do início do século XIX. Já os laterais são da primeira metade de Setecentos.
O templo é envolto pelo adro, com a casa paroquial à direita e, alinhado com a fachada da igreja, o antigo portal da residência paroquial, de verga recta encimado por frontão de aletas interrompido.
Do conjunto faz ainda parte o cemitério, do lado direito da igreja, inaugurado a 16 de Setembro de 1870 e a ponte ferroviária, junto ao cemitério. Construída em 1913, inscreve-se na série de pontes da linha do Vale do Vouga, encontrando paralelo na Ponte dos Melos, também no concelho de Oliveira de Frades.
Trata-se de uma estrutura de arcos múltiplos, em alvenaria de pedra, e de traçado em curva. A estação de Pinheiro de Lafões foi desactivada na década de 1970.
(RC)
Explicação de Isabel Tissot:
O património classificado fica protegido legalmente de toda e qualquer acção que se pretenda realizar no imóvel. Por exemplo, se o sr. padre quiser mudar a porta de madeira por uma em alumínio é obrigado, por lei, a pedir autorização ao ministério da Cultura para o fazer. Essa autorização pode ser ou não concedida.
Mas o mais interessante deste caso particular é que é o conjunto igreja, adro, cemitério e ponte ferroviária que está em vias de classificação. Para todos os efeitos, neste momento, ninguém pode destruir ou atentar contra a integridade estética deste conjunto.
Nota Histórico-Artistica:
As mais antigas referências documentais que se conhecem sobre a paróquia de Santa Maria de Pinheiro, inscrita no julgado de Lafões, remontam às Inquirições de 1258, mas a realidade é que a sua existência parece ser bastante mais remota.
A igreja actual resulta das várias campanhas de obras de que foi objecto, no decorrer do século XVIII, e da reconstrução ocorrida em 1827, data que surge gravada na fachada principal.
As obras documentadas da primeira metade de Setecentos incidiram sobre a capela-mor, demolida em 1729 e substituída por uma nova, construindo-se ainda, em 1741, uma capela com acesso para a rua.
Já na segunda metade da centúria, os trabalhos incidiram na residência paroquial, que se admite corresponder à primitiva igreja, onde se registou a data de 1787, no portal de entrada.
Já no contexto da campanha do século XIX, e para além da frontaria com o ano de 1827, registam-se obras na sacristia em 1831.
A residência paroquial foi alvo de um incêndio que a destruiu, bem como ao seu acervo documental, em 1982, mas em sete anos mais tarde já se encontrava reconstruída.
Por fim, entre 1997 e 1998, todo o conjunto arquitectónico beneficiou de um projecto de valorização, com o arranjo do adro, e a colocação neste espaço do antigo portal de acesso à residência paroquial.
A fachada do templo denuncia, nas suas linhas onduladas e em pormenores neoclássicos, a feição tardia da sua execução. Delimitada por pilastras coroadas por urnas, e frontão de lanços curvos, é marcada pela abertura do portal, com pilastras estriadas, de verga curva e com frontão de aletas e remate em cortina.
Sobrepõe-se-lhe a janela do coro, de linhas curvas ladeada por outras duas de dimensão mais reduzida. A torre sineira ergue-se à esquerda, dividindo-se em três registos, terminando em coruchéus.
No interior, de nave única abobadada, ganha especial importância o retábulo-mor que, tal como os colaterais, pode ser datado do final do século XVIII ou do início do século XIX. Já os laterais são da primeira metade de Setecentos.
O templo é envolto pelo adro, com a casa paroquial à direita e, alinhado com a fachada da igreja, o antigo portal da residência paroquial, de verga recta encimado por frontão de aletas interrompido.
Do conjunto faz ainda parte o cemitério, do lado direito da igreja, inaugurado a 16 de Setembro de 1870 e a ponte ferroviária, junto ao cemitério. Construída em 1913, inscreve-se na série de pontes da linha do Vale do Vouga, encontrando paralelo na Ponte dos Melos, também no concelho de Oliveira de Frades.
Trata-se de uma estrutura de arcos múltiplos, em alvenaria de pedra, e de traçado em curva. A estação de Pinheiro de Lafões foi desactivada na década de 1970.
(RC)
Explicação de Isabel Tissot:
O património classificado fica protegido legalmente de toda e qualquer acção que se pretenda realizar no imóvel. Por exemplo, se o sr. padre quiser mudar a porta de madeira por uma em alumínio é obrigado, por lei, a pedir autorização ao ministério da Cultura para o fazer. Essa autorização pode ser ou não concedida.
Mas o mais interessante deste caso particular é que é o conjunto igreja, adro, cemitério e ponte ferroviária que está em vias de classificação. Para todos os efeitos, neste momento, ninguém pode destruir ou atentar contra a integridade estética deste conjunto.
2 comentários:
bela notícia!!!!
quem diria que a paroquia de Lafões, a que pertence o Passal, é mesmo anterior ao século xiii...
E quem diria que tem o melhor Polvo de Portugal...nas redondezas.
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