quinta-feira, 18 de março de 2010

ROLLING STONES NA "UNCUT"


Take 155, Abril de 2010.

Esta edição contém 12 páginas sobre os 40 anos (já?!) do duplo álbum "Exile On Main Street", uma espécie de álbum branco dos Stones.

14 comentários:

josé disse...

Em Maio ( acho que li em qualquer lado) sai uma edição em 3 versões: a barata, a média e a de luxo, com t shirt e partes do filme da tournée de 72 ( o disco saiu em Maio de 1972) e um ou outro inédito.

Estou à espera.

filhote disse...

Grande capa! Bela foto do Keef!

Também estou à espera, José...

Para além do citado DVD - excertos dos filmes "Ladies and Gentlemen" e "Cocksucker Blues" -, a edição de luxo inclui um livro de capa dura com fotos de Dominique Tarlé, vinis, e CDs.

Malhete de um luxo asiático!

O mais importante, porém, é a música propriamente dita. E falo de música nunca escutada até hoje.

10 gravações inéditas das sessões do "Exile", das quais 4 absolutamente esquecidas e agora descobertas pelos Stones. Nem em "bootlegs" elas apareceram. A saber: "Plundered My Soul"; "Dancing In the Light"; "Following the River"; "Pass the Win".

Mais: os Stones (Jagger, Richards, e dizem os boatos, Taylor) refizeram vários vocais e guitarras dessas 4 canções no ano passado. Contam que Jagger chegou mesmo a reescrever algumas das letras. Ou seja, temos um novo EP dos Rolling Stones com gravações de base do início dos anos 70... yeah!!!!

Declaração de interesses: não considero "Exile on Main Street" um dos melhores e mais originais LPs dos Stones. Embora seja um excelente disco, recheado de sublimes canções - "Sweet Virginia" ou "Let It Loose" -, não o trocaria por "Aftermath", "Between the Buttons", "Beggar's Banquet", "Let It Bleed", ou mesmo "Sticky Fingers".

Stones 4Ever!!!!!!!!

josé disse...

E entretanto ocupo-me a ouvir e comparar o cd Exile on main St, "digitallly remastered" em "collector´s edition", de há uns bons anos e que reproduzia em digikase, o LP original ( o cd de Sticky Fingers até trazia um zipper, tal como o LP original) e o LP, reedição Nice Price da CBS em prensagem inglesa, dos anos noventa.

O LP sai vencedor. Sem contestação.

Um som mais cheio e claro. O do cd é um som mais puxado, tal como os dos Beatles mas deixa a desejar tudo o resto.

Espero que a edição do cd rematrizado ( mais uma vez?) seja um pouco melhor.

josé disse...

Este disco é dos melhores dos Stones, para o meu gosto. A par de It´s only rock n´roll e Sticky Fingers.

Na altura arranjei um poster de promoção que as lojas de discos tinham para distribuição a interessados. O meu era amarelo com um indígena com três bolas de ferro na boca.

Guardei-o, cheguei e tê-lo na porta do quarto, nesse tempo e depois, perdi-o.

Acho que gostava de ter o LP original.
Vou ver como se mercam no ebay.

josé disse...

Sweet Virginia, no Cd soa bem. No LP melhor. Mais naturalidade no som acústico das Gibson. Mas ambiente musical.
No cd, o baixo vai um pouco mais abaixo nas oitavas. Mas o som sai um pouco mais muddy do que no LP.

Está feito: viva o som do LP!

josé disse...

Torn & Frayed:

No cd, mais puxado o som em geral.

No LP, mais relaxado e tranquilo, com maior definição dinâmica.

A Steel guitar de Al Perkins no cd aparece anémica. No LP, toda a glória do detalhe equilibrado, do instrumento que mais gosto de ouvir na música popular depois da guitarra.

josé disse...

Black Angel:

No cd o som da Gibson acústica na introcução aparece "colorido" com harmónicos que não deviam lá estar e provavelmente estão por defeito do digital.
No LP, o som natural, perfeito.

Não estou a exagerar. Quem quiser compare.

josé disse...

Em Loving cup, no fim do primeiro minuto aparece a secção rítmica, baixo e bateria.
O som destes instrumentos é seco e profundo, controlado de preferência.

A separação sonora entre o baixo e a bateria no bombo, costuma dar a imagem sonora do sistema de som que se testa.

No cd essa separação é de qualidade inferior ao LP. Neste, o som aparece definido e seco. No cd, um pouco misturado, para o meu gosto.

josé disse...

Na última, Soul Survivor, a diferença entre os dois - cd e lp- esbate-se um pouco e até poderá haver alguma vantagem para o cd.

filhote disse...

Faz bem em procurar a prensagem original de 1972, caro José. É a melhor!

De preferência a inglesa ou americana. E atenção, para além dos "inner sleeves" ilustrados, o duplo LP deve incluir uns postais desdobráveis em leque.

Preços de mercado em estado "mint"? Edição UK, 50 libras. Edição US, 15 dólares. Enfim, vá pela americana. Se encontrar mais barato, aproveite!

nota - "um indígena com três bolas de ferro na boca"? Trata-se de um negro americano com bolas de snooker na boca...

Abs

Rato disse...

Pois é, José, os gostos para além de se discutirem deviam-se educar, mas ainda não consegui encontrar ao longo de todos estes anos um professor que me ensinasse a razão ou razões do "Exile On Main Street" poder ser considerado um bom album. Para mim é mesmo o pior que os Stones algum dia deitaram cá para fora!

ié-ié disse...

Estou quase contigo, Rato! Não sou tão radical a ponto de o classifcar como dos piores álbuns dos Stones, mas também nunca percebi a razão de tanto alarido.

Cá para mim, sempre foi uma "coisa de intelectuais"...

Tenho uma edição espanhola em vinil (do tempo em que ia a Orense/Vigo comprar discos) completa e com as minhas anotações: R ou L.

R (rápidas): "Rocks Off", "Rip This Joint", "Happy" e "All Down The Line".

L (lentas): "Tumbling Dice", "Sweet Virginia", "Torn & Frayed", "Loving Cup", "Ventilator Blues", "Let It Loose" e "Shine A Light".

Estas indicações eram preciosas para o bailaricos!

LT

ié-ié disse...

Se bem li a entrevista da "Uncut", Filhote, o Mick Jagger não quer abrir muito o jogo, fala nas três edições, descarta algumas sessões como sendo de "Exile", mas não revela as que vão entrar na edição média.

Diz apenas que entra tudo desde "Loving Cup" (Londres, 69) a Los Angeles (Março 72).

Vamos ver. E diz também que se esta edição tiver sucesso, está disposto a trabalhar "Sticky Fingers".

Mas vou ler melhor a entrevista.

LT

josé disse...

Ora vejam lá!

Para mim, o indígena era do tempo da escravatura e as bolas de ferro, afinal eram...de snooker.

Ainda bem que não soube isso na altura porque teria desvalorizado o poster.