quinta-feira, 25 de março de 2010

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL


LIBERTY - LP-S-56 - edição portuguesa (s/data)

Side One

Ramble Tamble - Before You Accuse Me - Travelin' Band - Ooby Dooby - Lookin' Out My Back Door - Run Through The Jungle

Side Two

Up Around The Bend - My baby Left Me - Wh'll Stop The Rain - I Heard It Through The Grapevine - Long As I Can See The Light

Cortesia de João Pinheiro de Almeida

31 comentários:

Rato disse...

Depois de já ter todos os singles, este foi o 1º album que comprei dos CCR. Sempre gostei daquele som simples e directo, apesar dos muitos detractores na altura minimizarem o valor da banda. Como em tudo na vida, o tempo foi o melhor juiz e hoje, mais de 40 anos depois, eles aí permanecem tão frescos como no início.

Rato disse...

O album foi editado a 25 de Julho de 1970

josé disse...

Este "som simples", apesar disso, não é para todos tocarem porque exige um domínio técnico dos instrumentos que escasseia ou não interessa a alguns músicos.

A secção rítmica ( bateria e baixo) são essenciais para marcar a batida metronomicamente controlada mas não computadorizada.
Looking out my back door é o melho exemplo. E a guitarra em slide bottleneck ( julgo que é um tubo de vidro e não de metal o utilizado) é o contraponto a essa perfeição de execução.

Depois, a voz de John Fogerty, tipicamente ianque, dá o ambiente sonoro para um grupo americano que liderou as tabelas nesses poucos anos em que editou os discos.

Para mim, o encanto começou com Proud Mary, outro tema simples de tocar, mas cuja perfeição de execução só se encontra nos CCR. Nem a versão de Tina Turner consegue entregar mais do que um feeling soul à cançoneta.

Have you ever seen the rain foi o outro tema que me ligou aos Creedence. Por causa da rítmica e das pequenas variações ao chegar ao refrão.

Este grupo, na execução técnica, lembra-me Neil Young. As canções são de uma simplicidade desarmante e muitas vezes com três acordes.
O modo de tocar esses acordes e principalmente de dedilhar a guitarra, confere toda a diferença e beleza musical.
Tell me why, por exemplo.

Tell me why...por isso.

josé disse...

Diz-se que na música clássica os silêncios muitas vezes contam mais que a música, sempre que são colocados no compasso certo.

Trata-se de subtileza criativa e os Creedence conseguem essa subtileza com o domínio do fraseado simples desses instrumentos. Volto ao Lookin out ny backdoor, para referir essa subtileza na parte final, com a retoma do fraseado em slide.

Parece-me ser esse o segredo do sucesso e do génio dos Creedence.

ié-ié disse...

Também sou muito fã dos CCR. Não perco uma...

LT

JMAbreu disse...

Olá a todos os comentaristas e dizer o seguinte:
A vida ensinou-me que as " coisas simples tornam-se belas" e dos poucos casos que conheço na musica com esse toque foi realmente os Credence, com todo o seu estilo da epoca marcadamente, sem grandes simbolismos e sem grandes pompas este grupo é uma referênçia na arte de que a qualidade dos instrumentos sem os tais sintetizadores e outros disfarçes para só vender " gato por lebre".
Grato por tão riquissima e vasta obra e do conheçimento musical a todos Bem Haja, e vou visitar mais vezes este blogue e dos muitos que conheço digo com profundidade de conheçimento que este e do "Rato" é que tenho mais procurado tanto a nível de música como de conheçimento em especial da Portuguesa porque sinto que tenho pouca informação do nosso espólio que é vasto e riquissímo.
Realmente encontra-se informação na Internet mas está muita dispersa, por outro lado tem sido nestes dois Blogues tanto do YéYé e do Rato uma informação mais precisa em especial dos nossos interpertes mais distantes e recuados.
Peço desculpa este meu alongar mas não desejaria deixar de expressar a minha gratidão por aqueles que revivalizam esses valores e que afinal estamos vivos e continuamos não tão apegadamente ao passado mas sim informar o que afinal temos e tivemos de bom.
Funchal Madeira / Portugal
JMAbreu

josé disse...

Sobre a simplicidade na guitarra:

Chuck Berry em johnny b good.

Scotty Moore em That´s allright.

Buddy Holly em Well allright

Simples mas de uma eficácia incomparável.

Unknown disse...

Na altura do seu aparecimento dizia-se que era um grupo de "patos bravos", no entanto tiveram enorme sucesso, e de quem gosto bastante em especial a versão de Screamin' Jay Hawkins "i put a spell on you"

Muleta disse...

este comprei-o na avenida de roma, há vários seculos atras. sempre gostei do estilo simples, directo, muito puro dos ccr...
e hoje, ao ouvir bobines aqui em pinheiro de lafoes lá encontrei muitas das músicas deles que gravávamos. que belo som!

josé disse...

"Bobines" de gravações de LP´s?

Claro que devem ter um som espectacular em relação aos cd´s de hoje.


Mesmo os rematrizados e a obra dos CCR já foi passada pelo moinho dos 2o bits. Mesmo assim, o LP continua a dar o máximo do relevo sonoro.

Muleta disse...

é verdade: a maior parte das bobines foi gravada num Bang & Olufsen. hoje estao a ser reproduzidas atraves de um amplificador e colunas Bang & Olufsen... por isso imagina a qualidade do som!!!!!

Karocha disse...

Eu também gostava muito deles, depois mudaram de nome!
Não me lembro qual mas vou pesquisar.

Karocha disse...

Acabei de me lembrar do nome do empregado da Discoteca Roma, Ramiro!

Anónimo disse...

Este grupo, concentrou em dois ou três álbuns e em poucos anos o essencial das suas jóias da coroa, as quais davam para alimentar uma década inteira se optassem por uma gestão mais calculista e planeada que decerto lhes traria maior destaque e proventos.

Assim se explica não serem mais conhecidos e não usufruírem do merecido destaque, uma vez que esgotaram a cartucheira toda numa sessão de tiro.

Álbuns como este são quase os “Greatest Hits” e só pode merecer nota máxima.

“Proud Mary”, “Have You Ever Seen the Rain”, “Wh'll Stop The Rain”, “Suzie Q”, “Born on the Bayou”, “Green River”, “Down On The Corner”, “Travelin' Band”, entre outras, continuam nos ouvidos e irão perdurar, independentemente do espaço e do tempo.

Curiosamente “Down On The Corner” passava muito na RTP nos inícios de setentas, fazendo parte do anúncio da cerveja “Cuca” onde até a pronúncia muito “dixie” do vocalista quando entoava “courthouse” do segundo verso parecia dizer “cuca” para os ouvidos lusos.

O difícil é fazer simples e os Creedence têm mesmo essa credencial.

JR

Karocha disse...

The blue ridge rangers.

filhote disse...

Não mudaram de nome, não, Karocha... os Blue Ridge Rangers são um projecto solo de John Fogerty. Um projecto que, salvo erro, se resume a um LP de (boas) versões de clássicos Country - "Blue Ridge Rangers" (Fantasy, 1973).

Os Creedence Clearwater Revival são uma das melhores bandas de todos os tempos. Sem dúvida! Banda de sonoridade única, possuidora de uma coleção de canções de primeira água, nomeada para o panteão do Rock'n'Roll Hall of Fame.

E se John Fogerty era o alquimista das grandes canções, da voz demolidora e revoltada, ou dos solos hipnóticos, os outros três elementos foram essenciais na criação do som CCR. A saber: Tom Fogerty (guitarra); Stu Cook (baixo); Doug Clifford (bateria).

Para mim, "Green River" (Fantasy, 1969) é o melhor LP da banda.

Luis Magalhães Pereira disse...

O 1º LP que comprei dos Creedence (na "minha" Feira da Ladra) uma das minhas bandas de todos os tempos!

Por acaso já os conhecia porque havia lá em casa um exemplar inglês do Green River (do espólio Em Órbita).

Ooooooh down the roaaaad I go!

Aquela versão do "I heard through the grapevine"... que maravilha!

Um abraço a todos!

ié-ié disse...

"Have You Ever Seen The Rain?" - que portento de canção!!! Como se chamava aquela boîte em Torres Vedras? Tijolo? Forno? Jesus! Esta PDI!

LT

Jack Kerouac disse...

Túnel ? se era a antiga deve ser....

ié-ié disse...

Isso mesmo, Túnel, obrigado! Tinha uma vaga ideia de que começava por T e depois associei o Tijolo ao Forno - eh eh!

LT

Rato disse...

Não acredito que também tivesses conhecido o Túnel! Foi lá que me apaixonei pela 1ª vez no Verão de 69, e... ao som do album branco dos Beatles!!!
Ainda conservo religiosamente um isqueiro do lugar. Se quiseres envio imagem.

Karocha disse...

O Túnel LT

Mas quem não conhecia o Túnel rato?
Eu passava lá a vida ia de Lisboa de propósito ;-)

filhote disse...

Outra vez a história do túnel?!?

ié-ié disse...

Qual história do Túnel? Já aqui foi falado? Não me lembro! Lembro-me sim de emprestar discos ao Túnel, como o "Black Night", dos Deep Purple!

LT

Karocha disse...

Pois eu disso não sei.
O que sei é que assisti à construção do Túnel, que era uma fábrica de tijolos ;-)

Jack Kerouac disse...

Bem metida Filhote...subtil mas rematada na hora certa, foi mesmo à Saviola !!

ié-ié disse...

E como hay brujas! acaba de sair uma nova colectânea dos CCR, "The Singles Collection".

LT

ié-ié disse...

Claro que quero a imagem do Túnel, Rato! Grandes lembranças! Eu acho que tinha um cinzeiro, mas já se foi.

Como tenho um cinzeiro (gigante) da Cavern, de Liverpool!

LT

Anónimo disse...

pois, se nao fosse tunel o benfica nao ia em 1º....

ié-ié disse...

ai era desse túnel que falavam? nem me tinha apercebido! este é um blogue sério...

se não se importam, preferiria que fossem discutir "futebol" para outras paragens!

aqui há felizmente "asfixia futebolística".

LT

Karocha disse...

LOOOOLLLLLLL