Joan Baez dá hoje na Casa da Música, no Porto, o primeiro de dois concertos em Portugal. É a terceira vez que a cantora se apresenta no País.
O segundo concerto realiza-se na quarta-feira, dia 10, no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Sem deixar os clássicos, Joan Baez vem cantar o seu último álbum, “Day After Tomorrow”, editado em 2008, que inclui originais de Tom Waits, Elvis Costello, T Bone Burnett e Steve Earle, produtor do álbum.
Joan Baez apresentou-se pela primeira vez em Portugal há 30 anos.
O segundo concerto realiza-se na quarta-feira, dia 10, no Coliseu dos Recreios em Lisboa.
Sem deixar os clássicos, Joan Baez vem cantar o seu último álbum, “Day After Tomorrow”, editado em 2008, que inclui originais de Tom Waits, Elvis Costello, T Bone Burnett e Steve Earle, produtor do álbum.
Joan Baez apresentou-se pela primeira vez em Portugal há 30 anos.
11 comentários:
Esta cantora, dotada de uma voz soberba e única , antiga companheira de Bob Dylan, foi igualmente dotada por este de um dos seus melhores temas, muito injustamente esquecido.
Refiro-me a “Love is Just a Four-Letter Word”, uma fabulosa canção, à qual Joan Baez já deu várias versões.
O melhor de Baez e, sem dúvida, um dos melhores de Dylan.
JR
Rectificação: no início, Dylan é que era companheiro de Baez...
Há 30 anos? Já? Começo a ficar velho... estive lá, no Dramático de Cascais, a entoar "We Shall Overcome"!
Caro Filhote
Obrigado pela rectificação.
É justíssimo salientar o impulso inicial que Baez deu à carreira de Dylan ao promover e incluir canções deste no seu reportório.
Na verdade são antigos companheiros( não foi meu propósito insinuar qualquer unilateralismo ou favoritismo em relação de um deles ).
Uma curiosidade.No passado dia 10 de Fevereiro, marcaram ambos presença na Casa Branca em actuação ao vivo perante o casal Obama e uma audiência apostada em celebrar os dos direitos civis. Dylan cantou “The Times They Are A-Changin'” e Baez “We Shall Overcome".
Para o efeito não poderiam escolher melhor. Ambos são "diamond" e "rust" não é com eles.
As duas performances podem ser admiradas aqui :
http://silencedmajority.blogs.com/silenced_majority_portal/2010/02/bob-dylan-joan-baez-perform-at-the-white-house.html
JR
Não sabia dessa actuação na Casa Branca.
Obrigado pela dica, JR!
Velho....Velho sou eu que ainda guardo os bilhetes (2 espectaculos...) e tambem estive lá sentado no chão......30 ANOS OMG, mas agora nem que me empurrem...
Bom, água na fervura: nunca fui especial simpatizante de Baez e, pior, não consigo racionalizar bem as causas. Talvez haja qualquer coisa de demasiado religioso ou místico na sua voz,música, personalidade e imagem (demasiado "freirática") que me afastam. Será?
Enfim, JC, também nunca fui simpatizante da voz de Joan Baez, e do estilo demasiado tradicional de interpretação. Da mesma forma que não gosto de Peter Paul & Mary, mas gosto de Bob Dylan...
No entanto, sempre tive um enorme respeito pela carreira da senhora, e por isso fui a Cascais. Mais: os discos de Joan Baez ouviam-se muito em casa do meu pai e dos meus tios paternos - que me levaram ao cinema para ver "Woodstock".
Voz à parte, Joan Baez é uma excelente guitarrista - das melhores -, e possui uma personalidade artística admirável. Como mulher, fisicamente falando, acho-a deveras interessante.
Abs
Já somos três! À època, até a achava uma chata!
LT
Em Cascais, há 17 anos, Bob Dylan cantou "Little Moses" que, julgo eu, só Baez gravou, nem ele próprio. Uma canção fantástica que ainda hoje me está no ouvido.
LT
Claro, Filhote, já que as influência dee Dylan são mtº variadas, com especial importância dos blues. Esta última nota-se bem na voz e no modo de interpretar.
Abraço
Estive nos dois concertos, o de 2 de Agosto de 1980 (ainda com 19 anos, que ternura) e no de (Abri? Princípio de Maio de 1983). Em ambos na primeira fila, sentada no chão.
O primeiro foi mágico. Chorei como uma Madalena quando ela cantou Forever Young, eu que era tão nova na altura mas já percebia tudo e sabia que viria a conservar aquela noite na memória para o resto da vida. O segundo concerrto foi (para mim) uma enorme decepção. A sensação que tive foi que ela, como tantos outros, acabada a guerra do Vietname, tinha ficado sem uma causa. O Kamboja não era convincente, não havia envolvimento suficiente, tudo aquilo soava artificial. Lembro-me de uma melodia xaroposa, de versos pobrezinhos sobre as crianças do Kamboja (tenho todos os discos dela até Diamonds and Rust, nem sequer tenho Gulf Winds, que tem aquele soberbo Sweeter For Me que me faz sempre chorar). Lembro-me de ela ter cantado uma canção nova que até metia um verso que era «And we don't care if Dylan's gone to Christ» e só me apeteceu sacudi-la e dizer-lhe «Ó mulher, get over it already!»
Dylan continua a ser para ela uma obsessão, tantos anos passados, são incontáveis as canções que o referem com maior ou menor subtileza. Ainda assim, recomendo a sua autobiografia, And a Voice To Sing With. Admiravelmente honesta. Dois capítulos são de uma beleza quase dolorosa, e têm nomes de duas das suas maiores canções: Diamonds and Rust (em que ela, a estender roupa e a ver a iridiscência das gotas de água se lembra dos botões-de-punho que um dia lhe ofereceu («ten years ago I bought you some cuff-links»)- E o desgarrador Love Song To aStranger, em que ela conta como aquele desconhecido encontrado por acaso num aeroporto lhe apaziguou a alma ferida (Deus o abençoe).
A quem possa interessar: está alojada no Hotel Avenida-Palace. Bem gostaria que me assinasse esta autobiografia, ou todos os discos que tenho. O meu amigo António, que dirige o hotel correu logo comigo: não vai incomodar uma hóspede que está a pagar a tarifda normal, sem benesses, com pedidos parvos de fãs. E eu não tenho vida (nem idade) para ir para a porta.
Mas Joan Baez é mesmo uma das minhas Divas. Menos do que Dame Joan Sutherland e outras, claro. E também mje cheira que ainda bem que não vou amanhã ao Coliseu.
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