terça-feira, 9 de março de 2010

EM VIAS DE EXTINÇÃO


Disponível em qualquer loja chinesa perto de si (isto sim, Daniel!).

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao vislumbre destas fitas virá inevitavelmente à memória a produção caseira de conteúdos áudios, passando pela escrita dos alinhamentos nos rótulos como se de poesia se tratasse , o delicado afinamento das cabeças magnéticas do “tape-recorder” como a mesma gentileza de mimar uma namorada, a paixão declarada à cassette ideal ( de entre as nipónicas TDK e Maxwell ou as germânicas BASF, estas com um icon artístico peculiar), o EQ, o Bias para Dióxido de Ferro, Dióxido Crómio e Metal, optar, ou não, por um NR Dolby etc.

Cada gravação era um ritual minucioso, um acto científico de laboratório em que se vestia pele de um Edison em busca de um Graal sonoro, um diamante polido com ternura destinado partilhar com outrém, uma preciosa obra de arte “por si criada”, a realização de um somho, como se fosse, por um dia só, um prodigioso produtor fonográfico que acorda “king of the hill, top of the heap”.

E o prazer de gravar a primeira audição de um disco apresentado em primeira mão por um radialista das ondas Fm Estéreo, ou por um amigo que, invarivelmente acabara de chegar de Londres?

Foi com as cassettes que a Democracia chegou à música.

Pudemos passar sem Cassettes ? Poder, pudemos, mas mão é a mesma coisa !

Guilty Pleasures.

JR

J.Soares disse...

muitos "corta/cola" eu fiz, de forma a fazer genéricos, jingles e outras bricandeiras, mesmo só pelo prazer.
Hoje temos o computador onde se faz com facilidade, mas continua a ficar a milhas de distancia

ié-ié disse...

Completamente de acordo! E o gozo que dava fazer K7s!!!

Não sei se já contei, mas o meu último carro de empresa (uma boa marca!) demorou mais seis meses a entregar, porque eu exigi que viesse com K7s e não com CDs.

Agora, K7s... só nas lojas dos chineses (aqui, sim, Daniel!).

LT