sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA


"A Praia Sob A Calçada", Fernando Pereira Marques, Âncora Editora, 2005, € 12.15 (preço FNAC)

Só hoje consegui esta edição. É sempre interessante ouvir/ler relatos na primeira pessoa, testemunhos directos dos acontecimentos, nem que contenham pequenos equívocos:

Éramos "les Portugais", "Lusitânia no Bairro Latino", diria António Nobre, com a diferença de que não padecíamos do seu saudosismo melancólico, nem convidávamos nenhum Georges a visitar o nosso "país de marinheiros". Instalávamo-nos, normalmente ao fundo da sala e, consoante as moedas disponíveis, ouvíamos na juke-box as músicas que mais apreciávamos: Black Is Black, dos Animals, Eleanor Rigby, dos Beatles, que nos comovia - sobretudo quando os estados de alma eram mais negros ("Ah, look at all the lonely people [...] All the Lonely people, where do they all come from? / All the lonely people, where do they all belong?") -, a versão moderada do Déserteur - em relação à original de Boris Vian - popularizada por Mouloudji, os Jeux Interdits que não sei quem interpretava à viola.

1 comentário:

Jack Kerouac disse...

Já percebi, ele esqueceu de dizer que também ouviam o "House of The Rising Sun" dos Los Bravos...