sábado, 20 de setembro de 2008

LET IT BE


Declaração de interesses: gosto de Beatles, ponto final, parágrafo.

Foi a maior enchente da Cinemateca, ouvi no final da projecção de "Let It Be", na Esplanada da Cinemateca de Lisboa.

Para dizer a verdade, isso é-me completamente indiferente. Até poderia ter sido eu o único espectador!

Ver "Let It Be" hoje em dia teve, para mim, um significado muito especial: repôr os Beatles e a sua música como um todo, como a ideia generosa de um colectivo.

Não há Paul, não há John, não há George, não há Ringo, há Beatles!

É que hoje em dia a tendência é a de partir os Beatles. Paul era o conservador e John o progressista. Coitado do Ringo! E o George, que vivia à sombra?!

Sempre me irritaram estas análises, até porque não correspondem à realidade. Os Beatles sempre foram uma unidade, independentemente das personalidades individuais (muito ricas, aliás), e aí residiu e reside a sua força, a sua invenção.

Por isso é reconfortante, muito, direi mesmo, voltar a este antigamente.

O que não deixa de ser irónico, já que "Let It Be" é uma peça do fim.

Já agora, como podem observar, comprei o single em Londres no dia 28 de Março de 1970, doze dias antes do anúncio formal do fim do quarteto de Liverpool (obviamente sem eu o saber).

LPA

2 comentários:

Anónimo disse...

está escrito por stereo porque fui eu que descobri... no disco nao dizia nada........ foi numa altura em que os ingleses começaram a produzir os singles em estéreo, mas sem qualquer referência..

joão pinheiro de almeida

ié-ié disse...

verdade!