terça-feira, 11 de dezembro de 2007

ESTÁDIO SALAZAR


CINÁFRICA - 2C - edição moçambicana

Brasil e Portugal - Estádio Salazar (Teresa Maria) - Assim É Lourenço Marques - O Nosso Benfica (Georgina Lourenço)

Músicas e letras de Eurico Cebolo.

Fotografias e capa de F. Santos Costa.

O Estádio Salazar, em Lourenço Marques, foi inaugurado no dia 30 de Junho de 1968.

13 comentários:

bissaide disse...

E omites o nome de Eurico Cebolo, autor das letras e músicas deste disco? ;-)

josé disse...

Força, força, companheiro ié-ié. Nós seremos a muralha de titâneo.

Mostre aí o baú da ditadura que a gente agradece.

Fantomas disse...

Não me digas que não tens o "Adeus Guiné"?????

ié-ié disse...

Não, não tenho. Tens? Põe no teu blog. Fazemos interactividade distante!

LT

josé disse...

"Adeus mãezinha, vou partiiir..."

De quem é esta xaropada? Sei que é desse tempo, mas não lembro o cantor.

Então, quem eram os cantores que o regime e apoiantes, aceitavam como intérpretes do sentir popular da época ( anos 60)?

São esses que é preciso repescar nas memórias, para reciclagem intelectual.

Há uma espécie de retoma de valores antigos, que estando ultrapassados pelo tempo, conservam um aroma kitsch, se reportados à época.

É isso que pretendo dizer para dar a entender que essa repescagem só faz bem à identidade.

Seria incapaz de comprar um single com o Adeus Guiné ou até o Angola é nossa, mas aprecio quem o fez e agora o mostra.
Tal como aprecio quem na época comprava os eps do conjunto António Mafra ou do Trio Odemira. Ou mesmo do Conjunto Maria Albertina, com o seu sucesso intemporal O emigrante! !! Ahahahahah!

Longe da terra distante; longe do seu Portugal, vai pensando o emigrante na sua terra natal...aiai aiaiai.

Fantomas disse...

Ok, vou por umas pérolas dessas!!!

josé disse...

O Paco Bandeira, por exemplo. Um cantor e compositor com uma canção belíssima : Ó Elvas, ó Elvas!

E não estou a gozar, porque acho mesmo a composição belíssima. Assim como acho a canção do Marco Paulo, que tem o refrão "Você não tem um pingo de vergonha..." . Acho que são duas canções populares de qualidade, sans blague.

josé disse...

E a do Frei Hermano da Câmara, O rapaz da camisola verde ( só há pouco é que descobri que o poema de Pedro Homem de Melo, tem cariz homosexual, mas não importa porque a melodia é intemporal).

bissaide disse...

Era do Conjunto Típico Armindo Campos, publicada pela Rapsódia em 1970. Conheço também uma versão de 1973, pelo Conjunto Mota e Costa.

Já agora, falta ainda o "Moçambique É Portugal", de 1970 também, pelo Conjunto Tony Correia, de que os Irmãos Catita fizeram uma divertida versão no seu 2º CD.

josé disse...

E a casa da mariquinhas, da Amália. Boa musiquita.

josé disse...

Os irmãos Catita, foram os que perceberam o potencial lúdico de pegar nessas canções e dar-lhe uma viragem um tanto ou quanto anarca.

Acabaram por exagerar. Overplay. Mas até certo ponto, é o que defendo.
Uma atitude tongue in cheeek, relativamente a estas músicas de sempre e que constituem uma banda sonora marginal, ( ainda que do mainstream da época)da juventude de alguns.

Fantomas disse...

Já coloquei umas quantas capas!!!!

Rato disse...

Excluindo talvez o tema "Estádio Salazar" este disco foge um pouco à catalogação de "discos do regime" (a prova é que também eu o tenho e sempre abominei qualquer tipo de propaganda, independentemente do quadrante político-comercial. Aproveito aqui o ensejo para lembrar Jean-Luc Godard que nos anos sessenta se referiu à publicidade como o grande cancro dos anos vindouros. Nada mais certo, basta olharmos à nossa volta hoje em dia).
Este disco foi editado na sequência da inauguração do estádio, em 1968 (nessa altura houve um Portugal-Brasil), o qual na altura se chamava também "estádio da Machava", que era o local onde ele se situava (e desse modo fugia-se à designação oficial) e para celebrar a visita do Glorioso a Lourenço Marques. Apesar de lá ter estado com o meu pai, é claro que não me lembro do resultado final do jogo, mas provavelmente o Ferroviário deve ter levado uma cabazada das antigas.