Esta sim, a revista que Tony Carreira pode um dia aspirar a debutar na capa sem ser confundido com John Lennon (ilusão óptica de alguém a propósito última “Rolling Stone” – vide post atrás). Isto porque Tony Carreira é o “record collector” nº1 de Portugal -ide à FNAC e comprovai o actual TOP- , muito à frente do grosso das reedições Lennon/McCartney , Beatles Remastered incluídos.Fazendo jus ao “slogan” de Lennon, “Power to the People” teremos mesmo que a dar aquele título ao Tony.
Mas, convenhamos, o Tony é um péssimo músico comparado com os seus dons de gineco-cardiologista, especialidade que abraçou desde menino, tendo vindo a tratar dos males do coração de 90% das pacientes lusas, melhor que qualquer Fernando Pádua ( de Pádua, ainda será preferível o St. António casamenteiro ).Com efeito, é ver as “fans” saírem do Coliseu depois de uma audição do Tony, num êxtase tântrico, um Nirvana de quinta essência, com o coração nas mãos livre de arritmias, rendidas àquele “Top Ten”, como se capturadas por uma dose cavalar de “CapoTen”. E se no Coliseu de Roma se matavam os cristãos, no Coliseu dos Recreios matam-se os males do coração.
E não se diga que a ciência do Tony é qualquer coisa de Vilar das Perdizes ou de medicinas alternativas. Conhecer a alma e o coração da mulher não está ao alcance de qualquer um ( saber que também me escapa ) pois versa sobre buraco negro ou anti-matéria ainda mais densa que nem a Teoria da Relatividade consegue deslindar, intrincado problema como o Teorema de Fermat, sempre tão aliciante como a busca do Santo Graal ( para mais referências bibliográficas consultar o Livro Branco também disponível em qualquer FNAC perto de si). É neste particular que o Tony faz Carreira, preenchendo essa falha la-cunar, com a história do menino que sonhava ser cantor, traído pelo destino ( e não só), mas que esqueceu e não chora, pedindo até que lhe mintam com se fosse verdade ( tudo ao contrário pois de o Lennon de “Gimme some Truth”).
E se há coisa que os lusos sempre deram cartas ao mundo,foi em matéria dos enigmas mente o coração. Tivemos o Dr. Egas Moniz que ganhou o Nobel ao descobrir como cortar o mal pela raiz com a saudável lobotomia (ainda bem que não aprofundou mais abaixo !) e temos o Dr António Damásio que, não satisfeito em diagnosticar um erro a Descartes, que cogitava só para descobrir “ergo sum”, viria a travar razões com Espinoza, e por este andar ainda vai fazer Nietzsche em fanicos, ou seja, “Nihil”.
Por isso caro leitor, se a sua amada anda de más arritmias e se queixa da recorrente dor de cabeça, corra à FNAC, compre dois bilhetes para o gineco-cardiologista Dr. Carreira ( não se esqueça de levar um ipod no bolso do lado oposto com um fone discretamente ligado ao ouvido do mesmo lado, a fim de aliviar o tormento, ouvindo uma versão mono dos Beatles, talvez “Strawberry Fields Forever” ) e verá que no final sua amada sairá transfigurada como um Led Zeppelin em "Stairway to Heaven" e depois, bom e depois …. PIMBA!
Disto, desta prosa quero dizer, já não se lê nos jornais, infelizmente. Falta a alusão à prole. Parece que o Toni tem um filho que segue a carreira do pai.
E falta ainda a alusão remota ao passado ignoto de um António Calvário, um António Mourão para quem o tempo voltou sempre p´rá frente, Portugal. E supra-sumo dos sumos espremidos da música enlatada no "sofre coração", tivemos um tal Gabriel Cardoso que fazia o mesmo efeito nos corações ternos como este Carreira fará. Suponho. Penso eu de que.
Na altura era a R&T que lhes dava o destaque. Hoje é o Continente. È natural: o mundo da música de arrinca-corações globalizou. Já não é apenas o mundo dos emigrantes e das sopeiras que já não há, mas estendeu-se em passadeira colorida e anúncios de caldeidoscópio, às rapariguinhas do shopping.
Na filosofia desta musak subjaz um paradigma axiológico-normativo: money! It´s a gas, como cantavam os Floyd do tempo em que o faziam cantar ao ritmo da face oculta. Da lua no caso. Por cá, temos a de Ovar que se estende até Lisboa, nos carris do Alfa, para apanhar passageiros ilustres que se passeiam em bancos e conselhos de administração. Money! It´s a gas. Gasolina para carburar almoços, casinhas, férias, até mesmo isso: corações. Partidos, quebrados ou em recomposição acelerada. Tudo isto soa a uma grande paródia. A great gig in the sky.
Agradeço e concordo com a sugestão de que os quatro Antónios ( por ordem cronológica, o de Pádua casamenteiro, Mourão,Calvário e Carreira) cursaram todos eles a especialidade de gineco-cardiologia musical, sendo os três primeiros precursores deste último e actual “blockbuster” .
Reconheça-se que destes, Mourão é o maior especialista luso da Teoria da Relatividade ao conceber como ninguém e passar ao refrão a contracção do tempo ou a velocidade da luz que chega em dia de sol, isto sem nenhum acelerador de partículas do tipo CERN. É obra!
Já Calvário se especializara a pedir perdão no confessionário e, desconstruindo a comprovada ciência de Mourão, não lograra conseguir a contracção do tempo, deixando fugir a mocidade. Paixão segundo Calvário.
Fora dos Antónios, sejamos justos, também Gabriel Cardoso e Artur Garcia, cursaram a mesma especialidade, porém, este último pautara-se pelo secretismo da sua “Porta Secreta” que o ligava ao coração, o que deixa o mundo solitário como uma novela de John LeCarre na mão como “O Espião Perfeito” ou “ O Espião que Saiu do Frio.
Quanto ao António que faz Carreira nos nossos dias, acrescentaria que muitos autarcas deste país já descobriram o filão. Uma circundante audição com este gineco-cardiologista e seu filhote aprendiz, faz mais pela respectiva reeleição que três ou quatro rotundas a disciplinar o trânsito nalguns caminhos de cabras, sobretudo entre eleitores portadores de cromossomas XX, os quais representam mais de metade do eleitorado e para quem tantas rotundas mais não são que um rotundo convide ao despiste, antes preferindo um “bypass” ao centro do coração, como só o Dr Carreira pode operar.
Em tempos que já lá vão, um jornaleiro da opinião política apodou estes génios menores, de nacional-cançonetistas. O jornaleiro continua hoje o seu afincado labor na Antena Um, todos os dias logo pela manhã, desta vez a comentar as primeiras páginas dos jornais. Confesso que sou ouvinte atento e lembro-me do ápodo a tempo. João Paulo Guerra é a sua graça com todos, mesmo sem Parodiantes.
De todos os nacionais da canção, o maior de todos ainda continua a ser o dos dois amores, pelo estilo, pelo timbre e pela dignidade do cabelo encaracolado. Com um tema de truz, digno de um Roberto do Brasil, mudou a face do cançonetismo luso. Morena, ó morenita! Cada dia tu estás sempre mais bonita! Namorados não tem, ninguém acredita. Esta poesia de alcova decorada a cetim é o must de quem anseia pelo príncipe em coche puxado por abóboras meninas.
É realmente uma falha monumental, capaz de provocar um sismo de magnitude máxima na escala do "Mercati", ter descurado esse Marco da música gineco-cardio, numa altura em que "nuestros hermanos" do Levante nos ameaçavam com mais uma "Armada Invencível" com o Julito ao leme, e os nossos irmão do Poente, potência futebolística do lado de lá do Atlântico, nos ameaçavam como o Rei D. Roberto e seu "Calhambeque" à frente da baliza.
Neste confronto de Titãs, ergueu-se Marco Paulo em defesa das cores pátrias, e honra lhe seja feita que conseguiu poupar a maioria das lusas de serem violentadas pelos dois monstros referidos. Foi mais uma Aljubarrota ganha numa luta de David contra (dois) Golias. O Rei Roberto, rendido à ousadia do Marco lusitano, viria a prestar vassalagem cedendo algumas “covers” e devolvendo algumas escravas já muito batidas na sensualidade brasileira como a “Mulher de 40”.
Se Lennon tivesse aprendido alguma coisa com Marco Paulo, por exemplo com “Eu tenho dois amores”, ficaria vacinado e não teria sido cruelmente assolapado por uma Yoko (m)Ono, para ele um ente único e inigualável “Made in Japan”, como se saída duma qualquer usina High Tech da Sony (“it's a Sony”) ou da Matsushita, chegando ao ponto de preferir desfazer os Beatles que não se davam bem com o monótono “sushi” da japonesa Ono, para uma carreira de camas de hotel a implorar para lhe dar uma chance.
Lennon, não hvia mais mONO! Já era tudo em “stereo” e “multiplex”.
Só mais uma palavrinha a propósito do Rei D. Roberto. Os "olheiros" ( aparentemente depois de uma operação oftalmológica no Santa Maria) do S.L.e Benfica falharam redondamente esta época ao contratarem por uma verba milionária o Roberto errado.
Por essa mesma verba milionário contratriam o próprio Rei D. Roberto, que poria o "calhambeque" à frente da baliza e sempre poderia dizer : Jesus, eu estou aqui!
Alguém duvida que com o verdadeiro Roberto na baliza, o SLB passaria os tormentos por que passa actualmente, o que faz levar tantos infelizes adeptos depois do jogo às tascas de Carnide sblimando o empate ou a derrota com um sublime naco na pedra como fosse no Muro das Lamentações ?
Ainda à colação dos cançonetistas do trinado do gineceu, pode sempre chegar um Camilo do Cesto, que entoava si quieres ser mi amante, o pináculo do paleio de engate: "Decir te quiero decir amor no significa nada las palabras sinceras las que tienen valor son las que salen del alma y en mi alma nacen,solo palabras blancas preguntas sin respuestas llenas de esperanzas."
Mas dependurados no cesto do Camilo apareciam outras primícias da cantiga em castelhano e até em belga. Verdadeiras beldroegas do verso cantado em tremor de voz e da arte de bem cavalgar toda a poética, o Sullivan fazia salivar as infantas em idade de namoro, com gritinhos e desmaios no simples vislumbre da melena Artística. Em tandem, trinava um outro espanholito que vestia em cetim para ilustrar capas de singles: Alejandro de nome e apelido que não me ocorre.
Mas o mercado das beldroegas canoras é vasto e à medida que forem arrobando à praia da memória, pesco-as de arrasto.
Mesmo que nestas cançonetas Tudo passa e Tudo passará, a memória de Nelson Ned permanece intacta sempre que num Domingo à tarde não se saiba o que fazer. Na tropa do antigamente usavam-na como lenitivo de castigos, em parada, muito antes do aparecimento da onda pimba.
Esse Emanuel que a inventou é um cantador de conservatório que pede meças ao Quim Barreiros do bacalhau queralho. E o melhor tempero é o folclore, de facto. O Rosinha, o Rosinha do meio, vem comigo malhar o centeio...mais chão que isto só a eira cheia de milho a secar.
9 comentários:
Esta sim, a revista que Tony Carreira pode um dia aspirar a debutar na capa sem ser confundido com John Lennon (ilusão óptica de alguém a propósito última “Rolling Stone” – vide post atrás).
Isto porque Tony Carreira é o “record collector” nº1 de Portugal -ide à FNAC e comprovai o actual TOP- , muito à frente do grosso das reedições Lennon/McCartney , Beatles Remastered incluídos.Fazendo jus ao “slogan” de Lennon, “Power to the People” teremos mesmo que a dar aquele título ao Tony.
Mas, convenhamos, o Tony é um péssimo músico comparado com os seus dons de gineco-cardiologista, especialidade que abraçou desde menino, tendo vindo a tratar dos males do coração de 90% das pacientes lusas, melhor que qualquer Fernando Pádua ( de Pádua, ainda será preferível o St. António casamenteiro ).Com efeito, é ver as “fans” saírem do Coliseu depois de uma audição do Tony, num êxtase tântrico, um Nirvana de quinta essência, com o coração nas mãos livre de arritmias, rendidas àquele “Top Ten”, como se capturadas por uma dose cavalar de “CapoTen”. E se no Coliseu de Roma se matavam os cristãos, no Coliseu dos Recreios matam-se os males do coração.
E não se diga que a ciência do Tony é qualquer coisa de Vilar das Perdizes ou de medicinas alternativas. Conhecer a alma e o coração da mulher não está ao alcance de qualquer um ( saber que também me escapa ) pois versa sobre buraco negro ou anti-matéria ainda mais densa que nem a Teoria da Relatividade consegue deslindar, intrincado problema como o Teorema de Fermat, sempre tão aliciante como a busca do Santo Graal ( para mais referências bibliográficas consultar o Livro Branco também disponível em qualquer FNAC perto de si).
É neste particular que o Tony faz Carreira, preenchendo essa falha la-cunar, com a história do menino que sonhava ser cantor, traído pelo destino ( e não só), mas que esqueceu e não chora, pedindo até que lhe mintam com se fosse verdade ( tudo ao contrário pois de o Lennon de “Gimme some Truth”).
E se há coisa que os lusos sempre deram cartas ao mundo,foi em matéria dos enigmas mente o coração. Tivemos o Dr. Egas Moniz que ganhou o Nobel ao descobrir como cortar o mal pela raiz com a saudável lobotomia (ainda bem que não aprofundou mais abaixo !) e temos o Dr António Damásio que, não satisfeito em diagnosticar um erro a Descartes, que cogitava só para descobrir “ergo sum”, viria a travar razões com Espinoza, e por este andar ainda vai fazer Nietzsche em fanicos, ou seja, “Nihil”.
Por isso caro leitor, se a sua amada anda de más arritmias e se queixa da recorrente dor de cabeça, corra à FNAC, compre dois bilhetes para o gineco-cardiologista Dr. Carreira ( não se esqueça de levar um ipod no bolso do lado oposto com um fone discretamente ligado ao ouvido do mesmo lado, a fim de aliviar o tormento, ouvindo uma versão mono dos Beatles, talvez “Strawberry Fields Forever” ) e verá que no final sua amada sairá transfigurada como um Led Zeppelin em "Stairway to Heaven" e depois, bom e depois …. PIMBA!
“O coração tem razões que a razão desconhece”
JR
Disto, desta prosa quero dizer, já não se lê nos jornais, infelizmente.
Falta a alusão à prole. Parece que o Toni tem um filho que segue a carreira do pai.
E falta ainda a alusão remota ao passado ignoto de um António Calvário, um António Mourão para quem o tempo voltou sempre p´rá frente, Portugal.
E supra-sumo dos sumos espremidos da música enlatada no "sofre coração", tivemos um tal Gabriel Cardoso que fazia o mesmo efeito nos corações ternos como este Carreira fará. Suponho. Penso eu de que.
Na altura era a R&T que lhes dava o destaque. Hoje é o Continente. È natural: o mundo da música de arrinca-corações globalizou. Já não é apenas o mundo dos emigrantes e das sopeiras que já não há, mas estendeu-se em passadeira colorida e anúncios de caldeidoscópio, às rapariguinhas do shopping.
Na filosofia desta musak subjaz um paradigma axiológico-normativo: money! It´s a gas, como cantavam os Floyd do tempo em que o faziam cantar ao ritmo da face oculta. Da lua no caso. Por cá, temos a de Ovar que se estende até Lisboa, nos carris do Alfa, para apanhar passageiros ilustres que se passeiam em bancos e conselhos de administração.
Money! It´s a gas. Gasolina para carburar almoços, casinhas, férias, até mesmo isso: corações. Partidos, quebrados ou em recomposição acelerada.
Tudo isto soa a uma grande paródia. A great gig in the sky.
Agradeço e concordo com a sugestão de que os quatro Antónios ( por ordem cronológica, o de Pádua casamenteiro, Mourão,Calvário e Carreira) cursaram todos eles a especialidade de gineco-cardiologia musical, sendo os três primeiros precursores deste último e actual “blockbuster” .
Reconheça-se que destes, Mourão é o maior especialista luso da Teoria da Relatividade ao conceber como ninguém e passar ao refrão a contracção do tempo ou a velocidade da luz que chega em dia de sol, isto sem nenhum acelerador de partículas do tipo CERN. É obra!
Já Calvário se especializara a pedir perdão no confessionário e, desconstruindo a comprovada ciência de Mourão, não lograra conseguir a contracção do tempo, deixando fugir a mocidade. Paixão segundo Calvário.
Fora dos Antónios, sejamos justos, também Gabriel Cardoso e Artur Garcia, cursaram a mesma especialidade, porém, este último pautara-se pelo secretismo da sua “Porta Secreta” que o ligava ao coração, o que deixa o mundo solitário como uma novela de John LeCarre na mão como “O Espião Perfeito” ou “ O Espião que Saiu do Frio.
Quanto ao António que faz Carreira nos nossos dias, acrescentaria que muitos autarcas deste país já descobriram o filão.
Uma circundante audição com este gineco-cardiologista e seu filhote aprendiz, faz mais pela respectiva reeleição que três ou quatro rotundas a disciplinar o trânsito nalguns caminhos de cabras, sobretudo entre eleitores portadores de cromossomas XX, os quais representam mais de metade do eleitorado e para quem tantas rotundas mais não são que um rotundo convide ao despiste, antes preferindo um “bypass” ao centro do coração, como só o Dr Carreira pode operar.
JR
Em tempos que já lá vão, um jornaleiro da opinião política apodou estes génios menores, de nacional-cançonetistas. O jornaleiro continua hoje o seu afincado labor na Antena Um, todos os dias logo pela manhã, desta vez a comentar as primeiras páginas dos jornais. Confesso que sou ouvinte atento e lembro-me do ápodo a tempo. João Paulo Guerra é a sua graça com todos, mesmo sem Parodiantes.
De todos os nacionais da canção, o maior de todos ainda continua a ser o dos dois amores, pelo estilo, pelo timbre e pela dignidade do cabelo encaracolado. Com um tema de truz, digno de um Roberto do Brasil, mudou a face do cançonetismo luso. Morena, ó morenita! Cada dia tu estás sempre mais bonita! Namorados não tem, ninguém acredita. Esta poesia de alcova decorada a cetim é o must de quem anseia pelo príncipe em coche puxado por abóboras meninas.
É realmente uma falha monumental, capaz de provocar um sismo de magnitude máxima na escala do "Mercati", ter descurado esse Marco da música gineco-cardio, numa altura em que "nuestros hermanos" do Levante nos ameaçavam com mais uma "Armada Invencível" com o Julito ao leme, e os nossos irmão do Poente, potência futebolística do lado de lá do Atlântico, nos ameaçavam como o Rei D. Roberto e seu "Calhambeque" à frente da baliza.
Neste confronto de Titãs, ergueu-se Marco Paulo em defesa das cores pátrias, e honra lhe seja feita que conseguiu poupar a maioria das lusas de serem violentadas pelos dois monstros referidos. Foi mais uma Aljubarrota ganha numa luta de David contra (dois) Golias. O Rei Roberto, rendido à ousadia do Marco lusitano, viria a prestar vassalagem cedendo algumas “covers” e devolvendo algumas escravas já muito batidas na sensualidade brasileira como a “Mulher de 40”.
Se Lennon tivesse aprendido alguma coisa com Marco Paulo, por exemplo com “Eu tenho dois amores”, ficaria vacinado e não teria sido cruelmente assolapado por uma Yoko (m)Ono, para ele um ente único e inigualável “Made in Japan”, como se saída duma qualquer usina High Tech da Sony (“it's a Sony”) ou da Matsushita, chegando ao ponto de preferir desfazer os Beatles que não se davam bem com o monótono “sushi” da japonesa Ono, para uma carreira de camas de hotel a implorar para lhe dar uma chance.
Lennon, não hvia mais mONO!
Já era tudo em “stereo” e “multiplex”.
JR
Só mais uma palavrinha a propósito do Rei D. Roberto.
Os "olheiros" ( aparentemente depois de uma operação oftalmológica no Santa Maria) do S.L.e Benfica falharam redondamente esta época ao contratarem por uma verba milionária o Roberto errado.
Por essa mesma verba milionário contratriam o próprio Rei D. Roberto, que poria o "calhambeque" à frente da baliza e sempre poderia dizer :
Jesus, eu estou aqui!
Alguém duvida que com o verdadeiro Roberto na baliza, o SLB passaria os tormentos por que passa actualmente, o que faz levar tantos infelizes adeptos depois do jogo às tascas de Carnide sblimando o empate ou a derrota com um sublime naco na pedra como fosse no Muro das Lamentações ?
JR
Ainda à colação dos cançonetistas do trinado do gineceu, pode sempre chegar um Camilo do Cesto, que entoava si quieres ser mi amante, o pináculo do paleio de engate: "Decir te quiero decir amor no significa nada
las palabras sinceras las que tienen valor son
las que salen del alma
y en mi alma nacen,solo palabras blancas
preguntas sin respuestas llenas de
esperanzas."
Mas dependurados no cesto do Camilo apareciam outras primícias da cantiga em castelhano e até em belga. Verdadeiras beldroegas do verso cantado em tremor de voz e da arte de bem cavalgar toda a poética, o Sullivan fazia salivar as infantas em idade de namoro, com gritinhos e desmaios no simples vislumbre da melena Artística.
Em tandem, trinava um outro espanholito que vestia em cetim para ilustrar capas de singles: Alejandro de nome e apelido que não me ocorre.
Mas o mercado das beldroegas canoras é vasto e à medida que forem arrobando à praia da memória, pesco-as de arrasto.
Mesmo que nestas cançonetas Tudo passa e Tudo passará, a memória de Nelson Ned permanece intacta sempre que num Domingo à tarde não se saiba o que fazer. Na tropa do antigamente usavam-na como lenitivo de castigos, em parada, muito antes do aparecimento da onda pimba.
Esse Emanuel que a inventou é um cantador de conservatório que pede meças ao Quim Barreiros do bacalhau queralho. E o melhor tempero é o folclore, de facto. O Rosinha, o Rosinha do meio, vem comigo malhar o centeio...mais chão que isto só a eira cheia de milho a secar.
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