quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CARLOS PINTO CANTAVA NO JAIME JOÃO


ALVORADA - MEP 60.389

Al Di Lá (Mogol/Donida) - Carolina Dai (Panzeri/Pace) - Marcianita (José Imperatore Marcone, versão de Fernando César) - I Go Ape (Greenfield/Neil Sedaka)

Quem canta neste EP do Conjunto de Jaime João é Carlos Pinto, futuro Jotta Herre e voz, também, de "Penina".

Com este disco fomos à RTP-Porto uma duas ou três vezes, o que nos tornou razoavelmente conhecidos.

José Lima era em 1961 o baterista do conjunto, oriundo do Porto, mas pouco conhecido do grande público, navegando nas áreas do pré-yé-yé, ao estilos dos conjuntos italianos então em voga, como Marino Marini, Renato Carosone e/ou Andrea Tosi.

O Conjunto durou pouco tempo, confessa José Lima. Era também formado por Jaime João (piano e voz), Adolfo Lapa, ex-Walter Behrend, (guitarra e voz), já falecido, e Manuel Poças (contrabaixo).

Depois de algumas actuações na RTP-Porto e em bailes de Faculdades, etc, o conjunto durou pouco tempo, porque o seu titular foi para o Brasil, depois de uma passagem pelos Jotta Herre. Nunca mais soube nada dele, explica José Lima.

Depois, com amigos comuns, Renato Pombo (sax, voz), já falecido, que era filho do antigo presidente do FC Porto, dr. Paulo Pombo, Zeferino Lapa, irmão de Adolfo Lapa, (guitarra, voz) e Miguel Braga (piano, voz), formámos os Morgans.

Por causa do serviço militar, os Morgans acabaram e passei então para o
Conjunto Académico Orfeu.
José Lima explicou também a este blogue as relações com os Jotta Herre, intérpretes originais de "Penina", da autoria de Paul McCartney:

Tínhamos relações de amizade com os Jotta Herre, oriundos do Conjunto Walter Behrend, e a coincidência foi que alugámos uma sala no mesmo prédio onde eles ensaiavam. Por vezes até alternávamos com eles nos bailes e/ou espectáculos.
O Conjunto Walter Behrend foi formado em 1955 com Aníbal Cunha, Rui Pereira e Lourenço Pereira, elementos que, mais tarde, em 1963, apareceram no Jotta Herre.

Jaime João deu origem ao J de Jotta Herre, enquanto Rui Pereira deu o R.

O Jaime saiu do Jotta Herre antes de irmos para o Hotel Penina, mas nós decidimos não mudar o nome, pois já éramos bastante conhecidos, conta Carlos Pinto.

8 comentários:

bissaide disse...

Já estou baralhado: o J de Jotta Herre não vinha precisamente do Jaime João?

bissaide disse...

Is there anybody out there?...

bdc disse...

Como parece que o JJ abandonou o grupo a que dava nome... muito antes do começo dos Jota Herre. 1961 a 1963 também não é muito tempo e se calhar já existia uma génese dos JR.

"Marcianita" também era uma boa ideia para uma tag.

Edward Soja disse...

Mas afinal... em que ano surgiram os Morgans? E eram do Porto (concelho)?

O amigo José Lima podia puxar pela memória...

:)

rui lima disse...

os Morgans eram do Porto e tem dois discos editados suyrgiram em finais dos anos 60

Edward Soja disse...

Bem, neste blogue mesmo, a primeira referência aos Morgans data de 1965. Não é bem no final da década...

:)

Mas obrigado pela mensagem, Rui Lima (alguma relação com o José?)

;)

ié-ié disse...

Naturais do Porto, os Morgans eram formados por Renato Pombo (viola ritmo), já falecido, filho de um presidente do FC Porto, Paulo Pombo, Miguel Braga (viola solo), Zeferino Lapa (voz), também já falecido, José Lima (bateria) e Rui Menezes (viola baixo).

Miguel Braga ainda hoje toca em hotéis e bares, sozinho ou com André Sarbib, ou acompanhando Paulo de Carvalho. Zeferino Lapa esteve no Conjunto Walter Behrend e no Jotta Herre, José Lima passou pelo Conjunto de Jaime João e pelo Conjunto Académico Orfeu.

Gravaram dois discos em 1965, o primeiro, Rapsódia EPF 5.264, inclui “Amores de Estudante”, “Querida Maninha”, “Lenda do Beijo” e “Opus”, um original de Zeferino Lapa.

O segundo, Rapsódia EPF 5.268, contém “Uma Casa Portuguesa”, “Vou Andar Por Aí”, “Canção do Mar”, “Lisboa Antiga” e “Coimbra”.

Os Morgans terminaram quando os seus membros foram chamados para o serviço militar obrigatório.

LT

Edward Soja disse...

:)

Um bom resumo.
;)