Nunca fui muito fã dos Eagles. No seu auge, andava eu por outras músicas. Mas também não comungo da asserção de JC que, antes de se atirar do 3º anel após a derrota do seu Benfica, ainda clamou que a música dos Eagles é música de elevador.
Mesmo assim, aceitei o convite para ver a banda hoje à noite no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Ainda por cima não representava qualquer esforço financeiro da minha parte.
Tentei lembrar-me das músicas que conhecia: "Hotel California", claro", mais "Take It To The Limit", "New Kid In Town", "Desperado" e "Tequilla Sunrise". Acho que mais nenhuma.
Primeira surpresa: bom palco! Segunda supresa: os músicos!
À frente, as quatro águias que ainda restam, Don Henley, fez exactamente hoje 62 anos, parte da asssistência ainda cantou os parabéns, mas não foram ouvidos no palco, Glenn Frey, 60, Joe Walsh, 61, e Timothy B. Schmit, 61, todos com aspecto muito razoável, casual e exímios guitarristas. Excelente som.
"Hotel California" veio logo em 3º lugar e marcou-me todo o concerto. Não mais larguei os textos de Luís Mira que me acompanharam qual banda sonora visionária das imagens da América que passaram pelo ecrã circular e do som country que emergia do palco.
Magnífico!
Francamente que deveras apreciei a postura digna e profissional dos músicos, de todos eles, dos Eagles e dos proto-Eagles, mas, desculpar-me-ão, ninguém me tira da cabeça que foram uns "Crosby, Stills, Nash and Young dos pobres".
E para me castigarem não tocaram o "Tequila Sunrise"!
PS - Mais de 10 mil pessoas viram este concerto!
Mesmo assim, aceitei o convite para ver a banda hoje à noite no Pavilhão Atlântico, em Lisboa. Ainda por cima não representava qualquer esforço financeiro da minha parte.
Tentei lembrar-me das músicas que conhecia: "Hotel California", claro", mais "Take It To The Limit", "New Kid In Town", "Desperado" e "Tequilla Sunrise". Acho que mais nenhuma.
Primeira surpresa: bom palco! Segunda supresa: os músicos!
À frente, as quatro águias que ainda restam, Don Henley, fez exactamente hoje 62 anos, parte da asssistência ainda cantou os parabéns, mas não foram ouvidos no palco, Glenn Frey, 60, Joe Walsh, 61, e Timothy B. Schmit, 61, todos com aspecto muito razoável, casual e exímios guitarristas. Excelente som.
"Hotel California" veio logo em 3º lugar e marcou-me todo o concerto. Não mais larguei os textos de Luís Mira que me acompanharam qual banda sonora visionária das imagens da América que passaram pelo ecrã circular e do som country que emergia do palco.
Magnífico!
Francamente que deveras apreciei a postura digna e profissional dos músicos, de todos eles, dos Eagles e dos proto-Eagles, mas, desculpar-me-ão, ninguém me tira da cabeça que foram uns "Crosby, Stills, Nash and Young dos pobres".
E para me castigarem não tocaram o "Tequila Sunrise"!
PS - Mais de 10 mil pessoas viram este concerto!
28 comentários:
Peço desculpa, mas considero que os Eagles nada têm a ver com os Crosby, Stills, Nash & Young, para além das ligações com o Country.
Ligações essas, que são muito mais vincadas nos Eagles, cuja genealogia musical descende muito mais de bandas como Flying Burrito Brothers, Dillards, The Band. E que encontra identificação imediata com os Fleetwood Mac "setentistas", os Poco, e os America.
Nos CSN&Y existe uma marca profunda da Folk-Rock (Byrds e Buffalo Springfield), e da Pop britânica (Hollies e Beatles). Da expressão Rock "sessentista". Enfim, os nomes dos integrantes do agrupamento dizem tudo...
Errata: ler "com a Country", em vez de "com o Country".
(para além da grosseira repetição de "muito mais")
Depois, os Eagles nunca podiam ser "uns CSN&Y dos pobres"... quanto muito dos ricos, pois a diferença de discos vendidos entre as duas bandas deve ser, ainda assim, abismal...
(ok, Ié-Ié, eu percebi a intenção... falavas de nível artístico)
Para mim, os Eagles são um pouco do que o Ié-Ié descreveu. Uma banda de excelentes músicos, com algumas extraordinárias canções - não muitas.
O que incomoda o JC - e me incomoda também -, é aquele toque levemente "cafona" da banda...
Todavia, não deixam de ser bons. Do primeiro LP, por exemplo, "Eagles" (Asylum, 1972), é impossível não gostar... e se eu estivesse em Lisboa, não perderia o show, senhores!
É porque não viste o concerto, Filhote!
Até se sentavam à la...
LT
Infelizmente não consegui estar presente. E tenho imensa pena porque apesar de ter conhecido o fenómeno Eagles próximo do seu final - o "Eagles Live" (1980) fartou-se de tocar lá em casa - acabei por ir descobrindo a carreira da banda ao longo dos anos. Aprecio bastante o "Eagles" (1972) e o "Desperado" (1973), álbuns que antecederam o "On The Border" (1974) e o sucesso de "One of These Nights" (1975).
Compreendo a comparação do Ié-Ié até por causa das harmonias vocais (cantaram o "Seven Bridges Road"? Por acaso composta por um Young, não o Neil, mas o Steve Young hehe). Porém, não posso partilhar da mesma opinião sobre os Eagles sejam "uns CSN&Y dos pobres". Tanto pela música que fazem - o mais recente "Long Road Out ff Eden" (2007) está muito bem conseguido - como pelas vendas e sucesso que tiveram (e têm). Basta recordar que "Their Greatest Hits (1971-1975)" (1976) ainda é o álbum que mais vendeu nos USA. Digo, ainda, porque é provável que o "Thriller" o ultrapasse ao longo destas próximas semanas dado que a diferença não era muita - mais milhão, menos milhão...
Seja como for creio que Águias tem mais a ver convosco do que comigo que sou azul de Belém. :)
Um abraço
Errata: Onde está "sobre os Eagles sejam" ler "que os Eagles sejam" ou "sobre os Eagles serem".
E no nome do mais recente álbum não é "ff" mas "of". :)
Eu também não e tive pena,embora esteja de acordo com o filhote!
Quanto aos Eagles o Hotel Califórnia, já me chegava para ter ido ;-)
Não me atirei do 3º anel, que já não existe, por causa da derrota. Mas estive quase por causa de um tripeiro travestido de gato-pingado da AAC (OAF) que se dedicou a enviar SMSs a quem pacatamente assistia ao jogo.
Looolllllllllllll JC!
Muito embora o Luis tenha feito o favor de me associar ao prazer que retirou do concerto, confesso-vos que nunca fui um acérrimo defensor dos "Eagles", embora no início por lá andasse o Bernie Leadon de boa memória...
O Luis fala "dos quatro que restam", mas dá-me ideia que, com excepção do Frey e do Henley, esta rapaziada não faz parte do grupo original. Mas posso estar equivocado...
Desculpem lá: mas o "Hotel California" e "New Kid in Town" desde quando não são música de elevador ou andam lá perto?
Pois eu sou fã dos Eagles dos quatro costados e só não fui ao concerto porque ontem chovia cá por cima que parecia cair a potes.
Não reservei bilhete com antecedência porque estava a pensar sair hoje e não me convinha.
AInda assim, ontem à hora do almoço ainda hesitei em fazer as centenas de km só para ver a banda a tocar.
Tenho o concerto em Melbourne, de 2004 ( Farewell tour), em dvd e aprecio a performance de Joe Walsh e a imitação que o guitarrista de estúdio faz dos originais de Don Felder ( que se pode ver em alguns dvd´s do grupo, por exemplo no concerto na Nova Zelândia em 1995, também em dvd que tenho para apreciar).
Os Eagles foram-me apresentados por Jaime Fernandes nos seus programas na Rádio Comercial em meados dos 70. Em 1976 publicaram o Greatest Hits que vendeu como pãezinhos na America.
Nessa altura, descobri Lyin eyes, Tequila sunrise, Peaceful easy feeling, Desperado, Take it easy ( de Jackson Browne), Take it to the limit ( que tem os versos "you can spend all the time making love or you can spend all the love making time...if it all goes to pieces tomorrow, will you still be mine?")
Depois, no fina de 76, os primeiros acordes de Hotel California, seguidos do New kid in town, no ultra produzido ( Bill Szymczyc)Hotel Claifornia em que apareceu pela primeira vez Joe Walsh, um guitarrista que me fascina pela descontracção e apuro rocknrolliano.
Do disco Hotel California, ao longo dos anos, tenho o LP, o cd vulgar, o cd da DCC compact, tecnicamente realizado no Japão, dourado e em reprodução fiel do grafismo original e por último, o DVD-Audio, em advanced resolution que deixa os restantes cd´s a ver navios e só aguenta a comparação com o som do LP.
Portanto, todos os discos dos Eagles merecem atenção, porque são o resultado mais perfeito do cadinho de mistura de onde veio o country rock.
E afinal a letra do Take it to the limit não é como pensava que era...
Fui ver ao Google agora mesmo e reparei na diferença que na minha mente fazia mais sentido na versão pessoal que apontei:
You can spend all your time making money
You can spend all your love making time
If it all fell to pieces tomorrow
Would you still be mine?
Vejam e ouçam os Eagles em take it to the limit aqui em 1976, ainda com o baixista Randy Meisner que tem uma voz fantástica.
Há uma versão desta canção Take it to the limit, ao vivo, que é memorável: Jimmy Buffett. Pena não haver versão no You Tube
dos eagles retenho a fabulosa versao que o joe walsh fez do "desperado" num concerto do ringo em tóquio. o walsh fazia parte da banda do ringo.
o palco ficou às escuras e um pequeno foco iluminava o piano onde o joe walsh cantou o desperado, sem qualquer outro instrumento!!!. memoravel!!!
nunca conseguiu encontrar uma gravaçao assim...
Companheiro Ié-Ié, os Resistência também tocavam sentados...
Glenn Frey dedicou "Take It To The Limit" à filha, que fez o "catering" da digressão e que acaba de obter o seu primeiro cartão de crédito!
LT
E a quem dedicou o Lyin eyes?
No concerto da Austrália, em 2004, no friso da frente podem ver-se umas portentosas ladies na assistência...
"Balzaquianas", José?
Nã...giras comó caraças.
Essas foram escolhidas a dedo. Suponho que pelo Glenn Frey.
Por causa desta conversa e do concerto que perdi ( é cada vez mais lamento não ter decidido ir mesmo com chuva diluviana) estou a rever os dvd´s.
Um dos melhores em som e performance é o do concerto na Nova Zelândia em 26.11.1995.
Caro JC: No futebol, como em qualquer espectáculo, os telemóveis devem ser desligados...
ni pi, Gin-Tonic: o meu filho, como sabes, anda entre Berlim e Barcelona e ia perguntando como estavam as coisas. E no fim falou a pedir a crónica.
Fiz o texto para o Diário Digital:
http://grandesons.blogspot.com/2009/07/eagles-no-pavilhao-atlantico-aguias-de.html
Eu vi. Foste magnânimo, mas bela escrita!
LT
Eu fui, estive na plateia. e gostei.
Não ia propriamente à espera de novidades mas foi um concerto sem falhas.
Tenho praticamente todos os discos dos Eagles que escutei vezes sem conta. Tenho-os em LP e em cd.
O único que não tenho é o Live, de 1980. Não o tenho por causa de uma crítica algures que dizia que o disco era demasiado perfeito para um disco ao vivo e que tinha sido remisturado na gravação. Portanto, não seria verdadeiramente um disco ao vivo mas um híbrido. O mesmo diziam do disco dos Fleetwood Mac, da mesma época.
Vou deixar o preconceito e tentar adquirir o LP que aliás tem uma capa com grafismo de antologia.
Quando leio agora que o concerto em Lisboa foi "sem falhas" lembro-me sempre desse pormenor crítico que me afastou do Live.
E realmente, nos dvd, os Eagles repetem nota por nota os solos dos discos.
Nesse aspecto estão nos antípodas de Dylan que não terá um espectáculo igual a outro nas desafinações constantes e repetidas.
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