Os anos 60 foram um tempo de grandes avanços tecnológicos. No período em que os Beatles gravaram (1962 a 1969), o formato prioritário era Mono - o equipamento existente era massivamente mono.
O equipamento estereo estava apenas destinado aos fanáticos do hi-fi e aos puristas da música clássica e do easy listening.
O Mono era tão importante, que os próprios Beatles, quando começaram a interessar-se pela produção física da sua música, apenas assistiam às sessões de masterização em mono.
As masterizações em estereo eram muitas vezes feitas separadamente e às vezes muito mais tarde e mesmo sem o envolvimento dos quatro de Liverpool.
Assim, para muitos, os masters em mono são considerados o pináculo da reprodução do som dos Beatles - era assim que era suposto soar, foi assim que foi feito para soar, à época, em mono, tendo em consideração a existência de um único canal médio.
De "Please Please Please" (1963) a "The Beatles" (1968), os álbuns desta caixa estão em glorioso mono, original!
O álbum "Mono Masters", também aqui incluído, recria a dupla colectânea "Pasters Masters", de 1988, com excepção de "The Ballad Of John And Yoko", "Old Brown Shoe" e "Let It Be" de que não existem (nunca existiram) masters em mono.
Em compensação, acrescenta quatro canções, em mono, claro, "Only A Northern Song", "All Together Now", "Hey Bulldog" e "It's All Too Much", que era suposto terem saído em EP em 1969.
Tendo o coleccionador em mente, tanto "Help!" como "Rubber Soul" contêm como bonus os masters originais de 1965 em estereo, pela primeira vez em CD.
As capas destes CDs mono, que não estarão à venda separadamente, são reproduções rigorosas do vinil à boa maneira japonesa.
Daí que esta caixa seja mais cara do que a estereo, que contém mais CDs.
Com excepção dos 4 primeiros álbuns ("Please Please Me", "With The Beatles", "A Hard Day's Night" e "Beatles For Sale") que foram editados em CD em 1987, todos os restantes fazem a sua estreia neste formato.
Fonte: EMI/Apple
O equipamento estereo estava apenas destinado aos fanáticos do hi-fi e aos puristas da música clássica e do easy listening.
O Mono era tão importante, que os próprios Beatles, quando começaram a interessar-se pela produção física da sua música, apenas assistiam às sessões de masterização em mono.
As masterizações em estereo eram muitas vezes feitas separadamente e às vezes muito mais tarde e mesmo sem o envolvimento dos quatro de Liverpool.
Assim, para muitos, os masters em mono são considerados o pináculo da reprodução do som dos Beatles - era assim que era suposto soar, foi assim que foi feito para soar, à época, em mono, tendo em consideração a existência de um único canal médio.
De "Please Please Please" (1963) a "The Beatles" (1968), os álbuns desta caixa estão em glorioso mono, original!
O álbum "Mono Masters", também aqui incluído, recria a dupla colectânea "Pasters Masters", de 1988, com excepção de "The Ballad Of John And Yoko", "Old Brown Shoe" e "Let It Be" de que não existem (nunca existiram) masters em mono.
Em compensação, acrescenta quatro canções, em mono, claro, "Only A Northern Song", "All Together Now", "Hey Bulldog" e "It's All Too Much", que era suposto terem saído em EP em 1969.
Tendo o coleccionador em mente, tanto "Help!" como "Rubber Soul" contêm como bonus os masters originais de 1965 em estereo, pela primeira vez em CD.
As capas destes CDs mono, que não estarão à venda separadamente, são reproduções rigorosas do vinil à boa maneira japonesa.
Daí que esta caixa seja mais cara do que a estereo, que contém mais CDs.
Com excepção dos 4 primeiros álbuns ("Please Please Me", "With The Beatles", "A Hard Day's Night" e "Beatles For Sale") que foram editados em CD em 1987, todos os restantes fazem a sua estreia neste formato.
Fonte: EMI/Apple
18 comentários:
Monumental obra!
E deve ser ouvida em vinil, e em... MONO (exceptuando os LPs "The Beatles", "Abbey Road", e "Let It Be")!!!
"Abbey Road" e "Let It Be" é que não deves conseguir ouvir em mono...
LT
Claro, Ié-Ié. Distração minha. Obrigado pelo reparo. Não existem versões Mono desses dois LPs...
O que eu queria dizer, seguindo o conselho de George Martin, Geoff Emerick, Norman Smith - e dos meus ouvidos também -, é que se devem ouvir todos os discos em Mono, exceptuando o "White Album".
Em MONO ou STEREO BEATLES............SEMPRE!!!!
São eternos!!!!!
THE WHITE ALBUM é o album pelo qual espero impacientemente, pois foi o único que nunca ouvi em versão mono. Dizem os entendidos que soa completamente diferente da versão em stereo.
E o nove do nove do dois mil e nove que nunca mais chega...
Tenho as duas edições originais em vinil, completas, a mono é da Apple e a estereo é a Parlophone amarela, mas como não sou maluquinho do som, nunca dei pela diferença!
Esta versão estereo é mais valiosa no mercado.
LT
Aos preços a que isso está, eu encomendei a minha em estereo, e vou beneficiar do "preço garantido" pela Amazon, e quando quiser ouvir em mono, desligo uma coluna. Na FNAC já se pode comprar os CDs stereo, que individualmente ficarão em cerca de 300 eur.
Pois eu sou sonoramente maluquinho. Faço uma festa interior quando ouço algo de espantoso.
Há poucos exemplos e ando a ver se me lembro de todos.
Há uma experiência que me espantou quando ouvi em LP o som de America dos Simon & Garfunkel.
Como só ouvi nos anos oitenta, fiquei siderado ao ouvir a separação estério e a mistura dos sons graves da bateria.
Outra experiência notável de que nunca tirei pleno rendimento performativo é a audição do LP de Frank Zappa The man form Utopia. Os baixos são aterradores e só uma aparelhagem de alto gabarito lhe fazem justiça.
E há mais, mas agora tenho que sair...promete que daqui a bocado venho dar mais palpites porque é coisa que me interessa.
Algumas diferenças que conheço só de ler (nunca ouvi):
"BLACKBIRD" - Os sons dos pássaros são diferentes e aparecem em lugares distintos da faixa.
"DON'T PASS ME BY" - A versão mono é mais acelerada (dura menos 7 segundos) e pode-se ouvir um som de violino no fim.
"HELTER SKELTER" - Mixagem e montagem distintas, não se ouvindo Ringo gritar "I've got blisters on my fingers" na versão mono.
"OB-LA-DI, OB-
LA-DA" - As palmas que acompanham a introdução do piano estão ausentes na versão mono.
"SEXIE SADIE" - Na versão mono ouve-se um som de tamborim durante a introdução do piano
"WHY DON'T YOU DO IT IN THE ROAD?" - As palmas da introdução só se ouvem na versão stereo.
Ó amigo Kerouac, se desligares uma coluna nas versões Stereo dos Beatles, vais deixar de ouvir metade das faixas instrumentais, ou dos vocais.
Isso não funciona assim (ou estavas a "reinar"?)
No LP "Rubber Soul", por exemplo, a mistura Stereo é absolutamente primária e caricata. Separação total dos sons... ai, se pifa um dos canais do amplificador, ai senhores!
Em vinil, tenho as duas versões, Mono e Stereo, de todos estes discos (exceptuando "Abbey Road" e "Let It Be", como já citado).
E, não sendo eu um "maluquinho do som", como o Ié-Ié, garanto: as versões Mono são mil vezes melhores! Fundamentalmente, têm mais "power", mais presença, mais alma... soam muito mais verdadeiras!
A diferença no "Sgt. Pepper's" é abismal!
Atenção a essa compra, Kerouac!
E, companheiro Ié-Ié, é impossível não dar pela diferença entre o Stereo e o Mono... vai lá outra vez ouvir o "Rubber Soul"...
Já que falas ex-catedra, caro Filhote, deixa-me lembrar-te que me deves um artigo, muito temo antes destas histórias de remasterização.
É que tu já estiveste em Abbey Road a masterizar trabalhos teus e ficaste de explicar para o comum dos mortais como era o bicho.
Já agora uma pergunta que sempre me fez confusão: os Beatles sempre gravaram em estereo, desde o primeiro álbum, certo?
É que se não o tivessem feito não haveria agora remasterizações estereo do "Please Please Me", certo?
É que não percebo como possa haver remasterização estereo se o álbum tivesse sido gravado em mono...
LT
Resumindo, Ié-Ié:
1. Vou pensar, muito a sério, nessa crónica sobre a minha masterização em Abbey Road. Se está prometido... é devido!
2. Sobre a questão "os Beatles sempre gravaram em estereo"... a questão não está propriamente na gravação - ao utilizarem mais de um canal ou "pista", poderiam sempre "mixar" (misturar) em Stereo. A questão está na "mixagem" (mistura). Ou seja, se apenas forem produzidos masters de misturas em Mono, e as fitas originais, em bruto forem apagadas - o que não aconteceu com os Beatles -, nunca se poderá ter uma versão Stereo das gravações, pois o master, único "sobrevivente" das sessões, foi produzido em Mono.
3. Nas reedições dos discos, ou em muitas edições Stereo dos anos 60 - e aqui não falo especificamente dos Beatles -, o Stereo, nomeado na capa não é verdadeiro. Muitas vezes, aparece na capa um enganoso "rechanneled", um "Simulated", ou afins, que na maior parte das vezes representam simulacros de verdadeiros discos em Stereo. Normalmente, as editoras faziam as simulações a partir dos mesmos masters Mono, tentando acrescentar algum eco, profundidade, separação de frequências, etc...
Por duas razões: ou para poupar custos, e não gastar dinheiro em estúdio para misturar de novo, ou por que as fitas originais já não existiam, ou não estavam disponíveis.
4. E por que razão nessa as versões Mono são melhores?
Primeiro: a gravação em apenas 2 canais (pistas), e depois 4, não permitia tirar grande partido da dimensão Stereo (só a partir do "White Album" os Beatles gravam em 8 pistas).
Segundo: o Stereo, era uma novidade ainda pouco explorada, não conseguindo os engenheiros de som tirarem partido absoluto de todas as suas possibilidades.
Pelo contrário, o Mono estava no apogeu, e os engenheiros e produtores dominavam completamente o seu processo, conseguindo, por isso, muito melhores resultados.
5. Por todas estas razões, sou contra esta reedição da obra dos Beatles, na versão Stereo. Todos os discos deviam ter sido de novo misturados, e não apenas remasterizados. Aí sim, a conversa seria outra! Já ouviram a nova versão do "Yellow Submarine" (1999)? Nunca os Beatles soaram tão bem!!! Pois... mas todas as canções incluídas foram verdadeiramente remisturadas...
Atenção: sou um leigo nestas matérias. Se alguém quiser avançar com algum reparo técnico, ou mais alguma informação suplementar, agradeço...
Errata: no ponto 4, onde se lê "E por que razão nessa as versões", o NESSA está a mais, obviamente.
Filhote, claro que eu estava no gozo, era uma forma de poupar o dinheiro das versões mono, é que a box mono é caríssima...vou esperar que um dia elas apareçam em "saldos" ou no e-bay, ou então pirateio com base nos originais do "amigo" da yoko.
O som mono vale mais que o stereo, porque o preço é bem mais elevado. Segundo li na The Word que tem um bom artigo sobre este assunto, 205 libras do stereo contra 240 do mono.
E o artigo coloca a tónica onde julguei que iria ter: a música dos Beatles não é tão apreciada como isso. COntam vender mais exemplares do jogo de video - Beatles Rock Band- do que propriamente discos.
E até dizem que são os discos que são agora reeditados para acompanharem o tal jogo em vez do contrário...
E inclusive remetem para o desinteresse dos próprios responsáveis- o falecido Neil Aspinall, por exemplo que estavam mais interessados em novos projectos tipo Love do que em recuperar a beleza sonora dos antigos.
Além disso esperam vender agora cerca de 5 milhões de cópias dos novos remasterizados. 2009 não é 1987...
ora aqui estão umas reedições com pés e cabeça. era sobre isto que eu falava no comentário que deixei no "post" dos TAXI!
a ver se Universal, a Emi, portuguesas e a Sony também, abrem a pestana e aprendem algo.
é aqui que a malta que não anda a sacar tudo da net, anda a gastar dinheiro e bom dinheiro diga-se.
eles é que pensam que a malta quer colecções tipo "Caravela".
valha-lhes Deus e Nossa Senhora!
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