segunda-feira, 16 de março de 2009

35 ANOS: 16 DE MARÇO


Uma coluna do Regimento de Infantaria nº 5 das Caldas da Rainha, sob o comando do capitão Armando Marques Ramos e do tenente Silva Carvalho, marcha sobre Lisboa, mas regressa à Unidade, depois de ter confirmado que estava isolada no golpe.

Nem Otelo Saraiva de Carvalho conseguira mobilizar a Escola Prática de Infantaria (Mafra), nem Casanova Ferreira a Escola Prática de Cavalaria (Santarém), nem Manuel Monge o Regimento de Cavalaria nº 7 (Lisboa).

A três quilómetros da Portela de Sacavém, à vista da capital, Manuel Monge e Casanova Ferreira, perante o fracasso, mandam a coluna regressar às Caldas da Rainha.

Monge e Casanova ultrapassam de automóvel a coluna de regresso às Caldas, assistem à entrada no quartel da cabisbaixa guarnição e participam na negociação da rendição com o comandante das tropas que entretanto cercaram o RI 5, brigadeiro Pedro Serrano que, segundo os militares revoltosos, se comportou com grande dignidade, permitindo sucessivos adiamentos dos prazos de rendição.

Silva Carvalho, Casanova Ferreira, Almeida Bruno e Luz Varela ficaram detidos na Trafaria até ao 25 de Abril.

1 comentário:

josé disse...

Lembro-me desta notícia, no Jornal de Notícias ou COmércio do Porto ( os jornais nortenhos).

Lembro-me de pensar nos "desgraçados " que iriam ficar presos anos e anos...
Foi assim que reagi ao ler a notícia.
Curioso que na altura tive uma reacção ambivalente: por um lado, pensei que a revolta militar era uma traição. Por outro, gostaria que tivesse tido sucesso.

Um mês depois, já as pessoas estavam preparadas para o que aconteceu, depois deste ensaio.