Será que o Código da Estrada ainda reconhece este sinal?
domingo, 31 de agosto de 2008
NEM QUE CRISTO DESÇA À TERRA!
sábado, 30 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
BOX OF FROGS
STICKY FINGERS
Queirosiano aliou-se a JC na defesa da so called gastronomia britânica. Era de esperar! Mas não me convencem e eu até nem sou um expert..., mas gosto de saber exactamente o que estou a comer.
É uma das razões por que os burgers do Hard Rock, do Sticky Fingers e do Maxwell's me servem lindamente. Não sou muito exigente. Agora wimpys, fish and chips... já dei!
Basicamente, sou um português que rapa fome em África, Ásia e em todos os locais onde não haja comida normal. Cada vez que me lembro do que sofri na Índia, na China, em Banguecoque, no Senegal... Não, não gosto de me aventurar à mesa...
Aqui há uns posts atrás, discutiu-se a propriedade de Sticky Fingers. O empregado mexicano que me deixou trazer a ementa das bebidas disse-me que Bill Wyman ainda tem uma quota...
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ROSE-MORRIS
Acho que tenho uma (boa) novidade para Queirosiano: a Rose-Morris ainda existe na 10 Denmark Street, esquina com Charing Cross Road, (Londres) e - mais! - expandiu as suas instalações.
Esta imagem é a moderna, mas de ambos os lados estão as instalações antigas, em saldo.
Esta imagem é a moderna, mas de ambos os lados estão as instalações antigas, em saldo.
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APONTAMENTOS DE FÉRIAS
Nos limites da aldeia de Pinheiro de Lafões (Oliveira de Frades, Viseu), junto à EN 16, está em vias de conclusão esta bela casa, projecto do arquitecto Ricardo Vieira de Melo, de Aveiro.
O arquitecto é de Aveiro, mas o construtor - Laurindo de Almeida - é de Lafões!
Reparem, também, no fantástico muro, obra artesanal de operários portugueses!
O arquitecto é de Aveiro, mas o construtor - Laurindo de Almeida - é de Lafões!
Reparem, também, no fantástico muro, obra artesanal de operários portugueses!
MARIANNE FAITHFULL
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
APONTAMENTOS DE FÉRIAS
TOSTA DE CARCAÇA
Em 67/68 - ou por aí - estudava noctivagamente em casa do meu amigo Nuno Caldeira da Silva, na rua Sociedade Farmacêutica, em Lisboa. Sebentas e sebentas de Direito!
Ficava então estupefacto com um artefacto que sua Mãe possuia e com o qual nos brindava noite fora com umas magníficas tostas de chouriço ou de qualquer outro ingrediente que o apetite então requeria.
Nestas férias, reli umas 200 cartas dos anos 60 e, em dado momento, a conversa hip era as tostadeiras da mãe do Nuno!
Algures, ainda guardo uma tostadeira com cabo de madeira, aqui - sorry - vai com cabo de plástico!
Um Bem-Haja à mãe do Nuno que tanta fomeca me matou por entre as enfiteuses e os navios de bandeira sueca e propriedade chinesa que em mares internacionais, no limite das águas portuguesas, carregando produtos do Quénia foram assaltados por meliantes de nacionalidade brasileira, mas com passaportes etíopes que, usando armas soviéticas, mataram um filipino...!
O Nuno, com uma brilhante carreira internacional, é hoje comissário político da Comissão Europeia no Sudoeste Asiático, mantendo um interessante blogue sobre as suas impressões de Banguecoque, onde vive.
Ficava então estupefacto com um artefacto que sua Mãe possuia e com o qual nos brindava noite fora com umas magníficas tostas de chouriço ou de qualquer outro ingrediente que o apetite então requeria.
Nestas férias, reli umas 200 cartas dos anos 60 e, em dado momento, a conversa hip era as tostadeiras da mãe do Nuno!
Algures, ainda guardo uma tostadeira com cabo de madeira, aqui - sorry - vai com cabo de plástico!
Um Bem-Haja à mãe do Nuno que tanta fomeca me matou por entre as enfiteuses e os navios de bandeira sueca e propriedade chinesa que em mares internacionais, no limite das águas portuguesas, carregando produtos do Quénia foram assaltados por meliantes de nacionalidade brasileira, mas com passaportes etíopes que, usando armas soviéticas, mataram um filipino...!
O Nuno, com uma brilhante carreira internacional, é hoje comissário político da Comissão Europeia no Sudoeste Asiático, mantendo um interessante blogue sobre as suas impressões de Banguecoque, onde vive.
MARTIN STEPHENSON AND THE DAINTEES
SANDY DENNY
Não consigo resistir a um disco de Sandy Denny, nem que seja a enésima colecção.
Esta é rotulada como sendo the first definitive anthology! Que seja!
The North Star Grassmann And The Ravens - The Banks Of The Nile (Fotheringay) - I'm A Dreamer - Solo (Live At The BBC) - She Moves Throught The Fair (Fairport Convention) - My Ramblin' Boy - Stranger To Himself (Fairport Covention) - The Pond And The Stream (Fotheringay) - At The End Of The Day - The Deserter (Fairport Convention) - Sweet Rosemary (demo version) - Blackwaterside - One More Chance (Fairport Convention) - White Dress (Fairport Convention) - Moments - Fhir A' Bhata - Who Knows Where The Time Goes? (Fairport Convention).
Nothing More (Fotheringay) - Farewell, Farewell (Fairport Convention) - Late November - No End (solo piano version) - Fotheringay (Fairport Convention) - Next Time Around - Quiet Joys Of Brotherhood - The Battle Of Evermore (Led Zeppelin with Sandy Denny) - Full Moon - Autopsy (demo version) - You Never Wanted Me - Bushes And Briars - Whispering Grass - John The Gun - Genesis Hall (Fairport Convention) - I Wish I Was A Fool For You (For Shame Of Doing Wrong) - After Halloween (demo) - The Lady - The Music Weaver
Esta é rotulada como sendo the first definitive anthology! Que seja!
The North Star Grassmann And The Ravens - The Banks Of The Nile (Fotheringay) - I'm A Dreamer - Solo (Live At The BBC) - She Moves Throught The Fair (Fairport Convention) - My Ramblin' Boy - Stranger To Himself (Fairport Covention) - The Pond And The Stream (Fotheringay) - At The End Of The Day - The Deserter (Fairport Convention) - Sweet Rosemary (demo version) - Blackwaterside - One More Chance (Fairport Convention) - White Dress (Fairport Convention) - Moments - Fhir A' Bhata - Who Knows Where The Time Goes? (Fairport Convention).
Nothing More (Fotheringay) - Farewell, Farewell (Fairport Convention) - Late November - No End (solo piano version) - Fotheringay (Fairport Convention) - Next Time Around - Quiet Joys Of Brotherhood - The Battle Of Evermore (Led Zeppelin with Sandy Denny) - Full Moon - Autopsy (demo version) - You Never Wanted Me - Bushes And Briars - Whispering Grass - John The Gun - Genesis Hall (Fairport Convention) - I Wish I Was A Fool For You (For Shame Of Doing Wrong) - After Halloween (demo) - The Lady - The Music Weaver
BROTHER
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
REGENT SOUNDS STUDIO
Uma das caminhadas mais emocionantes em Londres consiste em respirar o ambiente da minúscula Denmark Street, em Tottenham Court Road, à esquerda de quem desce. Não chega a ter 100 metros.
Deve o seu nome ao Príncipe Jorge, da Dinamarca, consorte da Rainha Ana.
A Denmark Street, que os Kinks cantaram em "Lola vs Powerman and The Moneygoround", é só música desde o séc. XIX quando os publishers para aqui se mudaram para ficar perto dos teatros.
Nos anos 60 foi o santuário da música pop e hoje em dia continua a respirar música.
Tenho muito para contar.
Por ora, fiquemos com os fascinantes Regent Studios, onde os Rolling Stones gravaram a maior parte do seu primeiro álbum em Janeiro de 1964. Que emoção!
Um imberbe Elton John também frequentou os estúdios para gravar os álbuns Top Of The Pops e até Cat Stevens, cujo pai tinha um restaurante perto, já desaparecido, aqui gravou a sua primeira demo em 1965.
Nos anos anos 90 (1995-2003), este local foi sede da mais fantástica livraria londrina de música rock, Helter Skelter, infelizmente também já desaparecida, como se documenta na imagem.
Sean Body, 42 anos, co-fundador da livraria e seu principal entusiasta, morreu no passado dia 15 de Abril de 2008, vítima de leucemia.
A Hekter Skelter ainda viveu online uns tempos, mas já soçobrou.
Deve o seu nome ao Príncipe Jorge, da Dinamarca, consorte da Rainha Ana.
A Denmark Street, que os Kinks cantaram em "Lola vs Powerman and The Moneygoround", é só música desde o séc. XIX quando os publishers para aqui se mudaram para ficar perto dos teatros.
Nos anos 60 foi o santuário da música pop e hoje em dia continua a respirar música.
Tenho muito para contar.
Por ora, fiquemos com os fascinantes Regent Studios, onde os Rolling Stones gravaram a maior parte do seu primeiro álbum em Janeiro de 1964. Que emoção!
Um imberbe Elton John também frequentou os estúdios para gravar os álbuns Top Of The Pops e até Cat Stevens, cujo pai tinha um restaurante perto, já desaparecido, aqui gravou a sua primeira demo em 1965.
Nos anos anos 90 (1995-2003), este local foi sede da mais fantástica livraria londrina de música rock, Helter Skelter, infelizmente também já desaparecida, como se documenta na imagem.
Sean Body, 42 anos, co-fundador da livraria e seu principal entusiasta, morreu no passado dia 15 de Abril de 2008, vítima de leucemia.
A Hekter Skelter ainda viveu online uns tempos, mas já soçobrou.
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METRO SEMPRE A CRESCER
HMV
Por motivos óbvios, sempre preferi a cadeia HMV à Virgin, actual Zavvi, embora esta última tenha também uma história interessante (Richard Branson).
Em todo o caso, a HMV é mais barata - vi diferenças de 5 libras (6,2 euros) no mesmo disco.
Com nova imagem, a HMV está ainda em Oxford Street. Há uma, por exemplo, frente à histórica, provavelmente a que terá sido frequentada por Jack Kerouac (no relation!).
Em todo o caso, a HMV é mais barata - vi diferenças de 5 libras (6,2 euros) no mesmo disco.
Com nova imagem, a HMV está ainda em Oxford Street. Há uma, por exemplo, frente à histórica, provavelmente a que terá sido frequentada por Jack Kerouac (no relation!).
terça-feira, 26 de agosto de 2008
FOI AQUI!!!
Para quem aprecia a chamada música popular anglo-saxónica, este é, seguramente, um dos locais mais emblemáticos de Londres.
Trata-se da antiga discoteca da HMV, em 363 Oxford Street, onde os Beatles gravaram o seu primeiro acetato, dando origem à história por demais conhecida.
A discoteca - a primeira da HMV - foi inaugurada no dia 21 de Julho de 1921 pelo compositor Edward Elgar.
Como se vê pela imagem, a histórica HMV cedeu lugar a uma cadeia de sapatarias do séc. XXI.
Como quer que seja, as autoridades culturais britânicas não assobiaram para o lado e descerraram em 2000 no local uma das famosas blue plaques que um dia destes mostrarei (a placa vê-se à esquerda, em baixo).
Afortunadamente, conservei uma foto do mesmo local que eu tirei em 1970.
Vejam as diferenças, mas observem sobretudo as janelas dos andares dos estúdios.
Trata-se da antiga discoteca da HMV, em 363 Oxford Street, onde os Beatles gravaram o seu primeiro acetato, dando origem à história por demais conhecida.
A discoteca - a primeira da HMV - foi inaugurada no dia 21 de Julho de 1921 pelo compositor Edward Elgar.
Como se vê pela imagem, a histórica HMV cedeu lugar a uma cadeia de sapatarias do séc. XXI.
Como quer que seja, as autoridades culturais britânicas não assobiaram para o lado e descerraram em 2000 no local uma das famosas blue plaques que um dia destes mostrarei (a placa vê-se à esquerda, em baixo).
Afortunadamente, conservei uma foto do mesmo local que eu tirei em 1970.
Vejam as diferenças, mas observem sobretudo as janelas dos andares dos estúdios.
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PICASSO
CHELSEA POTTER
Tive mesmo sorte nesta foto (ter sorte dá muito trabalho, digo eu!). Até apanhei um Mini!
O pub florido é o Chelsea Potter, que fica em King's Road, Londres. Nos anos 60 era o poiso favorito de artistas de cinema como Michael Caine e Terence Stamp. Como se vê, ainda existe.
Em 1968, a polícia invadiu, sem sucesso, o pub à procura de Bruce Reynolds, o cérebro do Grande Assalto ao Comboio.
Consegui trazer um menu, mas é daqueles incaracterísticos...
O pub florido é o Chelsea Potter, que fica em King's Road, Londres. Nos anos 60 era o poiso favorito de artistas de cinema como Michael Caine e Terence Stamp. Como se vê, ainda existe.
Em 1968, a polícia invadiu, sem sucesso, o pub à procura de Bruce Reynolds, o cérebro do Grande Assalto ao Comboio.
Consegui trazer um menu, mas é daqueles incaracterísticos...
KEITH MOON
GLEN CAMPBELL
Eu gosto (muito) de comprar discos. E um dos fitos da viagem a Londres era o novo álbum de Brian Wilson, "That Lucky Old Sun".
Só que a edição foi adiada para 01 de Setembro. Em sua substituição directa, veio a nova gravação do aparentado Glen Campbell.
Por acaso não foi produzido por Rick Rubin.
Alinhamento: Sing (Frances Healy), Walls (Tom Petty), Angel Dream (Tom Petty), Times Like These (David Grohl, Taylor Hawkins, Nate Mendel, Chris Shiflett), These Days (Jackson Browne), Sadly, Beautiful (Paul Westerberg), All I Want Is You (U2), Jesus (Lou Reed), Good Riddance (Time Of Your Life) (Billy Joe Armstrong), Grow Old With Me (John Lennon).
Só que a edição foi adiada para 01 de Setembro. Em sua substituição directa, veio a nova gravação do aparentado Glen Campbell.
Por acaso não foi produzido por Rick Rubin.
Alinhamento: Sing (Frances Healy), Walls (Tom Petty), Angel Dream (Tom Petty), Times Like These (David Grohl, Taylor Hawkins, Nate Mendel, Chris Shiflett), These Days (Jackson Browne), Sadly, Beautiful (Paul Westerberg), All I Want Is You (U2), Jesus (Lou Reed), Good Riddance (Time Of Your Life) (Billy Joe Armstrong), Grow Old With Me (John Lennon).
LONDRES DESAPARECIDA
Um dos desaparecimentos londrinos que mais me entristeceu foi o da Rhythm Records em Camden.
Muitos dos meus mais queridos discos foram lá comprados, obviamente dos anos 60.
Em sua substituição, há agora metal music no formato de t-shirt.
Se bem repararem na imagem, ainda se consegue ver a mítica escada lá para baixo onde se guardava la crème de la crème.
Muitos dos meus mais queridos discos foram lá comprados, obviamente dos anos 60.
Em sua substituição, há agora metal music no formato de t-shirt.
Se bem repararem na imagem, ainda se consegue ver a mítica escada lá para baixo onde se guardava la crème de la crème.
ONDE ESTÁ A CAIPIRINHA?
Com tanto brasileiro em Londres - o português já deve ser a segunda língua da cidade - não se percebe por que a caipirinha não está ainda enraizada. Não é fácil encontrá-la...
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PEN SHOP
SÓ OS INGLESES...
Como eu compreendo perfeitamente os dois judeus norte-americanos que em 1971 fundaram o Hard Rock Cafe em Londres. No que a mim diz respeito, a gastronomia britânica é de fugir.
Dependendo do número de dias em Londres, a minha opção diária é Hard Rock, Sticky Fingers e Maxwell's.
Maxwell's fica em Convent Garden e também tem os hamburgers da nossa perdição. Agora inventaram a Monday Madness, ou seja, a refeição à segunda-feira é por metade do preço.
Nós, por cá, é normalmente à segunda-feira que fechamos os restaurantes.
Dependendo do número de dias em Londres, a minha opção diária é Hard Rock, Sticky Fingers e Maxwell's.
Maxwell's fica em Convent Garden e também tem os hamburgers da nossa perdição. Agora inventaram a Monday Madness, ou seja, a refeição à segunda-feira é por metade do preço.
Nós, por cá, é normalmente à segunda-feira que fechamos os restaurantes.
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008
HÁ MALES QUE VÊM POR BEM!
"The London Compendium", Ed Glinert, Penguin Books, 2004, 500 págs, £ 12.99 (€ 16.31)
Por incrível que possa parecer, não consegui ir a Liverpool!
Aproveitando o bank holiday - uma das coisas que os britânicos mais veneram - as autoridades ferroviárias resolveram suprimir os comboios directos para Liverpool para melhoramentos nas respectivas vias férreas.
Fiquei em terra.
Se calhar, foi melhor assim.
Há 5 anos que não ia a Londres. Desta feita - na 67ª viagem desde 1970 - encontrei este livro precioso e os 3 três dias que passei na minha capital - 40,69 Km a pé num total de 13 horas e 25 minutos - foi das melhores prendas que jamais tive (Obrigado, Teresa!).
Tenho material para o blogue para dar e vender, mas deixem-me, para já, alinhavar umas breves impressões de Londres após uma ausência de 5 anos.
Já não há discos como havia! A Virgin chama-se agora Zavvi, fechou em Piccadilly, mas substituiu a Tower Records no mesmo sítio. Um pouco por toda a cidade, fecharam as discotecas (lojas de discos).
As segundas-feiras - dia de saída dos discos em Inglaterra - costumavam ser uma festa. Algazarra nas discotecas, nas rádios, nas televisões, na imprensa escrita, era um momento ansiado. Agora parece um funeral, nada se passa e para se descobrir os discos que sairam é um martírio.
Tenho outros desgostos da minha memória de Londres: desapareceu a loja da Swatch em Covent Garden, o Hippodrome já era e, o que é mais espectacular, do edifício do Turismo Suiço em Leicester Square nem uma única pedra já resta! Unbelievable, cantariam os EMF.
Desapareceu a Chelsea Kitchen, em King's Road, o Hotel Bonnington chama-se agora Park Inn, o IKEA domina o metro londrino, etc, etc.
O que há de novo? Não sei muito bem, mas encontrei Caffé Nero por tudo quanto é sítio e uma grande novidade: os rickshaw que só tinha visto em Banguecoque!
Graças ao London Compendium, tenho muito para vos contar!
Por incrível que possa parecer, não consegui ir a Liverpool!
Aproveitando o bank holiday - uma das coisas que os britânicos mais veneram - as autoridades ferroviárias resolveram suprimir os comboios directos para Liverpool para melhoramentos nas respectivas vias férreas.
Fiquei em terra.
Se calhar, foi melhor assim.
Há 5 anos que não ia a Londres. Desta feita - na 67ª viagem desde 1970 - encontrei este livro precioso e os 3 três dias que passei na minha capital - 40,69 Km a pé num total de 13 horas e 25 minutos - foi das melhores prendas que jamais tive (Obrigado, Teresa!).
Tenho material para o blogue para dar e vender, mas deixem-me, para já, alinhavar umas breves impressões de Londres após uma ausência de 5 anos.
Já não há discos como havia! A Virgin chama-se agora Zavvi, fechou em Piccadilly, mas substituiu a Tower Records no mesmo sítio. Um pouco por toda a cidade, fecharam as discotecas (lojas de discos).
As segundas-feiras - dia de saída dos discos em Inglaterra - costumavam ser uma festa. Algazarra nas discotecas, nas rádios, nas televisões, na imprensa escrita, era um momento ansiado. Agora parece um funeral, nada se passa e para se descobrir os discos que sairam é um martírio.
Tenho outros desgostos da minha memória de Londres: desapareceu a loja da Swatch em Covent Garden, o Hippodrome já era e, o que é mais espectacular, do edifício do Turismo Suiço em Leicester Square nem uma única pedra já resta! Unbelievable, cantariam os EMF.
Desapareceu a Chelsea Kitchen, em King's Road, o Hotel Bonnington chama-se agora Park Inn, o IKEA domina o metro londrino, etc, etc.
O que há de novo? Não sei muito bem, mas encontrei Caffé Nero por tudo quanto é sítio e uma grande novidade: os rickshaw que só tinha visto em Banguecoque!
Graças ao London Compendium, tenho muito para vos contar!
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
FERNANDO GUERRA
PHILIPS 431 927 PE
Velhos E Crianças - O Emigrante - O Pastor - A Cidade
Médico com a especialidade de Dermatologia e Venerologia, Fernando Guerra acaba de fazer 60 anos (04 de Agosto). Na sua biografia oficial consta que fez parte da última formação dos Sheiks.
Em 1969 surgiu no Zip-Zip como autor-intérprete, após o que gravou para a Philips.
Em Junho de 1969 partilhou o palco do Festival Internacional de Scheveningen, na Haia, com nomes como Gilbert Bécaud, Dusty Springfield, Melanie e Wallace Collection.
A partir de 70/71 concorre aos Festivais RTP da Canção e entre 1973 e 1975 compôs com Ary dos Santos e Pedro Osório para Amália Rodrigues, Simone de Oliveira, Carlos do Carmo, Lenita Gentil, Teresa Tarouca, Tonicha e Herman José, entre outros.
Velhos E Crianças - O Emigrante - O Pastor - A Cidade
Médico com a especialidade de Dermatologia e Venerologia, Fernando Guerra acaba de fazer 60 anos (04 de Agosto). Na sua biografia oficial consta que fez parte da última formação dos Sheiks.
Em 1969 surgiu no Zip-Zip como autor-intérprete, após o que gravou para a Philips.
Em Junho de 1969 partilhou o palco do Festival Internacional de Scheveningen, na Haia, com nomes como Gilbert Bécaud, Dusty Springfield, Melanie e Wallace Collection.
A partir de 70/71 concorre aos Festivais RTP da Canção e entre 1973 e 1975 compôs com Ary dos Santos e Pedro Osório para Amália Rodrigues, Simone de Oliveira, Carlos do Carmo, Lenita Gentil, Teresa Tarouca, Tonicha e Herman José, entre outros.
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008
JESUS AND MARY CHAIN
BLANCO Y NEGRO NEG 24 - 1987 - edição britânica
April Skies - Kill Surf City
Sempre gostei dos Jesus and Mary Chain. Uma das minhas coroas de glória foi ter convencido o late José Ramos a passar Jesus nos programas da manhã na Rádio Comercial. Foi um estrondo!
Outra história interessante: quando o primeiro álbum da banda, "Psychocandy" (1985), chegou à Valentim de Carvalho para cá ser prensado foi devolvido à origem, com o argumento de que estava "estragado".
Afinal, eram os ouvidos dos técnicos portugueses que não estavam habituados ao feedback.
April Skies - Kill Surf City
Sempre gostei dos Jesus and Mary Chain. Uma das minhas coroas de glória foi ter convencido o late José Ramos a passar Jesus nos programas da manhã na Rádio Comercial. Foi um estrondo!
Outra história interessante: quando o primeiro álbum da banda, "Psychocandy" (1985), chegou à Valentim de Carvalho para cá ser prensado foi devolvido à origem, com o argumento de que estava "estragado".
Afinal, eram os ouvidos dos técnicos portugueses que não estavam habituados ao feedback.
HERMAN JOSÉ E NICOLAU BREYNER
PSST! SP-20.172 - 1975
Não deixa de ser divertido observar a esperteza saloia dos vendedores banha de cobra do Miau que cobram sempre uns tostões a mais nos portes de correio. Julgam que os compradores não vêm a trafulhice?
Não deixa de ser divertido observar a esperteza saloia dos vendedores banha de cobra do Miau que cobram sempre uns tostões a mais nos portes de correio. Julgam que os compradores não vêm a trafulhice?
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terça-feira, 19 de agosto de 2008
ELECTRÓNICOS DESCOBREM JOÃO PAULO
Numa feliz digressão, coroada do maior êxito, os Electrónicos (na imagem) apresentaram-se no Funchal, despertando o mais vivo entusiasmo, a tal ponto que logo no dia da estreia foram forçados a realizar três espectáculos, quando o que estava previsto era uma exibição.
São autênticos mensageiros de ritmos vivos, novos e como tal foram recebidos por jovens e velhos, todos unânimes num acolhimento festivo, simpático, até apoteótico.
Tiveram os Electrónicos a feliz iniciativa de, com o apoio do empresário local João Firmino Caldeira, organizarem um Concurso entre os diversos conjuntos musicais de amadores locais, o que despertou o mais vivo entusiasmo.
Os componentes inscreveram-se, desde logo, e o público acompanhou com simpatia as eliminatórias, até à final, no dia 19 de Abril de 1964, cuja ordem é a seguinte: 1º Conjunto Académico João Paulo; 2º Demónios Negros; 3º Os Incríveis.
O 1º prémio, conforme ficou estabelecido, é uma viagem a Lisboa, com exibição para o público lisboeta.
O conjunto musical escolhido tem, na verdade, excepcional valor, devendo dar-se relevo à bela voz do jovem estudante Sérgio Borges - de grande frescura, harmonia e expressão.
A deslocação do Conjunto Académico João Paulo à capital está fixada para Setembro próximo.
(in Plateia, 10 de Maio de 1964, pág. 60)
MGMT
MÚSICA & SOM
A direcção desta revista era de A. Duarte Ramos, enquanto a chefia de redacção estava entregue a Jaime Fernandes.
Neste número (Novembro de 1986) colaboram, entre outros, Célia Pedroso, Fernando Sobral, Luís Maio, Luís Pinheiro de Almeida, Nuno Infante do Carmo.
O nosso BobbyZé (José Oliveira) era o correspondente em França.
Neste número (Novembro de 1986) colaboram, entre outros, Célia Pedroso, Fernando Sobral, Luís Maio, Luís Pinheiro de Almeida, Nuno Infante do Carmo.
O nosso BobbyZé (José Oliveira) era o correspondente em França.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
HOMENAGEM A JOSÉ GAMITO
Tinha prometido prestar aqui a minha homenagem a José Gamito. Só o faço agora, porque também só agora encontrei a entrevista que lhe fiz em 1997, mais propriamente no dia 22 de Março de 1997.
Ei-la:
José Gamito, advogado, 46 anos, compra discos de vinil desde os 13 anos. A sua primeira aquisição, em 1963, foi "Mocidade Em Férias", dos Shadows, na discoteca Melodia, na rua do Carmo em Lisboa. Custou-lhe 63$30.
Até hoje, não mais deixou de comprar discos de vinil. CD, só os "piratas" dos Beatles. Não sabe quantos discos tem, porque nunca os recenseou. Apenas sabe que tem discos que não vende e outros que vende.
Os que não vende fazem parte da sua colecção particular. "Quando comprei o primeiro disco, não fazia ideia que ia fazer uma colecção, mas já tinha a noção de que iria comprar todos os discos do artista x ou do grupo y", afirma.
A sua colecção particular centra-se fundamentalmente no pop/rock dos anos 50, 60 e 70. Da música que se faz hoje em dia, não liga, nem gosta, com excepção, talvez, dos Oasis, Beautiful South e Joan Osborne.
"A partir do rap, a música que se faz fez-me secar o gosto por ela", justifica, enfatizando que continua "fiel" ao vinil.
Relativamente à sua colecção particular, revela que o seu maior tesouro talvez seja um EP, de edição portuguesa, dos Episode Six, uma banda britânica que precedeu os Deep Purple. "É um disco que está cotado no estrangeiro", diz.
O EP, editado em 1967, em Portugal, pela Arnaldo & Trindade, tem o número de catálogo PYE PAT 54004 e inclui "Morning Dew", "Sunshine Girl", "Love, Hate, Revenge" e "Baby, Baby, Baby".
"Mas tenho outras preciosidades. Dos anos 50, por exemplo, tenho EPs e LPs originais de Elvis Presley, Buddy Holly, Eddie Cochran, Gene Vincent, Fats Domino", disse, não sabendo porém o seu valor de mercado.
"Não sei, nem quero saber, porque nunca os venderia", precisou.
Quanto aos anos 60, onde se sente mais à vontade, José Gamito considera que um EP de Zeca do Rock, com canções do filme "Pão, Amor E Totobola", é o seu disco mais valioso.
"É muito complicado saber-se o valor de mercado, porque em Portugal não há este mercado de coleccionador. Eu sou o único no terreno. Tudo se rege pela lei da oferta e da procura. Não há qualquer cotação. Se tivesse dois exemplares do disco do Zeca do Rock vendê-lo-ia por 15 mil escudos. Não tendo, não vendo por preço algum", afirmou.
Além de Zeca do Rock, José Gamito considera também que discos do Conjunto Mistério, Ekos, Titãs, Jets, Claves, Gentlemen, Espaciais, Demónios Negros e Conchas são igualmente valiosos.
"Fora os conjuntos musicais, Amália Rodrigues e José Afonso são os mais procurados", adiantou.
Relativamente à música não nacional dos anos 60, José Gamito não hesita em considerar que os discos dos Beatles, Rolling Stones, Kinks, Beach Boys, Byrds e Lovin' Spoonful são os mais desejados.
Nesta área, o disco mais raro que possui é um LP de 10 polegadas, da Polydor francesa, com as primeiras gravações dos Beatles, como "My Bonnie" e "Ain't She Sweet". "É um disco que vale mais de 100 contos".
"Sei que as edições da Parlophone, a amarelo, de "Sgt. Pepper's", "The Beatles", "Abbey Road" e "Let It Be", todas dos Beatles, valem mais de 200 contos cada uma lá fora, mas o álbum da Polydor francesa é, para mim, o mais valioso", disse.
José Gamito cita também entre as suas raridades o álbum original dos Rolling Stones, "Beggar's Banquet", os três EPs portugueses dos Kinks e o primeiro dos Status Quo.
"O disco que mais gostava de ter - e que não tenho - é o único da colecção de Van Morrison que me falta, "Blowin' Your Mind", de 1968. É claro que o que eu mais queria ter era o da "butcher cover", dos Beatles, mas como isso é impossível, contentava-me com o primeiro de Van Morrison, de quem também sou grande fã", disse.
Quanto aos anos 70, José Gamito não esquece as primeiras edições de Elton John, David Bowie e Lou Reed e, nos portugueses, Filarmónica Fraude, cujas bobinas originais das gravações parecem terem desaparecido da Polygram.
O excedente da colecção particular de José Gamito alimenta a única loja em Lisboa de discos de vinil, usados, para coleccionadores ou interessados. Chama-se Discolecção e situa-se na galerias do Hotel Amazónia, ao pé do Jardim das Amoreiras.
"Vêm cá sobretudo três tipos de pessoas: os verdadeiros coleccionadores, os que só são coleccionadores de vinil e os que só são coleccionadores de um determinado grupo ou artista", explicou.
"Há também os que vêm à procura do disco que lhes lembra uma boa namorada, um bom filme ou umas boas férias", acrescentou.
Amália Rodrigues, José Afonso, cantores portugueses de intervenção, Beatles, Doors, Kinks, Rolling Stones e, mais recentemente, rock alemão, continuam a ser as perguntas de quem entra na loja.
"Não vivo à custa da loja, a loja é que vive à minha custa", disse, recusando a ideia de que seja um "negócio". "Tudo é feito e transaccionado com o espírito de coleccionador", afirmou. "A música não vale pelo seu preço".
O disco mais raro que tem à venda na sua loja é a edição alemã de "Odessa", dos Bee Gees, e também o EP dos portugueses Jotta Herre com "Penina", de Paul McCartney.
Além de lidar com a música, José Gamito também a pratica. Enquanto adolescente, nos anos 60, fez parte dos Complications, grupo que "bateu" todos os Liceus de Lisboa e arredores.
Hoje em dia, José Gamito ainda toca guitarra com José Ribeiro Queiroz (baixo) e Vasco Ribeiro Sanches (bateria), ensaiando de quando em quando na Ericeira música dos anos 60 como "I'll Feel A Whole Lot Better", dos Byrds, "Birthday", dos Beatles, "Jumpin' Jack Flash", dos Rolling Stones, ou "It's All Over Now Baby Blue", de Bob Dylan.
"Ele é o nosso Henrique Mendes. É ele que nos proporciona e organiza o nosso ponto de encontro", diz Vasco Ribeiro Sanches.
LPA
Ei-la:
José Gamito, advogado, 46 anos, compra discos de vinil desde os 13 anos. A sua primeira aquisição, em 1963, foi "Mocidade Em Férias", dos Shadows, na discoteca Melodia, na rua do Carmo em Lisboa. Custou-lhe 63$30.
Até hoje, não mais deixou de comprar discos de vinil. CD, só os "piratas" dos Beatles. Não sabe quantos discos tem, porque nunca os recenseou. Apenas sabe que tem discos que não vende e outros que vende.
Os que não vende fazem parte da sua colecção particular. "Quando comprei o primeiro disco, não fazia ideia que ia fazer uma colecção, mas já tinha a noção de que iria comprar todos os discos do artista x ou do grupo y", afirma.
A sua colecção particular centra-se fundamentalmente no pop/rock dos anos 50, 60 e 70. Da música que se faz hoje em dia, não liga, nem gosta, com excepção, talvez, dos Oasis, Beautiful South e Joan Osborne.
"A partir do rap, a música que se faz fez-me secar o gosto por ela", justifica, enfatizando que continua "fiel" ao vinil.
Relativamente à sua colecção particular, revela que o seu maior tesouro talvez seja um EP, de edição portuguesa, dos Episode Six, uma banda britânica que precedeu os Deep Purple. "É um disco que está cotado no estrangeiro", diz.
O EP, editado em 1967, em Portugal, pela Arnaldo & Trindade, tem o número de catálogo PYE PAT 54004 e inclui "Morning Dew", "Sunshine Girl", "Love, Hate, Revenge" e "Baby, Baby, Baby".
"Mas tenho outras preciosidades. Dos anos 50, por exemplo, tenho EPs e LPs originais de Elvis Presley, Buddy Holly, Eddie Cochran, Gene Vincent, Fats Domino", disse, não sabendo porém o seu valor de mercado.
"Não sei, nem quero saber, porque nunca os venderia", precisou.
Quanto aos anos 60, onde se sente mais à vontade, José Gamito considera que um EP de Zeca do Rock, com canções do filme "Pão, Amor E Totobola", é o seu disco mais valioso.
"É muito complicado saber-se o valor de mercado, porque em Portugal não há este mercado de coleccionador. Eu sou o único no terreno. Tudo se rege pela lei da oferta e da procura. Não há qualquer cotação. Se tivesse dois exemplares do disco do Zeca do Rock vendê-lo-ia por 15 mil escudos. Não tendo, não vendo por preço algum", afirmou.
Além de Zeca do Rock, José Gamito considera também que discos do Conjunto Mistério, Ekos, Titãs, Jets, Claves, Gentlemen, Espaciais, Demónios Negros e Conchas são igualmente valiosos.
"Fora os conjuntos musicais, Amália Rodrigues e José Afonso são os mais procurados", adiantou.
Relativamente à música não nacional dos anos 60, José Gamito não hesita em considerar que os discos dos Beatles, Rolling Stones, Kinks, Beach Boys, Byrds e Lovin' Spoonful são os mais desejados.
Nesta área, o disco mais raro que possui é um LP de 10 polegadas, da Polydor francesa, com as primeiras gravações dos Beatles, como "My Bonnie" e "Ain't She Sweet". "É um disco que vale mais de 100 contos".
"Sei que as edições da Parlophone, a amarelo, de "Sgt. Pepper's", "The Beatles", "Abbey Road" e "Let It Be", todas dos Beatles, valem mais de 200 contos cada uma lá fora, mas o álbum da Polydor francesa é, para mim, o mais valioso", disse.
José Gamito cita também entre as suas raridades o álbum original dos Rolling Stones, "Beggar's Banquet", os três EPs portugueses dos Kinks e o primeiro dos Status Quo.
"O disco que mais gostava de ter - e que não tenho - é o único da colecção de Van Morrison que me falta, "Blowin' Your Mind", de 1968. É claro que o que eu mais queria ter era o da "butcher cover", dos Beatles, mas como isso é impossível, contentava-me com o primeiro de Van Morrison, de quem também sou grande fã", disse.
Quanto aos anos 70, José Gamito não esquece as primeiras edições de Elton John, David Bowie e Lou Reed e, nos portugueses, Filarmónica Fraude, cujas bobinas originais das gravações parecem terem desaparecido da Polygram.
O excedente da colecção particular de José Gamito alimenta a única loja em Lisboa de discos de vinil, usados, para coleccionadores ou interessados. Chama-se Discolecção e situa-se na galerias do Hotel Amazónia, ao pé do Jardim das Amoreiras.
"Vêm cá sobretudo três tipos de pessoas: os verdadeiros coleccionadores, os que só são coleccionadores de vinil e os que só são coleccionadores de um determinado grupo ou artista", explicou.
"Há também os que vêm à procura do disco que lhes lembra uma boa namorada, um bom filme ou umas boas férias", acrescentou.
Amália Rodrigues, José Afonso, cantores portugueses de intervenção, Beatles, Doors, Kinks, Rolling Stones e, mais recentemente, rock alemão, continuam a ser as perguntas de quem entra na loja.
"Não vivo à custa da loja, a loja é que vive à minha custa", disse, recusando a ideia de que seja um "negócio". "Tudo é feito e transaccionado com o espírito de coleccionador", afirmou. "A música não vale pelo seu preço".
O disco mais raro que tem à venda na sua loja é a edição alemã de "Odessa", dos Bee Gees, e também o EP dos portugueses Jotta Herre com "Penina", de Paul McCartney.
Além de lidar com a música, José Gamito também a pratica. Enquanto adolescente, nos anos 60, fez parte dos Complications, grupo que "bateu" todos os Liceus de Lisboa e arredores.
Hoje em dia, José Gamito ainda toca guitarra com José Ribeiro Queiroz (baixo) e Vasco Ribeiro Sanches (bateria), ensaiando de quando em quando na Ericeira música dos anos 60 como "I'll Feel A Whole Lot Better", dos Byrds, "Birthday", dos Beatles, "Jumpin' Jack Flash", dos Rolling Stones, ou "It's All Over Now Baby Blue", de Bob Dylan.
"Ele é o nosso Henrique Mendes. É ele que nos proporciona e organiza o nosso ponto de encontro", diz Vasco Ribeiro Sanches.
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