terça-feira, 2 de dezembro de 2014

REGRESSO AO LOCAL DO CRIME 49


Fumar um charuto é um acto solitário.

Um fumador de cachimbo nunca está só.

«Cada cor seu paladar», tal como apregoava o rapaz-com-o-cabelo-repleto-de-brilhantina quando no intervalo das matinées de domingo do «Cine-Oriente», aparecia a vender os esticas.

O imaginário do cachimbo é infindável.

Disse ao amigo:

Não tenho paz para fumar cachimbo.

O amigo respondeu:

Não estás a perceber, o cachimbo é que te vai trazer essa paz.

Para que não possam acusá-lo de apenas promover a tabacaria, resguarda-se com Alexandra Lucas Coelho que, a páginas 183 do seu «E a Noite Roda» escreve ao amor da sua vida:

deixei de fumar precisava de uma batalha que pudesse vencer.

Colaboração de Gin-Tonic

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