Mo Foster é um símbolo da guitarra-baixo em Inglaterra.
Começou nos anos 60 com um grupo de jazz, "Affinity". Com o tempo, veio a tornar-se um dos músicos mais influentes da sua geração. Jeff Beck, Eric Clapton, Ringo Starr, Phil Collins e um número incalculável de muitos outros vieram a tornar-se seus clientes habituais.
A recordação directa que tenho dele foi a sorte de ter assistido há muitos - muitos! - anos à gravação de um programa especial de televisão de Van Morrison nos estúdios da NOS holandesa em Hilversum, com um grupo em que participavam, além dele e do próprio Van Morrison, Peter Van Hooke (bateria), Mick Ronson (guitarra) e Dr. John (piano).
Recentemente, encontrei um DVD bootleg dessa gravação. Não do programa tal como foi transmitido, mas da gravação ainda não editada, com planos do público, "false starts", conversa entre os músicos... É uma estranha sensação quando o revejo. Ou, como diz a canção, "We were once young, Maggie".
O Mo Foster escreveu há uns anos um livro divertido, "17 Watts", repleto de reminiscências da sua vida musical e de episódios envolvendo muita gente conhecida. Agora reincidiu com "British Rock Guitar", mais histórias deliciosas - por vezes embaraçosas - dos primeiros tempos da carreira de muitos ícones da música que ele conheceu bem e com quem trabalhou.
Há uma frase tola, muitas vezes repetida, que diz mais ou menos "Quem se lembra dos Sixties não estava lá".
O Mo Foster estava lá. E lembra-se. Ainda bem para nós.
Colaboração de Queirosiano, em Londres
2 comentários:
Salvo erro, essa "frase tola" tornou-se famosa pela boca do actor Robin Williams.
Belo post!
Correcto e afirmativo, a frase é dele, sim.
LT
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