Toda a gente sabe como se realizam os espectáculos ié-ié. Gritos (dos que cantam e dos que não cantam...), faces contraídas, gestos lancinantes... Entre o barulho ensurcedor é bastante difícil ouvir-se um gemido ou captar-se um lamento... E, entre os espectadores sentados, quem possa sentir-se mal, não atrai as atenções de ninguém... Muitos desmaios passam despercebidos...
Desta vez, porém, o drama estalou em pleno palco.
Atingido por uma descarga eléctrica num momento em que ia segurar um microfone, o jovem guitarrista de "Os Ekos" caiu como que fulminado. Logo os seus companheiros o socorreram - e, por momentos, a sala do Monumental viveu o pânico da incerteza, o pânico da morte.
Mas depois tudo serenou, embora nos intervalos muita gente corresse à porta da caixa a saber pormenores.
João José recolheu imediatamente a casa e não pôde regressar ao quartel da Amadora, onde cumpre presentemente os seus deveres militares.
No dia seguinte, ainda combalido, apresentou-se no Hospital da Estrela a receber tratamento, mas dois dias depois já alinhava nos exercícios da sua unidade, como se nada se tivesse passado...
A família e os amigos respiravam aliviados - mas o João José ainda mais do que ninguém.
Na sua casa da Travessa de Santo Ildefonso, 30 - 4º, em Lisboa, o telefone retine sem parar e os correio dos últimos dias tem batido todos os recordes.
Colecção Cinema, nº 112, 18 de Novembro de 1965, pág. 29
Desta vez, porém, o drama estalou em pleno palco.
Atingido por uma descarga eléctrica num momento em que ia segurar um microfone, o jovem guitarrista de "Os Ekos" caiu como que fulminado. Logo os seus companheiros o socorreram - e, por momentos, a sala do Monumental viveu o pânico da incerteza, o pânico da morte.
Mas depois tudo serenou, embora nos intervalos muita gente corresse à porta da caixa a saber pormenores.
João José recolheu imediatamente a casa e não pôde regressar ao quartel da Amadora, onde cumpre presentemente os seus deveres militares.
No dia seguinte, ainda combalido, apresentou-se no Hospital da Estrela a receber tratamento, mas dois dias depois já alinhava nos exercícios da sua unidade, como se nada se tivesse passado...
A família e os amigos respiravam aliviados - mas o João José ainda mais do que ninguém.
Na sua casa da Travessa de Santo Ildefonso, 30 - 4º, em Lisboa, o telefone retine sem parar e os correio dos últimos dias tem batido todos os recordes.
Colecção Cinema, nº 112, 18 de Novembro de 1965, pág. 29
2 comentários:
Esta malta dos EKOS, não lê esta bíblia!...
São pouco interessados nestas coisas do passado, excepção feita ao Zé Luís.
Ficava bem uma opinião sobre este assunto, do qual por acaso tenho uma vaga ideia.
O Passado faz parte de Nós, é a memória referencial, mas nós estamos no Agora, atentos e agradecidos por existirem pessoas que nos honram com a sua paciencia e conhecimento e recordam acontecimentos que foram importantes para muitos... Zé Luis
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