quarta-feira, 12 de maio de 2010
40.000 DISCOS DE VINIL
Filhote com o coleccionador brasileiro Valdir Almeida de Siqueira.
Em São Gonçalo, próximo da cidade de Niterói, Valdir abriu a porta do seu autêntico viveiro de vinil. Colecção de primeira água, de mais de 40.000 discos, entre os quais verdadeiras jewels crowns of vinyl.
Na foto, Valdir exibe o raro "To Each Is Own" de Ken Griffin, e Filhote faz o mesmo com o ultra-raro, malhetaço, "Louco por Você" de Roberto Carlos (1º LP do Rei). Ambos os malhetes são edições da Columbia, label six eye logo, aka, seis olhinhos.
As capas são iguais! Clones uma da outra! Qual delas é a imitação?
Ora aqui está uma instigante questão...
Colaboração de Filhote
Foto de Nélio Rodrigues
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23 comentários:
Ora Aqui está um Coleccionador...já não era sem tempo! 40.000 já faz história...já agora filhote tem alguma organização, interesse ou é "cross Band"
Fabuloso!
Venham mais. Cinco, dez,cem, mil que sejam!
Era capaz de aposta que a imitação é dos gringos. Por causa das personagens que me parecem brasileiras...
Mas pode muito bem ser o contrário.
Caro Filhote...já agora o Roberto Carlos fez várias sessões de fotos para esse disco, nenhuma foi do agrado do Director da Columbia, Roberto Côrte Real,então o Sr lembrou-se de usar a foto desse casal presente no disco do Ken. Parece que o Roberto protestou alto e bom som mas ainda não tinha voz na indústria...ou seja não permitiram segunda vaga de fotos.
Etiqueta "capas gémeas"
Separadas à nascença :)
já aqui se falou, por exemplo, de Elvis/Clash/Peste & Sida / Kd Land
k.d. Lang
Certíssimo, Abel, a capa original é a do Ken Griffin. Em tempo oportuno será entregue o devido prémio pela resposta certa.
A colecção é vastíssima e bem organizada. Em poucos segundos, o Valdir consegue encontrar qualquer disco.
Quanto ao foco, a colecção é transversal a todas as eras e estilos - "Cross Band", sim senhor - embora se centre em duas prioridades: música brasileira; edições nacionais.
Posso acrescentar que os dois artistas favoritos do Valdir são Elvis Presley e Roberto Carlos.
Durante a tarde em que foi registada a imagem - durou das 15h à 1h da manhã -, ouvimos Cliff Richard, Marty Wilde, Beatles, Elvis, Lynn Anderson, Tina Harvey, Santana, The Red Snakes...
Imagino que ouviram em aparelhagem digna de se ouvir.
Nada menos do que Linn LP 12 e amplificador de válvulas...
Bom ar, consócio filhote, bom ar e sorriso...glorioso!
Saravá!
Nada disso, caro José, nada disso, infelizmente...
Oi, amigo (S)LB, o Rio continua lindo, principalmente agora que o Benfica é campeão. E sabias que há um Flamengo-Benfica a 24 de Julho, integrado nas comemorações dos 60 anos do Maracanã?
filhote:
Não é o primeiro caso. Conheço um coleccionador que junta muitos discos desde os anos setenta, ou até antes. Tem predilecção especial pelos Beatles, ( não, mão é o autor do blog)e tem algumas raridades que julgo conhecer, como caixas da Mobile Fidelity dos anos setenta, em LP´s de Sinatra por exemplo.
Pois bem: não tem uma aparelhagem de jeito.
E é um tipo rico para os nossos padrões. É ourives e com negócio de família.
Em 1975 quando saiu Physical Grafitti dos Led Zeppelin, pedi-lhe para me gravar uma cassete. Infelizmente já dei cabo dela ou gravei por cima o que ainda é pior. Mas o som não era o que devia ser. E podia.
Depois disso, nos anos noventa pedi-lhe para me gravar dois discos míticos que na altura não tinham sido reeditados em cd: Bull in a ming vase de Roy Harper e Sometimes you eat the beer and...de Ian Matthews. O som continuava anémico e aquém do que um audiófilo deve exigir como mínimos.
Que dizer disto: que um coleccionador não é necessariamente um audiófilo. E não digo mais porque se dissesse teria que referir que um coleccionador não é necessariamente um apreciador de música.
Ando neste momento com uma obsessão musical, daquelas que preenchem espiritualmente: a versão da Deutsche Messe de Schubert, na versão de 1959 de Karl Forster. Já ouvi dezenas de vezes e continuo a ouvir. Deito-me com esse som.
O disco não é excelente em modo acústico porque a gravação também não. Mas a música é divina. Fantástica e são estas pequenas experiências que maravilham.
Oi filhote
apesar de tudo, o Rio NUNCA deixa de ser lindo!
Sei que esse jogo amistoso de comemoração dos 60 anos do Maracanã e último jogo, antes do seu encerramento por cerca de 2 anos, por motivo de obras de beneficiação para a próxima Copa a decorrer no Brasil, estava agendado para o próximo domingo, dia 16 Maio e que teria sido adiado para 24 Julho.
Porém, sinceramente, tenho as minhas dúvidas que se realize num momento de pré-época de alta competição com uma fasquia tão alta, implicando um grande desgaste com uma viagem tão longa.
Oxalá se realize, mas, de qualquer maneira, infelizmente não poderei estar presente no Rio para poder assistir a esse momento histórico entre os meus 2 times do coração.
aquele abraço
"Que dizer disto: que um coleccionador não é necessariamente um audiófilo. E não digo mais porque se dissesse teria que referir que um coleccionador não é necessariamente um apreciador de música."
Isto é bem verdade.
Porém, ainda é uma verdade maior, que um audiófilo também não é necessariamente um apreciador de música.
Refiro-me a apreciador de música como sinónimo de melómano, alguém que vê nas bandas, músicos, albuns e canções, uma forte razão para ser feliz.
Um melómano quer ouvir as músicas que lhe dão sentido à vida com o melhor som possível - seja em casa na aparelhagem, seja ao vivo vindo de um palco. Mas na minha opinião, não é o mais fundamental de tudo - o mais importante são as canções.
Prefiro ouvir um grande album com som apenas aceitável ou até mau, do que um album terrível com um grande som.
Quantos fulanos do xunning (vulgo, tunning xunga) têm os carros artilhados com todos os aparelhos de topo para audiófilos (quer dizer, não o tipo de audiófilo a que nos referimos aqui, é certo), e que serve para passar CD-Rs de musica de dança muito muito duvidável.
Eu tornei-me melómano a ouvir cassetes gravadas de albuns em vinil ou CD, ou até da rádio, com um som por vezes sofrível, que ía piorando com as centenas de rodagens a que eram submetidas.
Eram as canções que interessavam. Mesmo mal reproduzidas, ainda eram a luz ao fundo do túnel.
Quando ganhei capacidade para adquirir CDs e vinil, aumentei a exigência, claro. Mas não alterei a hierarquia de importância - as músicas são sempre mais importantes que a qualidade sonora.
Quando se pode juntar as duas coisas, é o casamento perfeito - e quem me dera que fosse sempre assim (seja reproduções em casa, ou ao vivo).
Tentando fazer aqui uma analogia: um bom relvado pode ser muito importante para um grande jogo de futebol. Ainda bem que há técnicos muito bons para a manutenção dos relvados. Mas o que me interessa é o futebol. E já vi muito bom futebol em maus relvados, em pelados, ou até em alcatrão no meio estrada.
De acordo com o PMG.
Muitos coleccionadores não são melómanos, é verdade, porém, a maioria dos audiófilos que conheci também não o são - apreciam o som e não a música em si.
Cada caso é um caso, convém sublinhar. E neste caso, o Valdir é coleccionador, melómano, mas não audiófilo.
Pensando bem considero que posso ser um melómano atingido fortemente por uma carga positiva de audiofilia.
De acordo com PMG: "as músicas são sempre mais importantes que a qualidade sonora".
LT
"A boa música ouve-se sempre bem mesmo quando soa mal" João Pedro
Concordo em absoluto, ouvi muito boa música em gira-discos de uma coluna só...e ouvi virtuosos tocarem boa música em guitarras de má qualidade.
Pedro Já agora...Deixa que te diga que bom gosto na tua T-Shirt
"Rubber Soul", Abel? Para mim, o melhor LP de todos os tempos!
Já somos 2!
LT
Pedro,
Como é que descobriste o Valdir? Foi nas investidas aos buracos, Baratos, Modern Sound e afins?
Que bela tarde que deve ter sido, à laia numa escala infinitamente inferior (mas não como menos qualidade) da aprés midi chez Mr. Raimond!
Rubber Soul é muito bom mas prefiro Revolver!
O melhor LP de todos os tempos é o "Electric Ladyland do Hendrix!
Bela foto!
Um abraço
AKA Gouveia
Amigo Luís,
o Valdir é amigo de longa data do teu homónimo, e do Nélio. Já o conheço há uns tempos, e esta foi a segunda visita ao viveiro...
Abraço!
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