POLYDOR - 2063 082 - edição especial para as rádios (1982)
Bem Bom
Acreditem ou não, este single não tem lado B nem rótulo desse lado. O que reforça a ideia já aqui expressa de que as Doce foram um projecto integrado, bem pensado e planeado, que nada deixou ao acaso.
A editora deve ter prensado umas centenas destas cópias para as rádios em todo o País, obrigando-as assim a passar "Bem Bom" e não o hipotético lado B, "Perfumada".
Outra artimanha que as editoras então praticavam para atingir os seus objectivos era o de riscar o lado B com um canivete ou um tesoura, impossibilitando assim a sua transmissão.
É consensual que as Doce foram o primeiro projecto integrado pensado um pouco à semelhança dos Monkees, como JC interrogou.
Resta saber quem foi o pai da ideia. Lá chegaremos por exclusão de partes. E já temos a nega de António Pinho que, com Tózé Brito, compôs e produziu para as Doce:
A ideia não é minha, embora nada tenha contra ela. Penso que tomo contacto mais a sério com o projecto depois de elas se terem apresentado num Festival da RTP com a canção "Doce".
Começo então a desenvolver repertório para o grupo em parcerias com Nuno Rodrigues e Tozé Brito, e, já na Polygram. Fui então acompanhando a carreira - curta mas bem sucedida - das raparigas. Voltaram com Alibabá (Nuno/APinho) e depois com Bem Bom (APinho/Tozé/Pedro Brito).
Produzi alguns discos delas e acompanhei a feitura das fotos e capas, enfim... esse trabalho que hoje é arqueologia na indústria discográfica tal como ela está.
Mesmo não ligando a este tipo de questões, António Pinho acredita que as Doce terão sido o primeiro projecto de produtor.
Esta questão das Doce foi discutida aqui.
Bem Bom
Acreditem ou não, este single não tem lado B nem rótulo desse lado. O que reforça a ideia já aqui expressa de que as Doce foram um projecto integrado, bem pensado e planeado, que nada deixou ao acaso.
A editora deve ter prensado umas centenas destas cópias para as rádios em todo o País, obrigando-as assim a passar "Bem Bom" e não o hipotético lado B, "Perfumada".
Outra artimanha que as editoras então praticavam para atingir os seus objectivos era o de riscar o lado B com um canivete ou um tesoura, impossibilitando assim a sua transmissão.
É consensual que as Doce foram o primeiro projecto integrado pensado um pouco à semelhança dos Monkees, como JC interrogou.
Resta saber quem foi o pai da ideia. Lá chegaremos por exclusão de partes. E já temos a nega de António Pinho que, com Tózé Brito, compôs e produziu para as Doce:
A ideia não é minha, embora nada tenha contra ela. Penso que tomo contacto mais a sério com o projecto depois de elas se terem apresentado num Festival da RTP com a canção "Doce".
Começo então a desenvolver repertório para o grupo em parcerias com Nuno Rodrigues e Tozé Brito, e, já na Polygram. Fui então acompanhando a carreira - curta mas bem sucedida - das raparigas. Voltaram com Alibabá (Nuno/APinho) e depois com Bem Bom (APinho/Tozé/Pedro Brito).
Produzi alguns discos delas e acompanhei a feitura das fotos e capas, enfim... esse trabalho que hoje é arqueologia na indústria discográfica tal como ela está.
Mesmo não ligando a este tipo de questões, António Pinho acredita que as Doce terão sido o primeiro projecto de produtor.
Esta questão das Doce foi discutida aqui.
5 comentários:
Penso que é no ebay que tem um single do Playback em que os dadps relativos ao lado b estão tapados.
PLAY BACK
http://i9.ebayimg.com/04/i/001/2c/0f/f405_1.JPG
http://i14.ebayimg.com/04/i/001/2c/0f/f2f1_1.JPG
Se não me engano o "Pó de Arroz" foi o primeiro lado A do "Play-Back". E pensei que tinha a ver com esse facto.
Podia ser uma coisa nova em Portugal mas os Boney M eram um de muitos exemplos da altura. Mas já li num disco do grupo Ineditus, lá para 76 ou 77, um texto do Thilo K em que dizia que podíamos gravar em Portugal os sucessos internacionais em vez de mandar divisas para fora.
Parece-me que as Doce foram sempre um grupo bastante profissional mas não se pode dizer que foram a primeira girlsband. Em Portugal havia as Cocktail e na Holanda/Alemanha havia muitos grupos semelhantes. Basta ouvir o "Amanhã de Manhã" para perceber as semelhanças. E chegaram mesmo a gravar com produtores estrangeiros.
Mas apenas conheço o que li em algumas biografias.
Tózé Brito+Cláudio Condé
José Carlos/Pedro Brito/Mike Sergeant/Nuno Rodrigues/António Pinho
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http://anos80.no.sapo.pt/doce.htm
A ideia começou, em 1979, na festa de despedida dos Gemini pois Tózé Brito tinha sido convidado para desempenhar o cargo de Director Artístico da Polygram. Os Gemini acabaram em fins de Setembro de 1979 e as Doce começaram em fins de Outubro. Um dos grandes responsáveis pela formação do grupo foi o brasileiro Cláudio Condé que era o Presidente da editora.
O grupo era constituído pelas ex-Gemini Fá e Teresa Miguel e pela ex-Cocktail Lena Coelho que tinha substituído Teresa em alguns concertos dos Gemini. Como faltava uma loura convidaram Laura Diogo, Miss Fotogenia no concurso Miss Portugal do ano anterior e que tinha estado em destaque em alguns certames internacionais.
Para quando a retoma da música ligeira portuguesa
As DOCE eram um regalo para os olhos e não só
A música portuguesa necessita urgentemente de projectos consistentes na área da música ligeira
O Fado também andava moribundo e esta nova geração recuperou-o
Será que António Pinho, Tozé Brito, José Cid e outros não quererão apoiar esta nova geração a recuperar o tempo perdido.
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