Oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas foram recebidos pelo Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, no dia 14 de Março de 1974, faz hoje 35 anos, no que ficou conhecido como a brigada do reumático.
Os generais Costa Gomes e Spínola, as duas mais altas figuras das Forças Armadas, respectivamente Chefe e Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, recusaram-se a participar na vassalagem em São Bento, bem como o contra-almirante Tierno Bagulho, secretário da Defesa Nacional.
Na qualidade de mais antigo, disse o general Paiva Brandão, Chefe do Estado-Maior do Exército:
As Forças Armadas não fazem política, mas é seu imperioso dever, e também da nossa ética, cumprir a missão que nos fôr determinada pelo Governo legalmente constituído.
(...)
Num momento em que o progresso da Nação e o bem-estar dos portugueses dependem da protecção que lhes é dada pelas forças militares, é também oportuno dizer a Vossa Excelência que estamos unidos, firmes e cumpriremos o nosso dever sempre e onde quer que exija o interesse nacional.
Respondeu Marcello Caetano:
Dou o maior valor às palavras que em vosso nome acabam de ser proferidas. O Chefe do Governo escuta e aceita a vossa afirmação de lealdade e disciplina. A vossa afirmação de que as Forças Armadas não só não podem ter outra política que não seja a definida pelos poderes constituídos da República, como estão, e têm de estar, com essa política, quando ela é a da defesa da integridade nacional.
(...)
O País está seguro de que conta com as Forças Armadas. E em todos os escalões destas não poderão restar dúvidas àcerca da atitude dos seus comandos.
No seu livro "Depoimento", editado no Brasil em Junho de 1974, Marcello Caetano confessa que a ideia da reunião tinha sido sua com o objectivo de sublinhar um princípio que está na base de todos os regimes verdadeiramente democráticos, qual seja o da subordinação das Forças Armadas ao poder civil.
Os generais Costa Gomes e Spínola, as duas mais altas figuras das Forças Armadas, respectivamente Chefe e Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, recusaram-se a participar na vassalagem em São Bento, bem como o contra-almirante Tierno Bagulho, secretário da Defesa Nacional.
Na qualidade de mais antigo, disse o general Paiva Brandão, Chefe do Estado-Maior do Exército:
As Forças Armadas não fazem política, mas é seu imperioso dever, e também da nossa ética, cumprir a missão que nos fôr determinada pelo Governo legalmente constituído.
(...)
Num momento em que o progresso da Nação e o bem-estar dos portugueses dependem da protecção que lhes é dada pelas forças militares, é também oportuno dizer a Vossa Excelência que estamos unidos, firmes e cumpriremos o nosso dever sempre e onde quer que exija o interesse nacional.
Respondeu Marcello Caetano:
Dou o maior valor às palavras que em vosso nome acabam de ser proferidas. O Chefe do Governo escuta e aceita a vossa afirmação de lealdade e disciplina. A vossa afirmação de que as Forças Armadas não só não podem ter outra política que não seja a definida pelos poderes constituídos da República, como estão, e têm de estar, com essa política, quando ela é a da defesa da integridade nacional.
(...)
O País está seguro de que conta com as Forças Armadas. E em todos os escalões destas não poderão restar dúvidas àcerca da atitude dos seus comandos.
No seu livro "Depoimento", editado no Brasil em Junho de 1974, Marcello Caetano confessa que a ideia da reunião tinha sido sua com o objectivo de sublinhar um princípio que está na base de todos os regimes verdadeiramente democráticos, qual seja o da subordinação das Forças Armadas ao poder civil.
1 comentário:
Lembro-me disto e pensar que isto não era solução. Agradava-me o livro de Spínola que se podia ler.
Agradava-me o ar de mudança que se sentia e não se sabia como viria.
Afinal, veio um mês depois e em festa.
O PCP estragou tudo. E o PS aplaudiu o essencial. Quando viu que ia ficar de fora, acordou.
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