Perguntei há bocadinho pelo livro numa Bertrand. Esgotado...
O relato de Artur Agostinho pode interessar por um motivo simples:
Era um dos talking heads do regime de Caetano. Concursos televisivos, era com ele ( No ano em que você nasceu). Em 28 de Setembro de 1974 foi preso pelo Copcon por ser um perigoso fascista e o jornal Sempre Fixe até lhe fez a folha.
Depois, com o aparecimento da SIC, renovou o atestado de validade pública, como democrata.
É um exemplo de português que se desenrasca muito bem. E o mérito é dele.
O livro costuma aparecer muito nos saldos da Oficina do Livro.
Não sei porque aparece aí a referência à SIC penso que nunca trabalhou lá. Será que não está aí a SIC por causa do Henrique Mendes que voltou à ribalta com a SIC.
O Artur Agostinho apresentou o "Nove Foras Nada" e outros conursos lá para 80 e pouco. Também esteve na Renascença e penso que nunca deixou a publicidade. Graças ao "Leão da Estrela" nunca sairá das n/ memórias.
O livro "Ficheiros Indiscretos" diz que este jovem nasceu em Lisboa em 1920, começou como locutor na Rádio Luso, a partir daí trabalhou em diversas estações até à sua admissão, em 1945 na ex-Emissora Nacional. Colaborou no jornal A Bola e foi director do Record. Esteve na RTP desde a sua fundação até 1974. Participou como actor em cinco filmes, foi o fundador na Sonarte Publicidade, mais recentemente fez parte do elenco de séries televisivas. Esteve exilado no Brasil de 1974 a 1981. Chama-se a isto "o verdadeiro artista".
Já há muito tempo que se sabia que o Artur Agostinho era sportiguista. Não sei se já era conhecido quando ele era relatador desportivo mas de certeza que não foi necessário o livro para se saber.
O Artur Agostinho é sportinguista conhecido há muito, julgo.
Does it matter?
O Alves dos Santos era o quê? Adepto do Algés de Dafundo?
E não era um óptimo relatador?
Aquelas transmissões via Eurovisão- lá lá, la la la,lá lá...- dos jogos internacionais dos nossos clubes, não eram um mimo, com a voz do Alves dos Santos a começar o relato, em directo e com a imagem dos estádios barulhentos?
O penúltimo comentário foi meu, o anonimato foi efeito de um erro de manipulação e da pressa. Acho curiosa a convergência ocasional de pontos de vista, sobretudo depois de ler, mais acima, a manifestação de estranheza quanto à paixão pelo Cid. Não podia estar mais de acordo. Quanto ao benfiquismo "désabusé", sou mais um.
Já agora: temos uma ténue "maltese connection" que talvez tenha ocasião de explicar um dia.
17 comentários:
Comprei este livro há cerca de duas semanas, por apenas 4,99€.
CF
Boa! E há mais pechinchas?
LT
Perguntei há bocadinho pelo livro numa Bertrand. Esgotado...
O relato de Artur Agostinho pode interessar por um motivo simples:
Era um dos talking heads do regime de Caetano. Concursos televisivos, era com ele ( No ano em que você nasceu).
Em 28 de Setembro de 1974 foi preso pelo Copcon por ser um perigoso fascista e o jornal Sempre Fixe até lhe fez a folha.
Depois, com o aparecimento da SIC, renovou o atestado de validade pública, como democrata.
É um exemplo de português que se desenrasca muito bem. E o mérito é dele.
O livro costuma aparecer muito nos saldos da Oficina do Livro.
Não sei porque aparece aí a referência à SIC penso que nunca trabalhou lá. Será que não está aí a SIC por causa do Henrique Mendes que voltou à ribalta com a SIC.
O Artur Agostinho apresentou o "Nove Foras Nada" e outros conursos lá para 80 e pouco. Também esteve na Renascença e penso que nunca deixou a publicidade. Graças ao "Leão da Estrela" nunca sairá das n/ memórias.
Estava convencido de que tinha trabalhado na SIC, mas vejo que não.
E tenho ideia que a SIC fez algum programa em que o mesmo entrou. Uma coisa qualquer nostálgica.
Entrou em novelas, pelo menos. Da TVI?
O livro estava em saldo no Jumbo de Almada.
CF
O livro "Ficheiros Indiscretos" diz que este jovem nasceu em Lisboa em 1920, começou como locutor na Rádio Luso, a partir daí trabalhou em diversas estações até à sua admissão, em 1945 na ex-Emissora Nacional.
Colaborou no jornal A Bola e foi director do Record.
Esteve na RTP desde a sua fundação até 1974.
Participou como actor em cinco filmes, foi o fundador na Sonarte Publicidade, mais recentemente fez parte do elenco de séries televisivas.
Esteve exilado no Brasil de 1974 a 1981.
Chama-se a isto "o verdadeiro artista".
CF
Falta dizer que é "lagarto".
Certo JC, no livro ele assume-se como Sportinguista.
CF
Já há muito tempo que se sabia que o Artur Agostinho era sportiguista. Não sei se já era conhecido quando ele era relatador desportivo mas de certeza que não foi necessário o livro para se saber.
Ele nunca escondeu que é "lagarto".
O Artur Agostinho é sportinguista conhecido há muito, julgo.
Does it matter?
O Alves dos Santos era o quê? Adepto do Algés de Dafundo?
E não era um óptimo relatador?
Aquelas transmissões via Eurovisão- lá lá, la la la,lá lá...- dos jogos internacionais dos nossos clubes, não eram um mimo, com a voz do Alves dos Santos a começar o relato, em directo e com a imagem dos estádios barulhentos?
Épico.
Algés e Dafundo, queria dizer.
O Alves dos Santos tb era lagarto.
Os relatos dele valiam mais pelo pitoresco do que pelo rigor. Como comentador era de uma banalidade aflitiva, como figura era indispensável.
Assino por baixo, Anónimo.
O penúltimo comentário foi meu, o anonimato foi efeito de um erro de manipulação e da pressa.
Acho curiosa a convergência ocasional de pontos de vista, sobretudo depois de ler, mais acima, a manifestação de estranheza quanto à paixão pelo Cid. Não podia estar mais de acordo. Quanto ao benfiquismo "désabusé", sou mais um.
Já agora: temos uma ténue "maltese connection" que talvez tenha ocasião de explicar um dia.
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