O que dirão então os meus amigos fundamentalistas deste single dos Beatles autografado por Noel Gallagher, dos Oasis?
O nosso Rato entraria em fúria, barafustava e suava em bico no Photoshop para retirar a dedicatória, o autógrafo, o preço e a etiqueta numerada, sem a qual, diga-se, não conseguiria articular a minha base de dados com mais de 150 mil títulos.
Bom, o Filhote, do outro lado do Atlântico, coleccionador experimentado, diria em tom solene que nas feiras internacionais não dariam mais de 5 euros pelo meu disco (estou a exagerar, é claro!).
Pois bem , nem por 5 milhões eu venderia o disco (estou a exagerar, é claro!).
Mas, já agora, aproveito para contar a história deste disco autografado. Vou ver se consigo encurtar.
Orgulho-me de ter sido das primeiras pessoas em Portugal - senão a primeira - a escrever e a acreditar nos Oasis (não é verdade, Pedro Gonçalves e/ou Tiago Faden?).
No dia 31 de Julho de 1994 - acabados de editar o primeiro single - entrevistei Noel Gallagher no T In The Park Festival, no Strathclyde Country Park, em Glasgow. Chovia torrencialmente. Entrevistei-o dentro da van, ele no lugar do condutor. As dúzias de cervejas repousavam no tablier.
Cá fora, à chuva, Liam, com a camisola da selecção brasileira, jogava à bola com os companheiros.
Ainda nem sequer eram conhecidos na Grã-Bretanha, tanto assim que tocavam numa tenda, longe dos palcos principais.
A entrevista foi relativamente curta, até porque os Oasis tinham a história curta. Mas a conversa foi deveras longa. Sobre o quê? Sobre os Beatles, pois então. Entrámos os dois numa verdadeira compita a ver qual dos dois tinha mais discos-piratas dos Beatles.
Para encurtar... ano e meio mais tarde, a 22 de Janeiro de 1996, voltei a encontrar Noel Gallagher outra vez na Escócia no Royal Highland Centre, Ingliston, Edimburgo. Apresentei-lhe o "Free As A Bird" para ele autografar.
A meu lado, um jornalista húngaro indaga: "não te importas de assinar um disco dos Beatles?".
"Para o meu amigo Luís eu assino tudo. Bateu-me aos pontos nos discos dos Beatles".
Coitado do Noel. As coisas que ele me assinou ao longo dos tempos: discos, bilhetes, fotografias, menus, passes, livros, programas, convites, set lists, convocatórias... até a garrafa de Beck's por onde bebeu na dita conferência de imprensa de Edimburgo guardo ainda hoje em dia, para espanto de Tiago Faden.
Sim, Rato, cada louco com a sua tara...
Taras saudáveis, acrescento eu!
O nosso Rato entraria em fúria, barafustava e suava em bico no Photoshop para retirar a dedicatória, o autógrafo, o preço e a etiqueta numerada, sem a qual, diga-se, não conseguiria articular a minha base de dados com mais de 150 mil títulos.
Bom, o Filhote, do outro lado do Atlântico, coleccionador experimentado, diria em tom solene que nas feiras internacionais não dariam mais de 5 euros pelo meu disco (estou a exagerar, é claro!).
Pois bem , nem por 5 milhões eu venderia o disco (estou a exagerar, é claro!).
Mas, já agora, aproveito para contar a história deste disco autografado. Vou ver se consigo encurtar.
Orgulho-me de ter sido das primeiras pessoas em Portugal - senão a primeira - a escrever e a acreditar nos Oasis (não é verdade, Pedro Gonçalves e/ou Tiago Faden?).
No dia 31 de Julho de 1994 - acabados de editar o primeiro single - entrevistei Noel Gallagher no T In The Park Festival, no Strathclyde Country Park, em Glasgow. Chovia torrencialmente. Entrevistei-o dentro da van, ele no lugar do condutor. As dúzias de cervejas repousavam no tablier.
Cá fora, à chuva, Liam, com a camisola da selecção brasileira, jogava à bola com os companheiros.
Ainda nem sequer eram conhecidos na Grã-Bretanha, tanto assim que tocavam numa tenda, longe dos palcos principais.
A entrevista foi relativamente curta, até porque os Oasis tinham a história curta. Mas a conversa foi deveras longa. Sobre o quê? Sobre os Beatles, pois então. Entrámos os dois numa verdadeira compita a ver qual dos dois tinha mais discos-piratas dos Beatles.
Para encurtar... ano e meio mais tarde, a 22 de Janeiro de 1996, voltei a encontrar Noel Gallagher outra vez na Escócia no Royal Highland Centre, Ingliston, Edimburgo. Apresentei-lhe o "Free As A Bird" para ele autografar.
A meu lado, um jornalista húngaro indaga: "não te importas de assinar um disco dos Beatles?".
"Para o meu amigo Luís eu assino tudo. Bateu-me aos pontos nos discos dos Beatles".
Coitado do Noel. As coisas que ele me assinou ao longo dos tempos: discos, bilhetes, fotografias, menus, passes, livros, programas, convites, set lists, convocatórias... até a garrafa de Beck's por onde bebeu na dita conferência de imprensa de Edimburgo guardo ainda hoje em dia, para espanto de Tiago Faden.
Sim, Rato, cada louco com a sua tara...
Taras saudáveis, acrescento eu!
2 comentários:
Também tenho a minha pequena história com o Liam - ofereci-lhe o single "Ode to the Beatles" do Quarteto 1111 -, numa bela tarde no Parque das Nações.
Nada que se compare com o relato do Ié-Ié... quem me dera ter estado dentro daquela van... but, "Dont't Look Back in anger"!
Quanto ao CD single "Free as a Bird" autografado pelo Noel... enfim, tenho uma foto do Jagger, circa 1964/65, autografada pelo Donovan... e a minha carta de condução está autografada pelo Keith Richards!!!
E porque não contas essas (excelentes) histórias online? Estou aberto a todas as histórias!
LT
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