Zeca do Rock, a viver actualmente no Brasil, faz hoje 64 anos.
Parabéns!
De seu nome verdadeiro José das Dores, terá sido o primeiro músico português a gravar um "yé", em "Sansão Foi Enganado", em 1961.
Aprendeu a tocar viola no final da década de 50 com Fernando Alvim e a sua grande oportunidade surgiu em 1959 quando participou no programa "Bom Dia", de José de Oliveira Cosme, na Rádio Renascença numa rubrica de novos talentos.
Recusou fazer um disco a meias com Tonicha, como era costume na altura, e por isso perdeu a oportunidade de gravar o primeiro disco português de rock, primazia que foi para Daniel Bacelar e os Conchas (Columbia SLEM 2062 - 1960).
O seu primeiro disco - e único em nome próprio - só surgiu no ano seguinte, em 1961, acompanhado pelo Conjunto de Manuel Viegas: "Menina", "Sansão Foi Enganado", "Nazaré Rock" e "Dezassete" (Alvorada MEP 60425).
"O estúdio era uma sala centenária na Costa do Castelo. Quando passava uma camioneta na rua ou um avisão no ar, tinha que se interromper a gravação".
Em 1962 participou no filme "Pão, Amor e Totobola" (para quando uma versão em DVD?), de Henrique Campos. Do filme foi editado um EP que inclui "Twist Para Dois".
O serviço militar obrigatório terminou com a carreira de Zeca do Rock em 1965, mas na Guiné ainda formou um conjunto de rock que actuou pelos aquartelamentos do território.
Zeca do Rock é habitual colaborador deste blog e há pouco mandou-me esta foto que foi a primeira feita em série para oferecer a fãs, em 1959/1960.
A palavra para Zeca do Rock:
"Esta foi a primeira foto feita em série para oferecer a fãs. Foi feita uma "zincogravura" da fotografia original, que depois foi usada por um processo de impressão tradicional (como um carimbo, prensa) numa gráfica, para tirar muitos milhares de cópias em papel de 120 gr.
"Somente sobrou este exemplar já muito desmaiado, mas é documento histórico.
"Se bem me lembro, foram feitas 10.000 impressões na primeira rodada, seguidas de mais 20.000 na segunda.
"Eu tinha diversos amigos voluntários que me serviam de secretários para dar resposta aos muitos milhares de cartas de fãs que chegavam constantemente a minha casa.
"O carteiro carregava diariamente dois sacos de correspondência: um para mim, outro para o resto do bairro.
"Era sempre mandada uma fotografia autografada para toda a gente que escrevia. Esses meus amigos faziam isso de borla? Claro que sim, porque o simples facto de estarem autorizados a apresentar-se como meus amigos particulares dava-lhes direito a livre-trânsito com as minhas fãs e "groupies".
"Estavam sempre muito bem servidos de raparigas sedentas de desejo e do mais "práfrentex" que se podia encontrar na época.
"Depois desta foto, as seguintes foram feitas já por processo tipo offset, da mesma forma que se faziam os Cartões Postais, com muito melhor qualidade de papel, brilho, etc. Mas foram fotos diferentes, já com o autógrafo implantado na impressão para poupar tempo".
Obrigado, Zeca!
Parabéns, Zeca!
Parabéns!
De seu nome verdadeiro José das Dores, terá sido o primeiro músico português a gravar um "yé", em "Sansão Foi Enganado", em 1961.
Aprendeu a tocar viola no final da década de 50 com Fernando Alvim e a sua grande oportunidade surgiu em 1959 quando participou no programa "Bom Dia", de José de Oliveira Cosme, na Rádio Renascença numa rubrica de novos talentos.
Recusou fazer um disco a meias com Tonicha, como era costume na altura, e por isso perdeu a oportunidade de gravar o primeiro disco português de rock, primazia que foi para Daniel Bacelar e os Conchas (Columbia SLEM 2062 - 1960).
O seu primeiro disco - e único em nome próprio - só surgiu no ano seguinte, em 1961, acompanhado pelo Conjunto de Manuel Viegas: "Menina", "Sansão Foi Enganado", "Nazaré Rock" e "Dezassete" (Alvorada MEP 60425).
"O estúdio era uma sala centenária na Costa do Castelo. Quando passava uma camioneta na rua ou um avisão no ar, tinha que se interromper a gravação".
Em 1962 participou no filme "Pão, Amor e Totobola" (para quando uma versão em DVD?), de Henrique Campos. Do filme foi editado um EP que inclui "Twist Para Dois".
O serviço militar obrigatório terminou com a carreira de Zeca do Rock em 1965, mas na Guiné ainda formou um conjunto de rock que actuou pelos aquartelamentos do território.
Zeca do Rock é habitual colaborador deste blog e há pouco mandou-me esta foto que foi a primeira feita em série para oferecer a fãs, em 1959/1960.
A palavra para Zeca do Rock:
"Esta foi a primeira foto feita em série para oferecer a fãs. Foi feita uma "zincogravura" da fotografia original, que depois foi usada por um processo de impressão tradicional (como um carimbo, prensa) numa gráfica, para tirar muitos milhares de cópias em papel de 120 gr.
"Somente sobrou este exemplar já muito desmaiado, mas é documento histórico.
"Se bem me lembro, foram feitas 10.000 impressões na primeira rodada, seguidas de mais 20.000 na segunda.
"Eu tinha diversos amigos voluntários que me serviam de secretários para dar resposta aos muitos milhares de cartas de fãs que chegavam constantemente a minha casa.
"O carteiro carregava diariamente dois sacos de correspondência: um para mim, outro para o resto do bairro.
"Era sempre mandada uma fotografia autografada para toda a gente que escrevia. Esses meus amigos faziam isso de borla? Claro que sim, porque o simples facto de estarem autorizados a apresentar-se como meus amigos particulares dava-lhes direito a livre-trânsito com as minhas fãs e "groupies".
"Estavam sempre muito bem servidos de raparigas sedentas de desejo e do mais "práfrentex" que se podia encontrar na época.
"Depois desta foto, as seguintes foram feitas já por processo tipo offset, da mesma forma que se faziam os Cartões Postais, com muito melhor qualidade de papel, brilho, etc. Mas foram fotos diferentes, já com o autógrafo implantado na impressão para poupar tempo".
Obrigado, Zeca!
Parabéns, Zeca!
1 comentário:
Parabéns, Zeca! Obrigado pelas músicas em nome próprio e pelas composições que o Conjunto João Paulo gravou mais tarde!
Não sabia a história do possível disco a meias com Tonicha. No entanto, a cantora teve que esperar ainda mais anos para se estrear, o que só aconteceria em 1965!
Só uma correcção: é o conjunto de Manuel Viegas, não de Mário Viegas! ;-)
João Carlos Callixto
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