Realmente, os EPs portugueses são, na sua esmagadora maioria, imbatíveis e o blog Os Reis do Yé-Yé tem estado a prestar um serviço notável de amostra dos mesmos. Os EPs franceses também não são de deitar fora.
Em contrapartida, os singles ingleses eram bem sensaborões, embora hoje em dia ache alguma graça a estas capas.
A tal ponto acho agora graça, que estou arrependido de, na altura, ter substituído estas singelas capas - hoje verdadeiros ícones - por capas feitas por mim com base em fotografias. Que disparate! (digo eu, agora).
Em contrapartida, os singles ingleses eram bem sensaborões, embora hoje em dia ache alguma graça a estas capas.
A tal ponto acho agora graça, que estou arrependido de, na altura, ter substituído estas singelas capas - hoje verdadeiros ícones - por capas feitas por mim com base em fotografias. Que disparate! (digo eu, agora).
2 comentários:
Realmente, é mesmo muito raro arranjar um single inglês com capa.
Meu caro Luís,
Creio que existiam duas vertentes que os ingles tinham em consideração e para eles primordiais: a económica e a questão das prioridades.
Nessa altura, um single (2 canções) na Grã-Bretanha custava á volta de 20$00. Cá um Ep (4 canções, portanto o equivalente a 2 singles) custava 60$00, o que significava um acréscimo de 50%!! Ora, num país em que o nível de vida era a roçar o miserável quando comparado com a Grã-Bretanha, diga lá se não era falta de visão dos editores de cá, e de vontade de chegar a toda a gente, pelos de lá. E até se poderá falar de segregação, de ser essa a maneira de limitar o acesso à cultura às classes mais favorecidas, que toda a gente sabe que era prática corrente em Portugal.
Em relação às prioridades: lá, as editoras queriam era que as novas canções chegassem ao grande publico o mais rápido possível, não havia tempo a perder com procura de fotos para por na capa, composição de capa, etc. Cá, era outra coisa, os discos saiam na maior parte das vezes com 6 meses de atraso, quando não mais, havia tempo para tudo, que o povinho podia esperar. O que não deixa também de reflectir alguma falta de respeito pelo público. Mas a isso, já toda a gente estava habituada e...amochava.
E olhe que nem concordo muito com essa da qualidade das capas dos nossos Ep's. Na maior parte eram a preto e branco, com fotos desfocadas e pouco actuais, e, fotos e texto iam desaparecendo rapidamente com a manipulação.
Os franceses sim, faziam boas capas de Ep, e mesmo os ingleses quando se decidiam por esse formato (embora para eles os formatos preferenciais fossem os singles e os LP's) também as faziam muito boas. O Five by Five (1964), dos Stones, é só um exemplo.
Cumprimentos
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