quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

MOVIMENTO NACIONAL FEMININO


MNF NATAL 71 OPERAÇÃO PRESENÇA - proibida a venda ou reprodução

O nowhereman pediu o disco do Movimento Nacional Feminino para pôr o "saudosismo em dia".

Ei-lo!

Entre outros, o LP inclui mensagens patrióticas de Eusébio, Parodiantes de Lisboa, Inspector Varatojo, Joaquim Agostinho, Amália Rodrigues, Maria de Lurdes Modesto, Florbela Queiroz.

11 comentários:

VdeAlmeida disse...

Esse disco, logo a seguir a ser-me "generosamente" entregue ali para os lados de Belém, juntamente com 2 maços de tabaco manhosos, foi, mal chegado a casa, posto a sobrevoar docemente sobre os telhados da Madragoa!!

josé disse...

Pois...mas agora é um documento. Importante, porque isto nem conhecia.

Tirando os aerogramas e a menção a esse famigerado movimento ( agora há um outro parecido que se manifesta sempre que as criancinhas são retiradas aos "pais afectivos" para as entregar a quem sempre a elas teve direito: os pais naturais).

Bom trabalho, companheiro ié-ié. Avante, camarada. Este tipo de serviço público nem o Joaquim Vieira ou o Fernando Dacosta conseguem fazer.

Pode haver quem resmungue que isto é saudosismo. Deixá-los a resmungar, porque isto é mostrar a nossa identidade passada. Boa e má.

Tenho para mim que foi sempre boa, apesar destes movimentos de acólitos do poder. Agora, há outros. Entre Vital Moreira, o actual acólito mor, e um João Coito, prefiro este último, sem dúvida. Pelo carácter, claro.

ié-ié disse...

Compreendo e aceito perfeitamente a atitude de yardbird ou, se calhar, até teria feito pior, não sei. Felizmente não fui à guerra colonial. Consegui adiamentos e adiamentos e só fui para a tropa a 22 de Abril de 1974. Mas isso é outra história.

LT

Rato disse...

Honra te seja feita José, tens o condão de me fazeres soar sempre uma campainha aqui deste lado. Hoje, vê lá, fizeste-me lembrar do Pitigrilli e do seu "Colar de Afrodite", de 1972. Tem por lá muita asneira, claro, mas também se descobrem coisas acertadas. Ora atenta lá neste naco de prosa:
«Os verdadeiros parentes não são aqueles que nos destinou a genealogia: com esses, em regra, sente-se que não há nenhuma afinidade; um dia nos encontraremos no mundo com um estranho que sentiremos irmão, pai. Esse será um verdadeiro parente!»
E para terminar:
«Vai a casa dos teus parentes somente em dias de enterro. Mas no dia em que te enterrarem não permitas que eles venham a tua casa»

Carlos disse...

Seria o Pitigrilli um fdp?

Não sei, mas esse Colar de Afrodite não é um pequeno volume de uma colecção de bolso da Minerva ou coisa assim?

É que por volta de 70-71 houve uma inflação de livros de bolso, com várias editoras a competir passando até pela RTP com os Livros RTP e com a Europa-América com os livros de bolso EA. O primeiro daqueles foi Maria Moisés de Camilo.
Dos livro de Bolso EA, o primeiro foi Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes. Um livro que foi proibido nos anos quarenta, mas em 71 já se lia em qualquer lado. Li-o na época.

Quanto ao Pitigrilli, bom proveito, mas prefiro o Moravia.

josé disse...

Este Carlos é um avatar que nada tem a ver comigo. Por vezes, vem atrás, lá de um blog onde escrevo e não sei como se planta nestes comentários.Já não é a primeira vez.

Sou José, naturalmente.

josé disse...

Agora a sério:

O assunto é demasiado sério para poder resolver-se em duas penadas de comentários em caixinhas como esta.

´Há casos e casos. Esse que convocou o actual movimento nacional feminino, pode ser assim ou assado.

Não sei. Duvido que alguém saiba, apenas pela leitura ou conhecimento através dos media.

E evidentemente, concordo em que os pais naturais, por vezes, são desnaturados. E nessa altura, é melhor substitui-los.
Para bem dos que não tiveram culpa da natureza os ter trazido ao mundo.

Fantomas disse...

Natal 71...foi feito um interessante documentário sobre este disco. Também tenho em vinil o "Natal 73", mas é menos interessante...

Fantomas disse...

Este disco tem um tema dos KEEPERS, "Hoje mais feliz que nunca", de 1967.

VdeAlmeida disse...

Ah! meu caro, mas eu também não fui á guerra colonial. Explicando: fiz a tropa, mas não me tocou ir contribuir para esse peditório, que não era meu.
Aliás, se tal tivesse acontecido, já tinha "passagem" para a Bélgica, com estadia incluida.
Mas conhecia as "senhoras" do MNF e a sua "bondade".

Fantomas disse...

A Cilinha até tinha uma voz sensual...mas também era só isso!!!!