segunda-feira, 26 de abril de 2010
ESTÚDIO 444
Destinada, primeiro, a uma garagem, depois a um snack-bar, acabou por se transformar num moderno cinema a cave de um prédio na avenida Defensores de Chaves (em Lisboa).
Trata-se do Estúdio 444 que esta noite (26 de Abril de 1966, faz hoje 44 anos) é inaugurado com uma sessão por convites, projectando-se o filme "As Escravas Ainda Existem", de Maleno Malenotti.
(...)
Entre a assistência que esta noite acorrerá ao Estúdio 444 faltará uma figura que a morte levou há poucos meses: o arquitecto Henrique Figueiredo, autor do projecto.
O novo cinema foi concluído depois sob a orientação do conhecido homem do cinema e da rádio Américo Leite Rosa, que se encarregou da decoração.
Como o seu nome indica, a nova casa de espectáculos dispõe de 444 lugares, divididos em primeira e segunda plateia.
O cinema Estúdio 444 está equipado com o mais moderno material de projecção e dispõe de todas as condições para a comodidade do público.
O palco permite a exploração daquela casa de espectáculos para pequenos concertos e recitais ou para a apresentação de companhias de teatro experimental.
"Diário Popular", 26 de Abril de 1966
O cinema encerrou na década de 80 com o filme "O Querido Lilás".
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2 comentários:
Uma sala que muito contribuiu para a minha cultura cinematográfica: "O Menino Selvagem" (Truffaut), "Deserto Vermelho" e "O Eclipse" (Antonioni), "Pedro O Louco" e "O Desprezo" (Godard), "A Vergonha" e "Noite de Circo" (Bergman), "Roma" (Fellini), "Maridos" (Cassavetts), "Teorema" (Pasolini), entre alguns mais.
Como se vê, uma época em que nas salas de cinema se podia ver...Cinema!
Ora cá está o cinema da Defensores de Chaves cujo nome me escapava da memória... obrigado pela lembrança!
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