E Studio Tan é um disco que se ouve maravilhosamente...no carro. Quase todo em monólogo idiossincrático pontuado por música de qualidade inexcedível, apresenta-se como uma banda sonora de uma peça quase surrealista e de humor acidificado pela crítica social aos costumes americanos.
Quem gosta de guitarra eléctrica ( e acústica também como o prova um trecho de Hot Rats) não pode dispensar Zappa. É um compêndio.
Quem aprecia o som da Gibson SG não fica indiferente a Overnite Sensation. E Apostrophe, justamente e que o precede.
Poi é o que parece José, aqui não há zappófilos... E o LT só gosta dos pais de tudo e da mãe do rock, né? : ) Estes grupos intrepretam bastante bem Zappa. M
Não sendo propriamente um Zappófilo ( até porque se fosse provavelmente estaria internado...) sou um fã incondicional de Frank Vincent Zappa!
Desde Freak Out ("introducing" o Mundo Alternativo dos Mothers of Invention) passando pelo prodigioso Hot Rats, pelos maravilhosos Jazz-rock Grand Wazoo E Waka/Jawaka (capas espantosas), não esquecendo o trio de ataque: Overnite, One Size e "'" para finalizar em obras primas live como Roxy and elsewhere!
E isto só para citar uma ínfima parte da sua infindável discografia!
Zappa ainda tem o mérito de deixar para a posteridade alguns dos melhores títulos de canções da história da musica pop:
- Poofter's froth, Wyoming plans ahead!
- "Who Are the Brain Police?
- What's the Ugliest Part of Your Body?
- Dog Breath, in the Year of the Plague"
-Idiot bastard Son
- "Prelude to the Afternoon of a Sexually Aroused Gas Mask"
-"My Guitar Wants to Kill Your Mama"
- "Bwana Dik"
- "Latex Solar Beef"
- "Cletus Awreetus-Awrightus"
- “Don’t Eat the Yellow Snow"
- "Pygmy Twylyte"
Q: Does humour belong in Music? A: Yes it does! And Genius too.
p.s. Alguém falou de Captain Beefheart? Esse também era de outro planeta..
Por causa destas lembranças ouvi outra vez Studio Tan. No carro que é onde se ouve melhor este disco.
Começa com 20 minutos de pura rapsódia com momentos altos de jazz ( free, por vezes), comédia musical, rock puro e duro mas em dose minimalista, sinfonias de bolso e com alguns segundos, textos mirabolantes, alusões a bandas sonoras de desenhos animados ( a personagem principal, Greggary Peccary-repare-se na alusão do nome-é um porquinho que vive algures na terra do nunca da pretensão americana e progressão coerente com o absurdo integrado nesse imaginário.
Tudo isso encadernado na melhor execução técnica possível, com metais, percussão de sonho, guitarra eléctrica fantástica e vocalizações a condizer.
São 20 minutos de Zappa que nunca me canso de ouvir.
Passado esse tema, aparece uma peça de jazz-rock, seja lá isso o que for, e depois um solo de Gobson SG que é um pequeno portento para quem gosta do som de guitarra. Não conheço ninguém que sole desta maneira. Mas conheço quem o imitou...
Ah! E só tentei situar-me em Studio Tan. Falar de Overnite sensation ou One size fits all ( para mim, o melhor Zappa) levaria a um texto que não caberia aqui nestas caixinhas.
Mas ando a reservar fôlego para o fazer noutro lado.
A essência conceptual de Zappa está traduzida no pequeno texto que apresenta o evento:
Informação não é conhecimento. Conhecimento não é sabedoria. Sabedoria não é a verdade. Verdade não é a beleza. Beleza não é o amor Amor não é a música Música é o MELHOR!
13 comentários:
Por aqui não há zappófilos?
One size fits all e Overnite sensation, são dos melhores discos da música popular.
Por mim... passo.
LT
Apostrophe também.
E Studio Tan é um disco que se ouve maravilhosamente...no carro. Quase todo em monólogo idiossincrático pontuado por música de qualidade inexcedível, apresenta-se como uma banda sonora de uma peça quase surrealista e de humor acidificado pela crítica social aos costumes americanos.
Quem gosta de guitarra eléctrica ( e acústica também como o prova um trecho de Hot Rats) não pode dispensar Zappa. É um compêndio.
Quem aprecia o som da Gibson SG não fica indiferente a Overnite Sensation. E Apostrophe, justamente e que o precede.
Poi é o que parece José, aqui não há zappófilos...
E o LT só gosta dos pais de tudo e da mãe do rock, né? : )
Estes grupos intrepretam bastante bem Zappa.
M
"mãe do rock"?
Who is she?
"We're Only in It for the Money" é um excelente álbum de rock psicadélico - o curioso é que o consegue ser ao parodiar os supostos excessos do género!
mae do rock é lena d agua, segundo a fatima lopes no programa da ultima 6a...é capaz de ter razao...
zappa & beefheart mereciam alguma presença aqui no blog, que mais nao seja por estarem mil anos a frente dos beatles.
e por falar em beatles ja agora os residents, cuja historia do primeiro disco (ou da capa, pelo menos) ja merecia uma menção
Não sendo propriamente um Zappófilo ( até porque se fosse provavelmente estaria internado...) sou um fã incondicional de Frank Vincent Zappa!
Desde Freak Out ("introducing" o Mundo Alternativo dos Mothers of Invention) passando pelo prodigioso Hot Rats, pelos maravilhosos Jazz-rock Grand Wazoo E Waka/Jawaka (capas espantosas), não esquecendo o trio de ataque: Overnite, One Size e "'" para finalizar em obras primas live como Roxy and elsewhere!
E isto só para citar uma ínfima parte da sua infindável discografia!
Zappa ainda tem o mérito de deixar para a posteridade alguns dos melhores títulos de canções da história da musica pop:
- Poofter's froth, Wyoming plans ahead!
- "Who Are the Brain Police?
- What's the Ugliest Part of Your Body?
- Dog Breath, in the Year of the Plague"
-Idiot bastard Son
- "Prelude to the Afternoon of a Sexually Aroused Gas Mask"
-"My Guitar Wants to Kill Your Mama"
- "Bwana Dik"
- "Latex Solar Beef"
- "Cletus Awreetus-Awrightus"
- “Don’t Eat the Yellow Snow"
- "Pygmy Twylyte"
Q: Does humour belong in Music?
A: Yes it does! And Genius too.
p.s. Alguém falou de Captain Beefheart? Esse também era de outro planeta..
Tal como LMP, não sou propriamente um "Zappófilo", mas sim, um fã incondicional de Frank Zappa!
LPs favoritos? Hm... neste momento, escolho: "Freak Out!" (Verve, 1966); "Apostrophe" (DiscReet, 1974); "Zappa In New York" (DiscReet, 1978); "Sheik Yerbouti" (Zappa, 1979).
"There's a big dilemma
'Bout my Big Leg Emma, uh-huh, oh yeah"
Por causa destas lembranças ouvi outra vez Studio Tan. No carro que é onde se ouve melhor este disco.
Começa com 20 minutos de pura rapsódia com momentos altos de jazz ( free, por vezes), comédia musical, rock puro e duro mas em dose minimalista, sinfonias de bolso e com alguns segundos, textos mirabolantes, alusões a bandas sonoras de desenhos animados ( a personagem principal, Greggary Peccary-repare-se na alusão do nome-é um porquinho que vive algures na terra do nunca da pretensão americana e progressão coerente com o absurdo integrado nesse imaginário.
Tudo isso encadernado na melhor execução técnica possível, com metais, percussão de sonho, guitarra eléctrica fantástica e vocalizações a condizer.
São 20 minutos de Zappa que nunca me canso de ouvir.
Passado esse tema, aparece uma peça de jazz-rock, seja lá isso o que for, e depois um solo de Gobson SG que é um pequeno portento para quem gosta do som de guitarra. Não conheço ninguém que sole desta maneira. Mas conheço quem o imitou...
Ah! E só tentei situar-me em Studio Tan.
Falar de Overnite sensation ou One size fits all ( para mim, o melhor Zappa) levaria a um texto que não caberia aqui nestas caixinhas.
Mas ando a reservar fôlego para o fazer noutro lado.
A essência conceptual de Zappa está traduzida no pequeno texto que apresenta o evento:
Informação não é conhecimento.
Conhecimento não é sabedoria.
Sabedoria não é a verdade.
Verdade não é a beleza.
Beleza não é o amor
Amor não é a música
Música é o MELHOR!
Excelente e cativante texto, José!
Saudações Zappanescas!
Enviar um comentário