Há 44 anos, a geladaria Santini, um dos ícones do eixo Estoril-Cascais, esteve em riscos de fechar para sempre.
A história é contada pelo próprio Santini no "Diário Popular" de 03 de Julho de 1966, cujo resumo se apresenta:
Santini fez-se um nome conhecido nos Estoris. Em 1949 (26 de Agosto) montava o seu modesto estabelecimento a dois passos das areias da praia do Tamariz. O negócio, a pouco e pouco, ganhou forma - os gelados Santini eram solução para o calor ou para a sobremesa.
Miúdos e graúdos preferiam-nos. E o modesto estabelecimento transformou-se no ponto de encontro certo para os que queriam conversar ou até para os que querian namorar. Assim foi durante anos.
Um dia, as circunstâncias obrigaram Santini a abandonar o seu modesto estabelecimento do Tamariz (31 de Outubro de 1961) e a transferir-se para Cascais. E começou por abrir no edifício do cinema S. José e, mais tarde, inaugurou outra. Os gelados Santini continuavam a pontificar, a ser eleitos por miúdos e graúdos.
Mas agora Santino desespera. O seu negócio, construído ao longo de tantos anos, ameaça desmoronar-se, arrastando-o no fragor da queda.
Santini é um caso de Cascais. E não esconde a amargura quando nos fala:
A história é contada pelo próprio Santini no "Diário Popular" de 03 de Julho de 1966, cujo resumo se apresenta:
Santini fez-se um nome conhecido nos Estoris. Em 1949 (26 de Agosto) montava o seu modesto estabelecimento a dois passos das areias da praia do Tamariz. O negócio, a pouco e pouco, ganhou forma - os gelados Santini eram solução para o calor ou para a sobremesa.
Miúdos e graúdos preferiam-nos. E o modesto estabelecimento transformou-se no ponto de encontro certo para os que queriam conversar ou até para os que querian namorar. Assim foi durante anos.
Um dia, as circunstâncias obrigaram Santini a abandonar o seu modesto estabelecimento do Tamariz (31 de Outubro de 1961) e a transferir-se para Cascais. E começou por abrir no edifício do cinema S. José e, mais tarde, inaugurou outra. Os gelados Santini continuavam a pontificar, a ser eleitos por miúdos e graúdos.
Mas agora Santino desespera. O seu negócio, construído ao longo de tantos anos, ameaça desmoronar-se, arrastando-o no fragor da queda.
Santini é um caso de Cascais. E não esconde a amargura quando nos fala:
- Estou aqui desde Junho de 1960 e já gastei centenas de contos em obras de beneficiação dos dois estabelecimentos. E agora o senhorio não me quer como inquilino. E tudo porque não tenho um contrato de arrendamento que me defenda. Há sete anos que insisto junto do proprietário do edifício que é o mesmo do cinema para que este aceda a realizar comigo o necessário contrato. Invocando vários argumentos foi protelando essa decisão.
- Recentemente recebi uma carta para comparecer no notário, a fim de realizar o contrato. Mas o senhorio não compareceu, enviando apenas um representante ao notário de Cascais, onde me encontrava com as testemunhas, para avisar de que não estava interessado em que eu continuasse como inquilino.
- Entretanto, deu ordem para que me fechassem a água do estabelecimento. E, apesar das diligências que já desenvolvi, continuo sem resolver o problema. Recusou-se também a receber as rendas, as quais tenho depositado. Será justo o que me estão a fazer?
É verdade que Santini já não está no edifício do cinema S. José, mas continua em Cascais, na avenida Valbom, 28 F, para gáudio de miúdos e graúdos, desde 08 de Setembro de 1971.
- Recentemente recebi uma carta para comparecer no notário, a fim de realizar o contrato. Mas o senhorio não compareceu, enviando apenas um representante ao notário de Cascais, onde me encontrava com as testemunhas, para avisar de que não estava interessado em que eu continuasse como inquilino.
- Entretanto, deu ordem para que me fechassem a água do estabelecimento. E, apesar das diligências que já desenvolvi, continuo sem resolver o problema. Recusou-se também a receber as rendas, as quais tenho depositado. Será justo o que me estão a fazer?
É verdade que Santini já não está no edifício do cinema S. José, mas continua em Cascais, na avenida Valbom, 28 F, para gáudio de miúdos e graúdos, desde 08 de Setembro de 1971.
6 comentários:
Têm a faca e o queijo na mão, estes ladrões / proprietários.
"Poder,
quem o tem julga-se valente.
Bem usado, mal usado,
O poder é prepotente."
(JMB, Poder)
Não se faz!
E que tal arranjar um bom advogado.
só se for para voltar ao passado :)
Um advogado ? isto foi há mais de 40 anos !!!
Tinha acabado de acordar, as minhas desculpas :-)
Eduardo F.
Bela citação do JMB!
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