segunda-feira, 17 de maio de 2010

ASSALTO DA FIGUEIRA DA FOZ


A agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz foi assaltada faz hoje 43 anos, no que foi uma das acções mais mediáticas de oposição à ditadura então existente.

No valor de 29.274.390$00 (146.020 euros), foi até então o maior roubo de sempre em Portugal.

Mas um ano depois do assalto, no dia 10 de Abril de 1968, a Polícia Judiciária considerou não haver implicações de carácter político no caso do roubo da agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz.

O assalto ocorreu às 15H55. Os quatro assaltantes fugiram de automóvel, um Taunus 17M com a matrícula CE-56-02, para o aeródromo de Cernache (Coimbra), onde se apoderaram de uma avioneta Auster. No automóvel deixaram uma metralhadora de plástico e 4 pistolas de bazar.

Segundo o solícito correspondente do Diário Popular em Faro, a avioneta aterrou na herdade do Vale do Paço, a 6 quilómetros de Vila do Bispo.

De Vale do Paço a Vila do Bispo, os assaltantes utilizaram um Opel Kadett com a matrícula LE-82-54 e de Vila do Bispo a Mértola num Cortina alugado, de onde sairam clandestinamente do País.

Só no dia 10 de Abril de 1968, a Polícia Judiciária divulgou a identidade dos 4 principais autores da façanha:

- Hermínio da Palma Inácio, 46 anos;
- Camilo Tavares Mortágua, 34 anos;
- António Manuel Marques Barracosa, 25 anos;
- Luís Benvindo, 25 anos.

Hermínio da Palma Inácio foi preso no dia 20 de Agosto de 1968 em Moncorvo (Bragança), integrado num tenebroso grupo de terroristas vindo de França, segundo terminologia do "Diário Popular" de 23 de Agosto de 1968.

Os elementos detidos disseram-se pertencentes a uma organização denominada LUAR (Liga da União e Acção Revolucionária).

Palma Inácio morreu no dia 14 de Julho de 2009, com 87 anos.

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