Há 89 anos, a 29 de Setembro de 1920, nascia na ilha da Madeira Carlos Menezes, o primeiro músico de jazz português reconhecido internacionalmente e o pioneiro na introdução da guitarra eléctrica em Portugal. A estreia deste instrumento – então amplificado de forma improvisada – ocorreu na boite Nina, em Lisboa, por volta de 1944.
Ao longo de uma carreira de mais de 70 anos, a guitarra de Menezes fez-se ouvir em vários países e cruzou-se com músicos como Don Byas, Max, Tony Amaral, Jorge Costa Pinto (com cuja orquestra, a primeira big-band criada em Portugal, gravou em 1963 para a RTP), Mário Simões e Shegundo Galarza (com o qual actuou nos Estados Unidos), estando registada em centenas de discos gravados na Emissora Nacional pelo sistema de sobreposição.
A sua ligação ao concelho de Cascais data do final dos anos 40, época em que começou a actuar no Casino Estoril. Foi, aliás, neste casino que foi descoberto, nos anos 50, por Steve Race, crítico de música da prestigiada revista Melody Maker, que o colocou no dicionário dos grandes guitarristas mundiais, tornando-o o primeiro jazzman português a internacionalizar-se como tal.
Para além de uma longa carreira na Emissora Nacional, como músico da orquestra ligeira, e de inúmeras gravações para a RTP, a sua exímia técnica na guitarra e a ligação ao Hot Clube de Portugal e a Luís Villas-Boas, asseguraram a participação em múltiplas jam-sessions na cave da Praça da Alegria.
in Jazz No País Do Improviso!
PS - No passado dia 30 de Setembro, a Câmara Municipal de Cascais homenageou os 89 anos de vida e os 85 de guitarra de Carlos Menezes, atribuindo-lhe uma placa comemorativa.
Ao longo de uma carreira de mais de 70 anos, a guitarra de Menezes fez-se ouvir em vários países e cruzou-se com músicos como Don Byas, Max, Tony Amaral, Jorge Costa Pinto (com cuja orquestra, a primeira big-band criada em Portugal, gravou em 1963 para a RTP), Mário Simões e Shegundo Galarza (com o qual actuou nos Estados Unidos), estando registada em centenas de discos gravados na Emissora Nacional pelo sistema de sobreposição.
A sua ligação ao concelho de Cascais data do final dos anos 40, época em que começou a actuar no Casino Estoril. Foi, aliás, neste casino que foi descoberto, nos anos 50, por Steve Race, crítico de música da prestigiada revista Melody Maker, que o colocou no dicionário dos grandes guitarristas mundiais, tornando-o o primeiro jazzman português a internacionalizar-se como tal.
Para além de uma longa carreira na Emissora Nacional, como músico da orquestra ligeira, e de inúmeras gravações para a RTP, a sua exímia técnica na guitarra e a ligação ao Hot Clube de Portugal e a Luís Villas-Boas, asseguraram a participação em múltiplas jam-sessions na cave da Praça da Alegria.
in Jazz No País Do Improviso!
PS - No passado dia 30 de Setembro, a Câmara Municipal de Cascais homenageou os 89 anos de vida e os 85 de guitarra de Carlos Menezes, atribuindo-lhe uma placa comemorativa.
4 comentários:
Felizmente ainda há quem saiba dar valor a quem o sempre teve!
Embora aos 89 anos, mais vale tarde do que nunca.
Está tudo dito sobre este Grande Músico!
Caínhas
é isso mesmo Cainhas!!!
Estou doido por lhe dar um abraço e agradecer-lhe todos estes anos dedicados á bôa música,na justissima homenagem que se lhe está a preparar!!!!
Também acho que é altura dos habituais deste Blog dizerem qualquer coisa sobre este extraordinário músico.
E que não sei se já repararam que por cá também temos "COISAS MUITO BôAS".....e que não devem ser esquecidas!!!!
Carlos Menezes tem deixado de facto uma vastíssima obra musical (e pedagógica), quase sempre na sombra e (com uma única excepção em disco, tanto quanto conheço) sempre secundando outros artistas. Mas, quando menos esperamos, a guitarra dele lá está, em disco e na TV, omnipresente. Estive com ele há dias, e não resisti a pedir-lhe um autógrafo!
Daniel, qual é a homenagem de que falas?
Quantas vezes o ouvi no restaurante "Monaco" em Caxias.
Enviar um comentário