Um concerto de Paul McCartney é a celebração de uma vida. O de Dublin, hoje à noite, no O2, não fugiu à regra.
Aos 67 anos, McCartney mantém uma forma física invejável (só comparável à de Mick Jagger) e uma energia que não quebra nas quase 3 horas de concerto. Uma voz cristalina, imparável, uma banda de se lhe tirar o chapéu, canções que são a banda sonora de uma existência feliz.
A banda já persegue Paul McCartney há um bom par de anos: Paul "Wix" Wickens (teclas, guitarra), Rusty Anderson (guitarra), Abe Laboriel Jr (bateria) e Brian Ray (guitarra). E o motorista de sempre, já grisalho, também lá estava a trocar as guitarras, John Hammel.
No nóvel 02 de Dublin (ex-Point) - um ano de existência - mais de 15 mil pessoas vibraram sem descanso e uma jovem na primeira fila da arena simbolizou com um pequeno cartaz o que ia na alma dos restantes: "All I Want For Christmas Is A Beatle" (uma novelty song de Dora Bryan, de 1963).
Paul McCartney não se fez rogado: 60 por cento do concerto é beatle e, ao fim de todos estes anos, ainda há novidades: "Ob-La-Di Ob-La-Da", pela primeira vez ao vivo é uma delas.
Durante as três horas do concerto houve e ouviu-se homenagens a Jimi Hendrix ("Foxy Lady"), George Harrison ("Something"), John Lennon ("Here Today"), Linda McCartney ("My Love" - com Henry McCullough, dos Wings, irlandês do norte, presente na sala, protagonista do solo original da guitarra, a ser fantásticamente ovacionado) e ainda recados a Copenhaga ("Give Peace A Chance").
Outras novidades: por ser época de Natal, Paul McCartney ofereceu uma excelente interpretação de "Wonderful Christmastime", com Abe Laboriel Jr., na bateria, com um barrete de Natal na cabeça e estreou ao vivo as novas canções "I Want To Come Home", nomeada para um Globo de Ouro, "Sing The Changes" e "Highway" (ambas Fireman).
Quase todas as canções foram extraordinariamente bem recebidas pela assistência irlandesa (também ouvi falar alemão, castelhano e italiano), mas merece especial destaque, pelo seu quê de inaudito, a recepção a "Helter Skelter".
Escusado será dizer que a histeria colectiva surge com "Something", "Ban On The Run", "Ob-La-Di Ob-La-Da", "Live And Let Die" (que é da autoria de McCartney, não dos Gun and Roses - com os estoiros habituais), "Hey Jude" (com um coro gigantesco, já sem os músicos em palco), "Yesterday" e outros vintage.
Em "A Day In The Life", McCartney introduziu efeitos de eco na sua voz, levando-a a semelhanças com a de Lennon na parte que lhe compete na versão original, ou seja, no princípio. Deslumbrante!
Antes do concerto propriamente dito, passou nos ecrãs uma colagem de 30 minutos de imagens dos 60 anos, maioritariamente dos Beatles, com uma banda sonora constituída por versões de discoteca de "Goodnight Tonight", "Temporary Secretary", "Coming Up", "Silly Love Songs", "Say Say Say", "Ob-La-Di Ob-La-Da", "Get Back", "Getting Better" e versões soul de "I Want To Hold Your Hand", "You Can't Do That", "A Hard Day's Night".
Alinhamento do concerto:
Magical Mystery Tour
Aos 67 anos, McCartney mantém uma forma física invejável (só comparável à de Mick Jagger) e uma energia que não quebra nas quase 3 horas de concerto. Uma voz cristalina, imparável, uma banda de se lhe tirar o chapéu, canções que são a banda sonora de uma existência feliz.
A banda já persegue Paul McCartney há um bom par de anos: Paul "Wix" Wickens (teclas, guitarra), Rusty Anderson (guitarra), Abe Laboriel Jr (bateria) e Brian Ray (guitarra). E o motorista de sempre, já grisalho, também lá estava a trocar as guitarras, John Hammel.
No nóvel 02 de Dublin (ex-Point) - um ano de existência - mais de 15 mil pessoas vibraram sem descanso e uma jovem na primeira fila da arena simbolizou com um pequeno cartaz o que ia na alma dos restantes: "All I Want For Christmas Is A Beatle" (uma novelty song de Dora Bryan, de 1963).
Paul McCartney não se fez rogado: 60 por cento do concerto é beatle e, ao fim de todos estes anos, ainda há novidades: "Ob-La-Di Ob-La-Da", pela primeira vez ao vivo é uma delas.
Durante as três horas do concerto houve e ouviu-se homenagens a Jimi Hendrix ("Foxy Lady"), George Harrison ("Something"), John Lennon ("Here Today"), Linda McCartney ("My Love" - com Henry McCullough, dos Wings, irlandês do norte, presente na sala, protagonista do solo original da guitarra, a ser fantásticamente ovacionado) e ainda recados a Copenhaga ("Give Peace A Chance").
Outras novidades: por ser época de Natal, Paul McCartney ofereceu uma excelente interpretação de "Wonderful Christmastime", com Abe Laboriel Jr., na bateria, com um barrete de Natal na cabeça e estreou ao vivo as novas canções "I Want To Come Home", nomeada para um Globo de Ouro, "Sing The Changes" e "Highway" (ambas Fireman).
Quase todas as canções foram extraordinariamente bem recebidas pela assistência irlandesa (também ouvi falar alemão, castelhano e italiano), mas merece especial destaque, pelo seu quê de inaudito, a recepção a "Helter Skelter".
Escusado será dizer que a histeria colectiva surge com "Something", "Ban On The Run", "Ob-La-Di Ob-La-Da", "Live And Let Die" (que é da autoria de McCartney, não dos Gun and Roses - com os estoiros habituais), "Hey Jude" (com um coro gigantesco, já sem os músicos em palco), "Yesterday" e outros vintage.
Em "A Day In The Life", McCartney introduziu efeitos de eco na sua voz, levando-a a semelhanças com a de Lennon na parte que lhe compete na versão original, ou seja, no princípio. Deslumbrante!
Antes do concerto propriamente dito, passou nos ecrãs uma colagem de 30 minutos de imagens dos 60 anos, maioritariamente dos Beatles, com uma banda sonora constituída por versões de discoteca de "Goodnight Tonight", "Temporary Secretary", "Coming Up", "Silly Love Songs", "Say Say Say", "Ob-La-Di Ob-La-Da", "Get Back", "Getting Better" e versões soul de "I Want To Hold Your Hand", "You Can't Do That", "A Hard Day's Night".
Alinhamento do concerto:
Magical Mystery Tour
Drive My Car
Jet
Only Mama Knows
Flaming Pie
Got To Get You Into My Life
Let Me Roll It/Foxy Lady
Highway (Fireman)
The Long And Winding Road
(I Want To) Come Home (canção nova)
My Love
Blackbird
Here Today
Dance Tonight
And I Love Her
Eleanor Rigby
Something
Mrs. Vandebilt
Sing The Changes (Fireman)
Wonderful Christmastime
Band On The Run
Ob-La-Di Ob-La-Da
Back In The USSR
I've Got A Feeling
Paperback Writer
A Day In The Life/Give Peace A Chance
Let It Be
Live And Let Die
Hey Jude
Day Tripper
Day Tripper
Lady Madonna
Get Back
Yesterday
Yesterday
Helter Skelter
Sgt Pepper/The End
Colaboração de Luís Pinheiro de Almeida
PS: O Pavilhão Atlântico bem podia mandar uma equipa a Dublin estudar o O2 para aprender o que é conforto num espectáculo!
Colaboração de Luís Pinheiro de Almeida
PS: O Pavilhão Atlântico bem podia mandar uma equipa a Dublin estudar o O2 para aprender o que é conforto num espectáculo!
18 comentários:
Era esta a prenda de Natal que eu desejava, ainda pedi ao menino Jesus ( agora pendurado nas varandas...) mas ele nada, um ingrato!
O que vale é que temos o mestre a dar a prendinha....
parabéns que bela descrição e quem me dera lá ter estado.
Eu bem estava a estranhar o silêncio de "sir" LPA.
Enfim, shuif, quem me dera também ter ido...
Duas notas apenas:
1. "Ob-La-Di-Ob-La-Da" não foi estreada ao vivo em Dublin. O Macca cantou-a, dias antes, em Colónia.
2. "Highway" e "Sing the Changes" há muito que foram estreadas no palco - fazem até parte do alinhamento do DVD "Good Evening New York City". E não são propriamente novas... fazem parte do último disco do Fireman...
Ó Filhote, que tiro no pé! Nem parece teu! Até parece que não fazes concertos/digressões...
Quando se diz "estrear ao vivo" refere-se obviamente à digressão em curso que inclui, claro está, o concerto de Nova Iorque.
E claro que tens razão quanto a "Sing The Changes"... lapsus...
LT
Que inveja...!
Eu não sou fã do Paul MacCartney mas, só para poder estar em Dublin nesta altura do ano, não me importaria nada de ter de o ouvir...
Resta saber se o concerto foi assim tão bom, ou se foi o olhar apaixonado do Luis que o transformou...
Belo texto!
Se quisesse puxar a brasa à sardinha, Luís, olha que o poderia ter feito... de muitas e variadas maneiras!
Lembrei-me muito de ti e dos teus textos, rapaz. Fiz um "coast to coast" - Dublin/Galway - num Discovery de três lugares à frente...
Pena que parte do trajecto já se faça de auto-estrada, inaugurada aliás no fim de semana em que lá estive.
Como querias saber, o meu filhote vive em Clonfanlough e a "cidade" mais perto é Athlone, Offaly/Westmeath.
LT
Luisão
Já que estamos numa onda de grandes acontecimentos,constou-me que brevemente TONY (COM Y) CARREIRA esgotará novamente o PAVILHÃO ATLÃNTICO sendo a primeira parte (imagina só que sorte!!!!Por MIKAEL CARREIRA!!).
Claro que nenhum destes acontecimentos incluindo o do PAUL em Dublin se comparará com a brilhante RENTRÉE de Daniel Bacelar no MAXIME em 2010 onde deixará a audiência absolutamente de rastos com a sua interpretação de MARCIANITA.(arranjo sinfónico!!!)
P.S. Luis!!!Confessa lá!!!Com esta é que eu te lixei,pois era exactamente isto que tu me ias responder!!!!!!!!!
Se eu tivesse um filho a viver na Irlanda, é certo e sabido que acabaria os meus dias a tomar conta dos netos...!
Com muita pena minha, não conheço Galway, terra onde o John Ford filmou "O Homem Tranquilo"...
Só conheço o Sul/Sudoeste das estradas estreitinhas: Cork, Kinsale, Killarney, Tralee ("The Rose of Tralee", lembras-te...?).
Belo país e bela Gente...! Que tal arranjarmos um grupinho para ir lá fazer um almoço do Ié-Ié...? Há viagens low-cost...!
Alguém sabe quando sai a revista BLITZ de Janeiro 2010?
No calendário Blitz estava anunciado o dia 18 de Dezembro passado, mas nada!
luis, só nao disseste quem estava na banda de paul
Já lá está! Não tinha posto, porque a banda já é antiga e não queria alongar o texto. No entanto, obrigado pelo aviso.
LT
Se a interpretação de "Helter Skelter" esteve ao nível da que está no DVD da tourné americana, é mesmo uma coisa fabulosa !! essa e o "Please Please Me".
"Please Please Me" não aconteceu em Dublin (nem em Nova Iorque), nem "Caliko Skies", nem "I'm Down", nem "I Saw Her Standing There".
Em contrapartida, houve (e ouviu-se) "Magical Mystery Tour", "(I Want To) Come Home", "And I Love Her", "Wonderful Christmastime" e "Ob-La-Di Ob-La-Da" como novidades.
LT
Eu falava na tournée Americana "Space Within Us", as versões aí apresentadas são das melhores que já vi.
p.s.- este ano teremos uma passagem de ano, nos jardins de Belém, com Beatles (Beatles Tribute) até ás 00h e Xutos a seguir...diria que melhor programa não era possível.
AI Jack....se ouves os Beatles Tribute morres ....a menos que emborques umas garrafitas dele bem esperto....aí marcham.
Algumas correcções:
01 - O Land Rover é um Defender, não um Discover...
02 - Athlone fica em dois condados, Westmeath e Ros Common.
LT
Bela prenda de natal! O menino Jesus foi generoso :-)
Feliz Natal Luís.
PS - Para além de Dublin, não terás passado por Hollywood?
"A estrela de John Lennon no Passeio da Fama, em Hollywood, está desaparecida e teme-se que possa ter sido roubada.
No lugar da estrela, localizada em Vine Street 1750 desde 1988, está um buraco coberto com um plástico. A estrela de Lennon.
As versões quanto ao desaparecimento da estrela são várias e, uns dizem que foi removida pelas autoridades para prepararem a colocação de uma nova estrela, mas as mais fortes apontam para que tenha sido roubada por um fã.
Até ao momento, a Câmara de Comércio de Hollywood, que zela pelo Passeio da Fama, não comentou o desaparecimento da estrela de Lennon."fonte IOL
Ah! Ah! Já lá estive de cócoras, mas deixei-a no mesmo sítio e não há CSI que me desminta. Não é que eu não me importasse...
Bom Natal, Nuno e Família!
LT
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