"Olé, Beatles", Enrique Sánchez e Javier de Castro, Pagès Editors, 1994, 156 págs.
José Forte, bloguista da Loja de Esquina, fez o favor de me chamar a atenção para o livro "Los Beatles Made In Spain". Espero que seja este. Obrigado, em todo o caso.
A chamada de atenção leva-me a mostrar mais umas edições espanholas sobre os Beatles.
Quando os Beatles tocaram em Espanha em 1965, o sucesso não foi muito grande, ou melhor, não teve o mesmo entusiasmo de outras paragens. Tenho jornais espanhóis da época que atestam isso. O país vivia então, também, uma ditadura, é conveniente saber.
Mas isso não impediu, que décadas depois, haja uma verdadeira beatlemania castelhana.
Além de "Los Beatles Made In Spain", já mostrei aqui também "Las Canciones Secretas De Los Beatles", e hoje estou a mostrar "Olé, Beatles", graficamente primoroso e documentalmente fantástico.
A chamada de atenção leva-me a mostrar mais umas edições espanholas sobre os Beatles.
Quando os Beatles tocaram em Espanha em 1965, o sucesso não foi muito grande, ou melhor, não teve o mesmo entusiasmo de outras paragens. Tenho jornais espanhóis da época que atestam isso. O país vivia então, também, uma ditadura, é conveniente saber.
Mas isso não impediu, que décadas depois, haja uma verdadeira beatlemania castelhana.
Além de "Los Beatles Made In Spain", já mostrei aqui também "Las Canciones Secretas De Los Beatles", e hoje estou a mostrar "Olé, Beatles", graficamente primoroso e documentalmente fantástico.
40 comentários:
A avaliar pela capa, deve ser mesmo "graficamente primoroso"... foto fabulosa! Acho que nem a conhecia...
Holy Mother! É o mesmo. Nem tinha reparado e a minha observação até me parece estultícia.
O livro é prenda de Natal e as imagens, de revistas espanholas de época, não tem comparação com o que se passava por cá.
Uma revelação para mim.
EHEHEHEH!
Os Espanhóis são os maiores !
Uma vez em Espanha peguei numa revista e o grande êxito na altura era um grupo que estava há mais de 1 mês no Top e chamavam-se"Maniobras orquestrales en la oscurida", não contente com isso ainda fui a cinema :-))
Alguém sabe porventura quem era o Grupo? LOL
Orchestral Manoeuvres In The Dark!
E El Jefe, quem é?
LT
Bruce Springsteen?...
ahahahahahahah!
É verdade LT, que gozo...
Não me lembro LT e humildemente o digo,antigamente sabia tudo de cor mas o coma e a amnésia foram violentos...
Relembre-me vá lá que eu depois conto o que me aconteceu no cinema :-)))
Exacto, Jabberwocky.
El Jefe é o Boss, ou seja, Bruce Springsteen.
Ah! Ah! Ah!
LT
Brigada aos dois ;-)))
Aproveito as deixas para confessar que sou um (grande) fã dos Orchestral Manoeuvres in the Dark, daqueles que comprava o novo álbum no primeiro dia em que estava à venda :-)
Tenho todos os álbums em vinil, todos em CD, e as edições especiais dos primeiros 4 álbums (os melhores álbums do grupo na minha opinião).
Relativamente ao "Boss" ainda ontem comprei, finalmente, após 10 anos à espera dum preço acessível, a caixa "Tracks" (B-sides e outtakes).
Também sou um grande fã deste "rapaz".
Informo também que no youtube se encontram videos surpreendentes destes dois artistas, incluindo o Bruce a cantar na rua com um daqueles cantores de rua a quem as pessoas dão moedas. Se não visse não tinha acreditado que o bruce fosse capaz de tal coisa :-)
Acabo com uma curiosidade relativamente ao álbum "Born in the USA", sabiam que o "Boss" escreveu nada mais nada menos que 70 (setenta!) canções para o álbum acima citado? Dessas 70, trinta e duas já foram editadas, incluindo 17 na caixa "Tracks".
Parabéns pelo blog e pelos seus leitores.
Estava a ver que não encontrava em Portugal pessoas que gostassem tanto de música (e stuff com ela relacionada) como eu. ;-)
Os espanhóis, por um estranho fenómeno linguístico, não têm propensão a dominar outras línguas como nós portugueses.
Os espanhóis, tal como os americanos e outros povos, são atavicamente aversos a aprender outras línguas e por isso, nos anos setenta, ainda traduziam os títulos dos discos dos temas e algumas letras, nas rodelas e nos encartes.
Por vezes, as traduções eram caricatas, porque descontextualizadas.
Os rádios, passavam as músicas, com tradução do nome da banda e das letras.
No entanto, foi na Rádio Popular de Vigo que ouvi muita música que por cá nem cheiro: Jackson Browne ( Running on empty), ELO ( Out of the blue), os Beatles de Let it Be, com Two of us, no final dos anos setenta.
Foi no Radio Popular de Vigo que ouvi pela primeira vez o som do cd, num programa especial diário,FM Stereo, ao fim da tarde e que gravei em cassetes que ainda guardo,no início dos oitenta ( 83-84-85).
Alguns temas:
Ry Cooder do LP Boo till you drop, um dos primeiros a ser gravado em digital.
Foreigner-Urgent
Joni Mitchell- Twisted ( Court and Spark)
Outras:
Toto- Rosanna. Este tema levou-me a comprar o cd em sacd, porque o som que tenho gravado é ainda uma maravilha dinâmica, mesmo numa cassete já com o dióxido de crómio fora do prazo de validade ( mais de 25 anos)
OMITD ( as manobras en la oscuridad)- Secrets e Talking loud and clear.
Curtis Mayfield- It´s Allright ( ainda ando à procura do disco)
Roxy Music- Oh Yeah!
Jon and Vangelis- Find my way Home.
Joe Walsh- Love letters
Lee Ritenour- Rit Variations nº 3
Uma versão de Ophelia dos The band que ainda não consegui ouvir melhor nos discos que tenho.
E uma versão de Rosalinda, de Fausto que passava constantemente na Rádio Popular de Vigo e me permitiu entabular conversa com José Afonso, uma vez, no comboio descendente de Vigo para o Porto. O cantor vinha sózinho num banco do combóio e vi-o, sentando-me logo no mesmo banco e entabulando conversa sobre a música.
Uma das minhas recordações mais felizes.
Tem toda a razão José nós por cá eu e os meus rapazes (Diaz-Bérrio) choramos a rir alias o único que se safa mais ou menos é o Javier Solana :-)))
José:
Você quando se refere as espanhóis está a falar de quem? Castelhanos, bascos, galegos, andaluzes ou catalães? É que espanhóis apenas existem nos BI e passaportes, e há mais semelhança entre um português e um castelhano (já não falo entre um português e um galego...) do que entre um castelhano e um basco ou um catalão. Certo? Pois fique sabendo que os catalães, p. ex., não têm qualquer dificuldade em aprender línguas estrangeiras, iclusivamente... o castelhano! A dificuldade que atribui a ingleses (e americanos) e espanhóis (acho queria dizer, de entre estes, aqueles cuja língua materna é o castelhano)tem fundamentalmente a ver com o facto de... não precisarem. Foram 2 grandes impérios e ainda hoje quem falar castelhano e/ou inglês faz-se entender em quase todo o mundo. Em portugal o castelhano deviaser língua obrigatória, a seguir ao inglês, nos CVs escolares. Certo?
Cumprimentos
Porquê?
O Português é língua obrigatória no Pais de Nuestros Hermanos!
E já agora Portugal não teve Império?
Quem é que dividiu o Mundo ao Meio???
JC:
Estou a falar dos discos que se produziam nos anos setenta e oitenta, em Espanha. Eram todos traduzidos.
Depois, falo da experiência que tenho em ouvir espanhóis ( de todas latitudes), a falar no rádio, a apresentar discos e música anglo-saxónica. Na tv, parece igual.
Há qualquer coisa no palato que não passa bem os sons sibilinos do th.
De resto falo de cor e por mera análise empírica.
E nisso penso estarmos empatados...
Karocha:
Quer comparar a importância e a difusão do português, a nível mundial, com o castelhano? E Portugal c/ Espanha, em termos políticos, económicos, etc? Pelo seu raciocínio, o inglês e o francês - que está em decadêcia - não deveriam ser obrigatórios no ensino em Portugal, pois o português não é obrigatório em Inglaterra ou França!
E quer comparar o império de Carlos V c/ o império português? Para além do Brasil, Portugal dominou pouco mais do que as rotas comerciais do oriente, enquanto a Espanha, para além do seu império europeu que incluía os Países-Baixos, a Áustria e alguns estados italianos, tinha um império que íncluia quase toda a América (sul, central e norte), Filipinas, etc.
Com excepção do Canadá, hoje pode fazer-se entender em castelhano em toda a América, incluindo nos USA.
Certo?
Portugal é apenas mais uma das nacionalidades peninsulares, a única que por questões puramente históricas (em parte graças A Catalunha...) conseguiu manter-se independente.
JC
A sua História de Portugal deve ser diferente da minha e da de vários!
Origato
Portugal não é apenas mais uma das nacionalidades peninsulares. É a Nação cujas fronteiras definidas são mais antigas na Europa, segundo julgo.
Nós somos mais parecidos com os italianos do que com os espanhóis, de todas as regiões, também acho.
Os espanhóis nunca foram nuestros hermanos. Foram sempre os nossos vizinhos, o que é bem diferente.
Não estamos nada empatados, pois nem falo de cor nem empiricamente. O meu pai nasceu em Castela (Madrid), filho de um português de origem maltesa e de uma francesa. Viveu lá os seus 1ºs anos de vida e sempre falou castelhano, português e francês s/ dificuldade. Desde muito novo que me habituei a visitar Espanha quase como se fosse o meu país. Para o meu pai, Madrid era a sua terra. Durante 2 anos trabalhei, em Lisboa, numa empresa alemã cujos escritórios principais na Península eram em Barcelona, onde me deslocava frequentemente e falava c/ os meus colegas, indiferentemente, em castelhano, inglês e, com alguns, até em português. Entre eles falavam em catalão.O meu filho fez um ano de Erasmus na Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, onde a maioria das aulas eram dadas em catalão. Por isso, fala catalão muito razoavelmente. A minha filha e os meus três netos vivem há 3 anos em Madrid e a minha neta (a única que já fala - tem 4 anos) fala português e castelhano s/ problemas.
Bom, convenhamos que não falo assim tão "de cor", caro José.
Tem toda a razão José.
José:
Em termos de língua e cultura, os portugueses do norte com os galegos. Basicamente, são o mesmo povo. No sul com os estremenhos. Eu que sou de origem maltesa, onde a influência italiana é razoável, não penso os portugueses, tanto quanto se pode generalizar, tenham assim tanto a ver c/ os italianos.
Quanto ás fronteiras, isso será verdade, embora a Suiça tb seja um estado mtº antigo. Mas uma coisa é estado outra nacionalidade. A Espanha é, claramente, um estado multinacional.
Cumprimentos
Já agora, Karocha, tem razão. No meu tempo, que não deve ser assim muito diferente do seu, a História que se ensinava na escola, em Portugal, era, na sua maioria, uma fraude. Penso que, hoje em dia, não será mtº melhor
Ontem, estive em Espanha. E vi um livro de História espanhola para as crianças. Por curiosidade fui ler a entrada sobre o século de quinhentos.
Dizia lá que o português Magallanes ( assim), foi oferecer os seus préstimos a Carlos V, para conseguir fazer a circum-navegação.
Está de acordo com a nossa versão.
JC: tendo em conta o seu pedigree, nem discuto mais, os empirismos.
Apenas me limito a acrescentar que a sociologia, antropologia e História, obedecem a certas regras que aqui dispenso.
Os italianos sempre me pareceram bem mais semelhantes aos portugueses do que qualquer espanhol, mesmo os galegos.
O estilo, a tez, os modos e o género, a mim parecem-me muito semelhantes. Tanto que se não falarem confundo-se facilmente com qualquer português.
O que não acontece com outro povo qualquer da Europa.
JC
Já percebi!
Agora explique aqui ao pessoal o que é que os vizinhos Espanhóis, fizeram aos empregados Portugueses da Sonny quando a compraram...
Tanto quanto sei a Sony continua a ser uma empresa japonesa...
JC
Não confunda Sonny com sonny music.
Informe-se, conselho de uma amiga de Peniche!
Karocha:
Eu pouco percebo de negócios globais, mas parece-me o seguinte:
A Sony produz magníficos artefactos electrónicos ( ainda há meses comprei um que era mítico para mim- o Sony Walkman d6c Professional, um gravador de cassetes portátil).
Precisa de os colocar e vender. Quem chega de avião à península ibérica, vê lá de cima um território cujo centro é...Madrid.
Para mim, a explicação é essa. Se a distribuição se fizesse a partir da chegada por barco, também estavam em vantagem: apanhavam logo Barcelona, como os romanos fizeram e só depois atravessaram a planície até chegarem cá.
Portugal é periférico e em condições de penúria relativa, lixa-se em primeiro lugar.
Até por cá se vêem menos japos do que por outros lados.
Sonny? Já não está aqui quem falou.
José:
Já agora e a propósito do Magallanes. Em Portugal tb se "aportuguesam" os nomes de personalidades estrangeiras. Ninguém diz D. Juan rey de Castilla ou D. Philippa of Lancaster. Ou, a propósito de Magalhães. Juan Sebastian Elcano.
Karocha:
Sei do que estou a falar.
Não tem problema José, esse gravador de cassetes da sonny é um antigo?
Tem razão, José. Para a maioria das multinacionais a península ibérica é hoje um mercado global e a actividade está normalmente centralizada em Madrid ou Barcelona.
Sabe JC?
Então conte lá aqui ao pessoal e à amiga de Peniche!
Conto:
Tanto quanto sei a Sony sempre foi e continua a ser uma empresa japonesa. E esta minha paciência deve-se ao facto de o "meu" SLB ter sido eliminado. Estou aqui a ver se esqueço!
Esse gravador de cassetes de 1984, é um dos melhores que conheço. Mesmo sendo portátil ( é um sucessor do Walkman original de 1979), bate-se com muitos de mesa. E a comparação já a fiz.
Uma pequena maravilha. Veja aqui
LoOOLLLL
JC
Pronto não sabe, e quanto a SLB já estou como alguém da sonny Music, sou SLB, mas só me faço Sócia quando o Malandro do Viera sair!!!
José
Como o Mundo é pequeno LOL
Quando a sonny o lançou fê-lo a nível Mundial ao mesmo tempo, imagine lá quem foi o Modelo em Portugal?
O de 79 ou o de 84?
Tenho um anúncio de revista do de 79 que vou publicar um dia destes.
Em 84 José, tive que pintar o cabelo de preto, Looolll
Imagine uma loira natural com o cabelo pintado de preto, mas o cliente pagou para isso e portanto toca a trabalhar,vou ver se encontro, estão por aqui algures!
Entretanto, já "arrumei" este livro...
Boa, parabéns!
LT
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